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O governo federal iniciou um processo de demissão de indicados de aliados ‘infiéis’ que votaram pela derrubada da medida provisória que ajudaria na arrecadação fiscal. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou que "quem não está sendo leal, não tem por que ficar". Reportagem: Misael Mainetti.

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Transcrição
00:00Agora falando sobre ambiente e ambiente tóxico, foi assim que ficou esse ambiente depois que alguns partidos que integram o governo acabaram votando pela derrubada da medida provisória que ajudaria na arrecadação no próximo ano.
00:13Aí o que aconteceu depois? O governo foi lá e exonerou de cargos alguns dos indicados de deputados que faziam parte da base aliada.
00:24Vamos entender com o Misael Mainete sobre essa estratégia, porque o que a ministra Glaze Hoffman diz é que isso faz apenas parte de uma, digamos, estratégia para reorganizar a base.
00:36Não é nenhum tipo de punição àqueles que não caminharam com o governo, mesmo depois de um acordo ter sido fechado pelo ministro Fernando Haddad.
00:44Fala aí, seu Misael. Bem-vindo.
00:46É, vai ter um pente fino de acordo com Glaze Hoffman.
00:53Evandro, muito boa tarde para você, para todo mundo que acompanha o 3 em 1.
00:57Ela está cobrando lealdade, pelo menos da base.
01:01Ela disse que a base não foi leal ao governo depois dessa derrota em relação ao IOF.
01:06Em entrevista ao Globo, ela disse que essa semana ela vai ter conversas com o presidente da Câmara, Hugo Mota, do Republicanos, e também com líderes partidários para descobrir, avaliar, analisar quem é que foi leal, quem é que não foi leal e fazer esse pente fino.
01:24E para a Glaze Hoffman não se trata de retaliação.
01:27Para ela é colocar ali tudo em ordem, colocar a casa em ordem.
01:31Ela falou que é uma reorganização da base, um direito e um dever do governo federal de fazer isso, dos aliados do presidente Lula.
01:40Nessa entrevista ela diz que é um direito e um dever do governo fazer isso.
01:44Quem está sendo leal ao governo tem que ser valorizado.
01:47E quem não está tem que pôr, não tem que pôr ficar nos cargos que estão atualmente.
01:53E aí ela destacou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se esforçou muito, trabalhou muito, mas para nada.
02:00Que esse projeto era um interesse de todos, não só da direita, mas também, ou melhor, não só do governo federal, da esquerda, mas também do centro, da direita, em relação ao que aconteceria no ano que vem, o pacote orçamentário.
02:15Mas que não teve motivo para essa retaliação por parte da base.
02:20E ali ela destacou nomes, por exemplo, como o senador Ciro Nogueira, do PP, do Piauí, também, Gilberto Kassab, nessa articulação que levou na derrota do governo em relação ao IOF.
02:34E, pelo que a gente conseguiu apurar, parece que as demissões já começam essa semana de alguns aliados, ou de quem eles consideravam, pelo menos, aliados na base.
02:45Vamos seguir acompanhando essas conversas entre a ministra e também os líderes partidários e ver se, durante a semana, vai ter alguma demissão em questão para a gente analisar.
02:58Valeu, Misael Mainete. Bom trabalho para você.
03:00Zé Maria Trindade, a ministra diz, olha, não é punição, mas não dá para você permanecer com pessoas que se dizem da base, mas não votam com essa base.
03:10Você entende que essa estratégia está correta em termos de governabilidade?
03:17Olha, o empreguinho difícil é esse da ministra Glaze, viu? Não é fácil, não.
03:23Deixa eu contar um segredo aqui para vocês.
03:27Não pense que a oposição, que vive xingando o governo e tal, não tem os pituricalhos, não tem os carguinhos, não tem os interesses.
03:37E eu te digo que os interesses, às vezes, são melhores do que cargos, né?
03:41Resolve o problema lá daquela indústria, daquele ano, sabe?
03:45Pois é.
03:45É, coisa grande.
03:47Todo interesse do governo é muito grande.
03:49Então, assim, os partidos de oposição, líder de partido como o PL e tal, não esse, né?
03:56Mas os anteriores têm.
03:59E aí, a Glaze chegou e ela deu um conselho.
04:04Falou, olha, nós temos que tratar adversários a pão e água.
04:09Adversário é adversário.
04:11E vamos reforçar a base governista.
04:12Aí disseram, não, não é bem assim, uma oposição com interesses do governo é melhor, ela fica mais educada e não sei o quê, não sei o quê, não sei o quê.
04:23Agora, a Glaze Hoffman está mostrando que ela tem razão, né?
04:27Oposição tem que ser oposição.
04:29Não se pode admitir o presidente de um partido de oposição que tenha interesses e cargos no governo.
04:36Tem que ser oposição.
04:37Me lembro de quando o Itamar Franco ganhou o governo de Minas e do PSDB.
