Nesta quarta-feira (1º), bares da região da Bela Vista em São Paulo estão sendo fiscalizados para monitorar o crescimento da adulteração com o uso de metanol em bebidas alcoólicas.
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00:00Agora sim com Danúbia Braga, que segue acompanhando uma fiscalização que acontece em bares aqui da região da Bela Vista, na cidade de São Paulo.
00:07É com a Danúbia que a gente vai se conectando nesse momento com as atualizações ao vivo nesse momento.
00:13Danúbia, você me ouve bem.
00:16Oi Marinho, ouço sim. Polícia Civil, com apoio da Vigilância Sanitária, está aqui em um dos endereços da Bela Vista,
00:23numa distribuidora de bebidas, bebilar comercial e distribuidora de alimentos e bebidas, que fica na Bela Vista.
00:29Esse é um dos endereços dessa operação de fiscalização dessas bebidas, se tem alguma bebida adulterada ou não, por conta da intoxicação por metanol.
00:40Então a gente está acompanhando tudo ao vivo, junto com a Polícia Civil, Vigilância Sanitária, por meio do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania.
00:48Então são dois endereços na Bela Vista, um desses de onde a gente fala ao vivo, outros dois locais em Barueri.
00:54E a gente está acompanhando, toda a imprensa aqui acompanhando esse momento de fiscalização, em que a Vigilância vai pedindo documentação
01:02e vai fiscalizando então todos esses produtos relacionados à bebida alcoólica.
01:07O PROCON também participa dessa fiscalização, dessa operação.
01:13São quatro endereços então, dois na Bela Vista, um deles essa bebilar, distribuidora de bebidas e alimentos,
01:19e outros endereços também, tem endereços na Grande São Paulo, em Barueri. Marinho?
01:25Importante essa fiscalização e, claro, nos traz algum alento e esperança que a gente possa conter esse problema na origem,
01:32antes que ele se espalhe e se torne realmente uma crise, um surto.
01:35Mas, para todos os efeitos, o prejuízo já é incalculável, a paranoia já está instalada.
01:40Importante que esses esforços sejam transmitidos aqui, apresentados para a nossa audiência,
01:45para a gente poder reduzir, enfim, nossa preocupação que está coletiva e está espalhada com todo mundo nesse momento.
01:51David?
01:51Sem dúvida, Marinho. A gente vê essa mobilização então sendo feita, mas, conforme eu já disse aqui no Morning Show de hoje,
01:57uma medida reativa, depois que episódios foram registrados,
02:02a gente torce para que essa postura mude por parte do governo,
02:05tanto estadual como também federal, numa fiscalização mais efetiva em relação ao consumo,
02:12a comercialização de bebidas, sejam elas alcoólicas ou não.
02:17Porque tem muitas outras questões também que a gente precisa ver, suplementos, enfim,
02:21as mais diferentes grades também que são oferecidas para a nossa população.
02:26O problema é quase um inimigo invisível, invisível definitivamente,
02:30mas tem que ser detectado e tem que realmente que esse protocolo seja, enfim, expandido em todas as frentes.
02:37Qualquer estabelecimento privado, a gente já viu diversos ontem saindo notas oficiais,
02:41se prontificando, se pronunciando, melhor dizendo,
02:44com todas as medidas que eles vêm tomando ali para poder fazer essa fiscalização,
02:49essa devassa, esse controle de qualidade com todas as bebidas que eles trazem para dentro dos seus estabelecimentos, né, Mano?
02:55Exatamente. A gente sabe que o que a gente precisa é ter uma fiscalização,
03:00uma regulação que seja simples, que seja clara, que seja estável e que seja efetiva.
03:08Ou seja, no lugar de criar regulamentações muito complexas e de difícil fiscalização,
03:15a gente precisa ter clareza, simplicidade e efetividade.
03:20E para isso o Estado precisa ter a capacidade fiscalizatória, com regularidade, com eficiência, com previsibilidade,
03:30de um modo que a gente equilibre as necessidades do empreendedor,
03:34que não pode ficar sendo escravo de filigranas na regulação,
03:40mas que tenha segurança para o consumidor.
03:44Esse é o desafio. Como que a gente faz esse equilíbrio?
03:48Para que a gente não crie um monstro burocrático que amplia os custos e, no fim das contas,
03:55quando a gente amplia custos, a gente também amplia o espaço de oportunidade para a informalidade,
04:03para que o crime organizado avance nos espaços não fiscalizados, nos espaços do custo alto.
04:11Então, a gente precisa fazer uma mudança de modelo, simplificando a regulação,
04:17mas aumentando a capacidade fiscalizatória do Estado.
04:22E são casos que vão se acumulando aqui, né, Dias Peixoto?
04:26A gente recebe depoimentos de uma mãe do próprio Rafael Anjos Martins, de 28 anos,
04:31comprou uma garrafa de gin ali numa adega e agora está sem fluxo cerebral,
04:36ali completamente dependente dos ventiladores ali para poder respirar,
04:41que é uma tragédia por completo, né?
04:43Caso confirmado.
04:44Uma suspeita claríssima ali em São Bernardo do Campo também de uma possível contaminação.
04:49E assim, seguimos aqui nessa saga da fiscalização máxima para tentar conter esse problema.
04:53Dias?
04:54Não, quando a gente está olhando para isso, eu acho que é importante notar que,
04:58num momento de comoção, está lá, a imprensa vai cobrir,
05:01que está todo mundo lá fiscalizando, mas e antes?
05:05E o dever anterior em relação a essa fiscalização?
05:08Porque assim, os dados estão mostrando que em dois dias são mais de 800 garrafas
05:13que foram ali removidas por conta de suspeita de contaminação.
05:18800!
05:19É muita coisa para um Estado.
05:20Então, quando a gente olha para isso, a gente também precisa entender
05:23por que essa fiscalização não estava acontecendo com a recorrência
05:27em relação a estes produtos, as testagens necessárias.
05:30Porque assim, o consumidor precisa de segurança e esses órgãos são criados, feitos para isso.
05:36Doutora Priscila, se vira concluindo brevemente...
05:38Sim, em São Bernardo mesmo, Marinho, um dono de um bar disse que estava muito triste
05:43porque ele tem o bar há 22 anos, que ele não adquiriu as bebidas para matar ninguém.
05:48Mas, quando ele foi indagado a origem e a procedência da bebida,
05:53ele disse, comprei sem a nota fiscal.
05:55É importante a gente lembrar que essa fiscalização, ela é relevante sim,
05:58até porque se a pessoa é dona de um bar e compra sem a procedência,
06:03sem ter a nota fiscal, ela responde pelo crime de receptação na forma qualificada.
06:08Que, na verdade, não traz a pessoa de volta, não é isso.
06:11Mas é bom a gente lembrar que essa fiscalização é importante
06:14num primeiro momento para saber como foram adquiridas essas bebidas.
06:18E aí, num plano de ampliando a investigação,
06:22se chegar até as pessoas que trazem o metanol e a adulteração como um todo.
06:27E qual a pena, doutora Priscila?
06:28De 3 a 8 anos.
06:30De 3 a 8 anos no artigo 168 do Código Penal.
06:34Excelente.
06:34Importante a gente ter esses esclarecimentos também.
06:36Então, todos os esforços em todas as esferas, dane-se a competência federativa.
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