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O presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), cancelou a sessão conjunta prevista para esta quinta-feira (16), que analisaria vetos presidenciais à Lei Geral do Licenciamento Ambiental. O adiamento atende a um pedido do governo, que busca negociações e possíveis acordos sobre a pauta. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), reuniu-se na véspera com Alcolumbre para discutir o tema. Ainda não há nova data definida para a sessão.
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NotíciasTranscrição
00:00Mas é verdade, de leste a sul, de norte a oeste, enfim, claro, pela internet também, pelo nosso WhatsApp,
00:04119-1325-8055, anota aí, pessoal, no 119-1325-8055, manda a opinião de vocês, concordando, validando,
00:13enfim, participando aqui com a gente.
00:15E claro, já dando pontapé inicial no programa de hoje, o pessoal proponho que a gente comece hoje
00:19com uma notícia que acabou de sair do forno e com certeza terá uma repercussão considerável nas próximas horas.
00:25Isso porque o presidente do Senado Federal, senadora Mapaense, Davi Alcolumbre,
00:30suspendeu a sessão no Congresso depois das falas polêmicas do presidente Lula,
00:35que, aliás, a gente vai repercutir logo mais por aqui.
00:38Esse cancelamento atendeu a pedidos da liderança do governo. Confere, Mano Ferreira.
00:43Exatamente, Marinho. É importante situar a nossa audiência que a sessão conjunta do Congresso Nacional
00:49analisaria os vetos do presidente Lula a respeito da lei de licenciamento ambiental,
00:57que é uma pauta muito importante, que terá impactos, inclusive, sobre a imagem brasileira
01:04no que diz respeito ao discurso que o governo adota para a COP30.
01:09A COP é logo ali.
01:10Exatamente, que é logo ali.
01:12E, depois das declarações do presidente, a leitura da própria liderança do governo no Congresso
01:19é que, se votasse hoje, o governo perderia a votação de forma acachapante.
01:26Por isso, é esse pedido de retirada estratégica que mostra a fragilidade da sustentação política
01:33do governo Lula no Congresso Nacional.
01:37Momento de crise entre os poderes, Marinho.
01:41Total, mas vamos tentar entender exatamente o que pode ter motivado isso.
01:45Temos alguns trechos de falas do presidente Lula.
01:48Confere, minha diretora, Lina.
01:50Isso, sim. Vamos lá. Então, vamos ouvi-lo.
01:53Porque o Hugo é presidente desse Congresso.
01:55Ele sabe que esse Congresso nunca teve a qualidade de baixo nível como até agora.
02:06Aquela extrema direita que se elegeu na eleição passada é o que existe de pior.
02:14Sabe? A gente não pode ter um presidente, sabe, que nega que existiu a Covid, o Covid, que nega a vacina.
02:22É o famoso chutou balde. Chutou balde vez qualquer eventual desgaste ou fracasso do governo,
02:29tentar terceirizar a culpa e colocar na conta do Congresso, que está longe de ser santo
02:33e está longe de estar eximido de qualquer culpa e cobrança.
02:36Mas, claro, tem um aspecto simbólico fortíssimo.
02:39E o problema com as consequências, mano, David, Jess e Fernando, é que elas sempre vêm depois.
02:44Quem acompanha aqui o Morning Show sabe bem disso.
02:46Proponho que a gente ouça agora a nossa repórter diretamente da capital federal, a Rani Veloso.
02:50Até porque tem todas as informações, os bastidores em torno da fala que o presidente disparou
02:57e também quanto ao cancelamento que atendeu a pedidos da liderança do próprio governo.
03:01É por aí, Rani. Bom dia.
03:06Bom dia, André Marinho.
03:08A você e a todos que nos acompanham ao vivo, direto de Brasília.
03:10É por aí sim, o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre,
03:14anunciou o cancelamento da sessão previamente marcada para analisar esses vetos da Lei Geral de Licenciamento Ambiental
03:21somente às 9 horas e 2 minutos da manhã desta quinta-feira.
03:26Portanto, em cima da hora do início da sessão do Congresso, isso por falta de acordo.
03:30Duas reuniões foram realizadas ontem com líderes do governo, inclusive,
03:35que avaliaram que não tinha clima e nem espaço para essa sessão,
03:40uma vez que eles previam uma derrota do governo.
03:44São 63 vetos de 400 pontos ao total dessa lei geral
03:49e esses vetos foram feitos pelo presidente Lula,
03:52que argumentou inconstitucionalidade e também evitar retrocessos ambientais,
03:59uma vez que um dos pontos prevê autorização do próprio município para obras.
