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Em entrevista ao Real Time, Beatriz Aguilar, analista de investimentos, analisou o fechamento quase neutro do Ibovespa B3, destacou a deflação do IPCA 15, comentou possíveis impactos da política americana e a situação do Banco do Brasil, incluindo efeitos de fake news e inadimplência no agronegócio.

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Transcrição
00:00E agora a gente vai falar sobre as notícias econômicas do dia com a analista de investimentos, Beatriz Aguilar.
00:05Bom dia para você, Beatriz. Seja muito bem-vindo ao Real Time.
00:09Bom dia, bom dia você, bom dia audiência.
00:12Bom, o Ibovespa fechou ontem quase na estabilidade. Foi um movimento de cautela, na sua opinião?
00:18Muito provavelmente um momento de cautela.
00:21Claro que a gente tenta precificar alguns fatores externos e fatores internos.
00:26A questão do IPCA 15 era algo que a gente estava de olho.
00:29O mercado esperava até uma queda um pouco maior, mas ainda assim, uma deflação que a gente não via desde 2023,
00:36a gente vê como algo positivo, ainda que a gente tenha essa inflação um pouco acima da meta.
00:42Isso que eu queria comentar com você hoje.
00:45Tipo, o Ibovespa ontem 0,04 de alta.
00:48Agora, o mercado, o que você acha que vai enxergar com mais força hoje?
00:52Vai enxergar o fato de que há uma deflação ou vai enxergar o fato de que a deflação não foi tão alta como se esperava?
00:57Apesar de a gente estar vendo essa deflação um pouco abaixo do que o mercado estava esperando,
01:05o mercado estava esperando um IPCA acumulado talvez em 4,88, a gente ficou em 4,95,
01:12mas eu acho que teve um ponto muito relevante que foi uma diferença muito grande de um mês para outro
01:17e que fazia tempo que a gente não via isso.
01:19E isso mostra talvez uma tendência de tentar convergir essa inflação para mais próximo do teto da meta,
01:26ainda que muito provavelmente em 2025 a gente siga acima do teto da meta.
01:30Então, o mercado, eu acredito que não vai ter um grande movimento por conta disso,
01:35porque apesar de ter sido um pouco abaixo essa queda do que a gente estava esperando,
01:39esperando é um movimento importante em relação a essa questão do IPCA.
01:43E claro que conta com alguns fatores importantes, quando a gente vê esse recuo e talvez uma tendência
01:49dessa queda da inflação ainda que acima do teto da meta,
01:53para 2025 a gente ainda vê uma taxa de juros relativamente alta de 15%,
01:59mas talvez isso reforce o discurso e as nossas expectativas de que essas taxas de juros
02:05podem ser cortadas a partir do final desse ano ou início do ano que vem.
02:08Então, aí sim, talvez esses cortes poderiam trazer um impulso um pouco maior para a nossa Bolsa de Valores.
02:15E de modo geral, o que você espera para a Bolsa hoje, Beatriz?
02:19Bom, não acredito em grandes movimentos, como eu falei.
02:21Provavelmente a gente deve trabalhar em algo muito próximo da neutralidade hoje também.
02:25Acho que tem alguns outros fatores que a gente está de olho.
02:29Essa semana a gente está de olho também na Peloa, que deve sair do governo de 2026.
02:34Então, a gente está muito de olho nessa questão fiscal.
02:36Tem alguns fatores externos também, mas hoje, por conta do IPCA 15,
02:41acho que a gente não deve ter grandes movimentos.
02:43Acho que, em partes, foi precificado, teve uma diferença,
02:48mas não deve impulsionar tanto a Bolsa de Valores assim ou nem trazer tanto ela para baixo.
02:52Deve ficar mais ou menos em patamares neutros, como a gente viu nesses últimos dias.
02:57Falando um pouco de setor externo, a gente está vendo o pre-market americano operando no negativo
03:02por causa da percepção de que o Trump está tentando intervir no Fed.
03:06Ele fez um post demitindo uma das diretoras do Fed, que é a Lisa Cook,
03:11alegando problemas num financiamento imobiliário que ela teria feito.
03:16A gente tem visto várias análises de juristas americanos
03:19dizendo que, ainda que fosse o caso de ter havido algum tipo de ação imprópria por parte dela,
03:26não é assim que você demite uma diretora do Fed.
