O Senado dos EUA aprovou por 51 a 50 a polêmica lei orçamentária do presidente Donald Trump, que amplia gastos militares e mantém cortes fiscais para bilionários, mas reduz benefícios sociais essenciais para 18 milhões de americanos. Renan Souza e Felipe Machado analisam os riscos do aumento da dívida de US$ 3,3 trilhões em 10 anos e os desafios na Câmara antes da decisão final. Um movimento que pode reconfigurar o cenário político em 2026.
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00:00CNBC trazendo nesse momento a informação de que o Senado passou pelo Senado a lei orçamentária do presidente Donald Trump.
00:17Uma vitória então do presidente Donald Trump e vamos ouvir a análise.
00:30Felipe Machado já está comigo por aqui, Renan Sousa de olho também nessa notícia, acompanhando e já já ambos falam com a gente aqui no Money Times.
00:5151 a 50. Foram 47 votos republicanos. Os democratas tiveram apoio de três republicanos para chegar a 50, mas mesmo assim os republicanos 51 a 50.
01:15Então, realmente muito apertado. Agora, como eles efetivaram algumas mudanças, isso volta para a Câmara, mas na Câmara é mais provável que também passe,
01:23porque a Câmara teve uma votação mais expressiva na primeira votação.
01:30Então, realmente, é impressionante que o presidente Donald Trump consegue mais essa vitória, uma vitória, talvez a maior vitória,
01:39contando os seus dois mandatos, porque era uma proposta orçamentária muito polêmica, envolvendo muitas isenções para grandes corporações, bilionários,
01:53e muitas perdas para camadas mais sociais, para Estado social, muitos cortes de benefícios sociais.
02:03Então, realmente, vai impactar muita gente nos Estados Unidos, inclusive Estados Democratas, viu, Nath?
02:09Por isso que a gente teve, assim, essa mudança de decisão aí, três republicanos votando a favor dos Democratas,
02:19porque eles devem ter sentido que o seu eleitorado vai sentir na pele essa mudança, esses cortes, principalmente no Medicaid,
02:25que é uma espécie de SUS deles, com todas as devidas proporções, as diferenças e tal, mas é um plano que atende pessoas mais pobres.
02:35Então, esses cortes no Medicaid, segundo a senadora Warren, que é democrata, esses cortes vão chegar a 18 milhões de americanos,
02:43que vão perder esse benefício fiscal, porque ele dificulta.
02:48O Medicaid, para a parcela mais simples, mais pobre da população, tem acesso a hospitais e algum sistema de saúde.
02:56Essa bill, essa proposta orçamentária, ela dificulta o acesso, porque ela, por exemplo,
03:01ela impede que, por exemplo, pessoas desempregadas possam ter acesso, que é uma contradição,
03:06porque justamente as pessoas desempregadas que precisam do acesso gratuito, né, geralmente, né, que tem mais dificuldade.
03:12Então, essa proposta realmente é uma proposta bem polêmica e vai afetar muita gente.
03:17A gente está falando da One Big Beautiful Bill, né, como o Donald Trump gosta bastante de dizer.
03:23O Renan Souza, direto de Abu Dhabi, também estava de olho, né, acompanhando essa notícia,
03:27e agora traz as informações dele. Renan, boa noite para você.
03:33Olá, Nath, muito boa tarde para você, para o Felipe, para todos que nos acompanham aqui no Money Times.
03:39Pois é, uma vitória expressiva, neste momento, para o presidente Donald Trump,
03:44mas, neste momento, ainda não parece que o caminho está muito claro para a vitória completa dele, né.
03:50Isso que a gente precisa lembrar, que teve muita emenda essa legislação,
03:55então ela volta agora para a Câmara, apesar de uma passagem muito curta, com apenas um voto de vantagem.
04:01Para a gente ter uma ideia, havia tanta tensão do governo Trump para que isso fosse aprovado,
04:07que o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, ficou meio que de plantão ali no Congresso,
04:12porque ele também, além de ser o vice-presidente dos Estados Unidos,
04:16é o presidente do Congresso e ele tem o voto de Minerva.
04:19Então, se der esse empate, ele estava ali pronto para desempatar essa lei,
04:24ficou ali de plantão até sair essa passagem final da lei orçamentária de Donald Trump.
04:30Agora, na volta para a Câmara, há muita dúvida como vai ser essa passagem,
04:36porque aumentou o número de congressistas na Câmara, que são contra essa lei.
