Enquanto Donald Trump tenta encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia, os Estados Unidos ampliam sua presença militar na costa venezuelana. O movimento reacende temores no mercado global de energia, em meio à dependência americana do petróleo da Venezuela e ao risco de novos choques de oferta.
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00:00Enquanto Trump tenta acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia, houve aumento nas tensões entre Estados Unidos e Venezuela.
00:08Aviões militares americanos, incluindo um com capacidade nuclear, sobrevoar a costa venezuelana.
00:15Sobre esse assunto eu converso agora com Marcelo Favalli, apresentador do Conexão.
00:19Favalli, boa noite pra você. Explica pra gente como funciona essa presença militar americana na Venezuela.
00:26Boa noite, Cris Pelágio. Explico com riqueza de detalhes. Cuidado com os calafrios.
00:33Vou explicar, mas não gostaria. Gostaria de falar mais de paz do que de guerra.
00:37Mas tem muita gente atenta, inclusive os venezuelanos, e nós passamos do limite do preocupante.
00:44Boa noite mais uma vez. Se é possível falar boa noite com esse cenário de guerra.
00:48Boa noite pra você que nos acompanha.
00:50Vamos dar uma olhada numa história que se estende por dois meses.
00:54Começou em agosto o posicionamento militar com equipamentos de alta capacidade de guerra dos Estados Unidos,
01:03aqui na costa, na parte norte da Venezuela, e criou-se, pra dizer o mínimo, um clima de tensão.
01:10E agora os americanos subiram o tom de ameaça.
01:14O que aconteceu? Saiu da Lusiana, pelo menos, um grande bombardeio americano, ladeado por outras aeronaves.
01:24Obviamente, isso é guardado com muito sigilo e foi observado pelos radares da Venezuela e por sistemas internacionais que fazem o monitoramento do tráfego aéreo.
01:34Então, a gente tem aí aeronaves, no plural, pelo menos um bombardeio de grande porte, mas daqui a pouco eu chego especificamente nesse avião.
01:45Eles voaram cerca de 3.500 quilômetros entre a base da Lusiana e os limites territoriais da Venezuela,
01:53quer dizer, os aviões encostaram ali nos limites da parte marítima da Venezuela até as águas internacionais e voltaram.
02:06Não foi disparado nenhum tipo de tiro, nada disso.
02:10Mas já foi um recado dado e, pra bom entendedor, meia palavra, basta, pingo, é letra.
02:16Mas, tirando essas aeronaves, tirando o capítulo dessa quinta-feira, qual é a situação que, repito, se estende por dois meses?
02:24Há 10 mil militares altamente bem treinados dos Estados Unidos aqui nessa costa caribenha, em águas internacionais, todos eles mirando a Venezuela.
02:37Desses 10 mil militares, 4 mil são entre fuzileiros navais e integrantes da Marinha treinados para um desembarque e uma situação de guerra.
02:50Lembrando que os fuzileiros navais são um corpo das Forças Armadas dos Estados Unidos muito bem treinados para incursões de guerra em situações específicas.
03:02Oito navios aí de combate, sendo eles destroyers e, pelo menos, um cruzador com mísseis guiados e um grupo anfíbio, ou seja, capaz de se aproximar da costa venezuelana e fazer o desembarque de tropas.
03:20E um submarino nuclear significa que ele tem capacidade de propulsão nuclear, ou seja, ele pode passar meses debaixo d'água, não necessariamente ele tem uma ogiva nuclear, mas ele pode ser equipado com esse tipo de equipamento.
03:36Calma, que agora vai piorar.
03:37Eu vou pedir a próxima arte para a gente ver detalhes aí desses equipamentos que estão aí, porque eu fui atrás desses detalhes.
03:44Em Porto Rico, que é controlado pelos Estados Unidos, é um território autônomo, mas ligado legislativamente aos Estados Unidos e muito perto da Venezuela, existem caças F-35 que podem ser acionados no estalar de dedos.
04:04Eles têm as tropas chamadas de Minutemen, quer dizer, os pilotos estão sempre de prontidão para um tipo de ação.
04:12Nós estamos falando de um equipamento aqui, um caça de guerra, desses que são, estão na lista ali, dos equipamentos mais modernos dos Estados Unidos.
04:21Eles não são moderníssimos, mas estão entre as unidades de ataque mais bem preparadas dos Estados Unidos.
04:28E o PH Poseidon, que parece aqui um avião de carga, mas não é.
