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Após discurso na ONU, Lula avaliou positivamente a viagem e destacou a abertura de Donald Trump para diálogo. O presidente brasileiro falou em negociar terras raras e metais críticos, reforçando a importância de uma relação construtiva com os EUA. Acompanhe a análise de Mariana Almeida.

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Transcrição
00:00Nós vamos continuar, então, falando sobre a ONU, porque o presidente Lula afirmou nesta quarta-feira
00:06que ficou satisfeito com os resultados da viagem à Assembleia Geral das Nações Unidas,
00:11especialmente pelo gesto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de abrir espaço para diálogo.
00:17Lula destacou que não vê motivo para manter o clima de tensão entre os países
00:22e disse torcer por uma boa relação entre as duas maiores democracias das Américas.
00:28E para falar sobre este assunto, nós vamos ao vivo à Brasília com a repórter Fernanda Sete,
00:33que já está chegando aqui conosco. Oi, Fernanda, muito bom dia para você.
00:37Fernanda, há uma expectativa por essa reunião, essa conversa entre Lula e Trump.
00:42Fala-se muito numa videoconferência, mas Lula não descartou aí um encontro presencial, um encontro pessoal
00:49e já acenou com a possibilidade de negociação de terras raras, daqueles minerais críticos.
00:55Isso pode realmente acalmar os ânimos e voltar a ter uma relação melhor entre Brasil e Estados Unidos?
01:03Seja bem-vinda aqui ou agora.
01:07Muito obrigada, Eric Klein. Bom dia para você e para todo mundo que nos acompanha.
01:11O presidente Lula deu uma coletiva de imprensa em Nova Iorque, no final do evento,
01:17e fez um balanço positivo dessa viagem da Assembleia Geral da ONU.
01:22Falou que está feliz com o resultado da Assembleia Geral da ONU,
01:25mas que está ainda mais contente com a abertura por parte do presidente norte-americano,
01:31Donald Trump, de iniciar um diálogo com o Brasil.
01:35O presidente Lula falou o seguinte, aquilo que parecia impossível aconteceu.
01:39Então, Lula se mostrou bastante animado com essa conversa, Eric Klein, com o presidente norte-americano, com o Donald Trump.
01:47Claro, ontem mesmo, durante a coletiva de imprensa, ele afirmou que se coloca à disposição
01:53para conversar de forma pessoal com o Donald Trump.
01:57Ou seja, Lula afirmou ontem que esse encontro entre as duas autoridades, entre os dois,
02:03pode acontecer de forma presencial ou por videoconferência mesmo.
02:07E a data exata de quando esse encontro vai acontecer, Lula falou que isso está a cargo da equipe dele
02:13e também da equipe de Donald Trump, que ainda não tem uma data definida,
02:17mas que ele está, sim, disposto a conversar pessoalmente com o Donald Trump.
02:22E com relação à exploração das terras raras e dos metais críticos, falamos aqui ontem, né, Eric Klein,
02:28que isso poderia ser uma possibilidade, que o presidente Lula poderia colocar isso na mesa
02:33de negociações com os Estados Unidos, já que em julho deste ano, o negociador dos Estados Unidos,
02:38Gabriel Escobar, demonstrou, né, interesse em fazer negócios com o Brasil
02:43com relação às terras raras e também aos metais críticos.
02:47Então, o que falamos ontem se confirmou nesta quinta-feira.
02:51Há, sim, uma possibilidade do presidente Lula negociar esses dois pontos, né,
02:56os metais críticos e as terras raras, já que é de interesse, já o interesse manifestado pelos Estados Unidos.
03:04Então, Lula demonstrou aí a sua vontade, né, de restabelecer essa relação diplomática e comercial
03:11com os Estados Unidos.
03:12Lula falou abertamente ali com os jornalistas que quer, sim, restabelecer essa relação com os Estados Unidos
03:20e que isso, né, corresponde aí aos anseios da população brasileira e também da população americana.
03:27Lula falou também, né, que a conversa, como falamos aqui, entre eles, né, entre ele e Donald Trump
03:32pode ser sem limites.
03:34O que não está na mesa de negociação é a questão da democracia e da soberania do Brasil.
03:40De resto, Lula está, sim, disposto a negociar com os Estados Unidos, principalmente essa questão
03:46dos metais críticos e das terras raras, como já havíamos falado aqui ao longo da semana,
03:52que poderia ser uma possibilidade aí de negociação entre o Brasil e Estados Unidos, né.
03:58Lula falou o seguinte, né, com relação de colocar ali os metais críticos na mesa de negociação
04:03de que o Brasil não pode ser só exportador e exportador.
04:07tem que fazer, sim, o Brasil tem que fazer o processo também de industrialização.
04:12Por isso, há uma possibilidade de avanço nessas negociações com os metais críticos
04:17e também com as terras raras, já que foi manifestação do próprio Estados Unidos
04:21de interesse e a exposição do presidente Lula de negociar.