03:28Ela teria que ter direito, por exemplo, à defesa dela, explicar o que aconteceu,
03:32e ela nunca foi condenada e nunca nem foi processada por isso.
03:36Você acha que pode haver uma contaminação do que está acontecendo nos Estados Unidos
03:40aqui na Bolsa Brasileira?
03:42Eu acho que de uma forma um pouco mais suave,
03:45eu acho que o que a gente está muito mais de olho são os possíveis cortes mesmo
03:49de taxa de juros que a gente deve ver agora para setembro.
03:52Claro que esse tipo de ruído nunca é interessante,
03:56ele vai acabar contaminando muito mais a Bolsa americana lá fora,
03:59que eventualmente afeta o nosso humor aqui,
04:03mas muitas dessas coisas elas são ruídos,
04:06que não necessariamente vão ter uma extensão muito maior.
04:10Eu acho que mais importante do que esse conflito,
04:13assim como a gente também já viu esse tipo de embate entre presidente do país
04:18e presidente do Banco Central aqui no Brasil,
04:20acho que é mais importante para a gente esse direcionamento da taxa de juros.
04:24Mas termite a diretora é um pouco mais grave, não é Beatriz?
04:27É grave, isso sim, claro.
04:30Mas o que eu digo assim, eu acho que o que a gente entende
04:33descontamina o mercado americano,
04:35mas não necessariamente isso vai fazer com que o mercado aqui, por exemplo, derreta.
04:39Eu acho que muito mais importante para nós aqui no Brasil,
04:42para a nossa Bolsa aqui no Brasil,
04:44é a direção que vai à economia dos Estados Unidos
04:47e taxa de juros nos Estados Unidos,
04:49porque um corte nas taxas de juros lá fora poderia suavizar um pouco o nosso cenário aqui.
04:54Então, é claro, a gente fala isso num aspecto de talvez médio prazo,
04:59nem se curto prazo a zeda, zeda a bolsa americana lá fora,
05:02não acha que tem um impacto tão forte aqui,
05:05mas para a nossa economia e para o nosso mercado,
05:07pensando em um médio prazo mais importante é a taxa de juros lá fora.
05:10Sim, sem dúvida.
05:12Falando ainda do presidente Trump,
05:13ele ameaçou taxar a China em até 200%
05:16se a China não entregar ímãs em quantidade suficiente para a indústria americana.
05:21Quando a gente tinha a sensação de que essa crise
05:22entre as duas maiores economias do mundo estava se acalmando um pouco,
05:26parece que isso vai ser uma situação
05:28que vai estar sempre em ebulição durante o mandato do Trump, não?
05:32Sim, e eu acho que isso é o novo normal dos mercados
05:36e apesar de a gente, o investidor, os analistas,
05:41sejam analistas políticos também ou analistas de mercado,
05:43a gente meio que está se acostumando com esse normal
05:46desse vai e vem, desses atritos.
05:48E não somente para a China,
05:49que hoje acaba sendo o principal embate dos Estados Unidos,
05:53porque acaba tendo uma competição muito forte,
05:56mas também com outros países.
05:58Então, a gente está tendo que lidar com esse novo normal,
06:01com esse vai e vem.
06:02É claro que a gente já está acostumado com essas medidas do Trump,
06:05que no fim ele acaba tentando chegar em algum tipo de negociação
06:10no meio do caminho, não necessariamente vai chegar nesses 200%,
06:14mas é claro que isso, talvez quando a gente olhasse lá por início do ano
06:19ou até mesmo abril, que a gente teve um impacto muito grande nos mercados,
06:23isso fez muito preço.
06:25Isso vai continuar fazendo preço,
06:26mas a gente já está se acostumando um pouco com esse novo normal
06:29de tarifas que vão, de tarifas que vêm, dessas negociações.
06:33Em alguns casos, como aqui no Brasil,
06:35a gente está num momento de banho-maria,
06:38onde a gente não chegou em uma situação,
06:41não chegou em uma negociação.
06:42Então, a gente começa a trazer isso para o nosso cenário também,
06:45mas a gente tem que se acostumar.
06:47Beatriz, eu queria uma análise sua sobre as ações do Banco do Brasil,
06:50porque a gente teve uma queda brusca ontem,
06:52motivada por fake news sobre a possível insolvência do banco
06:56frente à lei Magnitsky dos Estados Unidos.
