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No Só Vale a Verdade, Marco Antonio Villa recebe o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para um debate sobre o programa “Mais Médicos” e a contratação de profissionais estrangeiros. Padilha reflete sobre o aumento das faculdades de medicina, a queda na qualidade do ensino e a urgência em formar mais técnicos em áreas correlatas para atender às necessidades do Brasil.

Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/UlPobs69nBI

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Transcrição
00:00Agora, ministro, a questão do programa Mais Médicos, se eu tiver errado, me corrija, não há nenhum problema.
00:07Originalmente, muitos faziam associação entre o programa Mais Médicos e os médicos cubanos.
00:13O programa, presumiu, seja maior do que isso.
00:16Então, duas questões aí. Como é que está o programa Mais Médicos hoje?
00:20Segundo, a questão dos médicos cubanos, ou eu, estrangeiros que não sejam cubanos,
00:25como é que está? Quem contrata, quem paga, como é que funciona?
00:28Olha, Vila, hoje nós temos 28 mil médicos no programa Mais Médicos, atendendo espalhados em todo o país.
00:36Você tem ideia? Quando a gente criou o programa lá atrás, que eu estava no Ministério na época,
00:40o ápice chegou a 13, 14, 15 mil médicos.
00:46Desses 28 mil médicos hoje, mais de 90% são brasileiros formados aqui no Brasil.
00:52Por que isso acontece hoje e não acontecia lá atrás?
00:55Porque junto com trazer médicos lá atrás, a gente fez outras duas coisas.
01:01Uma, a gente investiu em construção e reforma de unidades de saúde, unidades básicas.
01:08Foi o maior investimento de reforma, construção de novas unidades básicas que já teve no nosso país.
01:13E também investimos na possibilidade de novas escolas médicas, aonde precisava dessas escolas.
01:21Isso fez com que você formasse mais profissionais médicos e, por isso, a gente não precisa trazer de fora mais
01:30para ocupar 28 mil vagas, que é mais do que o dobro do que tinha lá na época.
01:34Então, hoje o Mais Médicos é basicamente de jovens médicos brasileiros que se formaram,
01:40tiveram oportunidade de entrar na faculdade de medicina a partir de escolas que foram criadas lá atrás.
01:45Mas, infelizmente, depois do Mais Médicos, teve um período onde se teve uma judicialização na criação de novas escolas que descambou.
01:54Inclusive, hoje é uma coisa preocupante.
01:57É algo que nós estamos muito mobilizados.
02:00Temos conversado muito com o ministro Camilo da Educação.
02:03O Ministério da Saúde assumiu a coordenação agora de uma comissão,
02:06onde a gente chama também o Conselho Federal de Medicina, as entidades médicas brasileiras,
02:11as principais universidades do país, para fazer uma avaliação profunda do ensino médico no país.
02:17Inclusive, o Ministério da Educação aprovou, tem agora um exame nacional para os estudantes de medicina.
02:23Está vinculado à residência, quando você vai fazer a especialização.
02:26Eu ia, desculpe, interrompê-lo, ministro.
02:29É, me interrompe, hein, vira-se.
02:30Não, não, eu ia justamente perguntar sobre isso.
02:35O número, eu assim acompanho, mas fico vendo o número de faculdades de medicina recentemente criadas,
02:41nos últimos 10 anos, aproximadamente, é enorme e tal.
02:45Eu fico pensando, ministro, que ensino é esse?
02:49Eles são, a formação tem qualificação, tem professores suficientes?
02:53Uma outra coisa, será que precisa desse número de médicos?
02:57Ou seria melhor formar técnicos de enfermagem e especialistas na área de técnicos de saúde,
03:03que não fosse necessário ter 6 anos, residência, etc, etc.
03:08Não há um excesso de faculdades e poderia ser muito melhor para o país
03:12que tivéssemos outro tipo de formação de profissionais de saúde.
03:15Ó, Vila, infelizmente foram criadas, nos últimos anos, vários cursos de medicina
03:20através da judicialização.
03:22E quando a gente criou o Mais Médicos lá atrás, a gente mapeou as regiões do país
03:28que tinham estruturas, tinham hospitais, mas não tinham curso de medicina.
03:34E precisava ter regiões que se podia atrair, inclusive, populações mais vulneráveis.
03:39Por exemplo, você pega a nossa região metropolitana de São Paulo,
03:42cidade de Mauá, passou a ter cidade de Osasco, que não tinham faculdade de medicina.
03:47Foram criadas através do Mais Médicos.
03:50Mas, infelizmente, a partir ali de 2016, 2017, 2018,
03:57começou a ter uma judicialização de abertura de mais vagas,
04:01algumas autorizadas na época, inclusive, pelo Ministério da Educação,