04:26Então, além disso, né, o presidente Lula falou que não tem porquê Brasil e Estados Unidos
04:31permanecerem em atrito, né, que sim, que essa relação de mais de 200 anos de história
04:36tem que se restabelecer, sim, e que ele está disposto para isso.
04:40Já só ressaltando aqui, o presidente Lula reforçou que ainda não há uma data definida,
04:44mas confirmou que esse encontro vai acontecer com Donald Trump.
04:49Ontem, Lula afirmou isso, mas que a data está aí a cargo das equipes de ambos os presidentes.
04:55E se ela será presencial ou por videoconferência, também equipe do presidente Lula e de Donald Trump
05:01vão resolver, vão bater o martelo com relação a essas duas questões.
05:06Mas o que a gente sabe é que esse encontro e essa negociação entre os dois
05:10deve, sim, acontecer nos próximos dias.
05:13Com relação à COP30, o presidente Lula também falou ali na coletiva de imprensa em Nova Iorque, né,
05:18que está bastante entusiasmado com a COP30, lembrando que será realizada em novembro deste ano
05:24em Belém do Pará, falou que essa COP será a COP da verdade,
05:28pois todos os países devem ali mostrar o seu comprometimento global
05:34para combater aí as mudanças climáticas.
05:38O presidente Lula aproveitou aí para convidar os países a participarem da COP30.
05:43E nós separamos um trechinho da fala do presidente Lula,
05:46dessa coletiva de imprensa que ele deu ontem em Nova Iorque, ao final do evento,
05:49onde o presidente Lula, ele fala também dessa questão da importância,
05:54daquele aporte financeiro de um bilhão de reais feito pelo Brasil, né,
05:59no fundo Florestas Tropicais para Sempre, ou seja, o lançamento desse fundo vai acontecer na COP30.
06:07O Brasil foi o primeiro a fazer esse aporte de um bilhão.
06:11Então, nós separamos esse trechinho da fala do presidente Lula,
06:13onde ele fala desse aporte bilionário aí para as questões do meio ambiente,
06:18e falou também dessa satisfação, né, desse balanço, fez um balanço positivo
06:22dessa viagem para a Assembleia Geral da ONU, essa viagem para Nova Iorque.
06:26Vamos conferir a fala do presidente Lula.
06:30Então, eu regresso para o Brasil muito feliz com as coisas que aconteceram aqui.
06:34Foi muito importante a construção, sabe, do fundo do TFFF, ou seja, o fundo Floresta Tropicais para Sempre,
06:44porque não é um fundo de doação, é um fundo de investimento.
06:50E quem fizer investimento vai ganhar dinheiro e uma parte desse dinheiro vai ser aplicado
06:56para que a gente mantenha a floresta em pé nos países que tenha.
07:00No caso do Brasil, é muito interessante porque, além da gente ter a maior reserva florestal do mundo,
07:08a gente ainda tem 40 milhões de hectares de terras degradadas em que a gente pode florestá-la com o que a gente quiser.
07:17Uma demonstração de que o problema do clima depende pura e simplesmente da vontade política de cada governante
07:25e, mais importante, da gente acreditar na ciência.
07:29Sabe, não é mais um presidente da República dizer eu acho, eu acredito.
07:33Não. A gente, quando está no cargo, a gente não acha e nem acredita.
07:38A gente assiste àquilo que fala ciência e a gente cumpre, sabe, da melhor forma possível
07:44as coisas para a gente resolver esse problema.
07:47Eu tenho dito que em Belém a gente vai fazer a cópia da verdade.
07:52Nós assumimos o compromisso de até 2030 a gente chegar ao desmatamento do zero na Amazônia.
07:58E, portanto, como ninguém pediu para a gente propor e a gente propôs, nós temos responsabilidade de cumprir.
08:05Então, eu volto agora para o Brasil, satisfeito com a nossa reunião,
08:11otimista com a possibilidade de Brasil e Estados Unidos fazer uma reunião, sabe, o mais rápido possível
08:18e acabar com o mal-estar que existe hoje na relação Brasil-Estados Unidos.
08:23Maria Almeida, eu vou pegar num ponto que é justamente como que vai ser esse encontro entre Lula e Trump
08:33ou como pode ser.
08:34O Itamaraty, que era a todo custo que seja por videoconferência, por causa de histórico do republicano,
08:39de constrangimentos ali no Salão Oval, vídeo que aconteceu com o Volodymyr Zelensky
08:44e também com o presidente da África do Sul.
08:46Por outro lado, eu conversando com alguns amigos analistas políticos,
08:49a percepção é o seguinte, que Lula deveria apostar neste corpo a corpo.
08:55Por quê? Porque Lula é um sedutor político e é o que aconteceu.
09:00Antes de Trump ter esse cara a cara com Lula lá na ONU, Trump estava a ver só uma conversa com o Brasil.
