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Nesta terça-feira (07), será realizada uma reunião em Brasília entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, as indústrias de bebidas alcoólicas e associações de combate à falsificação para tratar dos casos de intoxicação por metanol. Danúbia Braga trouxe atualizações do trabalho da Polícia Técnico-Científica de São Paulo, que identificou a presença de metanol nas bebidas de algumas distribuidoras do estado, e também o que disse o secretário de Segurança Estadual, Guilherme Derrite (PL), sobre as investigações.
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NotíciasTranscrição
00:00Claro que a gente ainda continua acompanhando toda essa crise do Bentarol,
00:04porque daqui a pouco será realizada uma reunião em Brasília
00:07entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski,
00:11além das indústrias de bebidas e também associações de combate à falsificação
00:16para tratar sobre os casos das pessoas que estão ficando intoxicadas com esse batismo de bebidas.
00:23Já começo com o Mano Ferreira, porque, mano, eu conversei agora há pouco com uma pessoa
00:26que vai participar de forma remota dessa reunião e disse que a reunião é meio flopada,
00:32porque justamente é apenas para a imprensa ver.
00:35O que você acha? Bom dia.
00:37Bom dia, David. Eu acho que há muitos assuntos a tratar,
00:41porque o Brasil precisa encarar de forma adulta o dilema institucional que possui.
00:48Quanto maior é a margem entre o preço real de um produto e o preço final para o consumidor
00:55após regulações e impostos, essa margem, esse intervalo acaba sendo um incentivo
01:02para a atuação da informalidade e, com isso, um terreno para o florescimento do crime organizado.
01:09Então, se a gente deseja, de fato, combater as falsificações de bebida,
01:15a gente precisa fazer, como país, um debate muito mais profundo,
01:20que fale não apenas da necessária e óbvia obrigação de aumentar a fiscalização
01:28e a capacidade repressiva do Estado contra o crime,
01:32mas também de fechar os gargalos, de ajustar a nossa regulação,
01:37de dar um jeito de, no médio ou longo prazo,
01:41diminuirmos a carga tributária sobre o consumo,
01:44para que seja possível que o mundo oficial converse com o mundo real do Brasil,
01:52fechando o gargalo para a atuação onde floresce o crime organizado.
01:56Ana Beatriz Hirsch, realmente, muita coisa acontecendo em torno desse tema.
02:03Ontem a gente teve a reunião até aqui por parte da Secretaria de Segurança Pública,
02:08Saúde e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas,
02:11e hoje a gente vendo, então, uma sinalização por parte do governo federal.
02:15Seria também uma disputa por protagonismo, mas ninguém está resolvendo nada?
02:18Bom dia.
02:19David, bom dia. Bom dia para a nossa audiência.
02:22Infelizmente, esse é mais um episódio em que a gente vê
02:24que não existe uma real preocupação com a resolução do problema,
02:28mas sim uma tentativa de apadrinhar o que se chamam de iniciativas
02:32para ficar mais bonito na foto,
02:34especialmente porque a gente está falando de um ano pré-eleitoral.
02:37Então, mais uma vez, a gente vê essa rusga entre o governo estadual e o governo federal
02:41numa tentativa de mostrar quem está trabalhando mais para resolver o problema,
02:46quando, na verdade, como você mesmo mencionou na sua fala,
02:49muito mais se parece uma reunião flopada, apenas para a imprensa ver,
02:53do que a efetiva tomada de medidas que façam com que
02:57esta adulteração de bebidas se reduza no país.
03:00O Mano coloca aqui uma questão que é sobre a carga tributária
03:05que incide sobre o consumo dessas bebidas alcoólicas
03:07que viabiliza que o crime organizado haja neste segmento.
03:12Por quê? Porque as bebidas, como tudo,
03:14ficaram muito caras para o consumidor final.
03:17A gente sabe que bares e restaurantes têm uma das menores taxas de lucro,
03:23exatamente por força dos encargos,
03:25por força de todos os insumos que eles são obrigados a ter
03:28para poder exercer suas atividades.
