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O Palácio do Planalto avalia que o projeto de aumento de impostos sobre sites de apostas (bets), fintechs e Juros sobre Capital Próprio (JCP) será o primeiro teste para medir se a reorganização da base governista na Câmara dos Deputados funcionou. A ministra Gleisi Hoffmann distribuiu cargos estratégicos e se reuniu com líderes do PP, Republicanos e União Brasil, mas partidos de centro alertam que a taxação deve se concentrar nas apostas online, sem afetar fintechs ou JCP, para não comprometer a aprovação do texto. Acacio Miranda e Henrique Krigner analisaram.
Reportagem: Victoria Abel
Comentaristas: Acacio Miranda e Henrique Krigner

Confira na íntegra: https://youtube.com/live/EF_y2IQy328

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Transcrição
00:00A gente segue girando os assuntos agora de olho no Congresso Nacional, auxiliares do presidente Lula lá no Palácio do Planalto estão avaliando que esta matéria do aumento de taxas para as casas de apostas, para as fintechs e o JCP será justamente para saber se a reorganização da base governista está funcionando na Câmara dos Deputados.
00:26A Vitória Abel é quem vai nos contar como isso deverá acontecer. Vitória.
00:34Pois é, Bruno, é isso. A gente conversou com auxiliares do presidente Lula no Palácio do Planalto e o que eles avaliam é que o projeto que o Ministério da Fazenda pretende enviar nos próximos dias para aumentar a arrecadação e aumentar isso por meio de novos impostos,
00:52ou melhor dizendo, aumento das taxas já também disponíveis no mercado, esse projeto vai ser aquele considerado essencial para saber, para fazer o teste se a base governista realmente está fiel à Lula,
01:06se aquela reorganização que a ministra das Relações Institucionais, Glaze Hoffman, fez está realmente funcionando.
01:13Vamos lembrar que a Glaze fez essa reorganização da base já faz umas duas semanas que ela começou esse processo de retirar cargos de deputados do Centrão que não estavam votando com o governo para redistribuir esses cargos para deputados que tivessem o potencial de serem fiéis à base governista.
01:33Inclusive, na semana passada, ela conseguiu se reunir com os líderes de partidos de centro, como o PP, Republicanos, União Brasil, para justamente fechar esse acordo, falar, olha, agora a gente está ok, podemos continuar, seguir, começar no zero a zero e seguir nossos acordos.
01:51Eles disseram que sim. Por enquanto, essa é a expectativa. Agora, vai ser, portanto, esse teste nesse projeto de aumento de impostos, porque o Congresso Nacional já alertou diversas vezes o Palácio do Planalto e o Ministério da Fazenda
02:05que não existe uma propensão e uma aprovação dos parlamentares no aumento de impostos. O que os parlamentares me disseram, inclusive o líder do União Brasil no Senado Federal, Efraim Filho,
02:17que também é presidente da Comissão Mista de Orçamento, ele disse que o seguinte, tem chance de passar se for um projeto apenas com a taxação das BETs. Ele, assim como outras lideranças de centro, dizem isso.
02:30As BETs, tudo bem, tem uma aceitação maior no Congresso Nacional. Agora, aumentar a taxa para a Fintechs, que são os bancos digitais, e para a distribuição de lucros por meio do juros sob capital próprio,
02:41que é uma modalidade de distribuição de lucros das empresas, isso pode atingir o setor financeiro. E é tudo que a gente não quer. Então, essas duas medidas podem sim atrapalhar o projeto
02:54que o governo quer trazer de aumento de arrecadação por meio dessa elevação das taxas, principalmente por meio da elevação da taxa sobre as BETs.
03:03Vamos lembrar que Fernando Haddad já conseguiu aprovar, na semana passada, aqueles trechos que eram da medida provisória derrubada anteriormente, lá no início do mês,
03:14trechos que previam corte de despesas, como a inclusão do piso da educação, como a inclusão, perdão, do pé de meia no piso da educação, no piso constitucional,
03:24e também o corte de pagamento, o pagamento de alguns auxílios doença do INSS. Esses pontos foram aprovados ali num projeto de regulamentação patrimonial.
03:36Mas esse tema era muito mais fácil, porque o Congresso concorda em cortar despesas. O desafio vai ser agora.
03:42Com esse projeto de corte de despesas, o governo estima ter alcançado cerca de 25 bilhões de reais para o orçamento do ano que vem,
03:50mas, mesmo assim, os parlamentares da Comissão Mista de Orçamento calculam que o governo ainda precisa de, pelo menos, de 20 a 30 bilhões para poder equilibrar as contas.
