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O Ibovespa B3 encerrou o dia com alta de 1,76%, alcançando 138.963 pontos, o maior patamar nominal da história. O sócio da GTF Capital, Felipe Corleta, analisa o impacto do acordo EUA-China, da inflação controlada nos EUA e do possível fim do ciclo de alta da Selic no otimismo do mercado.

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Transcrição
00:00Aqui no Brasil, o Ibovespa B3 fechou na maior pontuação nominal da sua história.
00:07Vamos trazer o gráfico do desempenho do índice em referência da Bolsa Brasileira durante o dia.
00:12138.963 pontos, uma alta de 1,76% pela primeira vez, fechando na casa dos 138 mil pontos.
00:22Chegou a bater nos 139 mil. A gente vê no finalzinho do gráfico ali que houve um ponto mais alto.
00:27Estava na faixa dos 139 mil pontos. O dólar teve queda de 1,34%, fechou valendo R$ 5,60,
00:38mas durante a tarde também chegou a bater nos 5,59. Mais um dia positivo para a Bolsa e mais um dia de alívio
00:47nas pressões sobre o câmbio aqui no Brasil. Para analisar o dia no mercado financeiro,
00:53a gente fala hoje com Felipe Corleta, sócio da GTF Capital, que andou sumido nos últimos dias,
00:59mas agora volta aqui a dar o ar da graça no radar com a sua análise.
01:03Corleta, boa tarde para vocês. Estávamos com saudade aqui no radar.
01:07Fala para a gente então o que justifica mais um dia positivo aqui.
01:12Estamos falando entre outros fatores da inflação americana?
01:15Olha, Turcio, eu estava esperando esse recorde histórico da Bolsa para voltar aqui para o radar.
01:22Mas brincadeiras à parte, a gente tem aí a Bolsa fechando acima dos 138 mil pontos.
01:29Possivelmente, essa semana a gente veja aí a marca histórica dos 140 mil pontos.
01:35Basta pouco mais de mil pontos para a gente atingir essa marca.
01:40E isso se dá num ambiente de melhora macroeconômica, tanto internacional quanto doméstica.
01:47Lá fora a gente precisa mencionar o acordo que foi atingido lá na Suíça entre Estados Unidos e China
01:54para pausa nas tarifas, para um período de negociação mais...
01:59Uma certa sobriedade, parece que a gente está vendo agora os adultos na sala negociando essa questão das tarifas.
02:07Isso é muito positivo para os mercados.
02:10A Bolsa americana fechou hoje a 4% do seu recorde histórico, né?
02:13Diante de toda essa volatilidade, de toda essa incerteza, de todos esses riscos de recessão que a gente via há poucos dias.
02:21Agora, o cenário já está muito mais claro e muito mais positivo.
02:26Aqui no Brasil, a nossa Bolsa e o nosso câmbio foram beneficiados pela alta forte das commodities.
02:32Tanto esse acordo comercial entre Estados Unidos e China, quanto os números de inflação apresentados hoje pelos Estados Unidos,
02:40eles trazem um afastamento do risco de recessão global.
02:45Isso porque com a inflação mais controlada nos Estados Unidos, é mais provável que a gente veja as taxas de juros por lá caírem mais cedo,
02:53ou seja, não permanecerem tão restritivas por tanto tempo, de forma a talvez não impactar tanto o emprego e a atividade econômica.
03:00Isso puxou preços de commodities metálicas, preços de commodities energéticas, produtos de exportação do Brasil que beneficiam muito o nosso câmbio.
03:10Inclusive, o dólar chegou hoje, nas mínimas, a negociar abaixo dessa marca de R$ 5,60, tocando R$ 5,59 no mercado à vista.
03:19Então, a Bolsa foi para o seu recorde histórico, puxada por ações da Vale, puxada por ações da Petrobras.
03:25Houve um desempenho positivo também das ações de bancos, que na segunda-feira acabaram compensando a alta forte da Vale e da Petrobras,
03:34fazendo a Bolsa fechar perto daquele 0 a 0 de ontem.