03:29Quando, por exemplo, a gente vê uma possibilidade
03:33de talvez economizar, mesmo que seja um pouquinho,
03:36talvez para nós a gente não consiga ter essa compreensão,
03:39mas esse pouquinho é que faz com que esse bar
03:41ou que esse restaurante consiga continuar aberto.
03:44Ou seja, o caminho para a gente resolver efetivamente esse problema
03:47e não apenas suspendê-lo temporariamente
03:51é exatamente conseguir viabilizar que a atividade
03:54desses bares e restaurantes tenha um pouco mais de lucro,
03:58que eles consigam exercer essas atividades dentro da legalidade
04:02de forma lucrativa.
04:04Porque senão o que vai acontecer é que todos eles vão fechar.
04:07A nossa bancada hoje é composta também pelo Jota,
04:10o Guilherme Sugimori,
04:12presentes aqui para ajudarmos a debater sobre esse tema.
04:16Mas uma coisa que ninguém fala e eu gostaria de discutir com vocês
04:19é o Cicobi, que é o sistema que foi criado lá em 2009,
04:23se eu não me engano, parou de funcionar em 2016,
04:26que mantinha, então, as empresas que são legais,
04:29as grandes indústrias de bebidas, não só alcoólicas,
04:33mas de todo o segmento,
04:34que a Receita conseguia fiscalizar qual era o volume
04:37que elas estavam produzindo.
04:38Esse sistema foi desativado na gestão de Michel Temer em 2016
04:42e nunca mais foi reativado.
04:45E recentemente, se eu não me engano, hoje ou ontem,
04:48o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
04:50falou que a Receita consegue sim ter o controle
04:53de quanto está sendo produzido, só que fica a pergunta,
04:56de que forma?
04:57Porque eu vi no Jornal da Manhã essa fala
05:00que eles trouxeram do ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
05:03até tem essa entrevista, Helena.
05:06Separa ela para a gente e aí a gente coloca,
05:08já assim que estiver no ponto,
05:09porque realmente me causa dúvida e causa dúvida nas pessoas
05:12sobre de que forma que está sendo feito esse controle,
05:15porque o sistema foi desativado,
05:17então, como que está controlando tudo isso?
05:19E aí, de que forma que a gente vai ver
05:20as empresas que são clandestinas.
05:22Está no ponto já?
05:24Vamos colocar, então.
05:25A Receita Federal,
05:27ela controla quantidade e preço
05:31de bebidas e mercadorias em geral comercializadas.
05:36Ela não controla a qualidade do que vai dentro do vasilhame.
05:40Isso não é...
05:42A Receita Federal não tem instrumentos
05:45para controlar a qualidade dos produtos.
05:47Ainda mais quando eles são feitos em fundo de quintal,
05:51com vasilhanos comprados no mercado de reciclagem.
05:56Aí é papel da vigilância sanitária,
05:59é papel, quando tem a doana envolvida,
06:03é papel do Ministério da Agricultura,
06:05que faz por amostragem esse tipo de controle.
06:08Então, esse tipo de repressão,
06:10ele tem que ser feito de outra maneira.
06:12É, a fala do Ministro da Fazenda
06:15é que eles têm controle, sim.
06:16Mas de que forma que é esse controle?
06:18Com base na nota fiscal?
06:19Porque, de acordo...
06:20Isso não sou eu que estou falando, tá?
06:21São as associações e as fontes
06:23com quem é um converso diariamente
06:24que combatem justamente a falsificação,
06:26dizendo,
06:27não tem como você combater o mercado ilegal
06:30se você não tem o controle do mercado formal.
06:33Jota.
06:34Perfeito, David.
06:35Bom dia a todos.
06:35Eu acho que nós colocamos muito bem já
06:37a questão sobre o imposto do pecado.
06:38que, ainda que o Ministro Haddad
06:40tente esconder no seu discurso,
06:42sempre repassar a responsabilidade
06:43a outros setores e a outros grupos do governo,
06:46na verdade, o que está no cerne dessa discussão,
06:48como bem trouxeram aqui,
06:49é justamente o imposto do pecado,
06:52que é aplicado extremamente de forma irresponsável
06:54e, como disse o Mano,
06:56desconexo da vida real da população.
