O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, saiu em defesa do PIX após o ataque de Donald Trump. Galípolo garantiu que a ferramenta será mantida e reforçou a sua importância para a economia brasileira e mundial. Dora Kramer e Deysi Cioccari analisam o impacto do PIX, e ressaltam que o sistema de pagamentos instantâneos se tornou um símbolo nacional que o governo deve proteger em meio às crises diplomáticas com os EUA.
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00:00O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, saiu em defesa do PIX depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abrir uma investigação contra a ferramenta.
00:10Reportagem do Rio, Rodrigo Viga.
00:12No mesmo dia em que o tarifarço do presidente Donald Trump entrou em vigor para a economia brasileira, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, fez uma ampla e enfática defesa do PIX.
00:27Essa ferramenta tecnológica digital vem sendo alvo de críticas e cobranças do presidente norte-americano.
00:36A alegação é que o PIX estaria reduzindo receita, faturamento e adesão às bandeiras de cartão de crédito, muitas delas baseadas e sediadas em território norte-americano.
00:53Sem citar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Galípolo, afirmou que atualmente o mundo vive um momento complexo, onde às vezes as versões ganham mais notoriedade e espaço do que a realidade.
01:11Mas infelizmente a gente está num momento onde muitas vezes as coisas são complexas de se compreender e elas são capturadas por algum tipo de debate, onde as versões podem ser muitas vezes mais interessantes que os fatos e atrapalham.
01:27A gente perde muito tempo tendo que desfazer um mal entendido e dar passos para trás antes de a gente conseguir explicar do que se trata.
01:36O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, acrescentou que considera essencial e fundamental que o PIX continue sendo uma infraestrutura pública digital.
01:49Ele defendeu também mais recursos à autoridade monetária para novos investimentos em inovação tecnológica e digital aqui no mercado brasileiro.
02:01Como já foi dito, é muito importante que o PIX permaneça, e vai permanecer, como uma infraestrutura pública digital que foi desenvolvida pelo Banco Central.
02:12Porque se a gente tivesse qualquer tipo de incumbente, vamos dizer assim, sendo gestor do PIX, vocês imaginam os conflitos de interesse que a gente poderia ter a cada decisão de se incluir ou retirar um novo participante do sistema.
02:26Então isso é muito importante, tanto do ponto de vista de a gente não ter nenhum tipo de conflito, mas como a gente viu agora também, o PIX revela uma infraestrutura estratégica e crítica para o país.
02:39É uma segurança para o país que ele seja gerenciado e administrado para o Banco Central.
02:45O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, esteve nesta quarta-feira, na abertura de uma feira internacional aqui no Rio de Janeiro, sobre blockchain do Rio, Rodrigo Viga.
02:58O Deise, veja, o presidente do Banco Central fazendo a defesa enfática do PIX, nesta semana o próprio presidente Lula chegou a declarar que os Estados Unidos deveriam ter o PIX também.
03:09De qualquer forma, é possível ver como que essa escalada desse conflito entre o Brasil e os Estados Unidos chegou até uma ferramenta que tem o amplo apoio da população, facilita a vida de todo mundo.
03:22É, eu acredito que a defesa do Galípolo é muito bem-vinda nesse momento, porque o PIX se transformou num ativo de soberania digital brasileira.
03:33E aí, como você falou, Tiago, no momento em que ele é investigado e é contestado, inclusive por outro país, pelos Estados Unidos,
03:41então essa defesa do Galípolo acaba sendo muito importante e ela reforça também a relevância doméstica do PIX,
03:49essa relevância doméstica, a independência em relação a outros países e o papel como símbolo de autonomia digital.
03:57E sobre a soberania, Dora Kramer, o que é possível falar em relação a isso?
04:01Porque não se sabe se pode haver algum tipo de interferência mais ampla em relação a esse método de pagamento aqui do Brasil.
04:08Olha, talvez haja, porque o PIX é o tipo da ferramenta que, de repente, deixa os cartões de crédito, de débito, os cartões, enfim, obsoletos.
04:22A gente vê que isso já tem notícias de que outros países já estão adotando, podem adotar.
04:29Teve a declaração também, no mesmo sentido do Galípolo, do ministro da Fazenda, o Fernando Haddad,
04:35dizendo que ela nem sonhar em privatizar e tirar das mãos do Estado, o PIX e o presidente do Banco Central,
04:43agora mesmo aí nessa matéria, explicou perfeita e claramente o porquê disso.
04:49Olha, o PIX é aquele tipo de instrumento, de ferramenta, que não tem direita nem esquerda.
04:57É uma absoluta unanimidade.
05:01No início houve, assim, uma espécie de desconfiança, as pessoas ficaram inseguras.
05:06E hoje, dificilmente alguém não tem o PIX.
05:11Facilita a vida de todo mundo e eu tenho a impressão que esse tipo de resistência
05:18é uma resistência que será vencida, porque a ferramenta, o PIX, é algo tão positivo,
05:27digamos assim, não tem outra palavra, que eu acho que o uso dele vai se expandir
05:33para bastante além do Brasil.
05:35Pois é, e só lembrando que o Tarifácio entrou em vigor nessa quarta-feira
05:40e o governo brasileiro, nesta quarta também, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
05:45afirmou que a ideia é fazer um amplo programa para ajudar principalmente
05:52os pequenos empresários que podem ser prejudicados com o Tarifácio
05:56e, primeiro, isso virá por meio de uma medida provisória.
06:01De qualquer forma, é saber, porque lá na frente o Congresso Nacional
06:05terá que fazer a aprovação disso para que a MP não caduque.
06:09Então, enquanto isso, o governo está discutindo, ainda haverá mais reuniões
06:14nesta semana, para saber efetivamente quais serão os pontos de ajuda a esses setores,
06:21como, por exemplo, facilitar para que essas empresas consigam participar
06:26das compras públicas aqui no Brasil e também outros pontos que serão debatidos ainda
06:32e principalmente com os líderes do Congresso Nacional.
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