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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou o início das festividades do Natal nesta quarta-feira (01). O discreto ocorreu em meio às tensões entre os EUA e o país sul-americano, com o mandatário venezuelano alegando que “a população tem direito à felicidade”. Assista aos comentários de Roberto Motta, Thulio Nassa e Nelson Kobayashi no programa Os Pingos nos Is.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/6UUObzmtDGE

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Transcrição
00:00Uma vaga dessa exclusiva.
00:02Tá certo, a gente segue acompanhando essas movimentações.
00:05Tem mais uma notícia, o Natal, o Natal chegou mais cedo na Venezuela,
00:10após Nicolás Maduro ordenar o início da festividade para esta quarta-feira, 1º de outubro.
00:16Este é o segundo ano consecutivo em que o regime adota essa medida,
00:20alegando que a população tem o direito à felicidade,
00:23além de buscar um cenário positivo para a economia.
00:26O decreto acontece em meio às tensões com os Estados Unidos,
00:30com navios de guerra norte-americanos em águas internacionais,
00:34bem próximos à costa da Venezuela,
00:37e com o Donald Trump reforçando, sim, a possibilidade das ofensivas ocorrerem
00:42dentro do regime, dentro do território venezuelano.
00:46Começar essa com o Túlio Nassa, Maduro ordenando a comemoração do Natal,
00:52nesse 1º de outubro, antecipando a festividade.
00:57É um universo paralelo, né?
00:59Agora, a população compra esse tipo de loucura de Nicolás Maduro, Túlio?
01:07Olha, Caniato, é até difícil comentar sem dar risada, né?
01:10Seria cômico se não fosse trágico.
01:13Olha só, o Natal é uma comemoração religiosa, cultural, milenar,
01:18na qual as pessoas sentem realmente essa comemoração na data em que elas são acostumadas,
01:24na data em que elas acreditam que veio o menino Jesus
01:27e faz sentido comemorar todos os princípios do que está em torno do Natal no dia 25 de dezembro.
01:33Você ficticiamente antecipar isso por uma questão política,
01:37é o puro suco da ditadura, Caniato.
01:40Eu me recordo aí da Rússia que diz o seguinte,
01:43se alguém falar que o conflito na Ucrânia é guerra, é 15 anos de prisão.
01:47Mas o que é o conflito na Ucrânia? É guerra.
01:50O Natal, quando que é o Natal? O que é o Natal?
01:53É a comemoração do nascimento de Jesus Cristo, que é 25 de dezembro.
01:57Então, assim, são medidas que mostram aí a psicopatia de alguns personagens,
02:03ditadores do mundo afora, que falta um pouco de juízo, bom senso e democracia, Caniato.
02:11Pois é, segundo ano consecutivo que o Natal é comemorado em outubro, Mota.
02:17Ditaduras costumam ser debochadas, Caniato.
02:23Não basta oprimir, explorar e silenciar os cidadãos.
02:29Ditadura, que é ditadura de verdade mesmo, tem que esculachar.
02:34Porque os ditadores, eles não obedecem nem às regras que eles próprios inventam.
02:41Por isso, minha gente, é um erro achar que ditadores respeitam limites.
02:48É um erro que continua sendo cometido por muita gente boa, bem intencionada,
02:54mas ingênua, que acha que é possível acomodar, negociar, chegar a um acordo.
03:01Não vai rolar.
03:03Agora, só nos resta aguardar e ver que surpresa Papai Noel vai trazer pro Maduro.
03:13Pois é, o decreto aconteceu em meio a essa tensão entre a Venezuela e os Estados Unidos,
03:18até muitos projetando que os Estados Unidos poderiam atuar em território venezuelano.
03:25Porque ataques já aconteceram, mas em águas internacionais, né?
03:29Ataques contra embarcações que estariam transportando drogas para o território norte-americano.
03:36Você, Koba, como avalia essa estratégia de Maduro pra, talvez, ludibriar a população?
