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O discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Assembleia-Geral da ONU, foi marcado por vaias e pelo esvaziamento do auditório. Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que "acredita ter chegado a um acordo" para encerrar a guerra em Gaza, após conversas com Israel e países árabes. Reportagem: Eliseu Caetano.

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Transcrição
00:00Olha, eu quero falar mais um pouquinho de Assembleia Geral da ONU, porque diversas delegações abandonaram ali o auditório da Assembleia
00:07quando o ministro, Benjamin Netanyahu, foi chamado à tribuna.
00:11Eu vou conversar com Eliseu Caetano, porque me parece que a delegação do Brasil seguiu o mesmo caminho, né, Eliseu? Bem-vindo.
00:20Exatamente, Bandrucini. Muito boa tarde pra você, pros nossos colegas debatedores e pra todo mundo que acompanha o 3 em 1.
00:26Então, como a gente diz toda semana por aqui, Happy Friday. É o famoso sextou, viu?
00:32Agora, nossa sexta continua de muito trabalho aqui com a equipe da Jovem Pan nos Estados Unidos,
00:37sobretudo por conta da Assembleia Geral da ONU, que continua acontecendo.
00:40A edição de número 80 hoje foi palco para Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense.
00:47E antes mesmo dele subir à plenária, muita gente deixou o local onde o evento estava acontecendo,
00:54incluindo a delegação ou parte da delegação brasileira, viu?
01:00O discurso do premier parece que mesmo antes de começar já não estava agradando, digamos assim, a quem lá estava.
01:09E ele acabou falando por uma plateia bem menor do que falaria, viu?
01:13Um auditório visivelmente aí esvaziado.
01:17Já do lado de fora da sede da ONU em Nova Iorque houve protestos, viu?
01:21Dentro, parte dos diplomatas manteve o boicote simbólico, é assim que está sendo chamado por aqui.
01:28Durante a fala, o premier prometeu terminar o trabalho contra o Hamas em Gaza
01:34e rejeitou a solução de dois estados, criticando, inclusive, os países que reconheceram o Estado palestino recentemente.
01:44Netanyahu reforçou que Israel estaria lutando a luta contra o terrorismo, ou melhor dizendo,
01:52estaria lutando a luta do mundo contra o terrorismo, contra o extremismo.
01:59E essa linha, segundo os analistas por aqui, obviamente, tenta colocar o eixo do debate
02:03de uma guerra impopular para uma suposta cooperação silenciosa de governos
02:09que em público condenam Israel, mas que, no particular, utilizam das informações israelenses
02:17para impedir ataques.
02:20O tom foi de confronto com críticos e de recados também a aliados.
02:25No mesmo discurso, aliás, Sine, o premier afirmou que a oposição a um Estado palestino
02:31seria uma posição majoritária em Israel e não apenas do governo dele.
02:38Em resumo, foi um discurso duro, plateia esvaziada e com recados para dentro e para fora de Israel
02:45com promessas de manter a ofensiva em Gaza e de barrar qualquer avanço
02:50para a criação de um Estado palestino.
02:53Antes de eu te entregar, Ivancine, quero ver você com bigodão na segunda-feira.
02:59Lembra do nosso trato, hein?
03:01Eu tenho mais uma pergunta para fazer para você, mas eu sabia que você ia me lançar essa.
03:06O Eliseu Caetano me jogou numa corrente X aí de bigode sem eu saber, sem combinar previamente,
03:11e eu já respondi para ele que essa corrente está terminando aqui.
03:14Não haverá bigode neste apresentador do 3 em 1.
03:18É um acordo que eu faço aqui para todo o Brasil ao vivo, tá?
03:22Não precisa nem de assinatura.
03:25Estão falando respeito ao nosso bigode.
03:26E o motivo está lá no Instagram.
03:28Quem quiser ver o motivo por que Ivancine não quer participar da corrente do bigode,
03:32vai lá no Instagram, arroba Ivancine.
03:34Eu contei com a inteligência artificial para as pessoas entenderem por que eu não terei um bigode.
03:38É só conferirem nas minhas redes sociais.
03:40Agora, Eliseu Caetano, você que está muito bem de bigode, conte para mim, meu amigo.
03:44O Donald Trump está dizendo mais uma vez que teria conseguido um acordo para fazer um cessar-fogo ali
03:51entre o Estado de Israel e a faixa de Gaza?