03:38E agora a gente segue numa dinâmica positiva, uma dinâmica que deve sim ter ainda essa semana, essa festa dos 140 mil pontos.
03:47Corleta, agora no otimismo, na euforia com esse dado de inflação, tem que dar o desconto, porque o tarifácio não está aparecendo ainda nesse índice.
03:56Verdade, mas é que até ontem, até sexta-feira, a expectativa pelo tarifácio era muito maior do que a gente tem hoje.
04:05Quer dizer, se as expectativas de que a inflação fosse ser muito afetada pela dinâmica da guerra comercial eram A,
04:14agora a gente está falando de uma expectativa B.
04:16Quer dizer, não devemos voltar de forma alguma a níveis de tarifas de 125 pela China, 145 pelos Estados Unidos.
04:25Isso parece ter ficado para trás.
04:28A gente vai trabalhar com tarifas de 20%, 30%, talvez 10% em produtos mais críticos para a inflação, para a popularidade de Donald Trump lá nos Estados Unidos.
04:38Então, mesmo que a gente ainda não tenha um efeito completo dessa questão tarifária na inflação, foi um número bem positivo,
04:47um número que se mostrou abaixo da expectativa do mercado.
04:51O mercado esperava uma inflação de 0,3% no mês de abril, a gente viu 0,2%.
04:58E uma inflação que em 12 meses atinge 2,3%.
05:02Quer dizer, muito próxima da meta do Federal Reserve, o Banco Central americano, que é de 2%.
05:08Então, traz aí um ambiente de alívio.
05:11Então, apesar de o petróleo ter subido bastante, o que de certa forma traz,
05:15uma expectativa de que a inflação de energia pode vir um pouco mais forte em maio,
05:21apesar disso, o sentimento muito positivo nos mercados, especialmente lá fora.
05:26Por aqui, a gente viu a ata do Copom reforçar o que foi falado na quarta-feira passada,
05:33especialmente trazendo esse sentimento de que encerramos o ciclo de alta da Selic,
05:39a Selic deve travar em 14,75 por algum tempo, mas diante da minha opinião aqui sobre a leitura da ata do Copom,
05:48a gente não deve, a não ser que tenha choques inflacionários relevantes nesse curto prazo,
05:54a gente deve ter aí, em junho, na reunião do Copom, o encerramento desse ciclo de alta de juros.
06:00Não sobe mais os juros e se dá por encerrado, por parte do BC,
06:04nesse ciclo de alta da Selic, o que também ajudou a Bolsa a performar também hoje.
06:08A gente vai falar daqui a pouco em detalhes da ata do Copom aqui no radar, Corolita,
06:12mas queria aproveitar e te perguntar o seguinte,
06:14a sensação que você está captando no mercado, então,
06:17já que o Copom não disse claramente se vai subir de novo ou se parou de subir,
06:22a sensação majoritária, você diria, pela sua percepção,
06:26é a de que o processo de alta para, para a partir de agora, é isso?
06:30A minha percepção é de que a gente encerrou esse ciclo,
06:33a alta de maio foi a alta derradeira da taxa Selic,
06:37e isso especialmente porque o Banco Central não cravou um balanço de riscos neutro para a inflação,
06:45mas ele diz na ata que se debateu se deveria categorizar o balanço de riscos inflacionários como neutro.
06:54Então, a gente vinha vendo a várias reuniões do Copom sempre três riscos para a alta da inflação
07:01e dois riscos para a baixa, e o Copom estabelecendo esse balanço de riscos para a inflação como assimétrico para cima,
07:07quer dizer, ele via um risco de a inflação ser mais alta e não mais baixa do que as projeções,
07:12e agora a gente tem um balanço mais neutro, então esse é o principal ponto.
07:16Embora o Copom seja muito cauteloso na sua linguagem, ele fala de muita incerteza,
07:21ele fala das expectativas de inflação desancoradas,
07:24ele fala do impulso fiscal que tem trazido uma dificuldade para o Banco Central frear a economia,
07:33mas apesar de todos esses pormenores e esses detalhes que o Copom traz na sua ata,
07:42a gente ficou com a sensação de que foi uma ata que abre espaço sim para que em junho o Banco Central coloque lá no seu comunicado
07:50que o ciclo de alta de juros está encerrado e aí muda totalmente a perspectiva,
07:57quer dizer, a gente vai começar a falar quando que o Banco Central vai cortar a taxa Selic.
