No Direto Ao Ponto, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) desqualifica a narrativa de que o 8 de Janeiro foi uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, traçando um paralelo com a Venezuela.
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00:01Pois é, o senador ele foi adido na Venezuela, adido militar, também foi comandante de um pelotão de selva no Amazonas.
00:11Obrigado, obrigado de selva.
00:13Não é exatamente uma montanha que é a melhor arma do exército brasileiro, não é uma montanha mas é uma arma muito importante.
00:21Então o senhor conhece bem a região, conhece a Venezuela, eu andei conversando com alguns comandantes
00:26e eles dizendo da possibilidade de uma intervenção norte-americana na Venezuela.
00:34Eu queria perguntar, houve um momento ali que até entendem que não foi bom que o presidente ou então presidente Bolsonaro retirou toda a representação da Venezuela
00:45e se impediu que o Brasil tivesse conhecimento do que acontece lá dentro desse país em um regime fechado.
00:53Qual é a real situação da Venezuela hoje, senador?
00:58Maduro dispõe de armas, eu sei que houve um determinado momento que gastou muito dinheiro nisso.
01:03Qual é a situação da Venezuela?
01:05Ela pode resistir?
01:07Como é que é isso?
01:08Olha, Zé Maria, a Venezuela é um case que tem que ser estudado e tem muita coisa escrita a respeito,
01:14e todo o processo político, né, instaurado desde a tentativa de golpe que o Chaves fez.
01:21Ali foi tentativa de golpe, gente, pra valer.
01:24Chaves saiu do quartel com a tropa dele, atacou a casa do presidente da república, atacou o palácio, morreu gente.
01:31Isso é golpe, golpe mesmo.
01:33Bom, feito esse parênteses, desde que esse processo se iniciou, ele levou, né, o país a uma debacle,
01:42talvez nunca vista aqui na história da nossa América Latina.
01:46Oito milhões de venezuelanos se estima que estão vivendo fora da Venezuela, né.
01:51Isso num país de uma população de 27, 28 milhões, seria a mesma coisa que vamos dizer que aqui 70 milhões,
01:5960 milhões de brasileiros tivessem saído do Brasil, pra entenderem a dimensão dessa tragédia.
02:05E, óbvio, né, aí o narcotráfico se infiltrou, lamentavelmente as Forças Armadas Venezuelanas
02:11estão envolvidas totalmente nesse processo, e agora os Estados Unidos faz uma operação abafa.
02:17Mas, dada a complexidade do país, dada a complexidade do terreno,
02:22eu julgo que não haverá uma intervenção militar do padrão que foi feito em outros momentos da história,
02:29e quando houve a intervenção em Granada, no Panamá, República Dominicana, né.
02:34Então, acho que vai haver mais essa pressão numa tentativa de que o Maduro abandone o poder,
02:41mas que eu acho difícil.
02:42E, óbvio, a Venezuela tem uma certa capacidade de defesa, tem uma força aérea ainda atuante,
02:47mas que não é páreo pra força aérea americana.
02:51Agora, todos nós sabemos, pode bombardear, pode lançar míssil,
02:55mas na hora H tem que ter tropa no terreno,
02:59e tropa no terreno significa combate corpo a corpo, aí a coisa muda de figura.
03:04E falando em Venezuela, senador, o senhor concorda com a entrega do Prêmio Nobel da Paz
03:08pra Maria Corina Machado?
03:11Concordo, Evandro.
03:12Eu conheci a Marina Corina Machado em 2003,
03:14quando eu tava na minha ditância lá na Venezuela,
03:17e ela iniciou os movimentos contra o Chávez,
03:20você vê, são 22 anos que essa moça tá nessa luta,
03:23e ela não esmoreceu em nenhum momento, né.
03:26E em nenhum momento buscou qualquer solução de força
03:29para a mudança do regime que se instaurou na Venezuela.
03:32A Maria Corina é uma gigante e mereceu esse prêmio.
03:36E como o senhor avalia a maneira como o governo se posicionou
03:39diante do Prêmio Nobel entregue a ela?
03:41O governo tinha esperança que o prêmio fosse entregue ao nosso presidente, né,
03:48mas o papel exercido aí pelo presidente da república
03:52não chega a poder competir com aquilo que a Maria Corina vem fazendo.
03:56Colocando aqui que são 22 anos que ela tá nessa luta
04:00no sentido de devolver a dignidade e a liberdade do povo venezuelano.
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