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Após nova ameaça tarifária dos EUA, Geraldo Alckmin defendeu o diálogo e ressaltou o superávit comercial americano com o Brasil. Julia Lindner explica como governo adota estratégia de cautela para evitar desgaste diplomático e proteger setores estratégicos da economia.

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Transcrição
00:00E aqui no Brasil, depois de Donald Trump anunciar a intenção de aplicar tarifas a países que se alinharem ao BRICS,
00:07o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, defendeu o diálogo com os Estados Unidos.
00:12Agora eu vou para Brasília, onde está o repórter Eduardo Geyer.
00:15Geyer, boa noite para você.
00:17O governo brasileiro já começou alguma articulação diplomática para tentar conter essa possível medida dos Estados Unidos?
00:24Oi Cris, boa noite para você, boa noite a todos que nos acompanham.
00:31Então o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços,
00:37se pronunciou hoje a respeito dessa nova ofensiva tarifária, até uma ameaça feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
00:46hoje no sentido de impor uma tarifa adicional de 10% sobre todos os países que, nas palavras dele,
00:53se alinham à política anti-americana do BRICS.
00:57Alckmin adotou um tom bastante conciliatório, até como é de praxe no caso dele, em defesa do diálogo e sem escalar a crise.
01:05Porque a palavra de ordem aqui dentro de Brasília, já respondendo a sua pergunta, é aguardar o que de fato vai acontecer,
01:13para ver se não é mais uma bravata do presidente dos Estados Unidos.
01:18Alckmin conversou hoje com jornalistas e reiterou que o Brasil tem déficit comercial com os Estados Unidos,
01:24ou seja, mais compra dos americanos do que vende para lá, e que por isso o Brasil não seria um problema para a Casa Branca.
01:33Além disso, o Alckmin afirmou que é preciso buscar alguma complementaridade entre as duas economias,
01:39ou seja, melhorar a balança comercial, até buscando alternativas.
01:43E aí ele citou os setores da agricultura, da indústria e também de minerais estratégicos.
01:49Desde o início dessa guerra comercial, Cris, nós sabemos, já participamos várias vezes aqui no jornal,
01:54trazendo o vice-presidente-geral do Alckmin, ele tem adotado uma postura de conciliação e também de diálogo com os americanos.
02:02Ele já se reuniu com o secretário de comércio americano, Howard Lutnick, também com o representante comercial dos Estados Unidos
02:09na esfera internacional, que é o Jameson Greer, sempre em reuniões remotas, tentando apresentar os argumentos brasileiros.
02:16Mas o fato é que aquela tarifa de 10% que foi imposta ao Brasil, a todas as exportações brasileiras,
02:23segue em vigor e também a tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio daqui do Brasil,
02:29que vão para os Estados Unidos. Essa também ainda não foi revogada pelos americanos.
02:34Vamos ouvir então um trecho do que disse hoje o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin,
02:39a respeito da nova ameaça tarifária de Donald Trump, desta vez sobre o BRICS.
02:44Em relação aos Estados Unidos, o caminho é continuar o que está sendo feito,
02:52que é o diálogo e buscar complementariedade econômica.
02:57Quero reiterar, o Brasil não é problema para os Estados Unidos.
03:01Os Estados Unidos têm déficit na sua balança comercial de mais de um brilhão de dólares,
03:07mas tem superávit comercial como o Brasil.
03:11Na área de serviços, 18 bilhões de dólares superávit.
03:17Na área de bens, 7 bilhões de dólares superávit.
03:21E dos 10 produtos que eles mais exportam para o Brasil, 8 é extraifário, é zero tarifa de importação.
03:31E podemos crescer essa complementariedade econômica.
03:35O que nós defendemos é avançar no diálogo, como está sendo feito,
03:41e buscar mais alternativas para fortalecer o comércio exterior recíproco.
03:47Os Estados Unidos só tem a ganhar com o Brasil.