08:03Hoje já tem um consenso no mercado de que esse corte pode ser em dezembro,
08:07só que a gente está vendo nos Estados Unidos uma expectativa crescente nas últimas semanas
08:13de que pode haver um corte já em julho nos Estados Unidos,
08:16então se os Estados Unidos inicia a cortar os seus juros,
08:18isso abre também espaço para que o Banco Central brasileiro corte antes de dezembro,
08:24que pode ser ainda mais um gatilho para a alta da Bolsa, para a alta dos mercados aqui no Brasil.
08:30Então é um dia excelente para o nosso mercado brasileiro, dólar muito comportado,
08:35a Bolsa no seu recorde histórico refletindo todos esses temas macroeconômicos,
08:40internacionais e domésticos que a gente discutiu aqui.
08:43Corleta, você indicou aí que acredita que o Ibovespa chegue aos 140 mil pontos nos próximos dias,
08:49então você está aí enxergando possibilidade de novas altas à frente.
08:54Quais são os papéis do Ibovespa que na tua leitura estão melhor posicionados
08:59para aproveitar esse momento de mais calmaria?
09:03Então a gente tem visto aqui na GTF com muito bons olhos ações de empresas
09:08que têm uma sensibilidade grande ao ciclo de juros,
09:11justamente por estar vendo esse topo da taxa Selic
09:14e possivelmente aqui na casa entendendo que a Selic cai antes do que o consenso do mercado,
09:20que é dezembro, a gente espera que a Selic possa iniciar um ciclo de afrouxamento monetário
09:25mais cedo do que dezembro.
09:27Então ações de empresas que têm bastante dívida,
09:30ações de empresas sensíveis ao mercado doméstico,
09:33ao custo de crédito no mercado doméstico,
09:35por exemplo, empresas do setor de locação de automóveis,
09:40empresas do setor imobiliário, empresas do setor de educação,
09:43sensíveis mesmo à economia doméstica,
09:45são a nossa principal aposta, porém, olhando para o cenário externo
09:50e para essa retomada das commodities,
09:53a gente também vê oportunidade em ações de empresas exportadoras de commodities.
09:59Caso, por exemplo, de Petrobras, caso, por exemplo, de Vale,
10:02caso, por exemplo, das empresas de proteínas,
10:05proteínas como Minerva, JBS, Brasil Foods,
10:09que se beneficiam de um ambiente mais promissor para a economia chinesa,
10:14especialmente, que é a maior consumidora desses produtos.
10:17Então o acordo comercial melhora para as commodities,
10:20o cenário macroeconômico doméstico com esse topo de selic projetado
10:24melhora para as empresas domésticas,
10:26então a gente pode ter uma alta de empresas domésticas
10:30e exportadoras de commodities.
10:32Quem que fica meio de fora desse rally, possivelmente,
10:36são as ações mais defensivas, como as ações dos bancos
10:40ou as ações de prestadoras de serviços públicos,
10:42como empresas do setor elétrico, empresas do setor de saneamento,
10:46que costumam performar melhor em momentos que a Bolsa não está tão vigorosa.
10:50Quando a Bolsa não está tão forte,
10:52as ações mais defensivas costumam ter um desempenho melhor
10:55e costumam estar mais alocadas nas carteiras dos investidores.
11:00Então, empresas domésticas e exportadoras parecem estar bem posicionadas
11:04para a gente terminar esse primeiro semestre com altas importantes.
11:09Felipe Corleta, sócio da GTF Capital.
11:12Valeu, Corleta.
11:13Obrigado por abrilhantar o radar e boa noite para você.
11:18Boa noite, Turci.
11:19Nos voltamos a falar amanhã.
11:20Valeu, um abraço.
11:21Vamos lá.
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