- há 4 meses
Maria Carolina Gontijo detalha o que seria preciso fazer numa boa reforma.
Assista à íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=x7pKZv-PVqo
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NotíciasTranscrição
00:00Sim, aí a gente vai evoluindo nessa conversa para o óbvio, então vamos votar uma reforma tributária, certo?
00:11Vamos votar uma reforma, como se fosse simples.
00:15Não, a gente acha que em seis meses resolve, aí a Tebet, que talvez seja um contraponto ali,
00:23eu não sei exatamente como é que está sendo isso, mas ela fala, olha gente, me parece otimista de mais seis meses para a reforma tributária,
00:32quem sabe até o fim do ano.
00:34E aí já começou a aparecer gente falando, olha, isso aqui não vai passar, do jeito que está não vai passar, etc e tal.
00:42Eu queria que você desse um panorama aí do que você está vendo de reforma tributária.
00:46O que é possível, não vou nem colocar você nessa saia justa, mas assim, o que é mais...
00:53mais provável, né?
00:57Porque se disseram, não, a gente vai dividir a reforma tributária e vamos falar primeiro sobre consumo,
01:01sobre tributação de consumo, sobre o consumo, né?
01:04Vai fazer um IVA, um Imposto de Valor Agregado, para consumo.
01:09Só que tem outras coisas que incidem, né?
01:11Que tipo de imposto você está tirando, né?
01:14ICMS entra nisso, não entra?
01:17ICMS é estadual, e aí como é que faz essa divisão?
01:19Como é que...
01:21Porque assim, aí, só vocês que mexem com isso aí, conseguem entender.
01:25Porque eu estava, antes da gente passar para a reforma, só lembrei um negócio aqui do CARF.
01:29Então no CARF, aqui a minha cabeça de analista, pensa o seguinte,
01:32o desconto que eu tenho que receber para pagar no CARF e não ir para a justiça,
01:36seria eu ter que colocar, eu tenho que estimar meu fluxo de caixa pelo princípio da morosidade,
01:45então 15 anos, mais ou menos, e trago a valor presente, o desconto, né?
01:50Ah, então a partir daqui, se for menos que isso, vale a pena pagar, é isso, né?
01:56É exatamente isso.
01:59E aí, é onde as pessoas não fazem esses cálculos tão simples, assim,
02:03que a gente... trazer o dinheiro tem preço.
02:07Então quando a gente fala isso, não é simplesmente você provisionar.
02:11Ah, não, de que ter provisionado em 2007?
02:12Dinheiro tem preço, não é só isso.
02:14Quanto custa esse dinheiro parado?
02:17Então é isso, nesse caso sim, você tem que ver se vai valer a pena.
02:19E outra coisa, vale a pena também essa saída de caixa,
02:23que pode ser tão alta, dependendo do tipo de dívida que você tiver,
02:29nesse momento.
02:30Então assim, eu fico pensando assim, você tem dois meses de governo,
02:33você não sabe o que vai acontecer, você não sabe o que vai acontecer na economia,
02:36a economia está ali, é juros daquela coisa, guerra com o Banco Central,
02:39e você fala, não, eu vou me comprometer a pagar isso daqui agora,
02:43durante um ano, sendo que eu posso resolver isso,
02:47quer ver o que eu vou fazer com isso lá na frente.
02:48Então assim, me pareceu no mínimo uma ideia bem...
02:52Olha, estou muito otimista demais, entende?
02:54Eu não quis ser a pessimil da história toda,
02:59mas eu achei muito otimista.
03:02Mas vamos lá, reforma tributária.
03:03Carol, como é que você está acompanhando reforma tributária?
03:07Reforma tributária, reforma tributária.
03:09Precisamos de uma, não tem jeito.
03:11O que eu costumo brincar é o seguinte,
03:12quando as pessoas falam assim,
03:13ah, reforma tributária em seis meses, vamos parar para pensar.
03:16A gente vai fazer uma reforma,
03:18é como se a gente fosse fazer uma reforma da nossa sala,
03:20imagina você ter uma sala gigantesca na sua casa,
03:23você vai fazer uma reforma da sua sala morando na casa.
