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No Só Vale a Verdade, Marco Antonio Villa recebe o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para uma análise contundente das sequelas da pandemia no Brasil. Padilha destaca a importância inegável das vacinas e alerta para os graves riscos do negacionismo científico e seus impactos na saúde pública.

Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/UlPobs69nBI

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Transcrição
00:00O ministro Alexandre Padilha, e ministro, a partir de agora, só vale a verdade, ministro.
00:07Opa, estou preparado.
00:09Vamos lá, ministro. A primeira coisa é justamente essa, pegar esse gancho.
00:13A pandemia represou, presumo eu, milhões e milhões de exames, as pessoas não poderiam se deslocar,
00:20porque nós vemos uma situação anômala, coisa de ficção científica tal.
00:25Como é que está a situação hoje, ministro?
00:27Ó, Vila, primeiro, um prazer estar conversando aqui contigo, estar junto aqui.
00:32A pandemia provocou três feridas que a gente ainda tem que cicatrizá-las até hoje,
00:38além das mais de 700 mil mortes, o que é muito grave.
00:44Primeiro, ela provocou uma desorganização dos fluxos de atendimento,
00:51porque a unidade de base de saúde não podia funcionar,
00:54os agentes comunitários de saúde não estavam fazendo as visitas domiciliares,
00:58você tinha dificuldade de encaminhar de uma unidade de base de saúde para um ambulatório mais especializado, um hospital.
01:04Eu te falo isso porque eu era deputado federal na época, mas continuava sendo professor universitário,
01:09então toda sexta-feira eu estava ali junto com os alunos, junto com os pacientes,
01:15ia muito nos hospitais para visitar pessoas, eu sou infectologista, é a minha especialidade e tudo.
01:20A segunda ferida é exatamente a que você falou, ela gerou um represamento do chamado atendimento especializado.
01:28O que é isso? A pessoa foi lá na unidade de saúde e aí ela tem que ir num cardiologista.
01:34Durante a pandemia não tinha consulta com o cardiologista, estava tudo desmarcado,
01:37porque os hospitais estavam todos lotados do tema da Covid-19,
01:42até porque se prorrogou mais no Brasil do que deveria se prorrogar.
01:45Você tinha várias pessoas internadas, você tinha que cancelar as cirurgias,
01:50porque você tinha que ocupar todos os leitos com pessoas que estavam internadas na Covid-19.
01:55Então a pessoa que tinha câncer, ela não conseguia fazer o seu seguimento.
01:58Uma pessoa que tinha uma dúvida sobre alguma coisa cardíaca, não conseguia fazer o exame.
02:04Tudo isso foi sendo represado, gerando um problema grave de pressão para os estados e municípios.
02:09E uma terceira ferida é o debate sobre a ciência.
02:13Infelizmente, a pandemia virou um terreno fértil para espalharem mentiras sobre vacina, mentiras sobre tratamentos.
02:22E é uma coisa que pega hoje até hoje, a gente enfrenta esse debate sobre a ciência,
02:27sobre fake news na área da saúde.
02:30Então isso gera uma pressão enorme hoje, o que faz que algo que já era crônico no Brasil,
02:36e em outros países do mundo também, que é o acesso ao atendimento especializado,
02:41uma cirurgia eletiva, que não precisa ser uma coisa com urgência.
02:45Mas não pode esperar seis, sete meses, um ano, dois anos, virar cabo, virando uma urgência.
02:50Isso que já era crônico ficou ainda mais agravado.
02:53Tanto, viu, Vila, que mesmo com todo o esforço que o governo federal, estados e municípios fizeram
02:592023 e 2024, nos últimos dois anos, por exemplo, bateu o recorde de número de cirurgias eletivas no SUS.
03:07Nunca foi feito tanta cirurgia eletiva no SUS como foi feito em 2024.
03:11Esforço do ministério, estados e municípios.
03:14Mesmo com isso, a gente tem pessoas que estão esperando há seis meses, um ano, um ano e meio,
03:18para uma cirurgia oftalmológica, e a pessoa vai perder na sua visão.
03:22Tem avô que não consegue mais ver o neto, não consegue ler a Bíblia,
03:25não tem autonomia própria para poder circular.
03:28Então, eu sempre digo que hoje é o maior problema que nós temos hoje em saúde pública.
03:34Por isso, nós lançamos pelo governo federal, o presidente Lula sancionou a medida provisória,
03:39o Agora Tem Especialistas, que na prática é a maior mobilização na saúde pública e privada
03:46para buscar enfrentar um problema.
03:48A gente usa toda a estrutura que tem na saúde do Brasil, pública, privada, internet,
03:53à distância presencial, mobilização de unidades móveis, estruturas hospitalares.
04:01Tudo que a gente puder mobilizar, nós vamos mobilizar para enfrentar esse problema.
04:05Eu vou voltar a essa questão, ministro, mas eu queria pegar esse gancho da Covid e da pandemia,
04:10a questão das vacinas.
04:12Nós éramos, dizia-se em certo momento, o país que mais vacinava no mundo.
