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Enquanto o Supremo Tribunal Federal inicia o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a oposição acompanha de perto o desfecho que pode ter grandes impactos políticos. Em paralelo, aliados defendem a PEC da Anistia. Para falar sobre o assunto, a Jovem Pan entrevista o deputado Cláudio Cajado (PP-BA).
Apresentada: Soraya Lauand
Entrevistado: Cláudio Cajado
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NotíciasTranscrição
00:00A oposição aguarda pelo resultado do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado.
00:08Em meio a isso, apoiadores mantêm a discussão pela PEC da anistia na Câmara dos Deputados.
00:14Para falar um pouco mais sobre o clima no Congresso Nacional, sobre o assunto,
00:19o Jornal da Manhã recebe o deputado federal pelo PP da Bahia, Cláudio Cajado, deputado.
00:25Muito bom dia para o senhor, obrigada pela gentileza da entrevista.
00:31Eu que agradeço, aqui é boa noite, você sabe, Soraya, eu estou aqui em Seul, capital da Coreia do Sul,
00:38e quero dar um abraço a você, a todos os telespectadores, a Marcelo Matos e aqueles que nos acompanham por outras mídias sociais.
00:46Perfeito, deputado. Bom, queria uma avaliação do senhor em relação a esse clima para a votação da PEC da anistia
00:54nesse momento, sabendo que na semana que vem há toda uma expectativa para o início do julgamento no Supremo Tribunal Federal.
01:02O senhor avalia que há clima para a retomada desse tema agora?
01:07Veja, eu penso que todas as matérias que são objetos de que possam ser discutidas e deliberadas
01:17sejam postas em votação.
01:19Nós somos uma casa plural, a Câmara dos Deputados e na sequência o Senado Federal
01:25são compostos de atores políticos que pertencem a diversos partidos,
01:34a ideologias muitas vezes que são opostas, mas não tem como você engavetar propostas.
01:42Eu penso que toda matéria que seja importante, ela tem que ser deliberada e que a maioria possa definir os rumos daquela votação.
01:55Eu penso que não só a anistia, mas todos os projetos, por mais complexos que sejam,
02:01por mais polêmicos que possam repercutir no seio da sociedade, eles merecem o debate,
02:07merecem ampla discussão e, ao final, um posicionamento de cada membro do parlamento.
02:14Eu penso que a democracia se faz dessa forma, pela busca do consenso, mas na sua impossibilidade,
02:22pela deliberação que a maioria venha a ter.
02:27Deputado, então, boa noite para o senhor aí na Coreia.
02:30Quando houve a eleição na Câmara do Senado, essa pauta foi combinada,
02:35tanto que PT e PL votaram juntos ali, houve praticamente quase uma decisão unânime na eleição,
02:41então, de Hugo Mota e Davi Alcolumbre.
02:44Depois nós tivemos toda essa divulgação de um inquérito envolvendo o presidente Bolsonaro,
02:48esse tema esfriou.
02:50O senhor avalia que o fato da inclusão, da possibilidade de uma anistia a Jair Bolsonaro,
02:56que dificulta toda essa questão,
02:58as pessoas que estão presas ainda, que ainda mantêm esses vínculos lá no dia 8 de janeiro,
03:04o senhor acredita que, sem Jair Bolsonaro, esse tema poderia avançar no Congresso?
03:11Penso que sim, Marcelo.
03:12Veja, nós temos que fazer a nossa parte.
03:16O parlamento está com uma proposta apresentada e nós temos que partir para decidir.
03:23Se vai passar anistia, se vai ser alterada, como alguns querem, especialmente os membros do Partido Liberal,
03:32que é do ex-presidente Jair Bolsonaro, a ampla, geral e restrita,
03:37alcançando a todos, não apenas aqueles que estão presos, mas os que venham eventualmente a ser presos.
03:44Existe uma complexidade nessa questão, inclusive do ponto de vista jurídico,
03:50mas tudo isso terá que ser ultrapassado.