03:27Morando na casa.
03:28Vai dar trabalho? Vai.
03:30Vai ter pó, vai ter pó, vai ter pedreiro andando pela casa,
03:33vai ter barulho, vai ter...
03:34Vai ser um inferno? Vai.
03:36Mas é uma coisa que você precisa fazer.
03:39Não tem outro jeito.
03:41Vamos supor que o seu teto está todo furado,
03:42você está ali cheio de goteira e tal,
03:44você tem que fazer, não tem para onde correr.
03:47A divisão entre reforma de consumo e renda faz sentido sim,
03:51porque a gente está pensando ali em dois pilares diferentes.
03:55Então faz todo sentido a gente pensar assim,
03:57numa reforma de consumo separada da reforma sobre a renda,
04:02que a gente já chegou a discutir,
04:03num passado aí, não tão passado assim.
04:06Quando a gente fala de reforma de consumo,
04:08a gente está pensando em ICMS, IPI, FIS, COFINS, ISS principalmente.
04:15São esses os tributos que estão na questão da relação de consumo
04:20e essa é a ideia que a gente tem de unificá-los.
04:23Aí já começa o problema.
04:25Quem são os donos do ISS?
04:26Sempre temos 5 mil donos de ISS,
04:29que são todos os prefeitos.
04:31Temos 27 donos de ICMS.
04:34E os outros, tudo bem, os outros eu tenho um dono só.
04:36Mas assim, é muita gente para colocar na mesa
04:40e colocar esse pessoal na mesma pauta,
04:42no mesmo ponto e fazer com que essas pessoas concordem.
04:45Então assim, não é algo fácil,
04:47mas é algo que a gente precisa superar,
04:50de alguma forma,
04:51se a gente quiser ter principalmente transparência.
04:54hoje, a gente não faz ideia,
04:57e eu gosto disso porque o pessoal às vezes me pergunta,
05:00gente, a gente não faz ideia de quanto a gente paga de imposto em cada coisa.
05:04A gente tem aquela nota que vem ali os impostos estimados e tudo mais,
05:07mas gente, aquilo ali é nada mais, nada menos que a meta estimativa na tabela,
05:10enfim, não é o que acontece real.
05:12Então a gente precisa, no Brasil a gente tem duas coisas muito terríveis,
05:17além da complexidade do nosso sistema, do nosso próprio sistema,
05:21e isso eu acho que o ICMS sobre combustível fez pela reforma tributária,
05:25ou que a gente tentou 30 anos e não conseguiu,
05:28porque as pessoas descobriram como é que calcula o ICMS,
05:30ficou todo mundo indignado, eu fiquei bem feliz com isso.
05:33Ficou todo mundo indignado,
05:34não, mas é assim, vai assim, olha que beleza.
05:36Ficou feliz porque as pessoas entenderam,
05:38ou porque você acha que é um bom tributo?
05:40Não, o tributo é horroroso, eu fiquei feliz que as pessoas ficaram com raiva, entendeu?
05:44Então todo mundo ficou com raiva, eu falei, olha que maravilha,
05:46eu gosto de gente brava, eu gosto de fazer,
05:48e quando as pessoas ficam com raiva, eu sei que eu passei minha mensagem.
05:53Então, quando a gente fala...
05:55Inclusive, calma, calma, vou ter que fazer um parêntico aqui,
05:57você sabe, a gente conversava antes de começar a gravar aqui,
06:00e a Carol tem um filho de 8 anos, né, Carol, para quem não sabe,
06:03casada, tem um filho de 8 anos,
06:04ela me prometeu que o marido não é auditor fiscal,
06:08porque imagina a cabeça dessa criança, gente,
06:12um auditor fiscal, um advogado tributarista.
06:15Já chega lá em casa, que são dois jornalistas, né,
06:18agora minha esposa está em vereador há algum tempo já,
06:21mas para outra área, graças a Deus.
06:25E você falava que explicou o IPVA para o seu filho, não é isso?
06:28É, e o meu filho, ele virou para mim e falou assim,
06:30mas você faz o quê?
06:31Você é advogada que defende os outros?
06:33Eu falei, não, filho, então, deixa eu te explicar.