06:58A gente repete, é uma fake news,
07:00não tem nada que indique isso claramente até agora,
07:02mas isso fez um estrago nas ações ontem.
07:04O que você está esperando para a evolução desse papel?
07:07Bom, o Banco do Brasil é um caso que eu acompanho de perto,
07:10converso muito, inclusive, com as pessoas que me acompanham nas redes.
07:14E o caso do Banco do Brasil, é claro que ele tem um peso um pouco maior
07:18quando a gente fala das ações, por conta das questões políticas.
07:21E, recentemente, a gente teve, inclusive, um resultado que foi bem decepcionante,
07:25foi um resultado ruim, muito por conta da questão do agro.
07:29Então, a inadimplência no agronegócio,
07:31o número de recuperação judicial que está acontecendo no agronegócio,
07:34afetou muito a inadimplência do banco e as projeções que eles tiveram que fazer
07:38com essa questão das dívidas e do endividamento desse segmento.
07:43Então, isso já tinha afetado o banco em si.
07:46Nesse ponto, o banco foi muito claro em trazer que a situação
07:50não tende a melhorar nesse curto prazo,
07:53que a gente deve seguir com essa questão da inadimplência,
07:57que deve ser normalizada ou chegar em patamares mais próximos
08:01do que eles estavam acostumados somente na metade do ano que vem.
08:04Então, a gente junta todo esse resultado ruim,
08:07mas que muitas vezes as pessoas não olham no detalhe o número
08:09e o que está acontecendo.
08:10E com mais todo esse fator político,
08:13isso acaba pressionando o Banco do Brasil, não tem jeito.
08:15Mas a gente sabe que não existe, assim,
08:19muita gente estava com essa questão de fazer uma corrida aos bancos
08:23ou qualquer coisa nesse sentido, não há necessidade disso.
08:26O Banco do Brasil, apesar de ter um resultado ruim
08:28e apesar de a gente estar vendo todos esses impasses políticos,
08:31ele é um banco que ainda continua entregando lucro
08:33em relação a essas questões políticas
08:36ou até mesmo sanções de possíveis leis magníticos
08:41ou qualquer coisa nesse sentido,
08:43a gente já está vendo que não somente o Banco do Brasil,
08:45mas como outros bancos aqui no...
08:47ou corretoras, outros bancos e corretoras aqui no Brasil,
08:51eles estão muito mais propensos a aderir, de fato,
08:54à lei magnítica para não ter problemas lá fora
08:56ou correr o risco de perder algum serviço
08:59ou algum braço importante lá fora.
09:01Porque, quer dizer ou não, é uma parte importante ali da receita
09:04que poderia impactar diretamente os serviços.
09:06Então, sim, tem que ter um cuidado com o que a gente acaba lendo por aí,
09:10o que a gente acaba lendo nas manchetes
09:12para a gente não se preocupar em demasio em relação a isso.
09:16Mas em relação ao Banco do Brasil, quando a gente fala de ações,
09:18a gente tem uma expectativa de que, sim,
09:20os próximos resultados não sejam muito bons.
09:22Quando a gente fala de inadimplência dele,
09:24deve melhorar somente na metade do ano que vem.
09:27Em relação a essa questão política ou até mesmo das sanções
09:30que poderiam ver lá de fora,
09:31eu vejo que ele está muito mais propenso a aderir
09:34a essas sanções para não ter problemas maiores.
09:37Beatriz Aguilar, analista de investimentos,
09:40muito obrigado pela sua participação aqui no Real Time.
09:42Bom dia.
09:44Igualmente. Bom dia.
09:44Bom dia.
09:46Bom dia.
09:46Bom dia.
09:46Bom dia.
09:47Bom dia.
09:48Bom dia.
09:48Bom dia.
09:49Bom dia.
09:50Bom dia.
09:50Bom dia.
09:51Bom dia.
09:52Bom dia.
09:53Bom dia.
09:54Bom dia.
09:55Bom dia.
09:56Bom dia.
09:57Bom dia.
09:58Bom dia.
09:59Bom dia.
10:00Bom dia.
10:01Bom dia.
10:02Bom dia.
10:03Bom dia.
10:04Bom dia.
10:05Bom dia.
10:06Bom dia.
10:07Bom dia.
10:08Bom dia.
10:09Bom dia.
10:10Bom dia.
10:11Bom dia.
10:12Bom dia.
10:13Bom dia.
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