03:52Não só a questão da anistia, mas a questão das prerrogativas também terá que ser deliberada,
03:59como eu penso que uma série de projetos, principalmente da pauta econômica,
04:04também precisam que haja uma deliberação.
04:07Nós estamos aí com a questão do imposto de renda, a isenção de quem ganha até R$ 5.000
04:13e de quem, na progressividade, pode-se ter uma isenção parcial de até R$ 7.250,
04:22que foi votada na comissão.
04:24Nós temos uma emenda pelo PP que aumenta essa linha de corte de progressão de isenção
04:30até R$ 7.590, R$ 7.590.
04:33Esse é um assunto importante que tem que ser também pautado e deliberado.
04:39Nós temos a medida provisória 1303, que prevê aí uma série de aumento de gastos
04:46em função de aumentar a carga tributária também, que de igual forma pode caducar no próximo mês,
04:54então precisa ser deliberado.
04:56Nós temos aí uma pauta extensa que vai envolver a Lei de Diretrizes Orçamentárias, LDO,
05:03acaba de ser enviado pelo Executivo, a Lei Orçamentária União, para vigorar no ano que vem.
05:09Então, o Parlamento tem a obrigação de pautar essas matérias e discuti-las.
05:15E, obviamente, alterar naquilo que julgarem conveniente.
05:19Então, eu estou da opinião de que qualquer matéria, seja ela polêmica, mais ou menos,
05:26ela tem que ser pautada.
05:29E a partir daí, cada partido, cada membro do Parlamento pudesse manifestar.
05:36Eu penso que, obviamente, que existe muito ruído hoje dentro da Câmara.
05:41Ruído do ponto de vista do que houve, né?
05:44Desde o final do semestre passado, com a questão do IOF,
05:48onde houve uma série de entreveros.
05:53Nós iniciamos aí esse período do segundo semestre na Câmara dos Deputados
05:59com um problema grave, que foi a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro
06:05e uma consequente tomada de posição radical por vários membros do Parlamento,
06:12impedindo os trabalhos da Câmara, impedindo os trabalhos das comissões
06:16e, inclusive, que o próprio presidente da Câmara, Hugo Mota,
06:20sentasse em sua cadeira presidencial.
06:22Foi uma ação radical, excessiva, e que houve, obviamente,
06:28uma deliberação dos líderes de que algumas matérias,
06:32dentre elas anistia, teria que ser pautada e votada.
06:36Eu penso que seja apenas por decisão dos líderes.
06:39Eu sou da opinião, repito, que qualquer matéria,
06:42ela deva, sim, ser levada ao plenário
06:46para que a Câmara dos Deputados como um todo,
06:50no seu foro de maior expressão que é o plenário,
06:53possa se manifestar.
06:56E, mais cedo ou mais tarde, isso acontecerá.
06:59Obviamente que, se for na semana que vem,
07:01no início do julgamento do presidente Bolsonaro,
07:04nós teremos aí mais ruído.
07:06Porém, eu creio que as instituições são maduras,
07:10todos nós parlamentares temos a nossa responsabilidade,
07:13temos a nossa visão,
07:15e, obviamente, que, chamados a votarmos,
07:18nós iremos fazer com que as nossas prerrogativas
07:21sejam exercidas e os nossos deveres sejam cumpridos.
07:26Deputado, os nossos comentaristas
07:28também vão participar dessa entrevista,
07:30começando pela pergunta de Jesualdo Almeida.
07:33Deputado, boa noite aí na Coreia.
07:37Deputado, esse projeto da anistia,
07:40até pelo momento, pelo timing que ele foi apresentado,
07:42ou pretende ser reapresentado,
07:44basicamente pretende blindar Jair Bolsonaro.
07:47Não fosse isso,
07:48não haveria o aumento da temperatura na discussão
07:50nesse momento em que se avizinha o seu julgamento.