06:35E eu fui falando de imposto, aí falei com ele assim,
06:37ah, o imposto, eu falei assim, imposto é o seguinte,
06:42quando você tem que pagar alguma coisa para uma situação específica,
06:45eu não ia falar fato de nada com a criança,
06:46aí eu falei assim, não, então, aí eu tentando pensar e dirigindo ao mesmo tempo,
06:50falei, olha, quando você tem um carro,
06:51você tem um carro, por exemplo, igual esse carro que eu estou dirigindo,
06:54todo ano você tem que pagar um valor para o governo,
06:57porque você tem esse carro.
06:59O menino ficou indignado.
07:00ele virou um cap das ideias completamente.
07:04E aí ele virou e fez assim, mas como assim eu já pago caro no carro?
07:10Eu tenho que pagar todo ano?
07:11Falei, meu Deus, por que eu usei esse exemplo?
07:13Eu devia ter pegado um outro exemplo mais fácil.
07:15Mas eu achei que essa questão ia ficar mais simples.
07:17Enfim, é exatamente isso que está acontecendo.
07:20Então, assim, as pessoas não tem noção.
07:22Imagina se eu fosse explicar o ICMS,
07:24eu não ia conseguir explicar o ICMS para ele.
07:26Então, eu peguei ali um que era mais fácil,
07:27são aqueles impostos que eu chamo de imposto boleto.
07:30Então, eu falo assim, ah, é o imposto boleto?
07:32Eu pego ali o imposto boleto, bonitinho,
07:34aí eu, enfim, coloco ali,
07:36as pessoas já sabem exatamente quanto elas estão pagando.
07:38Então, as pessoas tendem a ficar com raiva do imposto boleto,
07:41que é o IPTU, o IPVA, que é o que chega em casa.
07:44E aí o de consumo, ela simplesmente não vê.
07:46Então, se ela não vê, então não tem problema.
07:49Não é um negócio que aquilo ali toca efetivamente para ela.
07:54E agora viram a mudança no ICMS para o combustível.
07:58Viram porque queriam brigar por política.
08:00Então, o pessoal queria brigar por política,
08:01resolveram entender o ICMS.
08:03Vamos lá, sim.
08:04Aí você dizia que o pessoal descobriu isso agora com o ICMS, né?
08:10Exatamente.
08:11Com a mudança nos combustíveis.
08:12Para poder brigar por política.
08:14Então, para poder brigar por política,
08:15o pessoal resolveu entender como é que funcionava.
08:18E aí o negócio ficou bom.
08:19Porque aí a gente teve toda essa discussão.
08:22E, enfim, era um absurdo, realmente,
08:23a gente ter um ICMS tão alto em cima, por exemplo,
08:26de energia elétrica ou alguma coisa assim,
08:28que são coisas essenciais.
08:29Então, não tem como ser contra uma medida dessa forma.
08:34O que a gente precisa ter...
08:36Diga.
08:36Deixa eu interromper rapidinho, Carol.
08:37Desculpa.
08:38Desculpa a falta de...
08:38Imagina.
08:39Imagina.
08:40Eu lembrei de uma coisa agora.
08:41Mas não pode, sei lá,
08:42a gente entrar na justiça,
08:44os estados,
08:45e aí pediram,
08:45não,
08:46eu quero que pague tudo isso agora de novo.
08:50Lá para trás.
08:51É complicado,
08:53porque o que aconteceu?
08:54A gente tem essa previsão na Constituição Federal
08:56sobre a questão da seletividade,
08:57e é importante lembrar
08:58que isso tinha sido decidido pelo STF,
09:00mas na mesma modulação,
09:02o STF decidiu que era inconstitucional,
09:05não é que podia cobrar até 31 de dezembro de 2023.
09:0723,
09:09ele falou,
09:09é inconstitucional,
09:10mas cobra mais dois anos.
09:12Enfim,
09:13justamente para os estados se adaptarem,
09:15aquela ideia de se adaptarem.
09:17E o que aconteceu
09:18foi que a lei complementar,
09:19uma lei complementar,
09:20então muitas vezes as pessoas pensam assim,
09:22ah, foi uma canetada,
09:22foi um negócio...