03:43Olha, tá tudo bem por aqui, vamos comemorar o Natal.
03:46É um pão e circo com características natalinas, nesse caso, né?
03:53Daí você desvia todo o foco da população, você desvia o ânimo das pessoas,
03:59você tenta trazer um pouco de paz pela paz do Natal,
04:03você tenta trazer um pouco mais de união familiar,
04:05você muda o rumo da visão das pessoas.
04:08E essa é uma característica do ditador, né?
04:11O ditador pode tudo.
04:12Ele muda até a data de nascimento de Cristo, nesse caso, né?
04:15Muda o aniversário.
04:17É até um desrespeito, Caniato, um desrespeito muito grande com a religião, no caso.
04:21Porque ele é o líder da Venezuela.
04:24Ditador que é.
04:25Pode se autoproclamar presidente eleito, como fez lá atrás.
04:28Teve até quem foi aqui do Brasil lá bater palma pra ele na sua posse.
04:32Só que ele não pode mexer com uma data que é da religião, é da igreja.
04:37Quem instituiu esse dia, por seus motivos, foi a religião e os cristãos
04:41para o dia 25 de dezembro.
04:43É claro que se sabe, né?
04:45Um dos estudos mais aprofundados teológicos.
04:47Acho que não foi, de fato, dia 25 de dezembro.
04:49Tem todo o estudo a respeito disso.
04:52Mas é preciso respeitar a tradição, antes de qualquer coisa, né?
04:55A tradição também está envolvida nessa data.
04:58E o Nicolás Maduro só dá prova.
05:01Só comprova mais uma vez, como se precisasse de comprovação.
05:05Comprova mais uma vez o seu nível de ditadura,
05:08de desapreço à democracia, de desapreço à religião e de metodologia que é de desviar
05:14o foco, já que a Venezuela tem muitos, mas muitos outros problemas.
05:20Não é mudando o Natal de dezembro para outubro que ele vai resolver os problemas da Venezuela.
05:25Se os Estados Unidos quisessem, né, Túlio, resolveria esse problema utilizando alguns poucos
05:33mísseis, né?
05:33Ainda que Nicolás Maduro diga que chamou milhões de combatentes treinando a população civil
05:41para eventualmente enfrentar as forças norte-americanas, se utilizaria de técnicas e táticas de guerrilha
05:49para surpreender os norte-americanos, até esses dias nós exibimos um vídeo de um treinamento
05:54de civis, pessoas fora do peso, né?
05:58Alguma senhora segurando um rift, mal conseguiu segurar o rift.
06:02Até uma situação que beirava o ridículo, né?
06:05Mas para a gente entender um pouco qual é a dinâmica ali na Venezuela.
06:09Não me parece que seja o objetivo de Donald Trump invadir e retirar à força Nicolás Maduro
06:18do poder, mas qual lhe parece o cenário mais factível quando a gente olha para essas
06:24movimentações dos navios norte-americanos bem próximos à costa do regime, hein, Túlio?
06:31Pois é, Caniato.
06:33Muito embora Donald Trump seja imprevisível, não me parece realmente que ele vai ao ponto
06:39de invadir a Venezuela, retirar na força Nicolás Maduro.
06:43Veja, ele poderia ter feito isso em relação ao Hamas e não foi junto com Israel, não
06:48comprou a briga no chão, não colocou a sua infantaria ali para ir atrás dos terroristas.
06:53Ele também quer um prêmio Nobel da paz.
06:56Ele, no discurso da ONU, ele tem falado insistentemente que ele quer o diálogo, que ele é contra a guerra,
07:02que ele tem feito tudo para que os países entrem em paz, em acordos.
07:06Então não me parece que ele ultrapassaria essa linha, essa fronteira divisória entre
07:11o que ele está fazendo hoje e o que seria realmente uma invasão num território de um
07:16país soberano.
07:17Agora, é importante observar porque isso tem um sentido amesquinhado.
