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No Direto ao Ponto, o CEO da CECAFÉ, Marcos Antonio Matos, avalia a eficácia das negociações do governo com os EUA sobre tarifas de importação. Ele destaca a importância de modernizar a diplomacia comercial brasileira e ressalta os desafios enfrentados pelos exportadores em um cenário de barreiras tarifárias crescentes.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/oo-vTrxLGsA

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Transcrição
00:00Vai lá, Paulo, por favor.
00:01Primeiro, boa noite. Queria agradecer o convite.
00:04Boa noite, Marcos. Boa noite a todos os colegas.
00:07E eu queria saber mais de questões de bastidores.
00:09O setor foi pego de surpresa, era esperado.
00:14E a gente sabe que o governo Lula, principalmente com o vice-presidente Alckmin,
00:18abriu canais de comunicação com vários setores, entre eles o café.
00:22E em relação aos bolsonaristas, a bancada de senadores, deputados,
00:27eles abriram algum canal de diálogo com vocês, deram alguma justificativa, alguma alternativa.
00:33Como que foi esses bastidores? Primeiro o impacto, depois quem conversou com vocês?
00:38Bom, o impacto para nós foi muito grande.
00:41Por mais que os nossos importadores haviam mencionado essa variável de que,
00:48no caso do Brasil, no caso do café brasileiro, é importante a negociação bilateral,
00:53porque concorrentes já tinham passado por esse processo,
00:55a gente criou uma expectativa.
00:58E quando a gente viu a lista de exceção sem o café,
01:01gerou uma depressão muito grande.
01:03Uma depressão, uma pressão, um sentimento de inconformismo.
01:09Por que o café não está? Por que as carnes não estão nessa lista de exceção?
01:14Mas depois a gente foi entender que os nossos próprios parceiros
01:17já haviam mencionado essa necessidade de negociação prévia de cada país.
01:22O impacto é muito grande.
01:23Aí, a partir disso, a gente tenta achar os caminhos para abrir os diálogos.
01:27É onde chega no seu ponto.
01:28Não só o governo precisa fazer algo, mas você viu que os parlamentares da Frente Parlamentar,
01:35da Agropecuária, que é liderada pela Tereza Cristina, a senadora,
01:39foram deputados da Câmara Federal,
01:43o responsável pelas relações internacionais do Senado, Nelson Tradi.
01:48Eles foram ali.
01:49Até agora, a gente ainda está tentando fazer um balanço dessa ida,
01:53porque eles também buscaram abrir os diálogos.
01:55E aí, envolvem os contatos que existem hoje em Washington,
01:58que são abertos por pessoas que estão lá também fazendo todo esse trabalho.
02:02Mas, a princípio, foram identificados alguns caminhos.
02:07Mas esses caminhos ainda a gente não teve a possibilidade de discutir,
02:10porque na semana passada a gente viu uma turbulência muito grande em Brasília.
02:14E essas turbulências, às vezes, até atrapalham a gente poder sentar e refazer as estratégias.
02:18Mas a gente acha que algumas coisas evoluíram nesse sentido,
02:21de unificar os contatos, conversar melhor,
02:25porque a gente sabe que tem brasileiros dentro da Casa Branca também.
02:27Então, há outras formas de bastidores sendo trabalhados.
02:30Vai lá, Elias.
02:32Boa noite. É um prazer estar aqui mais uma vez, direto ao ponto.
02:34Marcos, uma alegria muito grande falar com vocês.
02:37Eu queria dar continuidade nessa questão da articulação política.
02:40O Brasil é curioso, abre diversas frentes de negociação.
02:44Então, o governo tenta negociar ou põe a culpa de um outro lado.
02:47Os senadores pegam um avião, vai para Washington e abre uma outra frente de negociação.
02:52E é evidente que vocês, de forma organizada, também têm o diálogo de que vocês trazem o tema.
02:59A minha pergunta é bem direcionada.
03:03Ajuda ou atrapalha?
03:05Esse monte de frente que o Brasil abre, de certa forma, fortalece?
03:10Ou vocês se sentem até abandonados, de certa forma,
03:13porque tem muita situação aberta e nada efetivo, de fato?
03:18Olha, Elias, o seu questionamento é muito mais uma reflexão, né?
03:22Porque hoje em dia, como a gente diz o seguinte,
03:24as vias diplomáticas e o formato da diplomacia mudou abruptamente,
03:29segue importante, né?
03:30O MRE, os embaixadores do Brasil, todos agregam valor, são importantes.
03:35Mas a gente tem uma nova componente nesse multilateralismo,
03:38em desvantagem, nesse momento em que cada um foi cuidar do seu quintal, né?
03:42E os interesses maiores prevalecem sobre interesses de economias que não têm tanta força econômica, sim.
03:48Então a gente está vendo o mundo desse jeito.
03:50A aliança é o ponto mais sensível.
03:54E a aliança pressupõe o nosso importador e nós aqui no Brasil.