04:42Diferente da primeira votação, antes dela ir para o Senado, foi apertada,
04:46mas agora o número de resistência é maior,
04:49e justamente porque essa lei deve aumentar ainda mais o déficit, a dívida dos Estados Unidos,
04:55em 3,3 trilhões de dólares dentro de uma década.
04:59É muito dinheiro.
05:01A gente precisa pensar, nos Estados Unidos, que o governo gasta muito dinheiro em 3 áreas principais.
05:08Uma é o Pentágono, que é a defesa dos Estados Unidos, o Medicaid e o Medicare,
05:13que são essas questões de remédio, de ajuda, numa proporção,
05:17assim a gente poderia dizer que seria um seguro de saúde dos norte-americanos.
05:21O governo dos Estados Unidos vai, na verdade, agora, aumentar o gasto com o Pentágono,
05:28ou seja, com defesa.
05:29Não tem mais de onde tirar dinheiro.
05:31O dinheiro deve sair justamente do Medicaid, Medicare, justamente desse seguro de saúde,
05:37e aí mais de 18 milhões de pessoas devem ficar sem cobertura de saúde, sem seguro de saúde.
05:43Então, essa lei é extremamente polêmica.
05:46Ela está sendo votada agora, em 2025, um ano antes das eleições de meio de mandato,
05:52que acontecem no ano que vem, e que podem reconfigurar ali a Câmara e o Senado.
05:57Então, a passagem dela, a passagem final, pode significar também, no ano que vem,
06:03uma mudança drástica no balanço de poder no Congresso dos Estados Unidos.
06:07Por isso, ela gera bastante divisão.
06:10E por que o governo tem que cortar do Medicare, desse programa de saúde?
06:16Porque Donald Trump, quando estava no seu primeiro mandato,
06:18ele assinou uma lei para isenção de impostos, e essa lei vence agora.
06:24Se ele não conseguir aprovar essa lei agora,
06:28basicamente, todo norte-americano vai voltar a pagar imposto, vai pagar mais imposto.
06:33Então, ela tem uma lei, um caráter eleitoreiro,
06:36e o fato de Donald Trump estar apostando nesse corte de impostos,
06:41na continuidade desse corte de impostos,
06:45faz com que o governo deixe de arrecadar mais de 4 trilhões de dólares.
06:48Então, o governo precisa cortar de algum lugar para cumprir o rombo
06:52e para Donald Trump manter a sua promessa, que vem desde lá de 2017,
06:56para garantir o corte de impostos.
06:58Então, há uma matemática bastante difícil ali de ser controlada,
07:02de ser organizada, mas agora ela indo para a Câmara,
07:06a gente vai ver uma nova batalha para ver se essa lei consegue chegar
07:10até a mesa do presidente Donald Trump antes do dia 4 de julho,
07:14que foi o prazo que os próprios republicanos se deram para tentar aprovar essa lei.
07:19É uma jogada bastante complexa e que pode custar também, por um lado,
07:23ao presidente Donald Trump e, por outro lado,
07:26ser uma grande vitória também para ele, Nath.
07:28Tá certo. Obrigada, viu, Renan, pelas informações que ia trazer.
07:32Só para concluir, o Renan lembrou bem esse investimento em defesa,
07:37trilhões, bilhões, trilhões de dólares, enfim.
07:40Mas, além disso, também tem uma contratação de mais agentes para o ICI,
07:46aquela polícia anti-imigração que está levando gente para a deportação,
07:51para aquele sistema de deportação.
07:53Então, mais contratações de agentes do ICI.
07:56Então, essa força, ela está quase, está fazendo um paralelo assim,
08:01está parecendo meio a guarda revolucionária do Irã,
08:05uma guarda, quase uma guarda presidencial, né?
08:08É uma guarda, um agente que trabalham muito,
08:11alguns sem usar uniforme,
08:13é uma força que está sendo praticamente criada
08:16para auxiliar o Donald Trump nesse projeto de deportação em massa.
08:19Então, mais agentes para isso, começa a ter até um caráter um pouco diferente,
08:25essa força dentro da própria estrutura militar dos Estados Unidos.
08:28Então, também serão contratados mais agentes dessa ICI,
08:31além de investimento em defesa, isenção para grandes corporações, bilionários,
08:35e os cortes no Medicaid, que é o que está chamando mais atenção,
08:38principalmente porque quem mais precisa disso são os estados republicanos,
08:43que são que têm a parcela da população que mais precisa de Medicaid.
08:46Então, os republicanos votando para passar essa lei,
08:49eles estão indo praticamente contra o seu eleitorado.