07:22Parece que Donald Trump está fazendo um grande absurdo ali.
07:24Não está.
07:25Olha só, 70% da droga que é produzida na Colômbia, 70% vai para a Venezuela e é escoada
07:33para os Estados Unidos e nós estamos falando de um narco-estado.
07:37Nós estamos falando daquele grupo lá, Solis, alguma coisa que eu não me recordo o nome,
07:42que tem ligações íntimas comprovadas por organismos internacionais com o governo de
07:47Maduro.
07:48Então a guerra que ele está travando é contra um narco-estado.
07:51Então é proporcional que ele coloque ali os navios em alto mar, que ele empenhe toda
07:57a força do exército, a inteligência do exército americano para essa guerra.
08:01Mas não me parece que ele vai comprar a segunda guerra, que é a invasão na Venezuela em si
08:06mesmo, Canhato.
08:07Pois é, várias pessoas da nossa audiência, enfim, fazendo comentários a respeito.
08:12O Oswaldino José, usando a ironia, ele está antecipando o Natal, porque pode ser o último
08:18Natal dele no comando do país.
08:21Você, Mota, as reflexões sobre a pressão feita pelos Estados Unidos contra a Venezuela,
08:27que teria quais alternativas, quais saídas?
08:32A negociação diplomática seria talvez a mais adequada para Nicolás Maduro, Mota?
08:40Eu acho que é uma possibilidade, se Nicolás Maduro considerasse essa possibilidade, mas eu
08:48acho improvável que ele pense nisso, Canhato.
08:51Eu acho improvável que ele abra a mão do seu feudo, ele tem um país todo obedecendo
08:57ao seu comando.
08:59Eu acho improvável que ele abra a mão disso para ir viver um exílio em algum lugar, né?
09:05Mas isso seria uma possibilidade, né?
09:07Quem sabe amanhã eu não vou dar uma volta aqui por Copacabana e encontro um venezuelano
09:14alto, bigodudo, andando por aqui.
09:17É uma possibilidade.
09:19Mas eu acho isso improvável e parece que o destino de Nicolás Maduro vai ser um pouco
09:26menos pacífico.
09:28Pois é, nas relações internacionais, né, Coba, muito se fala sobre dar uma alternativa
09:35a um ditador, né?
09:36Ou até pensar em uma saída honrosa.
09:38Algo parecido com essa reflexão que o Mota fez, né?
09:41Uma anistia para ele, para as principais autoridades, a possibilidade de ele viver em um outro
09:48país, livre, leve e solto, com os seus familiares.
09:52Você acha que a resolução desse problema e a saída para a população da Venezuela passa
09:58necessariamente por essa saída honrosa para Nicolás Maduro?
10:02Você sabe que esse é um dos pilares, né, Caniato, da justiça de transição, que é a justiça
10:08que justamente cuida dessa mudança de estados ditatoriais, autoritários para democracias,
10:15né?
10:15E um dos pilares é justamente esse, o do perdão para aqueles que colaboram com a transição.
10:22Perdão àqueles que teriam o que pagar, teriam o que responder.
10:27No caso de Nicolás Maduro, isso aconteceu em muitos lugares do mundo, inclusive no Brasil.
10:31Então, teria que ter nesse primeiro pilar o perdão, a anistia, né?
10:35Poderia ser atrativo para o Nicolás Maduro, à medida em que ele vai se encurralando, né?
10:41Porque daí isso vira, de alguma maneira, a única opção dele aceitar a transição e
10:46com isso ser perdoado, mas envolve outros pilares também, como a responsabilização em
10:52determinado nível de outras pessoas, o acesso à verdade, a reforma por completo das instituições,
10:58são alguns dos outros pilares da justiça de transição.
11:01Só que isso não acontece com uma mera proposta dos Estados Unidos para o Nicolás Maduro.