09:23Não,
09:23é uma lei complementar
09:24que vem falando
09:25quais são esses itens
09:27que são essenciais
09:29que estão ali na Constituição Federal.
09:31Então, ela falou,
09:31olha,
09:31considera como essencial,
09:32então,
09:33qualquer coisa que a gente tiver
09:34que ter ali,
09:35a gente tem que ter uma discussão em cima
09:37da lei complementar em 9.4.
09:38A gente está tendo aí
09:39uma tentativa de composição,
09:41de acordo,
09:42de recomposição para os estados,
09:44mas é assim,
09:45é engraçado
09:46porque a gente percebe
09:47que a arrecadação,
09:48quando a arrecadação estava recorde,
09:50recorde, recorde, recorde,
09:51ninguém falou nada
09:52sobre nenhum tipo de ajuste,
09:54aí agora que caiu,
09:55ah, não,
09:55mas agora a gente tem que ver
09:56o que vai acontecer.
09:57Então, é sempre assim.
09:58O estado funciona um pouco como...
10:00Eu me identifico um pouco com os estados,
10:02porque o que eu tiver,
10:04eu vou gastar,
10:04entendeu?
10:05Então, assim,
10:06se eu chegar no shopping,
10:07o que eu tiver,
10:08eu vou gastar.
10:09Então, eu me identifico,
10:10é uma coisa que a gente...
10:11Eu sei o que está acontecendo.
10:12Mas aí,
10:13você vira para os outros
10:14e fala assim,
10:15ô,
10:15você tem irmã?
10:16Vira para os familiares e fala assim,
10:18olha,
10:18você está me devendo uma grana,
10:19lembra?
10:19Não,
10:20mas eu te paguei não,
10:20mas não pagou o juro direito.
10:22Vamos ver esse negócio de volta.
10:23Vamos ver outra vez,
10:24entendeu?
10:25Então, assim,
10:25enquanto estamos aqui...
10:27Eu digo assim,
10:27não corre o risco do STF
10:29olhar para isso
10:30e voltar no tempo de novo?
10:32Olha,
10:32eu não estou mais fazendo
10:34nenhum tipo de aposta
10:35com relação a isso.
10:38Isso daí,
10:39para o tributarista,
10:40virou o equivalente
10:41a você chegar para o economista
10:42e perguntar do dólar,
10:43entendeu?
10:43Porque a gente não vai botar a mão
10:45nessa cumbuca.
10:46Porque, assim,
10:47se a gente olhar,
10:48não faz nenhum sentido.
10:50Temos uma lei complementar,
10:51está tudo certo,
10:52está tudo...
10:52Mas, né?
10:54Então,
10:54é o nosso dólar.
10:56Quando você chega para o economista,
10:58eu tenho vários amigos economistas,
10:59eu falo assim,
10:59vou viajar,
11:00compro dólar agora
11:01e aí você já vê
11:02o olho dele ficando vermelho,
11:03a raiva e tal.
11:05Então, assim,
11:05é o equivalente.
11:07É, porque essa
11:07só vai passar vergonha.
11:08Sim, mas aí,
11:09voltando para a reforma tributária.
11:10Então, a gente tem o ISS,
11:11municipal,
11:12ICMS,
11:13estadual.
11:14Então, você precisa combinar
11:15com esse pessoal todo.
11:16Tem que combinar com todos.
11:17E eles são diferentes, né?
11:20Exatamente.
11:21Em cada lugar, não é isso?
11:22E eles são diferentes.
11:24Eles têm...
11:24Uma, por exemplo,
11:25a gente tem o ISS
11:26que tem uma espinha dorsal
11:28feita para uma lei complementar,
11:30que é a mesma,
11:31mas cada município cobra
11:33do jeito que acha
11:34que deve cobrar,
11:35cada município tem
11:36uma licuta mínima
11:37e uma máxima,
11:37enfim.
11:38É uma maneira
11:39que a gente tem ali
11:40de frente
11:41de você
11:42tratar com aquilo ali.