04:04Então, diante dessa flexibilização, esses vetos haviam sido feitos
04:08e o governo queria chegar a um acordo, inclusive, com a oposição,
04:13sobretudo com a Frente Parlamentar da Agropecuária,
04:16que está sendo ali organizada pela senadora Tereza Cristina, do Partido Progressistas,
04:21e até analisava a manutenção do acordo para derrubar apenas parte dos vetos,
04:26apesar de ter uma pressão para que esses vetos fossem derrubados em bloco,
04:31ou seja, de forma integral.
04:33O que está por trás disso?
04:34Como você questionou, os bastidores dessa negociação,
04:37Davi Alcolumbre atendeu, de fato, o pedido da base do governo
04:41para evitar essa derrota.
04:43Seria mais uma depois da derrota da medida provisória
04:48que substituiria o aumento do IOF na semana passada pela Câmara dos Deputados.
04:53Além disso, também eu fiz uma apuração que o Partido Liberal,
04:58o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro,
04:59iria obstruir essa ação de qualquer forma.
05:03Então, nesse caso, tanto base quanto oposição estariam unidas
05:07para que essa sessão do Congresso não ocorresse.
05:11Já os motivos são distintos.
05:13Claro, a base para evitar uma derrota e a oposição, claro,
05:18para demarcar território, uma vez que não há avanço no Congresso
05:22sobre a pauta da Anistia.
05:24Porque aqui é assim, os assuntos se entrelaçam.
05:27E ontem, depois de reunião com o relator do PL e da dosimetria,
05:31Paulinho da Força, o líder do PL, Celso Ernesto Cabalcante,
05:34conversou com o presidente da Câmara, Hugo Mota,
05:36durante essa reunião.
05:38E o Hugo Mota falou que não tinha acordo para esse projeto ser aprovado
05:42no Senado, que havia falado com Davi Alcolumbre, presidente do Congresso.
05:47Portanto, não havia espaço para anistia no Senado.
05:50E o PL iria obstruir diante dessa resposta.
05:54Então, a gente fica, sim, lembrando que Davi Alcolumbre também
05:58é um daqueles que querem ter influência sobre a decisão de Lula
06:01em relação ao próximo ministro do Supremo Tribunal Federal.
06:05Ele é a favor que o indicado seja Rodrigo Pacheco,
06:08ex-presidente do Congresso, seu aliado de primeira hora.
06:11E, por isso, a votação desses vetos também deve ter influência.
06:16Até de outras pautas prioritárias para o governo.
06:19E outra coisa importante a gente ressaltar é que a gente está
06:23nas vésperas da COP, que inicia no próximo mês, em novembro, no dia 10.
06:29E, portanto, seria ruim para o Brasil,
06:33às vésperas de um evento da Conferência da Organização das Nações Unidas
06:36sobre Mudanças Climáticas, estarem apreciando vetos
06:40para afrouxar a legislação sobre o licenciamento ambiental.
06:45Volto com vocês.
06:45Diretamente de Brasília, Rani, obrigado pelas informações,
06:49esclarecimentos e, claro, vamos dissecar aqui com a bancada.
06:51Jess Peixoto, destrinchando muita coisa aqui para a gente apurar,
06:55enfim, analisar. Vai que é sua.
06:56Primeiro ponto, a fala do Lula.
06:58Quando o Lula vira e fala,
06:59presidente Hugo Mota, nunca tivemos um Congresso tão baixo nível.
07:03Vale mencionar que o presidente Hugo Mota
07:04é presidente da Câmara dos Deputados nesse momento
07:07e que está fazendo aí nos bastidores, todo mundo,
07:11conversei já com deputados à direita, deputados à esquerda,
07:13todo mundo vê o Hugo Mota como um fraco agente político.
07:17Todo mundo menciona os tempos de glória de Arthur Lira
07:21e nós saímos de uma figura super forte,
07:24que tratorava, que fazia acontecer, que conseguia, assim,
07:28e muitas dessas coisas eu acho que passava por cima
07:30até do próprio poder da Câmara dos Deputados,
07:33mas que, de fato, tinha esse respeito.
07:35E o Hugo Mota agora presencia um ataque à instituição,
07:38um ataque ali do presidente ao Congresso Nacional
07:41e permanece em silêncio com uma cara de paisagem.