07:54Até esse momento, nós temos a prisão
07:55apenas naqueles que foram massa de manobra,
07:57o povão que ali estava no dia do quebra-quebra.
08:00Mas aqueles que se beneficiariam
08:02e aqueles que instigaram até esse momento
08:04não foram julgados e sequer punidos.
08:07Ao avançar essa PEC da anistia,
08:09ou esse projeto da anistia,
08:11isso não passa uma imagem de impunidade
08:14e não seria um estímulo para novas atitudes no futuro?
08:18Perdi a eleição, faço queba-quebra,
08:21se deu certo, ok,
08:22se não deu, eu sei que seria anistiado também.
08:25Jesualdo, muito obrigado por a sua intervenção.
08:28Eu digo o seguinte,
08:30nós temos um momento único na história do país.
08:35Nós temos que pacificar o nosso país.
08:39E veja, colocar a anistia em votação
08:41não significa aprová-la.
08:44Todos terão que se manifestar,
08:46os partidos terão que se manifestar.
08:48Ora, se a maioria da Câmara dos Deputados
08:52e posteriormente no Senado Federal
08:54aprovar, qual é o problema?
08:57A democracia se faz através justamente dessa forma.
09:03Independente da posição do judiciário,
09:06independente da posição do executivo,
09:08todos nós temos responsabilidades
09:10de podermos agir de acordo com as nossas funções
09:13e as nossas posições que exercemos na vida pública,
09:18seja como agentes políticos,
09:21seja como, de fato, políticos exercendo o mandato.
09:25tão, obviamente, que eu tenho uma posição,
09:31como muitos também têm,
09:32e outros terão que ter.
09:34O momento é o momento que eu creio
09:36de pacificar o país.
09:38Mas a pacificação necessariamente
09:40pode não acontecer com a aprovação
09:42de uma matéria como essa da anistia.
09:45Se for rejeitada, nós temos que pensar em dois pontos.
09:51Primeiro, pautar aquilo que está para ser deliberado.
09:56Esse, para mim, é um fundamento do regime democrático
10:00e que nós não podemos engavetar matérias,
10:03principalmente, tão importantes como essa
10:07nesse momento que vivemos na história do país.
10:09Segundo, é a posição de cada um e de cada partido.
10:14Então, o que vai ser analisado,
10:16nós não temos ainda nenhum texto
10:19para podermos nos debruçar sobre o que virá
10:22como proposta da anistia,
10:25é avaliar se ela, de fato,
10:28é como o PL quer, ampla, geral e restrita,
10:32que atenderia, assim, como você colocou,
10:35até aqueles que ainda não foram julgados,
10:37que existe, inclusive, também uma dúvida
10:40do ponto de vista jurídico,
10:42se anistiar quem ainda não foi condenado
10:45procede ou não procede.
10:47Isso vai ser analisado pelo plenário da Casa,
10:49pela pauta da constitucionalidade,
10:53da juridicidade,
10:54e eu penso que o Parlamento tomará uma posição.
10:58Se, eventualmente, houver uma posição diferente no Senado,
11:04o Senado tem suas prerrogativas,
11:06mas tem sua competência também
11:07para poder se manifestar a favor ou contra o que a Câmara o fez.
11:11Como também o presidente,
11:14que poderá sancionar ou não.
11:16Então, eu penso que cada parte da estrutura
11:20dos três poderes que integram a nossa federação
11:23tem as suas responsabilidades,
11:25tem as suas competências e prerrogativas.
11:27Cabe a eles, cada um a seu momento,
11:30se manifestarem livremente de forma democrática.
11:33Deputado, agora a pergunta da Luana Tavares.
11:36Boa noite, deputado, aí na Coreia.
11:41Obrigada pela participação.
11:43A minha pergunta se refere a, nesse momento,
11:46caso a votação, a pauta fosse realmente colocada em votação,
11:50qual seria o modelo que atenderia ao PP,
11:54que atenderia a sua posição também como deputado?