04:33Ele tem uma ação muito específica de patrulhamento marítimo e pode fazer ataques contra inimigos do mar, inclusive submarinos.
04:44Vou pedir aqui a próxima arte para a gente continuar explorando e aí que vamos à notícia dessa quinta-feira.
04:50Tem também os chamados MH-6, Little Birds, helicópteros, capazes de levar pequenas tropas ali e fazer um posicionamento de soldados em terra.
05:03E aí que eu queria chegar no tal do B-52 Stratofortress.
05:10Numa tradução, é uma fortaleza voadora.
05:13Ele leva 32 mil quilos de armamento prontos para serem despejados no inimigo.
05:21Essa é a quantidade de bombas que cabem nesse que é um dos maiores bombardeios do mundo.
05:27Agora, os detalhes eu deixei na próxima arte, que é isso que nos dá arrepios.
05:32Este que sobrevoou ali as costas da Venezuela para dar um recado muito claro que os Estados Unidos não descartam uma ação militar.
05:42Vamos conhecer esse bombardeio, o Stratofortress.
05:46É o seguinte, ele é capaz de voar 14 mil quilômetros.
05:49Ou seja, essa distância entre a Lusiana, onde ele fica baseado até a Venezuela, 3.500 quilômetros, ele vai e volta, vai e volta, sem precisar reabastecer.
05:5932 mil quilos, 32 toneladas de diferentes tipos de armamento, inclusive as chamadas drop bombs ou mísseis teleguiados,
06:11tanto para alvos em terra, para alvos no mar.
06:14E a função é ataques estratégicos, apoio aéreo de aproximação, ou seja, sabe aqueles oito navios, os helicópteros, os caças?
06:24O Stratofortress pode ir fazendo toda uma cobertura para uma eventual invasão.
06:31Então, um sobrevoo desse avião, dessa aeronave, na costa da Venezuela é um recado, é um aceno.
06:39Olha, podemos estar preparados para um desembarque de tropas.
06:44Operações marítimas, então, ele também tem uma enorme função de ajudar esse avanço por mar.
06:52Agora, nem necessariamente precisa tirar esses aviões dos Estados Unidos,
06:55porque os Estados Unidos têm bases fora da costa americana, no Caribe.
07:02E caso ele seja colocado numa situação de guerra, ele poderia ter apoio de reabastecimento de mantimentos, de equipamentos, de combustível,
07:13na base naval de Guantanamo, que fica em Cuba, Porto Rico e Curaçal, que fica a 60 quilômetros da Venezuela.
07:21Fora o equipamento, os Estados Unidos têm muitas margens para pouso.
07:26Para a gente encerrar, a última arte aqui, por que a Venezuela tem feito, quer dizer, desculpa,
07:32por que os Estados Unidos têm feito isso contra a Venezuela, numa tensão de dois meses?
07:36A justificativa da Casa Branca, do Donald Trump, é um combate ao narcotráfico.
07:41Vamos lá.
07:42Primeiro, forças mais preparadas para isso não são exatamente os militares.
07:48Existe uma força-tarefa conjunta criada nos Estados Unidos, que é a segunda força expedicionária de fuzileiros navais.
07:55Estes, sim, são mais treinados para um combate do narcotráfico.
08:00E a guarda costeira, que não está envolvida nessa operação de guerra.
08:05O papel do exército, não só dos Estados Unidos, mas de todos os países,
08:08são conflitos convencionais em larga escala.
08:12O que eu quero dizer?
08:13Que essa justificativa do Trump contra o Maduro de tentar combater o narcotráfico não é bem por aí.
08:20Mas aí, para encerrar mesmo a última arte, para a gente não poder perder de vista
08:25uma relação entre Estados Unidos e Venezuela, que é a dependência do petróleo.
08:29Eu tenho uma próxima arte aqui, que mostra a quantidade de petróleo na Venezuela.
08:36São 300 bilhões de barris por dia, a maior reserva de petróleo do mundo.
08:40E os Estados Unidos são muito dependentes do petróleo venezuelano.
08:44Eles compram 295 mil barris por dia.
08:50A Venezuela é o terceiro maior fornecedor de petróleo.
08:53Então, sempre que a gente olha para esse conflito,
08:55ah, tem narcotráfico, tem dois presidentes que se vociferam,
08:59mas a gente não pode perder isso aqui, divisão.
09:02Então, sempre tem o grande Deus chamado dinheiro.
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