04:16Eu me lembro, quando eu era adolescente, tinha criança adolescente, a vacinação da paralisia infantil,
04:24o doutor Seib vinha ao Brasil, era casado com uma brasileira, só se falava naquilo,
04:28sábado e domingo, toda a cobertura, e era uma coisa dada como certa.
04:33Tem seu filho, tem o aumento de vacinação, tinha a carteira de vacinação, sem problema nenhum.
04:38Porém, contudo, todavia, quando chega a pandemia, vem algo que não é um produto nosso,
04:44essa discussão, mas grande parte norte-americana chega aqui.
04:48E aí virou essa tragédia e ainda parece que continua aqueles que advogam serem contra as vacinas.
04:55Como é que está essa situação hoje?
04:56Ó, Vila, essa é uma das cicatrizes que a gente precisa, é uma das feridas que precisa ser cicatrizada,
05:02a gente enfrentar isso.
05:02Eu falo, você sabe, Vila, eu já fui deputado, já fui secretário municipal, já fui ministro da saúde uma vez,
05:10torcendo pela segunda vez, já fui ministro de coordenação política, várias áreas.
05:15Eu nunca tive inimigo na política.
05:19Tive adversário, posição diferente, isso é normal.
05:22Agora inimigo não, agora como médico, como ministro da saúde, eu tenho um inimigo.
05:25Quem é negacionista, quem levanta, espalha mentiras sobre vacina, sobre tratamento,
05:31porque isso leva a um risco gravíssimo que as pessoas morrerem.
05:35Só para você ter uma ideia, hoje, depois de tudo que a gente passou na pandemia,
05:39você pega os dados há duas semanas atrás, os dados no Rio Grande do Sul,
05:43que aumentou muito a internação e óbitos por doenças respiratórias.
05:47Mais de 60% dos óbitos eram pessoas que não tinham tomado a vacina,
05:52que o Ministério está decidindo desde abril.
05:55Começou a campanha em abril contra a influenza,
05:57fizemos um dia, voltamos a fazer o dia D, o dia D nacional de vacinação,
06:03na véspera do Dia das Mães.
06:05Em um dia a gente vacinou três vezes mais do que se vacina diariamente,
06:09por conta dessa mobilização.
06:10Como você falou, mobiliza a imprensa, vocês ajudaram,
06:13a imprensa no Brasil inteiro ajudando.
06:15Mesmo assim, mais de 70% das pessoas que morreram porque não tomaram a vacina,
06:20porque não tomaram a vacina.
06:21Os outros quase 40% tomaram um dia antes de começar a ter os sinais e sintomas.
06:28Você toma a vacina, demora uns 10 dias para você ter proteção máxima.
06:32Então, essa é uma batalha.
06:35O Ministério da Saúde está garantindo as doses,
06:37comprou as vacinas necessárias,
06:39garantia que distribuiu a estado e município.
06:41A gente está monitorando isso o tempo todo com o estado e município.
06:44Eu estou levando o Zé Gautin, tudo quanto é lugar.
06:46Temos um comitê de especialistas que analisam.
06:50Eu sou infectologista, eu tenho uma filha de 10 anos,
06:53eu vacino o tempo todo, eu não deixo perder.
06:57Inclusive, agora a gente tem uma caderneta digital de saúde da criança,
07:00do Ministério da Saúde, para as pessoas terem a sua caderneta no celular,
07:04acompanhar o SUS, como você falou.
07:07Eu, quando fui ministro da outra vez, recebi certificado de eliminação do sarampo,
07:12da rubéola.
07:13Nosso programa era um programa reconhecido internacionalmente.
07:16Afundou, por conta da pandemia, todo o debate anti-vacina.
07:20A gente está recuperando isso.
07:22Já voltamos a recuperar o certificado de eliminação do sarampo em 2024.
07:26O Brasil saiu da lista dos 20 países com pior cobertura vacinal das crianças.
07:31Melhoramos a cobertura.
07:32Estamos recuperando isso.
07:34Essa semana, nós introduzimos, essa semana, desde o dia 1º de julho,
07:39uma nova vacina para meningite, para as crianças de 12 meses.
07:44É o reforço.
07:46Então, os pais, às vezes, tinham que pagar para ter essa vacina, 300, 400, 500 reais.
07:51Está no SUS agora.
07:53A vacina ACWY protege contra quatro tipos.
07:58Ou seja, proteção garantindo cobertura vacinal.
08:01Mas a gente ainda é uma batalha.
08:03Voltar a recuperar aquilo que era a cultura da vacinação.
08:06Vila, eu tenho uma alegria enorme.
08:09Eu ando com o Zé Gostinho para tudo quanto é lugar.
08:12E o jeito que as crianças recebem, as pessoas recebem.
08:16E sabe uma coisa que eu sempre falo para um pai, para a mãe?
08:19Lembra a sua infância.
08:22Fazia parte da cultura.
08:23Claro.
08:24O que seu pai, sua mãe fez para você se vacinar.
08:28Muitas vezes o pessoal morava no interior, saía lá da roça, ia lá na unidade de saúde.
08:33Esperava, fez todo esse soro para você estar vivo.
08:36Então, não tire essa oportunidade do seu filho e da sua filha de estar vivo com a tecnologia que a ciência descobriu.
08:44E é forte, saudável.
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