08:52Então, não sabemos que impacto político isso vai ter nas eleições do ano que vem, Nath.
08:56É verdade.
08:57E por isso, então, provavelmente, tenha sido necessária uma articulação muito forte mesmo,
09:03porque tinha alguns republicanos rejeitando ali, resistindo, na verdade, a votar.
09:08Sim, no caso do Senado, a gente viu três republicanos votando com os democratas,
09:13mas agora, como o Renan lembrou bem, mudou esse projeto.
09:17Chegou no Senado, ele teve algumas mudanças e volta para a Câmara.
09:20Mas agora a Câmara, porque foi uma coisa muito rápida,
09:23a Câmara teve que analisar esse projeto,
09:25o Senado, desculpa, teve que analisar esse projeto,
09:29que é um projeto de mil páginas em poucos dias,
09:32praticamente da noite para o dia,
09:33aquela coisa que chega, um calhamaço de mil páginas,
09:36tendo que avaliar tudo.
09:37Então, ele está tentando passar ali meio que nas pressas do Donald Trump.
09:43E quando isso voltar para a Câmara,
09:44eu tenho certeza que muitos republicanos vão olhar e vão falar assim,
09:47será que eu vou ir tão contra a população do meu Estado,
09:50que precisa do Medicaid?
09:52Então, é um jogo político difícil,
09:55mas Donald Trump colocou que quer votar isso até sexta-feira,
09:58porque é o dia da independência dos Estados Unidos,
09:594 de july.
10:00Ele quer assinar...
10:01Ele quer assinar...
10:01Ele quer assinar dia 4.
10:03E quer assinar essa lei dia 4 para fazer algum evento,
10:06alguma coisa assim.
10:06Mas é possível?
10:07Dá tempo?
10:08Dá.
10:08Tem que dar tempo.
10:09Tem que dar tempo.
10:10A Câmara vai ter que votar nesse mesmo esquema,
10:12super corrido.
10:13Na pressão.
10:14Tem muitos detalhes na pressão.
10:15E é possível, mas vamos acompanhar aqui.
10:19Tá certo.
10:20Mas, como você mencionou,
10:22o ponto mais sensível mesmo dessa história
10:24é esse programa de saúde, o Medicaid, né?
10:27Tem vários pontos.
10:28Porque, assim, primeiro que alguns republicanos
10:30também estão contra o aumento da dívida,
10:32porque aumenta muito a dívida dos Estados Unidos
10:34e alguns republicanos que são empresários,
10:35que têm uma vivência mais corporativa,
10:38sabem que o risco que isso tem para a economia.
10:40Claro.
10:40Ou se a economia dos Estados Unidos
10:41já não está nos seus melhores tempos,
10:45principalmente com a questão das tarifas do Donald Trump,
10:47muita incerteza política.
10:50Então, a gente está vendo uma possível inflação.
10:52Então, aumentar 3 trilhões de dólares em 10 anos
10:56é uma dívida que nem os republicanos gostariam de assumir.
10:59Além disso, tem o aumento em gastos militares,
11:02que os Estados Unidos já é um país que gasta muito,
11:05mas, enfim, o Donald Trump quer aumentar os gastos militares.
11:08Tem também a contratação de mais agentes de deportação,
11:12de imigração, para ampliar esse programa de deportação.
11:15E os cortes do Medicaid.
11:17Esses são os quatro principais pontos
11:19dessa lei orçamentária,
11:21dessa proposta orçamentária,
11:23são os que vão ter mais impacto na sociedade americana, principalmente.
11:26Mas eu acho que, assim, do ponto de vista da população mais pobre,
11:30o maior impacto é realmente no corte desse plano de saúde,
11:34porque vai ter um acesso direto.
11:36A pessoa tem um plano de saúde.
11:37Já é caríssima a saúde nos Estados Unidos.
11:39Às vezes, as pessoas têm que vender a casa,
11:42fazer hipoteca da casa para pagar um tratamento
11:45ou uma internação.
11:47Então, assim, tirar da população mais pobre
11:49o acesso ao Medicaid realmente vai ser uma decisão difícil
11:55para os políticos republicanos,
11:57porque muitos desses estados precisam desse acesso ao Medicaid,
12:00porque tem a população mais voltada para a agricultura
12:03ou para empregos mais primários ali.
12:06Então, eles vão ter que cortar na própria pele
12:09e o Donald Trump está fazendo uma pressão
12:10para que eles cortem mesmo.
12:12Não só é impopular,
12:13mas tem muitos outros impactos em cadeia,
12:16mesmo na economia, né?