04:00Lembrando que, no ano que vem, em 2026, o governo quer uma meta fiscal de superávit de até 34 bilhões de reais.
04:09Bruno e Márcia.
04:11Vitória, obrigado pelas informações. Seguiremos de olho se vai funcionar, de fato, então, essa nova estratégia do governo dentro do Congresso.
04:20Vamos ouvir os nossos comentaristas, começando com o Henrique Kriegner.
04:24Novamente, se o governo está afim, Henrique, de sentir a temperatura dentro do Congresso, começar com uma nova taxação seria o melhor caminho?
04:35A gente já viu, recentemente, um cenário que não existe ambiente para aumentar novos impostos.
04:42Exato, exato, Bruno. Realmente, especialmente conversando com os deputados, porque, justamente, os deputados não querem voltar para suas bases eleitorais e serem cobrados.
04:54Por que você está aprovando esse novo imposto?
04:57Quando a gente fala de novos impostos, os últimos que querem dar o aval para isso são deputados e também prefeitos e, consequentemente, também os vereadores.
05:06Por que? Esses são mais próximos da sua base eleitoral, são até mais vulneráveis às críticas da população.
05:12E a população não aguenta mais impostos e taxas.
05:16E taxas, taxas que foram criadas aí excessivamente por esse governo e impostos que também estão sendo transformados, mexidos, aumentados em todo momento.
05:25O brasileiro está percebendo a conta aumentar no fim do mês, não só na questão dos preços, mas também no tanto que ele paga do imposto, daquilo que sai da sua renda realmente para o Estado sem ter nenhum tipo de retorno.
05:38Então, essa conta o brasileiro continua fazendo.
05:41Agora, essa movimentação, inclusive, falando aí a movimentação que a ministra Glaze tem encampado junto de tirar cargos, é uma movimentação natural quanto mais se aproxima das eleições.
05:52Mas aí a pergunta que eu fico é, para quem que ela vai redistribuir esses cargos que antes eram ocupados pelo Centrão?
06:00Tudo bem, ali eles têm o direito, nessa lógica bastante antiquada, desse presidencialismo de coalizão, de distribuir cargos para garantir apoio.
06:10Eles fazem essa lógica e, de certa maneira, não é ilegal.
06:13Mas para quem que eles vão distribuir? Para o PSOL? Para o PT?
06:17Porque o governo está cada vez mais isolado dentro do Congresso, especialmente dentro da Câmara dos Deputados.
06:23Só tem restado junto ao PT o próprio PT e os outros partidos da esquerda e da extrema esquerda.
06:30Então, a gente fica na dúvida para quem serão distribuídos esses novos cargos, esses cargos agora que ficam vagos,
06:37e como que a ministra Glaze vai conseguir garantir apoio, entregando cargos para partidos tão pequenos e de baixa expressão, Bruno.
06:47Eu vou insistir com essa linha, a Cássio Miranda já é final de festa, estamos chegando no recesso do Congresso.
06:53No ano que vem é campanha eleitoral, o bloco está na rua.
06:57Como redistribuir ou como reorganizar esses aliados do governo dentro do Congresso?
07:03Existe uma receita?
07:04Neste momento não existe uma receita, tanto que, no meu entendimento, Bruno, o governo abriu mão disso.
07:12O governo deu prioridade a surfar uma boa fase, muito por conta do tarifácio,
07:19e, ao priorizar isso, acabou deixando de lado o Congresso Nacional, a composição da sua base.
07:28O que o governo faz é o que nós chamamos no dia a dia, você vive Brasília, sabe que é chamado dessa forma,
07:34votação a votação.
07:36Então, negocia uma votação, quando tem uma outra pauta espinhosa, senta e tenta negociar novamente,
07:43e eu imagino que o governo fará assim daqui até as eleições de dois mil e vinte e seis.
07:50Com uma peculiaridade, existem temas, como é o caso das Betes, por exemplo,
07:55onde não há deputados da base ou deputados de oposição.
08:01Existem deputados vinculados a esse tema, que, independentemente da vontade do governo,
08:08votarão favoravelmente ou contrariamente.
08:12Vide a bancada da bola, vide a bancada rural e vide uma série de outras bancadas temáticas que nós temos por aí.
08:21Até porque a questão das Betes, especificamente, todos nós sabemos,
08:26ela envolve uma grande quantidade de dinheiro e as campanhas eleitorais estão cada vez mais caras.
08:33Então, é ainda o interesse dos parlamentares fazerem uma política da boa vizinhança com os donos das Betes.
08:41Agora tem a bancada cristã também, né? Foi a última que foi criada.
08:45Meu Deus do céu, obrigada a Cássio e Krigner pelas análises.
08:49Obrigada.
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