11:56Qual seria a posição de vocês em relação a esse tema?
11:59Qual é o acordo ou a visão que já foi estabelecida no PP
12:04para um posicionamento,
12:05uma vez que a pauta da anistia
12:07seja colocada em discussão, em votação na Casa?
12:11Boa noite, Luanda.
12:13Bom dia para você.
12:14Não houve ainda uma posição do partido.
12:17Nós ainda sequer, como eu disse anteriormente,
12:19temos conhecimento do texto a ser apresentado,
12:23para que nós possamos nos debussarmos sobre ele.
12:26Eventualmente, nós teremos uma posição partidária.
12:31Acredito, inclusive, que será uma posição de posicionamento fechado.
12:36Haja vista que essa é uma tese,
12:40é uma ideia que eu vejo muitos colegas dentro do meu partido,
12:44Partido Progressistas,
12:46falarem na pacificação do país,
12:48que nós não podemos continuar com essa divisão,
12:52com essas sequências que advêm dessa divisão,
12:56e que, obviamente, se de um lado existe um ganho político,
13:00do outro lado há uma perda,
13:01mas também há um prejuízo para o conjunto da sociedade.
13:06O tarifácio é um exemplo disso.
13:08O Brasil está pagando uma conta,
13:10alguns empresários estão pagando essa conta também,
13:13e a população vai começar, em curto prazo,
13:16a pagar essa conta.
13:18O governo está se esforçando,
13:19nós temos aí um projeto para poder também discutir
13:25essa reciprocidade que foi proposto pelo governo executivo
13:29em retaliação a esse tarifácio dos Estados Unidos,
13:33que eleva em 50% a incidência de taxas
13:36sobre inúmeros produtos brasileiros,
13:38e isso traz uma consequência danosa
13:41fruto dessa questão política que nós estamos enfrentando.
13:45Então, nós temos que respeitar,
13:49ainda que discordemos,
13:51alguns pontos de vista de partidos
13:54que desejam uma ação
13:56e outros que não desejam.
13:58O PL quer mexer, o PT não quer.
14:01Vamos colocar em votação e a maioria decide,
14:04simples assim.
14:04Obviamente que haveremos de ter uma discussão ampla,
14:08esse projeto não passará sem que haja destaques,
14:12os destaques também terão que ser levados a plenário
14:17para que haja uma deliberação.
14:19Então, na minha opinião,
14:21o que nós precisamos é virar esse momento da história,
14:25nós precisamos avançar nessas pautas.
14:27Eu acredito que os líderes já se manifestaram
14:30para que possa haver a pauta desse projeto.
14:34Porque se não houver,
14:36isso cabe ao colégio de líderes
14:37e ao presidente da Câmara,
14:39deputado Hugo Mota,
14:41nós teremos aí, mais uma vez,
14:44consequências sobre a manifestação
14:46daqueles que desejam que integram o Parlamento.
14:49Então, se houver a pauta,
14:52a maioria decidirá.
14:53Mas se não pautar essa matéria da anistia,
14:56nós teremos aí, obviamente,
14:58posições mais radicais,
15:00posições que podem levar a manifestações
15:04que vão trazer, de certa forma,
15:07prejuízos, não apenas ao andamento
15:09do processo legislativo na Câmara dos Deputados,
15:12em especial,
15:13mas também em relação a matérias
15:15que possam ser fruto de uma discussão
15:20que haja uma consequência
15:22pela não pauta da anistia.
15:25Conversamos, então, com Cláudio Cajado,
15:28deputado federal pelo PP da Bahia.
15:31Deputado, mais uma vez,
15:32obrigada pela gentileza da entrevista.
15:36Eu que agradeço, Luanda,
15:38Soraya, muito obrigado,
15:40sua participação é de Marcelo
15:41e a dos comentaristas.
15:43Obrigado também por a oportunidade
15:44de conversar com vocês
15:45e com quem nos assiste nesse momento.
15:47Um abraço.
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