12:18Com certeza.
12:18E o Renan está aqui de volta, né?
12:20Certamente quer trazer mais informações.
12:23Diga, Renan.
12:25Sim, Nath.
12:26Eu queria aproveitar justamente para atualizar
12:28uma informação que eu falei na minha última entrada.
12:30Foram 50 a 50.
12:32A lei ficou 50 republicanos a favor.
12:37Outros republicanos votaram com o democrata,
12:39então ficaram 50 contra.
12:41Então, o presidente J.D. Vance,
12:43vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance,
12:45usou o voto de Minerva.
12:46Então, por isso, ficou 51 e a lei passou.
12:49Então, agora, eu consegui justamente ver quem votou,
12:52todo mundo que votou aqui.
12:54Então, teve o voto de Minerva,
12:56do vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance,
12:58para desempatar essa lei.
13:00Como eu havia dito,
13:01ele estava basicamente de plantão,
13:03porque esse era um cenário
13:04que o governo dos Estados Unidos já esperava, né?
13:07Na verdade, agora, a gente tem três republicanos
13:10que não votaram com o partido.
13:13São Rand Paul, que a gente já conhecia,
13:15que já disse que não ia votar mesmo.
13:17A Susan Collins, que foi a grande surpresa,
13:19porque ela tinha deixado mais ou menos em dúvida
13:22se votaria ou não.
13:24E, por fim, o Tom Tillis,
13:26que já tinha dito que não iria votar com essa lei.
13:28Então, a gente teve um republicano a mais
13:31contra essa lei.
13:32E aí, ficou nesse empate.
13:34J.D. Vance acabou fazendo o desempate da lei.
13:38Isso mostra como é difícil fazer essa equação, né?
13:41E a gente precisa pegar no nome da lei
13:44por que ela se chama One Big Beautiful Bill, né?
13:48Justamente One,
13:49porque havia uma ideia no começo
13:52que os republicanos, na Câmara e também no Senado,
13:56iriam aprovar essa lei em partes.
13:58Cada vez tentar aprovar um lado,
14:01um lado que interessava mais a Casa Branca.
14:05Mas o Donald Trump sempre puxou,
14:07empurrou o partido
14:08para aprovar a lei toda de uma vez.
14:11Por isso que ele chama de One, né?
14:13A lei acontece inteira,
14:15vai dar dinheiro para toda a agenda
14:17do presidente Donald Trump,
14:18vai dar dinheiro para tudo que ele prometeu na campanha.
14:21Então, é uma lei muito grande,
14:23é uma lei histórica.
14:24A gente está falando de 940 páginas
14:28de uma lei orçamentária.
14:29Nas últimas 24 horas,
14:31o Senado dos Estados Unidos
14:33esteve ali numa tremenda maratona, né?
14:36Justamente para analisar todos os pontos.
14:39Mas, caso ela seja aprovada de maneira final
14:42depois de passar na Câmara,
14:44ela dá uma grande vitória
14:45para o presidente Donald Trump.
14:46Porque, como o Felipe bem falava,
14:49o ICE é um movimento importante,
14:52é uma política,
14:53é uma bandeira de Donald Trump.
14:54E o governo Trump está ficando sem dinheiro
14:57para fazer aquilo que prometeu
14:58durante a campanha,
15:00que é deportar milhares, né?
15:02De imigrantes ilegais dos Estados Unidos.
15:05Então, basicamente,
15:06o governo não tem mais dinheiro para fazer isso.
15:07Precisa de mais dinheiro.
15:09E também há outras promessas de campanha,
15:12como o corte de impostos,
15:13que Donald Trump falou muito durante a campanha.
15:16E, caso essa lei não fosse aprovada,
15:18automaticamente quase que toda a população dos Estados Unidos
15:21iria pagar mais impostos, né?
15:24Então, é uma lei grande
15:25e que, caso passe na Câmara,
15:28vai dar uma grande vitória para Donald Trump.
15:30Mas, eu acho agora, nesse momento,
15:32depois de tanta alteração, emenda,
15:34na Câmara, a passagem dessa lei
15:36pode significar mais um obstáculo, né?
15:39Como vocês falavam,
15:41até chegar à mesa do presidente Donald Trump
15:43no dia 4 de julho,
15:44no dia da independência dos Estados Unidos,
15:46que seria bastante simbólico, né?
15:49O presidente assinar essa lei
15:50no dia da independência dos Estados Unidos,
15:52há um caminho longo aí pela frente,
15:55caso os republicanos não estejam todos a bordo, né?
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