03:54Exatamente, sim.
03:56Ele continua trazendo para si essa responsabilidade, né?
03:59Lá atrás, ainda na campanha, quem não se lembra?
04:02Ele prometeu que terminaria com a guerra com apenas um dia de Casa Branca.
04:07Nove meses depois, isso não aconteceu.
04:10É fato, é claro, evidente, que ele conseguiu terminar outras sete guerras
04:15que estavam acontecendo em diferentes pontos do planeta.
04:17Isso tem sido, inclusive, muito comemorado, não apenas pelos republicanos,
04:22mas também pelos democratas e, claro, por quem mora nesses países envolvidos.
04:26Mas ele segue com esse chamamento pessoal para terminar por um fim na guerra
04:33entre esses dois países que já duram muito tempo.
04:38Os países de modo de ideia, na verdade, é entre Israel e a organização terrorista Hamas,
04:44porque nem o Estado palestino ainda foi aceito ou criado como tal.
04:49Mas, enfim, ele disse o seguinte, ele afirmou que está muito próximo
04:52de selar um acordo para encerrar a guerra lá na faixa de Gaza.
04:57Segundo Trump, o pacto teria como efeitos pôr fim ao conflito,
05:03recuperar prisioneiros e trazer estabilidade à região.
05:07O que a gente sabe até agora disso, Cine?
05:09Vamos lá.
05:10Trump fez essas declarações à imprensa antes de sair lá da Casa Branca em Washington DC,
05:16ainda há pouco, quando estava indo para um torneio de golfe lá em Nova York.
05:21Embora ele tenha demonstrado muito otimismo,
05:24ele não apresentou detalhes para a imprensa sobre os termos desse novo acordo
05:29e nem mesmo um cronograma para a execução.
05:32O governo dos Estados Unidos teria proposto um plano de paz com 21 pontos
05:37de acordo com as fontes que nós consultamos lá na Casa Branca,
05:40com elementos para um cessar-fogo, libertação de prisioneiros
05:46e retomada das negociações entre israelenses e palestinos
05:51para a criação de um Estado palestino.
05:54Ainda também não se sabe onde ficaria esse Estado palestino,
05:58uma vez que Donald Trump e Benjamin Netanyahu têm planos
06:01de transformar a faixa de Gaza num território americano por 10 anos
06:06numa espécie de riviera do luxo, não é verdade?
06:09Então, essas nossas fontes lá em Washington me garantiram pelo menos
06:12três pontos desses 21, Evandro, que estão nesse documento.
06:17Então, vamos lá.
06:18Elementos por cessar-fogo, liberação de prisioneiros
06:21e retomada das negociações para a criação de um Estado palestino
06:24por Israel e a autoridade palestina, não a organização terrorista Hamas.
06:31Certo. Obrigado, Eliseu Caetano.
06:33Um grande abraço para você.
06:34Vamos falar um pouquinho sobre essa Assembleia Geral da ONU
06:36e o fato das elegações deixarem o plenário
06:38no momento em que o ministro Benjamin Netanyahu sobe à tribuna.
06:42Brasil estava no meio, tomou a mesma atitude,
06:45disse que não foi nada combinado,
06:46mas que entendeu que seria correta essa manifestação.
06:50Você concorda, Alan Gani?
06:52Olha só, Evandro, eu lembro que quando houve os ataques
06:55do dia 7 de outubro, eu tomei muita pancada
07:00porque eu disse que a melhor solução para Israel
07:04não seria partir para uma guerra da maneira que Israel foi.
07:11Pelo seguinte, porque hoje você tem uma guerra de narrativas
07:15e haveria, lógico, uma incrução terrestre e os ataques aéreos
07:20morte de civis, crimes de guerra, etc.
07:23Então, o melhor para Israel naquele momento
07:26era justamente pegar aquela oportunidade
07:29e se colocar como vítima
07:31e que, de fato, Israel foi a grande vítima
07:35a partir daquele momento.
07:37Mas, devido à reação de Benjamin Netanyahu,
07:41acabou que aquele episódio lamentável
07:45do dia 7 de outubro, aquele ataque covarde do Hamas
07:49a Israel, acabou ficando esquecido
07:52e hoje ficou apenas os ataques de Benjamin Netanyahu
07:58na faixa de Gaza, com uma morte de série de civis,
08:00incluindo mulheres, crianças, falta de alimento, etc.