06:58Então, uma sinalização de virtude,
06:59ah, é para reduzir o consumo, não é.
07:01É para aumentar a arrecadação
07:02sempre aos custos de quem trabalha,
07:04de quem produz e quem busca, no mínimo,
07:07um aumento de lazer.
07:08Isso aí está atrapalhando totalmente a minha vida, né?
07:10Eu já falei isso para vocês fora do ar.
07:12O meu final de semana foi uma desgraça
07:13por causa dessa história, tá?
07:15Todos os bares foram claramente impactados,
07:18claramente há um setor de desconfiança
07:19por parte dos consumidores,
07:21nesse sentido.
07:22Ninguém estava tomando destilado, né?
07:24Que é o principal produto de falsificação
07:29que está sendo colocado no debate.
07:31Mas uma coisa que eu quero chamar a atenção
07:32é para o pronunciamento que eu vi
07:34do ministro Alexandre Padilha na semana passada.
07:36Porque muito se fala sobre o SUS.
07:38Ah, olha só como o SUS é maravilhoso,
07:40o SUS tem diversas pernas
07:41e passeia com o Zé Gotim,
07:43enfim, fica enaltecendo o SUS
07:45como se fosse algo espetacular,
07:46como se fosse algo impassível de erros.
07:48Mas quando a gente fala sobre vigilância sanitária,
07:50a gente também está falando sobre o SUS.
07:52E quando eu vejo um ministro da Saúde
07:53vindo a público,
07:55dizendo que é dever da fiscalização,
07:57da qualidade e da origem do produto
07:59é do consumidor,
08:00então, ah, vai no bar,
08:01mas vai até o balcão
08:03e olha se realmente a bebida
08:04que está sendo servida
08:05é de uma origem correta
08:07ou é de uma procedência duvidosa.
08:09Como é que o ministro da Saúde, David,
08:11vem a público dizer
08:12que é dever do consumidor
08:13fiscalizar a coerência
08:16do produto que ele está consumindo?
08:18Isso é de um desrespeito,
08:19despreparo
08:20e de uma irresponsabilidade
08:22por parte do governo federal
08:23absurda
08:24que mostra que, mais uma vez,
08:25essa conversa que vai ter daqui a pouco
08:27é para boi dormir.
08:28Infelizmente, eu não espero
08:29uma capacidade resolutiva
08:30por parte do governo
08:31em relação a esse caso.
08:33É, e a fonte com quem eu conversei,
08:34não vou expô-la, claro,
08:35mas, assim, realmente ele falou
08:37não vou participar,
08:39vou em busca de outros players,
08:40busca de conversar com os deputados
08:42para avançar em projetos de lei
08:43que realmente concretizem
08:45ações efetivas
08:46contra a falsificação.
08:48Mas esse ponto do Cicobi
08:49que foi desativado
08:50é fundamental, segundo ele, Guilherme.
08:53Bom, bom dia, David,
08:55bom dia a todos.
08:56Terça-feira,
08:58vamos começar polêmico aqui.
09:00Eu gosto do imposto do pecado,
09:02eu gosto da taxação seletiva.
09:05Por quê?
09:06Em geral, além da questão de tributária,
09:10você arrecadar dinheiro,
09:12há um cálculo de danos
09:13que esses produtos causam
09:14e custos que eles têm.
09:16Porque o cigarro e o álcool, por exemplo,
09:17acabam causando
09:18um dano grande à saúde pública.
09:21Você tem muitos gastos
09:22depois por causa disso.
09:23Então essa é uma parte da ideia
09:25que justifica isso.
09:26E, mas concordo com vocês o seguinte,
09:30a gente tem que observar
09:31o resultado concreto.
09:32A gente tem que ver na prática.
09:33Esse é o tipo de coisa
09:34que meio que só aplicando,
09:36você consegue ver.
09:38O álcool,
09:38a gente tem uma questão no Brasil,
09:40o álcool segue a 7%,
09:426,5 a 7,5 litros por cabeça
09:45há 20 anos, 25 anos.
09:47Não tem grandes variações.
09:49Mas um exemplo
09:50de que o imposto do pecado
09:51funciona efetivamente no Brasil
09:53é o cigarro.