11:44Então, por exemplo,
11:45já teve atrito
11:46com o prefeito
11:47do Rio de Janeiro,
11:48então,
11:48aquela questão do ISS,
11:49não vai ser
11:51uma conversa muito fácil.
11:52É uma conversa
11:53que a gente precisa romper,
11:54mas que não vai ser fácil.
11:55Porque na minha visão aqui
11:57parece o seguinte,
11:58eu tenho que colocar
11:58uma licuta única, né?
12:00Porque quando eu colocar
12:01todo mundo no IVA,
12:03vai ter que ter
12:04a mesma cobrança
12:06para todos.
12:07Só que tem gente
12:07que cobra...
12:08Então, tem gente
12:09que vai perder dinheiro
12:09e tem gente
12:10que vai ganhar dinheiro.
12:11É isso.
12:11A questão é equalizar.
12:13E aí, a gente tem
12:14algumas propostas.
12:14Ou a gente vai fazer
12:15um IVA único,
12:17que é um IVA,
12:18um modelo único,
12:19que aí você depois
12:20reparte essas receitas
12:21ou a gente vai ter
12:23o que a gente chama
12:23de IVA dual,
12:24que é aquele IVA, né?
12:26É onde você tem
12:26um IVA federal
12:27e um infra-IVA,
12:29vamos dizer assim.
12:30Que aí seria, tipo,
12:31a junção do ICMS
12:32com o ISS.
12:33Então, existem
12:33essas possibilidades.
12:34Tudo isso vai ser discutido
12:36no Senado,
12:39na Câmara,
12:40mas não é
12:41uma discussão fácil.
12:43Esse é o ponto
12:43que eu coloco
12:44muito para as pessoas.
12:45É uma discussão
12:46que a gente precisa romper,
12:47porque quando você chegar,
12:49por exemplo,
12:49ah, nós vamos discutir
12:50agora a questão do IPI,
12:51aí você tem
12:52a zona franca de Manaus.
12:54O Brasil,
12:54ele montou
12:55um castelo de cartas
12:57no lugar
12:57de um sistema tributário.
12:59Qualquer carta
13:00que você for mexer,
13:02ela vai impactar
13:03em um monte de coisa.
13:05Então,
13:05é importante
13:06a gente colocar isso.
13:07Se você tem,
13:08por exemplo,
13:08uma questão do IPI,
13:10você pensa,
13:10o IPI é tranquilo,
13:11o IPI é da União,
13:13o IPI está tranquilo,
13:14a gente tentou
13:15fazer uma redução
13:15de IPI
13:16nos últimos anos
13:17e a gente viu
13:18o que aconteceu.
13:19Então, assim,
13:20não é algo fácil
13:21de fazer
13:22porque você tem
13:23impactos diferentes
13:25até no Estado.
13:26Então, por exemplo,
13:26você mexe no IPI,
13:27você tem um impacto
13:28muito grande
13:28para o Estado da Amazonas.
13:29Você mexe em determinada coisa,
13:30você tem um impacto
13:31para o plano.
13:32Então, assim,
13:33é tudo complexo demais
13:35e é esse castelinho
13:36de cartas
13:36que a gente tem
13:37que ficar mexendo,
13:38vendo o que a gente
13:38vai tirar ou não,
13:39sem destruir tudo
13:41e sem prejudicar.
13:44E aí,
13:44isso é que é o mais importante.
13:45A gente não pode prejudicar
13:46as atividades,
13:47mas sim,
13:48a gente tem que
13:48convergir para uma linha.
13:50Sim,
13:50isso é só parte do consumo.
13:52A gente só falou disso
13:53até agora.
13:54Só, só.
13:55Tem uma segunda parte
13:57da reforma tributária,
13:58não é isso?
13:59Tem uma segunda parte
14:00da reforma tributária
14:01que é sobre a renda.
14:03E aí,
14:04é aquela história
14:04que a gente escuta muito
14:06é,
14:07ah,
14:08vamos colocar o rico
14:09no imposto de renda.
14:09Essas coisas
14:10que são bonitas
14:11de falar,
14:12aquela coisa
14:12que você coloca
14:13o rico no imposto de renda,
14:14um negócio que dá,
14:15quem seria contrário
14:16a isso,
14:17não é mesmo?