08:04Então, eu vejo que Israel, o governo de Benjamin Netanyahu,
08:09perdeu uma grande oportunidade ali
08:12que não necessariamente a saída beligerante
08:16o tempo inteiro é a melhor solução.
08:19Mas, infelizmente, parte dos neocons
08:23entendem dessa maneira
08:24e o próprio Benjamin Netanyahu também entende dessa maneira.
08:28Bruno Musen, enquanto Benjamin Netanyahu falava,
08:30além da saída do plenário de delegações
08:32que participavam da Assembleia Geral da ONU,
08:34havia manifestações também do lado de fora
08:36de pessoas pedindo o fim das incursões em Gaza
08:39o fim do que eles chamam de genocídio em Gaza.
08:42O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu,
08:43de certa forma, respondeu ali na tribuna
08:45dizendo que o Estado de Israel
08:48precisa terminar a operação que começou
08:52na cidade de Gaza,
08:53eliminando alguns dos líderes do Hamas
08:56que ainda permanecem coordenando ações
09:00e que já demonstraram,
09:02a partir de investigações feitas pelo Estado de Israel,
09:05que poderiam conduzir um novo ataque,
09:08um novo sequestro no território israelense,
09:12independentemente de estarem com uma estrutura
09:15muito mais abalada e menor do que tinham
09:19quando fizeram aquela primeira invasão
09:22que resultou na morte de várias pessoas
09:24naquele 7 de outubro.
09:26Eu quero saber se, para você,
09:29isso justifica a permanência dessa operação
09:32e se, para você, também se justificam
09:35os movimentos das delegações
09:37em protesto à fala de Benjamin Netanyahu.
09:40Onde você se posiciona, Bruno Mousa?
09:44Veja, eu acho que esse é um tema
09:46extremamente complexo da gente opinar
09:49sem conhecer a fundo.
09:51Isso aí nos remonta a uma briga histórica.
09:56São anos disso, dessa briga.
09:58Então, como eu falei,
09:59eu tenho muitos amigos, por exemplo,
10:01que moram em Israel
10:02e eu converso, inclusive estava há pouco
10:04conversando com um deles.
10:05Quando a gente ouve um depoimento
10:06de quem está lá,
10:07de quem estava perto
10:08daquele brutal ataque covarde,
10:10como foi colocado no dia 7,
10:13é inevitável que você carregue isso
10:16dentro de você.
10:17Mas também, muita gente dentro de Israel
10:21defende a existência
10:24de um próprio Estado palestino,
10:26no local lá onde ele está,
10:27sem a presença do Hamas,
10:29que é um grupo terrorista claramente,
10:31que eu não sei porque se transformou
10:33numa dificuldade para muitos,
10:35assumir que terrorista é terrorista.
10:37Aliás, nós vivemos tempos complicados,
10:39onde a gente não pode, muitas vezes,
10:41falar o que realmente é.
10:44E aí a gente acaba tomando pedrada.
10:46O Hamas sempre foi um grupo terrorista,
10:49que ele sempre pregou a não existência
10:51do Estado de Israel.
10:52Simples assim.
10:53Então, eu acho que, de novo,
10:54opinar daqui do outro lado do oceano
10:57é bastante complexo.
10:59Mas eu acho que a gente tem que entender
11:02o posicionamento de quem não são
11:04os terroristas palestinos
11:05e que Israel tampouco é um Estado assim.
11:10Ou seja, a gente vê uma liberdade
11:12que não existe no Oriente Médio,
11:14apenas existe em Israel.
11:16A liberdade de você se vestir como quiser,
11:18a liberdade de você ter a torpção sexual,
11:20a liberdade de você se posicionar politicamente,
11:24um meio de empreendedorismo brilhante,
11:28especialmente do ponto de vista
11:30de startups, de tecnologias,
11:32é o único país ali na região
11:33que tem esse tipo de liberdade.
11:36Que isso possa transbordar
11:38para os outros países da região,
11:40onde eles são muito mais fechados
11:41e as pessoas passam por uma brutalidade.
11:43E aquelas pessoas que são os palestinos de bem
11:46também sofrem muito com a condição
11:49que o Hamas impõe a eles.
11:51Então, eu acho que todo esse contexto
11:53deve ser colocado em pauta.
11:56E me parece que o Alan falou um ponto
11:58crucial aqui.