09:54A gente aponta que
09:55muita parte do cigarro
09:56é falsificado,
09:57e é mesmo.
09:58Teve uma pesquisa dizendo
09:59que mais da metade
10:00talvez seja falsificada.
10:01As associações dizem isso.
10:02Exato.
10:03Mas a prevalência
10:05de tabagismo no Brasil,
10:06o número de tabagistas,
10:08diminuiu de 20 e tantos por cento
10:10em 2000
10:11para 9 ou 10% atualmente.
10:15Porque não é só o imposto,
10:16é claro,
10:16mas é o imposto,
10:18todos esses trabalhos
10:20de proibir propaganda,
10:21é um esforço conjunto.
10:23Então,
10:25seria preciso separar
10:27a correlação de causalidade,
10:29ou seja,
10:29o que é que causou
10:30a diminuição
10:31do consumo de cigarro?
10:33Porque quando mais da metade
10:35do mercado
10:36está inundado
10:37por cigarro contrabandeado
10:39ou falsificado,
10:41é difícil dizer
10:42que foi o preço
10:43que causou
10:44a diminuição
10:44do consumo,
10:46dado que boa parte
10:47do consumo
10:48está indo fora
10:49do imposto do pecado,
10:50porque está sendo
10:51com cigarro ilegal,
10:53com cigarro contrabandeado.
10:54E aí é o ponto,
10:56se o consumidor
10:57deseja consumir
10:58e se o preço real
11:00do produto
11:01está muito desconectado
11:03do preço final
11:04para o consumidor
11:04no mercado formal,
11:06essa margem de diferença,
11:08como a lei da gravidade,
11:10vai gerar informalidade
11:12e contrabando.
11:13E isso começa
11:14com o comerciante
11:17que muitas vezes
11:17quer ser honesto,
11:19mas diz,
11:20ah,
11:20vamos comprar uma parte
11:21sem nota fiscal,
11:23começa com a sonegação
11:25que tenta ser
11:26a princípio
11:27despretensiosa,
11:28que tenta só
11:29dizer,
11:30não,
11:30aqui por sobrevivência
11:31vamos pagar o imposto,
11:33mas não de tudo.
11:34Aí uma parte
11:35começa a ser
11:36contrabandeado.
11:38Com isso,
11:39você vai gradativamente
11:41ao longo do tempo
11:42aumentando o espaço
11:43do mercado informal
11:45e com o tempo
11:46quem entra aí?
11:47O crime organizado.
11:49É isso que a gente
11:49está assistindo no Brasil.
11:50Então,
11:51acho que precisamos
11:53olhar para essa situação
11:54e debater
11:55pensando não apenas
11:57na intenção
11:58do imposto,
11:59mas no efeito prático
12:01e o efeito prático
12:02nesse divórcio
12:03entre Brasil oficial
12:05e Brasil real
12:05está sendo
12:07o fortalecimento
12:08do crime organizado.
12:10Mas eu vou concordar,
12:12por isso que eu disse
12:12que nós precisamos
12:13ficar atentos
12:14ao efeito prático,
12:15porque às vezes
12:16a diferença é tanta
12:17que você tem esse impacto.
12:19E é difícil
12:19para a gente calcular
12:20quanto disso é
12:22de fato
12:22pelo aumento de preço,
12:23do imposto,
12:24pelas campanhas.
12:25Eu mesmo não sei
12:26calcular isso,
12:27eu admito.
12:27Mas o Banco Mundial
12:29fez um cálculo
12:31dizendo que o aumento
12:32do preço no cigarro,
12:33que eu tenho mais dados
12:34pelo menos,
12:35foi mais ou menos 4%
12:37seria devido a esse aumento.
12:38Mas se a gente exagera,
12:40é claro que você
12:40cria um mercado informal
12:42que não é o que a gente quer.
12:43Então a gente tem que ir
12:44olhando e ajustando.
12:45Tem um dado que a marca
12:47mais barata
12:48do mercado legal brasileiro
12:49de cigarro
12:50é 3 vezes mais cara
12:52do que o cigarro
12:54mais barato do Paraguai.