04:44E aí, em seguida, na formação do governo, o presidente regional do PSDB foi lá conversar com o Itamar Franco.
04:52Ele recebeu.
04:53Aí ele disse, não, vocês não vão participar do meu governo, não.
04:57Vocês foram eleitos para ficar na oposição.
04:59Vocês vão ter que ser oposição a mim.
05:02Eu entendo que tem que ser desse jeito.
05:05Fala, Piper.
05:05É isso, quer dizer, o que é óbvio aqui no Brasil precisa ser reafirmado sempre, né?
05:12Isso é uma coisa interessante.
05:14Eu fico imaginando, por exemplo, se o governo, qualquer que seja o governo, chegar e falar assim,
05:19olha, governo e oposição bancada, os oposicionistas e situacionistas.
05:24Eu vou fechar com o Devasf.
05:26Na hora seguinte, o governo cai, vai sofrer um processo de impeachment.
05:33Liderado pela União.
05:34Liderado, pois é.
05:36Não se mexe.
05:37Ah, mas e a União é a favor ou contra o governo?
05:40Não interessa.
05:43Esse é um órgão que tem um manancial de cargos que tem que ser mantido intocado.
05:48Então, para muita gente é assim.
05:50Então, quando a ministra entra nesse jogo, é claro que ela também está mexendo com o vespeiro,
05:57mas ela também está chamando a atenção para um problema real.
06:00E veja, nesse afunilamento, nessa reta final, nesse último ano antes das eleições,
06:09é claro que muitos papéis eles são rediscutidos.
06:13Até porque, se até agora era importante conversar e fazer acordo com o Kassab,
06:21agora já não é tão importante assim, porque o governo vai e não faz acordo direto com ele.
06:27Vai lá e conversa na fonte com os caciques regionais.
06:32Por que ele tem que agora negociar com o Kassab?
06:35Se ele pode falar direto com o PSD de Minas, de Rodrigo Pacheco,
06:40com o do Rio de Janeiro, de Eduardo Paes, com o da Bahia, do Otto Alencar.
06:44Isso vale para todos os partidos.
06:46Nós vimos nos últimos dias ministros do União, do PT, do Republicanos e do PSDB
06:54e falam, bom, eu sou governo.
06:56Exatamente.
06:56E eu quero trazer para vocês também, porque o Piperno aqui está citando Kassab,
07:02porque há informação nos bastidores de que Gilberto Kassab atuou contra a medida provisória mesmo,
07:07fazendo parte do governo, assim como o Tarcísio de Freitas também,
07:10que está no Republicanos, que é um partido que integra também o governo com alguns cargos,
07:14mas atuou nos bastidores e ele foi até um protagonista para que essa medida provisória não avançasse.
07:18Então, mesmo havendo, digamos, cargos oferecidos a esses partidos,
07:24não necessariamente eles estão dispostos a negociar tudo aquilo que é necessário.
07:28Agora, Alangane, eu te pergunto, trazendo um outro elemento para a nossa conversa
07:31e que a gente contou de informação para a nossa audiência no nosso 3 em 1,
07:35que é o fato de os presidentes da Câmara e do Senado,
07:38a partir do momento que discutem a lei de diretrizes orçamentárias,
07:41manterem os pagamentos e o calendário de emendas PIX.
07:45Ou seja, eles não estariam, eles não estão dispostos a abrir mão disso.
07:50Então, você acha que entregar uns carguinhos não faria diferença
07:54desde que se tenha ali a emenda bonitinha caindo na conta do jeito que se espera?
08:00Olha, eu acho que...
08:02Eu quero ouvir você depois também, Zé, sobre isso,
08:04porque o Zé é um cara que acompanha muito de perto esse lance relacionado às emendas
08:08e o quanto o pessoal do Congresso gruda na bicha e não sorta.
08:12Olha, Evandro, eu acho que mudou muito com as emendas,
08:15porque hoje, com a garantia das emendas chegando para o teu grupo,
08:20para o parlamentar, diferentemente do passado, Evandro,
08:24você não precisava dessa...
08:26Você precisava, melhor dizendo, de cargos,
08:29você precisava ali de um ministério.
08:32Hoje, não.
08:33Hoje, com as emendas, você tem ali o dinheiro impositivo
08:37chegando ali na tua conta.
08:39Então, você fica menos refém deste jogo político,
08:43do toma lá, dá cá, com cargos e com ministérios.
08:47É claro que ainda conta muito,
08:49mas eu vejo que hoje, com as emendas,
08:53você fica menos refém dessa situação.
08:56Agora, de qualquer modo,
08:58essa derrota da MP 1303, Evandro,
09:01mostra que, por hora, o Centrão está na oposição ao Lula.
09:08Para 2026, já pensei em 2026.
09:10É, já está pensando em 2026,
09:11até para tentar manter aquela estratégia de não se fragmentar,
09:14de não fragmentar a direita,
09:17para não perder a competitividade,
09:19caso o nome de Lula seja aquele que vá, de fato, para as urnas.
