Luiz Marinho defende revisão da escala 6x1

Jovem Pan News

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu nesta segunda-feira (10) a revisão da escala 6x1 e a redução da jornada máxima de trabalho no Brasil. Durante o seminário “Alternativas para o Fim da Escala 6x1”, na Câmara dos Deputados, Marinho afirmou que o país precisa construir um modelo que garanta mais saúde, equilíbrio e previsibilidade aos trabalhadores.
Reportagem: Lucas Martins

Confira na íntegra: https://youtube.com/live/5AFxTOg7N2w

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00:00A Câmara debateu a proposta que prevê o fim da escala seis por um.

00:05O ministro Luiz Marinho defendeu, inclusive, uma revisão do regime de trabalho.

00:08Acompanhe com o Lucas Martins.

00:11A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados discutiu a escala seis por um

00:15com a presença do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, centrais sindicais e setores da indústria brasileira.

00:23Marinho defendeu o fim da escala de trabalho seis por um e deu um recado ao mercado

00:28de que se não houver imposição legal, o fim da jornada não irá se concretizar.

00:34Talvez seja necessário, sim, uma imposição legal, abrir eventual espaço de composição na forma.

00:46Por exemplo, o que eu estou falando exatamente?

00:50Nós trabalhávamos jornada máxima até a Constituição 88, 48 horas semanais.

00:56Naquela, Constituinte, houve um embate grande e espaço de negociação entre partes

01:04que levou a uma redução da jornada máxima para 44.

01:10Ali também se dizia que o mundo ia acabar, que as empresas não iam suportar.

01:14E suportaram.

01:15Todo mundo se adequou, está tudo certo, está todo mundo vivo.

01:19As que morreram não foi por isso, foi por outras razões.

01:22A proposta de emenda à Constituição apresentada pela deputada Érica Hilton do PSOL de São Paulo

01:28prevê o fim da jornada de trabalho atual no Brasil.

01:32Para a maioria dos trabalhadores, onde eles desempenham suas funções em seis dias e folgam apenas um.

01:40O texto, se aprovado, estabelece ampliar os dias de descanso.

01:43Para dois na escala cinco por dois e a outra alternativa é no escalonamento quatro por três,

01:51que significa uma semana de apenas quatro dias de atividades trabalhistas.

01:56A proposta de rever a escala dividiu opiniões.

01:59Representantes do setor produtivo, como a Fercomércio de São Paulo e a Confederação Nacional da Indústria,

02:06criticaram a ideia de uma mudança imposta por lei e defenderam que qualquer alteração deve acontecer

02:12por meio de negociação coletiva.

02:15Para Silvia Teixeira, superintendente de Relações do Trabalho da CNI,

02:20a nova escala de trabalho não deve ser uma imposição unilateral.

02:24Reduzir a jornada de trabalho por imposição legal sem os fundamentos econômicos e produtivos necessários

02:35é uma medida prematura e arriscada para o Brasil e capaz de gerar efeitos opostos ao objetivo proposto.

02:48O ministro reconheceu que o fim da escala seis por um pode elevar os custos das empresas,

02:53mas defendeu uma transição gradual para reduzir a jornada.

02:58Segundo ele, o modelo atual precisa ser repensado,

03:01diante das mudanças nas relações de trabalho e na qualidade de vida dos brasileiros.

03:08Que a economia também tem necessidades, tem setor da economia que necessita trabalhar

03:13365 dias do ano, 24 horas por dia.

03:17Não terá uma lei capaz de combinar a grade de jornada, a grade de horários, não a jornada, a grade de horários.

03:29Não terá.

03:30Isso aqui não cabe na imposição legal.

03:33Isso aqui é papel da negociação.

03:36O governo federal tem se mostrado interessado na pauta do fim da escala seis por um,

03:42que é considerada popular e pode ajudar na estratégia de campanha para as eleições do ano que vem.

03:49Lula estuda transformar a PEC em um projeto de lei,

03:52para que a tramitação seja mais rápida na casa legislativa.

03:56No entanto, mesmo se a mudança for acatada,

04:00parlamentares não vêem clima para a votação do projeto ainda este ano.

04:05Obrigado.

04:06Obrigado.

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