03:59E ali a gente tem que ver o seguinte, o agro brasileiro faz um dever de casa primoroso
04:03quando se fala em sustentabilidade, produtividade, eficiência, organização.
04:07Um trabalho primoroso do produtor rural brasileiro, é um aluno nota 10,
04:11se não for nota 10, é nota 9,5, se comparando aqui com a escola, com a faculdade.
04:16É um aluno muito, muito bom.
04:18Mas nós, como promoção de imagem, ao vender o nosso produto, ao promover o nosso produto,
04:23a gente gosta de sair para fora, quando a gente sai, e o Café faz muito,
04:27fizemos em 50 países nos últimos anos, a gente gosta de falar da gente mesmo.
04:31Falar com orgulho, e é um orgulho para nós.
04:33Mas chegou o momento de a gente fazer a promoção da imagem,
04:38também destacando o nosso importador, a parceria.
04:41Se a Itália compra muito café do Brasil, é a terceira do nosso ranking.
04:46Quantos imigrantes estão aqui esforçando, são responsáveis por produzir?
04:52Vamos abraçar a cultura da imigração, abraçar os valores dos italianos,
04:56mesma coisa de uma Alemanha, os asiáticos.
04:59A gente tem que criar um jeito de conectar o nosso consumidor,
05:03para que essa relação público-privado, e o nosso setor privado aqui,
05:07e o nosso importador, a gente esteja desenvolvendo mais coisas juntos.
05:10E quando a gente fala que hoje a tendência também é a rastreabilidade,
05:14que o nome do produtor, a região que ele produz, esteja também nas embalagens,
05:18para a gente não ser mais produtos despercebidos nos supermercados do mundo.
05:24Então, veja, a gente tem que modernizar a nossa forma de diálogo.
05:27E eu digo o seguinte, hoje, eu não sei se tem tantos canais abertos assim.
05:32Eu acho que a gente tem que se organizar, criar uma estratégia,
05:35mas a gente ainda não achou o canal correto.
05:39Eu acho que nenhum movimento conseguiu abrir um canal que a gente possa falar,
05:44e o nosso importador possa falar, o canal está aberto, aqui é o caminho.
05:48O que é impressionante, se a gente pensar no tamanho do mercado de café para aquele país,
05:53e da quantidade de tempo que a gente já faz essa via, que a gente já percorre esse caminho.
06:00Então, como que não se tem isso ainda, hein, Marcos?
06:03Como é possível chegar, depois de tantos anos, com a gente exportando café,
06:06por tanto tempo para os Estados Unidos, e a gente não saber exatamente com quem falar agora?
06:10Eu acredito que é um pouco dessa questão que o Elias trouxe,
06:14sobre as dificuldades de se fazer relação entre os países
06:19em um momento em que o multilateralismo está fraquecido
06:23e os moldes do passado não se aplicam mais ao presente.
06:28E a gente ter, tanto do ponto de vista nosso, mais proatividade,
06:32a necessidade dos governos se sentarem,
06:35mas também a gente refletir a forma como a gente faz a nossa promoção,
06:40da imagem do nosso produto.
06:41Eu acho que é um aprendizado de tudo o que está acontecendo com os Estados Unidos,
06:46é um aprendizado para nós, como agronegócio, como setor privado,
06:50em se organizar como cadeia, como setor,
06:53como mostrar para o consumidor quem nós somos, como nós fazemos.
06:56Então, eu acho que tem o componente político que a gente influencia muito pouco.
07:00Essa que é a verdade.
07:01Tem certos parâmetros ali que se questionam,
07:04a gente não tem qualquer influência.
07:06Mas naquilo que a gente tem influência,
07:09é ali que a gente pode evoluir, melhorar e entender esse grande xadrez.
07:14Nunca estivemos tão próximos dos nossos importadores.
07:18Então, a gente também tira uma lição aí.
07:20E não necessariamente o que o nosso importador faz,
07:23hoje eu até mencionei aqui a questão dos excessos de políticos democratas
07:27e a ausência de republicanos.
07:29Então, você vê que a gente tem também aprendizados aqui,
07:32que a gente já está acostumado a lidar com desafios aqui dentro.
07:35Quando a gente quer aprovar uma lei, quando a gente quer discutir algo que é justificável,
07:39é legítimo para o nosso setor, a gente já sabe o mapa da mina.
07:43Talvez, muitas vezes, a gente pode trabalhar de uma forma mais colaborativa.
07:46E eu mesmo não sabia que os secretários que já estão na ativa
07:49ainda precisam ser validados pelo Senado.
07:51Então, olha que ambiente positivo influenciar os senadores
07:55para que eles falem da importância dos produtos que os Estados Unidos não produzem.
08:02E é aquela categoria que todos usam, né?
08:04Produtos naturais não disponíveis nos Estados Unidos.
08:07Então, eles não produzem, mas agregam um valor
08:09que a gente poderia estar agregando um pouco desse valor.
08:11Diga-se de passagem.
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