09:22Ô, Bruno Musa, já vou passar para você,
09:23mas é, só quero ouvir de você
09:26se esse lance relacionado às emendas
09:27faz parte de uma estratégia
09:29para não ter tantas perdas em relação a cargos.
09:34Pois é.
09:35Olha, as emendas parlamentares,
09:37eu diria, sem nenhuma sombra de dúvida,
09:39estão administrando o país.
09:42É através das emendas parlamentares
09:44que os deputados garantem a sua reeleição e tal.
09:47Me disse o deputado Hildo Rocha esses dias
09:50de que existem no Congresso Nacional, hoje,
09:53uma bancada de administradores de emendas parlamentares
09:57que não estão nem aí para o processo legislativo.
10:01Não discute o projeto, não quer saber,
10:04vai lá e o mínimo e administram
10:06de 40 a 60 milhões de reais por ano.
10:11Isso é muito.
10:12Eu encontrei com o senador,
10:14esse senador do Maranhão, Roberto Rocha,
10:16e ele me mostrando que criou,
10:19e eu vou trazer aqui detalhes mais na frente,
10:21ainda nesta semana,
10:23o emendômetro.
10:25O emendômetro que ele mostrou
10:27é o caminho das emendas parlamentares.
10:29E traz absurdos, assim,
10:31de gastos de uma emenda parlamentar
10:33em dois milhões de reais
10:34para fazer um portal numa cidade pequena.
10:37Um portal, tipo lá, na Champs-Élysées,
10:40não tem o Arco de Triunfo.
10:42Então, deve ser alguma coisa parecida, né,
10:45para gastar dois milhões de reais
10:47num portal numa cidade do interior do Maranhão.
10:50Essas emendas estão dominando
10:53todo o processo político.
10:55Ir contra elas é ir contra uma força
10:57muito grande no Congresso Nacional.
10:5955 bilhões do orçamento com esse dinheiro.
11:03Então, todo o processo político está aí.
11:05O grande desafio do governo,
11:07e vai perder,
11:08é a LDO,
11:09Lei de Diretrizes Orçamentares.
11:11E os deputados e senadores
11:12querem colocar lá
11:14que as emendas PIX,
11:16de saúde e de social,
11:19terão que ser liberadas,
11:20obrigatoriamente, né,
11:22no primeiro semestre.
11:23Isso significa antes das eleições.
11:25Então, assim,
11:27essas emendas parlamentares
11:28estão dominando o processo político.
11:31Fala, Bruno Mousa.
11:34Pois é, e a gente vê que
11:36conforme os gastos continuam crescendo,
11:40essas emendas que fazem parte
11:42dos gastos discricionários
11:44dentro do orçamento,
11:45que já representam 7, 8%
11:47do total do orçamento,
11:49aquele que a gente sempre menciona,
11:50que a própria Simone Tebet falou
11:52que em 2027 acaba esse orçamento,
11:54o próprio governo já começa
11:56a ventilar a possibilidade,
11:58o único caminho,
12:00de congelar determinados,
12:02alguns bilhões,
12:03das próprias emendas,
12:04uma vez que precisa cortar os gastos,
12:06corta-se também as emendas.
12:08Cortando as emendas,
12:09a gente vê aquele fisiologismo
12:11do Centrão
12:11não aprovando as próprias pautas
12:13do governo.
12:14Se não me engano,
12:14eu estava vendo uma matéria
12:15em que esse Lula 3
12:17é o menor governo do século
12:19que conseguiu aprovação
12:20dentro do Legislativo,
12:21muito menos do que o Lula 1
12:23e o Lula 2
12:24e os outros governos
12:25que tivemos também
12:26ao longo desse tempo.
12:27Então, tudo isso
12:28coloca o governo
12:29numa própria sinuca de bico.
12:31Ora,
12:31se eu corto
12:32e dependo do Centrão
12:33para aprovação
12:34das pautas essenciais,
12:36que o governo considera essencial
12:37para a manutenção
12:38do projeto de poder deles,
12:40se eu dependo das emendas
12:42e as emendas estão
12:43com outros gastos,
12:45aglutinando
12:45e acabando com os gastos
12:47não obrigatórios,
12:48espremendo o orçamento,
12:49para onde eu vou?
12:50Será que eu consigo aprovar
12:52sem as emendas?
12:54E se eu solto as emendas
12:55e acabo com o orçamento,
12:57como é que eu faço?
12:58Veja a sinuca de bico
12:59que eu falo sempre.
13:01Ou teremos uma correção
13:03via mais dura,
13:05ou seja,
13:06via inflação,
13:07da própria dívida,
13:08ou teremos que,
13:09sim ou sim,
13:10fazermos os cortes essenciais
13:11das reformas
13:12que o país demanda.
13:13O que é que eu faço?
13:14O que é que eu faço?
13:15O que é que eu faço?
13:16O que é que eu faço?
13:17O que é que eu faço?
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