12:56Ou seja,
12:56se você tem uma margem
12:57que é 3 vezes o preço,
13:00é lei da gravidade,
13:01vai ter contrabando.
13:02É claro,
13:03você precisa analisar
13:03esse tipo de impacto.
13:05E, curiosidade,
13:06nós vimos recentemente
13:07uma reportagem
13:08dizendo que
13:08fecharam uma fábrica
13:10de cigarros paraguaios
13:12falsificados em São Paulo.
13:14A gente já está
13:14numa segunda camada
13:16aqui da falsificação.
13:17A gente falsifica
13:18produto paraguaio
13:19para vender aqui legalmente.
13:20Paraguai fazendo negócios
13:21no Brasil.
13:22Exato,
13:22é um pouco demais mesmo.
13:24Mas,
13:25como conceito,
13:26eu gosto do imposto do pecado.
13:28Eu acho que é legítimo.
13:29Eu só acho que a gente
13:29tem que ter cuidado
13:30com o efeito prático,
13:31de fato.
13:31A gente não pode permitir isso.
13:33E aí,
13:34fiscalização,
13:36coisas administrativas
13:39muito funcionais,
13:40fechar as fábricas,
13:41reforçar esse tipo
13:42de medidas administrativas
13:43é muito importante
13:44e é muito eficiente.
13:46Tem que ser tudo junto.
13:47É um efeito,
13:47é um esforço
13:49multissetorial.
13:50Escolha do sistema tributário,
13:52porque a gente acabou
13:53de aprovar a isenção
13:54do imposto de renda
13:55numa aposta
13:56que é
13:57manter
13:58a lógica
13:59da arrecadação
14:00do Estado brasileiro
14:01sobre o consumo.
14:03E esse é um efeito
14:04indesejado.
14:05Por isso,
14:06a resolução
14:07é muito complexa.
14:08porque pra você
14:09modificar as alíquotas
14:10de imposto
14:11sobre o consumo,
14:12você vai ter que
14:13cortar gasto
14:14do governo
14:14e compensar
14:16com outras formas
14:17de arrecadação.
14:18Não tem como ter
14:19uma solução mágica.
14:21E esse debate
14:21é muito difícil,
14:23muito complexo
14:24e por isso mesmo
14:25urgente.
14:26Vocês falaram
14:26sobre fiscalização, né?
14:28Vamos com a Danube Abraga
14:29ao vivo com informações,
14:30porque ela tem informações
14:31tanto das fábricas
14:32e distribuidores
14:33que estão sendo descobertas
14:34por meio
14:35do trabalho
14:36da Polícia Técnico-Científica,
14:37identificando quais
14:38as bebidas
14:39estão falsificadas
14:40e também
14:40uma fala
14:41do Guilherme De Ritch,
14:43secretário estadual
14:43de Segurança Pública,
14:45descartando, então,
14:46por enquanto,
14:46pelo menos,
14:47a possibilidade
14:47de envolvimento
14:48com o PCC.
14:49Ela vai trazer
14:49todos esses contextos
14:51agora ao vivo
14:51pra gente.
14:52Bom dia, Danube Abraga.
14:55Oi, David.
14:56Bom dia pra você.
14:57Bom dia a todos.
14:58Pois é, ontem,
14:59em coletiva de imprensa,
15:00o secretário
15:00de Segurança Pública
15:01Guilherme De Ritch
15:02disse, então,
15:03que foram encontradas
15:05foi encontrado
15:06metanol
15:07em bebidas
15:08de duas distribuidoras,
15:09mas essas distribuidoras,
15:11aí, os nomes,
15:12esses não foram passados
15:13ainda pra imprensa.
15:14Que a polícia
15:15agora tenta
15:16investigar,
15:17entender,
15:17se as bebidas
15:19que causaram
15:19as mortes
15:20de duas pessoas,
15:21por exemplo,
15:22aqui em São Paulo,
15:23saíram dessas duas
15:25distribuidoras
15:26em que foi encontrado
15:27o metanol.
15:28Tem outras 13 mortes
15:30que estão em investigação,
15:31por exemplo,
15:32em todo o país.