04:04dobrando, triplicando o número de vagas em cursos que já existiam.
04:10Em geral, cursos privados.
04:12Isso foi concentrando mais.
04:14Isso é um ponto grave.
04:15Por isso que agora a gente precisa fazer uma avaliação profunda
04:18desses médicos que estão sendo formados, da estrutura da faculdade.
04:22Eu defendo uma coisa que a gente criou lá na época do Programa Mais Médicos,
04:25mas foi interrompida, infelizmente,
04:27que é o que a gente chama do teste de progresso.
04:29É o exame da UAB?
04:31Ele é mais do que isso.
04:33É o que as experiências de instituições médicas têm feito no mundo inteiro,
04:38nos Estados Unidos, Europa,
04:40tem algumas faculdades no Brasil que já fazem.
04:41É você fazer uma avaliação no segundo, no quarto e no sexto ano.
04:45Você avalia o progresso desse aluno.
04:47E tome, inclusive, medidas, por exemplo,
04:49está no segundo ano, você fez a prova daquela turma.
04:52Aquela turma não foi bem?
04:53Essa faculdade não pode abrir novas vagas de vestibular
04:57enquanto não melhorar a sua qualidade.
05:00Porque o que me preocupou do exame da UAB é que você deixou criar um monte de cursos de advocacia
05:05e depois você pune o aluno ao invés de pune a instituição.
05:09Eu defendo que você tenha mudanças na instituição, naquela faculdade.
05:14Você possa avaliar no segundo, no quarto e no sexto ano.
05:17Avalie o progresso desse aluno.
05:19Se tiver ruim, você tem que fechar os cursos de vestibular.
05:24Ou seja, é uma faculdade privada.
05:25Ela não vai botar mais gente dentro,
05:27não vai cobrar mais mensalidade enquanto não melhorar a sua qualidade.
05:30Isso é fundamental.
05:32E a outra coisa é retomar a ampliação de qualidade da residência médica.
05:37Eu fiz medicina, depois você vai lá e faz a especialização.
05:41Fiz três anos de residência médica na Faculdade de Medicina da USP.
05:45Você complementa a sua formação, sou infectologista.
05:48Então você cria mecanismos de qualificar esse profissional.
05:53Agora, pelo agora tem especialista, a gente está criando,
05:56o Ministério da Saúde voltando a investir em retomar vagas de residência médica,
06:02você formar mais oncologistas, mais cardiologistas, mais cirurgiões,
06:06daquilo que a gente precisa para reduzir esse tempo de espera no atendimento.
06:10Agora, não sei se eu estou certo ou não, ministro.
06:14Se os médicos acabam se concentrando por uma série de razões,
06:18onde existe mais mercado, onde eles podem progredir materialmente,
06:22evidentemente isso não é uma coisa ruim,
06:26qualquer profissional procura a área onde ele é melhor remunerado,
06:30só nos grandes centros.
06:32Mas o país tem uma carência terrível na área de saúde,
06:35nas regiões mais distantes.
06:37Então, se no caso do médico de formação geral já essa carência,
06:42como o programa de especialista vai enfrentar essa questão?
06:47Se já no contexto mais geral é complicado, na especialidade,
06:51presumo eu, seja mais difícil ainda.
06:52É mais concentrado.
06:54Por isso, você precisa enfrentar isso adotando várias estratégias.
06:58Uma delas que nunca tinha sido feita no SUS,
07:01nós estamos fazendo com esse programa,
07:03é você pegar a dívida de hospitais privados,
07:07hospitais filantrópicos, que nunca são pagas,
07:10ou quando, se forem pagas, não vai vir para a saúde,
07:15você trocar essas dívidas por mais cirurgias,
07:17mais atendimentos, mais exames.
07:20Por que isso é importante?
07:21Porque os médicos especialistas,
07:25a maior parte dos equipamentos de imagem,
07:27ressonâncias, tomografias,
07:29estão exatamente nos hospitais privados,
07:32nos hospitais filantrópicos do nosso país.
07:35Você tem ideia?
07:35A gente acabou de divulgar um estudo de demografia médica
07:40feito pela Faculdade de Medicina da USP,
07:42com apoio financiado pelo Ministério da Saúde,
07:44que mostra que só 10% dos médicos especialistas no Brasil
07:48são exclusivos do SUS.
07:51A maior parte está num vínculo privado e um vínculo do SUS,
07:56e quase 20%, pouco mais de 20%,
07:59está só no setor privado.
08:01Então, a gente criou um mecanismo para trazer,
08:03permitir que o paciente do SUS
08:05está esperando ali 3, 4, 1 ano para fazer uma cirurgia,
08:09possa ir para um hospital
08:10onde tem um médico especialista,
08:13ser atendido lá pelo Sistema Único de Saúde.
08:16Como isso?
08:17Trocando dívidas que esse hospital tem,
08:19que nunca são pagas por mais atendimento,
08:22mais cirurgias, mais exames para a população.
08:25Obrigado.
08:26Obrigado.
08:27Obrigado.

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