07:45Então, assim, a realidade é que eu não entendo
07:47se o Lula foi aliado ou inimigo do Hugo Mota.
07:50Me pareceu muito mais inimigo.
07:52Na prática, fragiliza demais o Hugo Mota, né?
07:55Porque o principal dever de um presidente de poder legislativo
08:00é sempre dar respaldo para o trabalho dos seus colegas.
08:04Então, os colegas passam a ver o Hugo Mota
08:07como ainda mais enfraquecido
08:09quando a casa é alvo de crítica do chefe do executivo
08:13e o presidente da casa fica em silêncio com cara de paisagem.
08:17Não, e outro aspecto também é de não rebater.
08:20Ele estava presente no mesmo evento,
08:22teve o poder de fala,
08:23e aí, em vez deles chegarem e falarem assim,
08:25você que defende tanta soberania,
08:26esse congresso que, na sua concepção, é o mais fraco da história
08:30foi legitimamente eleito pelo povo.
08:33Então, eu peço respeito também.
08:35E quanto ao aumento de impostos,
08:38que é o que a gente defende para que não aconteça,
08:40o Congresso Nacional está aí para atuar.
08:42Por isso que o Hugo Mota é tão enfraquecido
08:44diante dos próprios parlamentares que ocuparam ali a mesa dele
08:47num dado momento que a gente mostrou bem aqui no Morning Show,
08:50justamente por causa dessa falta de postura
08:53em defender o parlamento.
08:54Parece que um poder fala mandarim com o outro.
08:58Não tem sequer qualquer perspectiva ali de alinhamento mínimo.
09:02A guerra do Executivo ante ao Parlamento e ao Congresso
09:05está mais do que declarada, né, Fernando?
09:07Só que, qual foi a reação do presidente Hugo Mota?
09:10Ele claramente culpou, evitou mencionar o presidente Lula,
09:13engoliu esse sapo gordo
09:15e acabou, enfim, atribuindo todo esse impasse
09:20à interferência do Supremo Tribunal Federal
09:23na liberação das emendas,
09:24que aí sim estaria travando o fluxo normal de trabalhos
09:27dentro do parlamento.
09:29O que mostra também que, enfim,
09:31é um apontando para o outro.
09:32São três homens-aranhas daquele famoso meme
09:34e nenhuma resolução.
09:36Parece que se o Lula está reivindicando
09:40que a popularidade dele está aumentando com a população,
09:43parece que não está aumentando com os representantes da população,
09:45que é o Congresso.
09:47O Lula tem que lembrar,
09:48ao falar que o Congresso tem um baixo nível,
09:51que a mesma população que elegeu esse Congresso,
09:54elegeu ele também.
09:55Então, se o nível do Congresso está baixo,
09:57o que há que se dizer do nível do Executivo?
10:00Então, assim, isso mostra esse esvaziamento,
10:03esse esgarçamento aí entre os poderes
10:05e mostra que está incomodando também
10:07esse movimento da população
10:09de cada vez mais estar colocando um Congresso mais à direita.
10:12Isso fica claro nesse incômodo,
10:14nessa manifestação do Lula
10:15e que vai continuar dividindo esses dois poderes,
10:20já que o direcionamento ideológico deles é diferente também.
10:23E um detalhe dentro disso é que
10:25eu até concordo com o presidente Lula,
10:28o nível está muito baixo.
10:29Por exemplo, nós tivemos um deputado federal do PSOL,
10:32o deputado Glauber, que ficou...
10:33Claro que já é uma brevíssima atualização,
10:35porque o próprio presidente Hugo Mota
10:37conversou com o presidente Lula
10:39no voo de volta à Brasília,
10:40onde ambos voltaram juntos, reunidos,
10:42dizendo que a relação entre os poderes
10:44precisa ser atualizada.
10:46Vamos ver na prática o que isso significa, Jess?
10:48Como eu estava dizendo,
10:50o deputado Glauber, para quem não se lembra,
10:52chutou um cidadão comum
10:54que estava ali fazendo perguntas a ele
10:56do Congresso Nacional,
10:57o Conselho de Ética decidiu sobre o tema
10:59e isso ainda não foi avaliado pelo pleno.
11:03Então, quando a gente fala sobre o Congresso,
11:06a gente também precisa lembrar desses casos
11:08que envergonham o Congresso de fato.
11:10Mas aqui tem um detalhe, André.
11:12Essa fala é sobre um poder instituído.