15:33Os nomes
15:33das distribuidoras
15:34ainda não foram
15:35divulgados,
15:36justamente por motivo
15:37de segurança
15:38e pra também
15:38não atrapalhar
15:39as investigações.
15:41De Ritch
15:41também,
15:42como você bem disse,
15:42descartou,
15:43pela segunda vez,
15:45reafirmou
15:46a ligação
15:46do PCC
15:47com esse caso
15:49do metanol.
15:50Ainda assim,
15:51existem algumas
15:53respostas
15:54a serem dadas
15:55de onde,
15:56então,
15:56teria surgido
15:57esse metanol,
15:58mas o secretário
15:59de Segurança Pública
16:00descarta
16:00a ligação
16:01do PCC.
16:03Além disso,
16:04ele disse que foi formada,
16:05então,
16:05justamente uma força-tarefa
16:06pra investigar
16:07essas intoxicações
16:08por metanol
16:09em bebida alcoólica.
16:11São Paulo
16:12concentra
16:1382%
16:14dos casos
16:16de intoxicação
16:17por metanol.
16:18São 15 casos
16:19confirmados,
16:20164
16:22em investigação.
16:23Principal suspeita
16:24da Polícia Civil.
16:25Antes tinha ali
16:26uma linha de investigação
16:27de que o metanol
16:28tinha sido usado,
16:29por exemplo,
16:29pra desinfetar
16:31garrafas
16:32que eram falsificadas,
16:33usadas ali
16:34pra falsificação
16:35de bebidas alcoólicas.
16:36Agora tem uma nova
16:37linha que é
16:38que o metanol
16:39tinha sido utilizado
16:40ali pra fazer
16:40adulterações
16:41em produções
16:42clandestinas
16:42e aumentar
16:43o volume
16:44dessas bebidas,
16:46de acordo
16:46com o secretário.
16:48Além disso,
16:49teve um balanço,
16:4920 pessoas já foram
16:50presas por suspeita
16:51de envolvimento,
16:52então,
16:52em adulteração
16:53de bebidas.
16:54Reforçou,
16:55mais uma vez,
16:55que essas prisões
16:56não têm
16:57nenhuma relação
16:58com o PCC.
16:59E ele também
17:00diz que a vigilância
17:01sanitária
17:02continuou ali
17:02realizando
17:03fiscalizações
17:04em 17
17:05estabelecimentos,
17:07entre eles
17:07bares e distribuidoras,
17:0911 foram fechados
17:10e ali tem
17:12uma lista,
17:12então,
17:13de alguns nomes
17:14desses bares
17:15e distribuidoras.
17:17A gente, né,
17:17chegou até a fazer
17:18uma entrada ao vivo
17:19na semana passada,
17:20mostrando desses bares,
17:21o ministrão,
17:21que fica na Alameda
17:22Lorena,
17:23onde uma mulher
17:24teria ingerido ali
17:25pelo menos três
17:26caipirinhas
17:27e ela acabou
17:28ficando cega.
17:29Então,
17:29o bar foi fechado
17:31já na semana passada,
17:32outras interdições
17:33cautelares
17:34foram feitas,
17:35são aproximadamente
17:3611.
17:37É claro que é um assunto
17:37que a gente vai
17:38seguir acompanhando,
17:40mas fato é que
17:40foi encontrado,
17:41então,
17:41metanol em bebidas
17:43de duas distribuidoras.
17:44Volto com vocês
17:45no estúdio.
17:46Tá certo,
17:46Danúbia.
17:47Muito obrigado
17:48pelas suas informações
17:48ao vivo,
17:49direto das ruas
17:50de São Paulo,
17:50mas a principal
17:51pergunta também
17:52que fica é
17:52quem fornece
17:53o metanol
17:53a essas distribuidoras,
17:56nessas empresas
17:56clandestinas.
17:57Isso que o governo
17:59estadual precisa responder
18:00também,
18:00além da esfera federal,
18:01porque se tem
18:02abastecimento de metanol,
18:04vem de algum lugar.
18:04Será que não é
18:05do crime organizado
18:06de fato?
18:06Isso que a gente
18:07está em busca
18:07de respostas.
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