12:00Muitos esquecem de como tudo isso
12:03começou nessa guerra mais recente,
12:06naquele brutal e covarde ataque
12:08de um grupo terrorista que é o Hamas.
12:11E, obviamente, isso pressupõe consequências.
12:14E, muitas vezes, em uma guerra,
12:15é tarde demais para você voltar.
12:17O Felipe Monteiro, e aí nessas tratativas
12:19que Donald Trump disse que poderiam existir,
12:21aparece uma figura interessante.
12:23O ex-primeiro-ministro do Reino Unido,
12:24Tony Blair, que seria a autoridade
12:26que garantiria essa transição
12:28entre o que se tem hoje na faixa de Gaza
12:30para uma nova autoridade palestina.
12:33Você acha que esse plano pode funcionar?
12:35E como é que você avalia a situação
12:37envolvendo hoje o primeiro-ministro
12:38Benjamin Netanyahu?
12:39Tenho dois minutos para você
12:41antes de receber o pessoal da rádio.
12:42Meu amigo, vai lá.
12:43Não, perfeito.
12:45Uma das ideias que estão em cima da mesa
12:46é exatamente colocar o Tony Blair
12:48como responsável pela pacificação
12:51da faixa de Gaza.
12:52Ele ficaria cinco anos
12:54sendo responsável,
12:56tanto juridicamente quanto politicamente,
12:58pela faixa de Gaza.
12:59Teria o apoio da ONU.
13:01Em cinco anos, a ideia era pacificar a Gaza
13:03e entregar a Gaza para os palestinos,
13:06que não tem absolutamente nada a ver
13:08com o Hamas.
13:09Isso é importante destacar.
13:10A Palestina não tem nada a ver com o Hamas.
13:12O que aconteceu no 7 de outubro
13:14foi algo cruel,
13:16algo absurdo,
13:18algo que não tem nenhum tipo de desculpa.
13:20E o Hamas é um grupo terrorista
13:22e tem que ser falado que é um grupo terrorista de fato,
13:24porque não tem outra explicação
13:26e outra nomenclatura para o Hamas.
13:28Agora é fato também
13:29que o Benjamin Netanyahu
13:32está fracassando.
13:34Ele está em guerra com o Hamas há dois anos
13:36e não conseguiu a sua principal reivindicação,
13:40que era a volta dos reféns.
13:42Ou seja,
13:42essa pista de Netanyahu
13:43está completamente não eficiente
13:47e completamente errada,
13:48porque está legando para os palestinos
13:51a fome,
13:52a miséria
13:53e também um ambiente completamente ruim,
13:58insalubre,
13:58para a maioria dos palestinos
14:00que são pessoas de bem.
14:02É bom lembrar,
14:02hoje surgiu uma notícia
14:04do México Sem Fronteiras
14:06dizendo que estão deixando
14:07a faixa de Gaza.
14:08Ou seja,
14:09além da Palestina
14:11ficar sem comida,
14:12ficar sem água,
14:13está ficando também
14:14sem assistência
14:15de uma organização
14:16que é unanimidade
14:17entre todos nós.
14:18Então,
14:19o discurso do Netanyahu
14:20e a atuação do Netanyahu
14:22na faixa de Gaza
14:23é completamente equivocada
14:25e por isso
14:25que não está encontrando
14:26respaldo
14:27na comunidade internacional.
14:29Por isso
14:29que fez um discurso
14:31completamente vazio
14:32para a comunidade internacional.
14:34falou só para os seus próprios, né?
14:37Agora,
14:37tem um ponto
14:37de discurso do Netanyahu
14:38que me chamou muita atenção
14:39que foi exatamente
14:40quando ele falou
14:41que muitas pessoas
14:42e líderes internacionais
14:43publicamente
14:44falam mal
14:45de Israel,
14:47falam mal
14:47do Netanyahu,
14:49mas em privado
14:50elogiam
14:50a atuação
14:51do Netanyahu.
14:52Inclusive,
14:53publicamente
14:53foi falado
14:54que o primeiro-ministro
14:55da Premier
14:56da Alemanha
14:57agradeceu o Netanyahu
14:59privadamente
15:00por fazer o trabalho sujo.
15:01Ou seja,
15:02enquanto os líderes internacionais
15:03também não tiveram consenso
15:04em relação à faixa de Gaza,
15:06não vamos conseguir
15:06andar para frente.
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