11:15Se essa fala fosse dita em determinado contexto
11:18sobre o Supremo Tribunal Federal,
11:20Lula trataria, como em muitos momentos trata,
11:22como um ataque às instituições,
11:25não se deve fazer isso mesmo
11:26sobre o poder executivo que ele compõe.
11:28Mas ele, o presidente da República,
11:30atacar, desqualificar o Congresso Nacional
11:33dessa forma, na cabeça dele,
11:35é aceitável.
11:36Isso mostra que são vários pesos e várias medidas.
11:39E dentro disso que você falou
11:41em relação à conversa dos dois,
11:42precisa ser atualizado mesmo,
11:44porque os poderes estão se batendo muito.
11:46mas, ao mesmo tempo,
11:48a gente precisa entender
11:49que não existe um plano claro
11:51em relação a determinadas pautas
11:53e determinadas situações.
11:54O governo tem, como política principal,
11:57aumentar todos os gastos possíveis
11:59e ir para um governo populista,
12:01aumentando também, como a gente viu aí,
12:02ficaram irritadíssimos com a queda da MP,
12:05a questão dos impostos.
12:06Então, a gente precisa estar muito atento.
12:08E voltando ao tema principal,
12:09que era a situação do Alcolumbre e o cancelamento,
12:13a grande questão aqui é o poder da FPA.
12:15A FPA é a Frente Parlamentar do Agronegócio
12:19e o que aconteceu ali
12:20foi que este projeto que o Lula colocou os votos
12:23é uma discussão de mais de 20 anos.
12:2589 entidades do setor produtivo,
12:28inclusive, escreveram uma carta à FPA,
12:31às autoridades,
12:32falando sobre como os vetos do presidente,
12:35eles estariam desregulamentando
12:36questões fundamentais para diminuir a burocracia.
12:40A esquerda quer que você acredite
12:41que este é o PL da devastação.
12:43Esse não é o PL da devastação.
12:46Esse é um PL que olha para diminuir a burocracia,
12:50com regulamentações claras
12:52em relação ao meio ambiente e outras situações,
12:55mas que também olha para o desenvolvimento econômico do país.
12:59A COP30 e a fotinha bonita,
13:02amamos o meio ambiente,
13:03não vale o desenvolvimento econômico do nosso país.
13:06O agronegócio constantemente defende a preservação ambiental,
13:09porque ela é fundamental para ele próprio até.
13:13Não apenas para a continuidade da vida,
13:14mas para ele próprio.
13:15Mas muitas das vezes nós vemos autoridades
13:17querendo pintar o agronegócio como ruim,
13:19mal, vil e inimigo do ambiente.
13:22Essa não é verdade.
13:23Ele é um amigo da produção no Brasil,
13:25da prosperidade no Brasil,
13:27e por isso os vetos devem cair,
13:29e iriam cair.
13:30De alguma maneira,
13:31até o próprio anunciamento lá no Rio de Janeiro
13:32do presidente Hugo Mota
13:33foi na linha de dizer que o Congresso aprovou quase tudo,
13:36quase tudo que o governo quis,
13:38claro, com vetos pontuais...
13:40Por isso são baixo nível, né?
13:43Alô, galera, hein?
13:44Estou falando que essa aqui
13:45não é nem mais a mente mais afiada,
13:47é a língua mais afiada.
13:48Vou atualizar o teu apelido.
13:50De qualquer forma, Mano Ferreira,
13:52eu não deixo de me surpreender um pouco.
13:54Eu sei que é uma daquelas coisas
13:55que meio que esse trem já saiu da estação,
13:57e o absurdo vai sendo naturalizado.
14:00Mas há não muito tempo nesse país,
14:02porque está claro aqui a tese do Hugo Mota,
14:04o problema central está na liberação de emendas,
14:07e o STF travou o fluxo dessas emendas
14:09para garantir a governabilidade.
14:11A tal governabilidade é o fisiologismo
14:13em seu estado mais puro.
14:15Pelo menos eles tinham pudor até pouco tempo atrás
14:17em se referir ao Toma Lá da Cá.
14:18Formadores de opinião, imprensa,
14:20criticavam o tal Toma Lá da Cá,
14:21mas parece que ele virou, sabe,
14:23a regra e não a exceção.
14:25Pois é, Marinho.
14:26E o pior é o seguinte,
14:28a gente vive uma total desfuncionalidade,
14:31no sentido de que nós temos a repartição
14:34de cargos e verbas sem qualquer clareza
14:38ou transparência sobre programa de governo.