09:07Quando ele encontrou pessoalmente o presidente brasileiro, ele já mudou a percepção dele.
09:13Então, assim, esses analistas apostam que Lula poderia ir para o front, para esse corpo a corpo,
09:20porque talvez os resultados fossem melhores para o Brasil, inclusive em relação ao tarifácio, Maria Almeida.
09:26Pois é, é um movimento arriscado.
09:28Certamente não dá para confirmar que ela com certeza sairia assim ou com certeza sairia dessa outra forma.
09:34Dá para sair vitorioso.
09:35É uma aposta.
09:36Apostar na liderança e na química do presencial pode ser uma alternativa em saindo positivamente,
09:43se você consegue fazer um ambiente onde o presidente Lula também não fica naquela posição de constrangimento,
09:49como diversos líderes.
09:50Você trouxe dois, os que foram mais simbólicos do quanto foi ruim a participação,
09:56mas outros líderes, inclusive líderes europeus, ficaram meio secundarizados em uma fala no Salão Noval,
10:01onde basicamente Donald Trump falou e os outros ficaram na escuta.
10:04e nessa escuta se impõe de maneira simbólica uma hierarquia internacional,
10:09onde Donald Trump navega sozinho e navega inclusive no sentido de impor essa visão,
10:15por exemplo, de fragilização dos espaços multilaterais, da ONU e de muitas das questões que Lula defende.
10:22Ou seja, se Lula for no presencial e for silenciado, digamos assim, aparecer,
10:27não é só a figura que fica fragilizada, é o conjunto das pautas que ele está defendendo.
10:31Por outro lado, se se aposta que ele não aceitaria ou conseguiria reverter essa situação
10:37e ter um diálogo mais horizontal ali, significa afirmar a possibilidade do Brasil,
10:43e aí no caso de Lula, mas também dessas pautas, a questão climática, o multilateralismo,
10:49a possibilidade de uma reafirmação de valores democráticos terem também algum espaço.
10:55As pautas são coisas muito avessas ao que Donald Trump tem defendido.
11:01Então, imaginar que a química fosse suficiente para abrir essa porosidade é uma aposta alta.
11:07O resultado seria muito positivo, mas, como eu já falei, não é o que,
11:11se a gente fosse pensar racionalmente, Donald Trump, ele próprio deveria fazer.
11:15Por quê? Porque dar voz a Lula é exatamente dar voz a muitos dos valores e das pautas e das questões
11:21que ele próprio vem tentando desmontar, desconstruir.
11:24Vamos assistir, vai ser bastante intensa a semana daqui em diante,
11:27porque não foi até agora a racionalidade que pautou nem Donald Trump, nem a relação com Lula.
11:33Como a gente viu e foi bem surpreendido essa semana, foi uma certa química.
11:36Vamos ver o que mais pode vir dessa subjetividade de Donald Trump.
11:40E a questão das terras raras anima muito Donald Trump pelo seguinte,
11:44o Brasil é a segunda maior reserva do mundo, só perde para a China.
11:48E a única mineradora de terras raras produtiva aqui no Brasil, ela é em Goiás,
11:55é a Serra Verde, que é a empresa com capital norte-americano.
12:00Então, se para os Estados Unidos seria muito importante conseguir que outras empresas norte-americanas,
12:05um financiamento norte-americano para a exploração de minerais raros no Brasil,
12:10entrassem mais aqui, que os americanos ajudassem a gerir isso.
12:14Do ponto de vista econômico e estrito-senso, tem uma grande pauta positiva de ganha-ganha entre os dois países.
12:21As terras raras são um deles que é com muito cuidado, porque assim, a gente não tem explorado,
12:25mas existe a possibilidade e tem que ter investimento externo,
12:28porque o Brasil não tem a capacidade hoje sozinho de fazer isso,
12:31aliás, como a maior parte dos países, então teria que ter esse investimento.
12:35É possível fazer essa relação.
12:36Tem as questões dos data centers, do investimento todo em energia limpa,
12:40que o Brasil também representa.
12:41tem possibilidade de uma agenda positiva.
12:44Se o presidente Lula, se a Oitamaraty construírem espaço para isso ser o centro,
12:49e a partir disso não ter esse silenciamento e essa hierarquização de imagem,
12:54pode ser muito substancial.
12:55Porque, do ponto de vista, o que vai, carrega junto, a conversa vai ser algo de ganha-ganha,
13:00mas o que se carrega junto é que as pautas de democracia, de demandas climáticas,
13:05de multilateralismo, continuam vivas e passíveis de ser conversadas e discutidas.
13:09Se houver algum grau de horizontalidade na imagem dessa conversa,
13:13ainda que o objeto possa ser algo que os Estados Unidos também estão ganhando,
13:17como acesso a terras raras, na prática, simbolicamente para o mundo,
13:20significa que está viva a possibilidade do diálogo.
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