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Direto do Energy Summit 2025, Celso Cunha, presidente da Associação Brasileira de Atividades Nucleares, destaca o papel estratégico da energia nuclear na matriz elétrica brasileira. Com previsão de até 10 novas usinas até 2050, o setor também avança em saúde, exportações e defesa.

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Transcrição
00:00O Brasil ocupa um papel central no debate global sobre energia limpa e inovação.
00:18Em novembro, Belém vai sediar a COP30 e a partir de hoje, o Rio de Janeiro realiza o Energy Summit 2025,
00:25um dos maiores eventos da América Latina sobre sustentabilidade e transição energética.
00:31Em parceria com o prestigiado MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts,
00:36o encontro deve reunir mais de 10 mil pessoas e mais de 3 mil empresas até quarta-feira.
00:43A repórter Aline Pacheco está acompanhando os destaques do primeiro dia e traz para a gente as informações ao vivo do Rio.
00:49Mais uma vez, boa tarde, Aline.
00:50Oi, Thurs, boa tarde a todo mundo.
00:56Olha, um desses assuntos que está girando bastante aqui é sobre a nuclear.
00:59E quando a gente fala sobre isso, a gente está sempre pensando em relação às usinas.
01:03Mas a importância da energia nuclear, principalmente aqui no Brasil,
01:06a gente tem que ir aí incluir alimentos, também o setor médico, toda a medicina voltada para isso.
01:11Por isso, a gente fez um convite especial e eu quero agradecer aqui,
01:14porque o presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento de Atividades Nuclear,
01:18Ari Celso, teve um minutinho para ver aqui bater um papo com a gente,
01:23porque daqui a pouco ele vai entrar numa mesa muito importante com esse debate.
01:26Queria que o senhor começasse dizendo para a gente, então, qual é a importância,
01:29a real importância da energia nuclear aqui para o Brasil?
01:32Olha, o Brasil, se a gente olhar na questão do setor para a geração de energia,
01:39o Brasil tem uma das melhores matrizes do mundo de geração de energia elétrica.
01:44Só que avançamos demais na questão das solares e eólicas.
01:50Isso trouxe muita intermitência.
01:51Então, a gente precisa de energia que está ali 24 horas por dia, 7 dias na semana e não tem oscilação.
01:58Hoje a gente consegue isso usando as hidrelétricas, mas 40% delas tem mais de 40 anos,
02:05então não foram feitas para ficar suportando essa variação toda.
02:09E térmicas, essas térmicas próprias nucleares, a carvão, a gás e a óleo, principalmente na Amazônia.
02:18Então, essa energia, ela vem exatamente para dar suporte para o sistema,
02:23para você garantir que essas oscilações não vão derrubar o sistema,
02:28como aconteceu em 23 de agosto do ano passado.
02:31Tivemos uma grande oscilação provocada pela solar eólica.
02:34E quem ficou de pé nesse momento?
02:37A térmica carvão, que está amaldiçoada pela sua natureza,
02:41e as nucleares, que são limpinhas.
02:44Elas não têm emissão de gases e efeito estufa.
02:47Então, ela tem uma importância muito grande,
02:49tanto que o Plano Nacional de Energia 2050 prevê a construção de até 8 a 10 gigawatts,
02:56ou seja, em torno de 8 novas usinas nucleares no Brasil até 2050.
03:00Agora, não passa só por aí.
03:04A gente tem que falar, tratamento do câncer.
03:06Nós estamos construindo agora, porque nós importamos esses radiofármacos,
03:10que fazem não só o diagnóstico, como o tratamento.
03:16O Brasil, durante a pandemia, foi um problema de abastecimento.
03:19E hoje em dia, ainda é um problema de abastecimento.
03:22Agora mesmo, nós estamos com um problema de abastecimento
03:24de alguns radioisótopos que vêm de Israel,
03:28que estão no meio da confusão.
03:29Não está vindo.
03:32Então, nós temos que ter o nosso.
03:34Estamos construindo o reator multipropósito brasileiro em São Paulo, em Iperó,
03:39que vai produzir parte desses radiofármacos,
03:42vai fazer pesquisa e outras questões também.
03:46Temos o submarino, a propulsão nuclear.
03:49Ou seja, você tira o diesel do submarino
03:53e você passa a ter a energia nuclear,
03:55que vai funcionar ali durante muitos e muitos anos.
03:58Então, passa por também esse ponto.
04:02Também temos na área de conservação de alimentos.
04:05O Brasil nem tanto, fora do país isso é mais difundido.
04:09Os alimentos irradiados, eles duram seis meses, um ano, cinco anos.
04:14Você, para exportar, hoje você perde quase 30% do que você exporta.
04:19Por quê?
04:19Fica maduro antes do tempo, apodrece, estraga, o que for.
04:24Uma fruta, por exemplo, irradiada, ela pode durar seis meses.
04:28E o traço disso é zero.
04:30Não tem nenhum malefício para a saúde humana.
04:34E você pode exportar.
04:35Então, imagina você ganhando novos mercados, principalmente os mercados orientais,
04:40onde você tem que sair com um navio daqui e chegar do outro lado do mundo.
04:44Chegar no Vietnã.
04:46Vietnã não, porque o Vietnã faz irradiação.
04:49Então, para nós é muito importante a gente incentivar isso.
04:54Não podemos deixar de dizer que o Brasil tem a sexta maior reserva de urânio do mundo.
04:58E só pesquisamos um terço do território.
05:02Se acabar de pesquisar o resto, provavelmente seremos a primeira, a maior jazida do mundo em urânio.
05:10Nós dominamos todo o ciclo de produção do combustível.
05:14Então, muitos países sabem produzir combustível, mas não tem urânio, mas não tem tecnologia para determinar coisas.
05:21Nós temos todo o ciclo.
05:22Nós temos essa capacidade.
05:24Então, em vez de a gente ficar vendendo urânio ou vendendo ferro, que é o que a gente faz muito,
05:30a gente vai vender as pastilhas para alimentar as usinas nucleares do mundo.
05:35E isso está crescendo imensamente.
05:38Nesse momento, é um grande boom.
05:40A ONU fez uma mega declaração.
05:43Sem energia nuclear, não há transição energética.
05:48Por quê?
05:48Porque é simples.
05:50É tanta energia fóssil que nós temos que mudar, fazer a transição, que é impossível uma única fonte resolver esse problema.
06:00Isso é um problema de muitas gerações e o nuclear já tem uma decisão tomada de gerações.
06:06Quando nós entramos na década de 40 no setor nuclear, é uma decisão tomada para gerações futuras.
06:13Então, nós temos que tomar conta do que tem aí, do que já fizemos e do que vamos fazer.
06:18Isso é a mesma coisa que a gente tem que cuidar.
06:22E tem todo o lado positivo que a gente tem que olhar para essa questão.
06:30Só para a gente entender e para encerrar, para cada 1 bilhão que a gente investe, retorna 3,2 bilhões,
06:38de acordo com o estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas.
06:41Então, isso é geração de emprego, isso é geração de renda, de PIB e de tudo mais.
06:45É indiscutível, não é verdade?
06:46Muito obrigada pela sua participação.
06:50Tursi, voltamos com vocês.
06:51Obrigado, Aline.
06:52Obrigado também ao Celso Cunha pela entrevista.
06:54Celso, presidente da Associação Brasileira de Atividades Nucleares.
06:58Obrigado também ao Celso Cunha pela Atividades Nucleares.
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