11:07É preciso um movimento muito mais amplo, inclusive internamente na Venezuela, que a gente viu
11:14próximo de acontecer naquelas fajutas eleições em que o Nicolás Maduro comemorou a terceira
11:22vitória, né?
11:23Que teve toda a situação do Edmundo Gonçalves, a Marina Corina Machado, as atas que não
11:27se apresentaram até hoje e que foram as eleições que elegeram ele, sem número, não se sabe.
11:34Ele ganhou eleição, não se sabe por quanto, não se sabe com quantos votos.
11:37Por quê?
11:37Porque as atas nunca apareceram e para eles lá tudo bem.
11:41A justiça eleitoral, que é dele, tudo bem.
11:43O Ministério Público da Venezuela, para eles, tudo bem.
11:47Então, assim, é necessário um grande movimento.
11:49A gente já teve muito próximo disso.
11:51Talvez, em algum momento, quando esse movimento interno se somar ao movimento externo como
11:55uma pressão americana, talvez a gente chegue num movimento de transição.
12:01Há grande tristeza em relação a tudo isso.
12:03O Brasil, que é o grande país aqui próximo à Venezuela, não contribuiria muito para essa
12:09transição, pelo que a gente vê nas falas do presidente da República, o presidente Lula.
12:14É importante você terminar com essa análise e esse item, a reflexão sobre o Brasil, Túlio.
12:25O Brasil nesse processo.
12:26O presidente brasileiro já esteve, me parece, mais próximo a Nicolás Maduro.
12:31Durante as eleições, ele, inclusive, ensaiou algum tipo de crítica ou sugeriu que o processo
12:38lá não fosse transparente, enfim, muitos até ficaram surpresos.
12:44Poxa, o presidente brasileiro, sempre tão próximo, tão amigo de Nicolás Maduro, sugerindo
12:50que o processo não é limpo, transparente, dizendo que era necessário apresentar as atas.
12:57Não sei se ele chegou a mencionar ou alguém das relações internacionais.
13:01Mas você acha que, apesar dessa ligação histórica, o Brasil, por conta do seu tamanho,
13:07da sua força na América do Sul, deveria se colocar de outra maneira, Túlio?
13:13Com certeza, Caniato.
13:14Deveria ser muito mais incisivo, contundente e ajudar nessa questão multilateral, porque
13:21o que a Venezuela fez ali nas eleições viola todos os tratados, acordos, convenções
13:26internacionais, em relação ao pacto democrático que a Venezuela deveria cumprir.
13:32Mas, de outro lado, é interessante observar o que você disse, Caniato, desse suposto desalinhamento
13:38do governo federal e da própria esquerda brasileira com a Venezuela.
13:42Porque eu me recordo que, anos atrás, personagens importantes da esquerda brasileira se recusavam
13:47a falar, inclusive em programas, aqui mesmo da Jovem Pan, que a Venezuela era uma ditadura.
13:52Era uma pergunta muito recorrente na época eleitoral.
13:55Ah, você não reconhece que a Venezuela é uma ditadura?
13:58E a resposta era sempre evasiva.
14:00De um tempo para cá, eles passaram a reconhecer a Venezuela como uma ditadura.
14:04E até mesmo depois dessa eleição.
14:07Então, eu realmente estou curioso a saber o que aconteceu nessa relação Brasil-Venezuela,
14:12que houve uma mudança de rumo da esquerda em relação às críticas sobre a Venezuela.
14:17Mas poderia, sim, ser uma crítica mais contundente, ser mais proativo nesse momento,
14:23para tentar resolver os problemas ali relacionados à Venezuela.
14:26O Brasil tem poder na América Latina para liderar esse processo.
14:30Mas não acredito que vai fazer.
14:32Ainda mais agora, que está nessa questão da guerra do nós contra eles.
14:37O foco é só esse.
14:38Venezuela está em segundo plano, Caniato.
14:40Pois é, de volta aos assuntos internos, os assuntos aqui do Brasil.
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