03:50Nós somos um parceiro muito importante.
03:53E os Estados Unidos também é um parceiro importante, é o maior investidor no Brasil.
03:58O Brasil ficou na menor tarifa, né, do 10% do ano.
04:01Mas o comércio exterior, ele é promotor de emprego, de renda, aproxima os povos.
04:09Tem que ser um ganha-ganha, o ino-ino.
04:12Você é mais competitivo no setor, eu compro de você.
04:16Eu sou mais competitivo no setor, eu vendo para você.
04:20Esse é o caminho.
04:22E com o Brasil, os Estados Unidos têm superado na balança comercial.
04:27Eles mais exportam para nós do que nós exportamos para eles.
04:32Então, não é problema o Brasil, pelo contrário.
04:36Assunto também para a nossa analista de política, Júlia Lindner.
04:39Júlia, boa noite para você.
04:41O que a gente pode esperar agora dessa relação entre Brasil e Estados Unidos?
04:45Cris, boa noite para você também, para todos que nos acompanham.
04:51Olha, eu acho que essa frase que o vice-presidente Geraldo Alckmin tem repetido,
04:55de que o Brasil não é problema para os Estados Unidos,
04:57é praticamente um mantra que ele repete e que é a intenção do Itamaraty.
05:01Que é não atrair tanta atenção para o Brasil para tentar manter as tarifas
05:05que foram impostas pelos Estados Unidos desde o início
05:07e tentar alguma abertura para tentar uma negociação que ainda parece distante.
05:12O ponto é que virou um embate político entre o presidente Lula e o presidente Donald Trump.
05:18Os dois, vale lembrar, não se encontraram nem se falaram desde a posse do presidente americano.
05:23Então, é uma relação mais distante e não tem sinais de que isso vai mudar.
05:27Porque hoje, mais uma vez, o presidente Lula voltou a defender a autonomia do governo brasileiro.
05:32Também na cúpula do BRICS, mais uma vez, ele reforçou, chegou a fazer ali uma ironia,
05:37sem citar diretamente os Estados Unidos, mas dizendo que o grupo tem incomodado,
05:41tem chamado atenção, então dá para ver que a postura do governo brasileiro,
05:45de certa forma, é manter as coisas como estão.
05:48De um lado, a gente tem a Alckmin e o Itamaraty como porta-vozes dessa tentativa
05:52de uma conciliação e da manutenção da relação com os Estados Unidos,
05:56mas de outro tem o presidente Lula e, claro, um grande corpo ali do governo brasileiro
06:00querendo aproveitar as oportunidades que surgem com a guerra tarifária
06:04para negociar com outros países, que é o caso da China.
06:06Por exemplo, o próprio BRICS, que o Brasil não quer recuar dessas negociações,
06:10vê uma grande oportunidade não só com a China, mas com outros países do grupo também.
06:15Aí tem, claro, as negociações com a União Europeia, tem a intenção de aumentar também
06:19as negociações aqui internamente na América do Sul.
06:22Então, a ideia do governo brasileiro é agir com cautela.
06:25A gente tem do lado político o presidente Lula respondendo,
06:28mas de um ponto de vista mais pragmático, eles esperam realmente as decisões
06:32que vão vir de forma mais prática por parte do presidente Donald Trump,
06:36porque eles acham que tem muitas coisas que já foram anunciadas no passado
06:40que não se concretizaram.
06:41Então, a ideia realmente é agir com muita cautela, manter as coisas do jeito que estão,
06:46mas também sem avançar muito.
06:47Não tem muita perspectiva de uma aproximação, por exemplo, além do que a gente tem visto.
06:52A ideia é minimizar danos e evitar um aumento das tarifas,
06:55que seria o pior dos cenários para o governo brasileiro,
06:58mas por hora, realmente, a avaliação é de que tudo tem sido ali mais num tom político
07:03do que algo concreto que possa vir, Cris.
07:06Obrigada, Júlia.
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