14:42Esse foi um governo que se elegeu com cheque em branco,
14:45sequer apresentou plano de governo.
14:48E a toda hora, quando nós falamos
14:50sobre reforma ministerial, por exemplo,
14:53qual é o projeto que é colocado na mesa
14:57para ser tocado por um partido ou outro.
15:00Agora, a gente está falando, está repercutindo
15:03a demissão de cargos de segundo e terceiro escalão
15:07que tinham sido indicados por deputados
15:10do União Brasil, do PP e do PSD.
15:15Para realizar que projetos, com que objetivos,
15:19ninguém sabe, ninguém viu, não tem projeto.
15:23Há o mais puro fisiologismo.
15:25E agora veremos a substituição desses cargos
15:30que antes eram desses partidos por outros,
15:32possivelmente pelo MDB e até pelos republicanos,
15:36partido do governador Tarcísio,
15:39veja só como são as coisas,
15:41sem, novamente, qualquer debate transparente
15:46sobre o que vão fazer nesses cargos,
15:49qual é o objetivo estratégico,
15:52qual é o plano de governo a ser implementado.
15:55Não há.
15:56Este é um governo acéfalo.
15:59Falta projeto de país.
16:01E o que sobra no governo e no Congresso
16:04são os interesses paroquiais
16:06de auto-perpetuação eterna.
16:09É disso que se trata.
16:11Aparelham o Estado brasileiro
16:13de forma patrimonialista
16:14como cupins para o seu próprio interesse.
16:18Não, é interessante também como as coisas se casam, né?
16:21Por exemplo, a gente teve a notícia na semana passada
16:24de que o ministro do Supremo Tribunal, Flávio Dino,
16:27suspendeu a análise, pediu vista,
16:29em relação ao ferrogrão.
16:31Uma importante via que interligaria o Mato Grosso
16:33ao Estado do Pará,
16:34justamente por conta de uma decisão ambiental ali,
16:37esse entrave ambiental que existe
16:39em relação a um complexo nacional, né?
16:43De realmente preservação à natureza.
16:46E aí a gente tem no Senado agora
16:47essa suspensão também.
16:48Olha como as coisas se alinham, né?
16:51Coincidências acontecem.
16:52Mas aqui, a César, o que é de César?
16:55Em que sentido?
16:55Flávio Dino, ele tem...
16:57Eu tenho críticas a várias atuações dele.
16:59Mas na situação das emendas,
17:01é importante que as emendas,
17:02elas cumpram determinados critérios.
17:04A realidade é que as emendas no Brasil,
17:07elas se tornaram quase como se fosse um dinheiro
17:09que o deputado doa a um município.
17:11E sem um projeto claro,
17:13sem a necessidade, muitas vezes,
17:16de um plano de governo, plano de trabalho.
17:18Então, de fato, precisa aumentar
17:20a transparência em relação às emendas.
17:24Porque o que a gente viu acontecer nos anos recentes,
17:26é que as emendas mudaram totalmente o jogo,
17:29viraram uma influência ainda maior nas eleições.
17:33E a razão pelas quais os deputados
17:34estão tão desesperados com isso,
17:36é porque eles veem quase como se fosse
17:38a chance deles, em muitos casos,
17:40de se reelegerem.
17:41Hoje, eu vejo que o Supremo Tribunal Federal,
17:43em determinados momentos,
17:44ele está realmente em atribuições
17:45que são legislativas.
17:46E na minha visão, isso está equivocado.
17:48Só que quando a gente olha
17:49para esse caso das emendas,
17:51cabe ao judiciário fiscalizar e barrar
17:53e cobrar essa certa transparência
17:56que é fundamental para as contas públicas
17:57e para o Estado Democrático de Direito.
18:00É, meus amigos.
18:01O fato é o seguinte, presidente Lula,
18:02claramente, enfim, já...
18:04Como eu disse, chutou o balde,
18:05entrou no modo campanha,
18:06a conta vai ficando mais cara,
18:08mais alta, mais salgada,
18:09o preço, portanto, do centrão
18:10que sabe manobrar os meandros
18:12e os labirintos da política
18:13como ninguém aumenta também.
18:15E assim, quem é que paga essa conta,
18:17Bando Ferreira?
18:18Eu vou levantar para você cortar.
18:19O pagador de impostos, Marinho.
18:22Eu e você.
18:23É só no nosso, velho.
18:2410 horas e 21 minutos.
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