14:18Mas,
14:18a gente precisa
14:19pensar hoje
14:21como é que é
14:21o nosso modelo.
14:22E aí,
14:23quando você vai mexer
14:23no imposto de renda
14:24do dividendo,
14:25e aí,
14:26de novo,
14:26vem o castelinho de cartas,
14:27você fala assim,
14:27não,
14:28é só tributar dividendo,
14:2915% e tal.
14:30Ok,
14:31só que a gente já tem
14:32uma carga
14:32que chega a 34
14:34só de imposto corporativo
14:37do FAP.
14:37Mas o imposto de renda
14:37quando a gente soma
14:38IRCS.
14:39Então,
14:39a gente pode ter,
14:40a gente chega a 34,
14:42você coloca mais 15,
14:44o negócio vai ficar
14:44proibitivo,
14:46entendeu?
14:46Você vai chegar
14:47a um valor absurdo.
14:49Então,
14:50para ajustar
14:50a pessoa física,
14:52ter uma tributação
14:53sobre dividendos,
14:54o que é importante?
14:55Você ajustar
14:56a tributação
14:57da pessoa jurídica.
14:58Todo mundo da OCDE
14:59fez isso nos últimos
15:0023 anos,
15:01menos nós.
15:02Então,
15:02se a gente pegar
15:03um gráfico da OCDE
15:05principalmente,
15:05a gente vai ver
15:06que o tributo,
15:07a gente começa
15:07a ter o imposto de renda,
15:08especialmente
15:08pessoa jurídica,
15:09bem alto,
15:10por quê?
15:10Porque é mais fácil
15:11de fiscalizar,
15:12você não precisa fiscalizar
15:13todo mundo
15:13que recebeu dividendo,
15:14está ali.
15:15Só que,
15:15ao mesmo tempo,
15:16o que a gente
15:17chegou à conclusão?
15:18De que onerar
15:20essas empresas
15:21acabava tributando
15:22o capital
15:22que ia ser reinvestido.
15:24E isso é muito ruim.
15:25Então,
15:26quando você tributa
15:27todo o lucro da empresa
15:28sem saber
15:29para onde que vai,
15:30você acaba tributando
15:31um capital
15:31que seria reinvestido.
15:33E isso é péssimo.
15:33Então,
15:34todas as economias
15:35perceberam isso,
15:36o que elas fizeram?
15:37Baixaram a tributação
15:38da pessoa jurídica
15:40para aumentar na física.
15:42Dá trabalho
15:42para fiscalização,
15:43dá trabalho
15:43para fiscalização,
15:44é mais complexo,
15:45mas é mais progressivo,
15:47é mais justo.
15:48E aí,
15:48você deixa um pouco
15:49a PJ
15:50se ela quiser reinvestir
15:51aquele valor.
15:52Isso é lindo
15:53na teoria.
15:54Quando você traz
15:55para a realidade do Brasil,
15:56aí o negócio
15:57começa a ficar complexo.
15:58Por quê?
15:59Porque a gente tem
15:59simples,
16:01porque a gente tem
16:01uma sistemática
16:02de lucro presumido,
16:04a gente tem
16:04diversas sistemáticas
16:05que não é simplesmente
16:06baixar a alíquota
16:08de 34 para 25
16:10a pessoa jurídica.
16:12Você tem que pensar assim,
16:13tá,
16:13mas e quem está no simples?
16:15Tá,
16:15mas e o lucro presumido?
16:16Tá,
16:17mas e qual é o limite
16:17do simples?
16:18Então, assim,
16:18é sempre
16:19os pequenos negócios.
16:21Então, assim,
16:22de novo,
16:22o castelo de cartas
16:23é complexo
16:24por esse ponto.
16:25E é isso que a gente
16:26teve aquela discussão
16:26em 2021
16:27e não avançou
16:28justamente por causa disso.
16:29Chega num ponto
16:30que você discute
16:30falando,
16:30tá muito complexo
16:31e não vou mais fazer.
16:32Aqui tem pouco disso,
16:33né, Brasil?
16:34Ah, tá muito difícil,
16:35então não vou fazer.
16:35Melhor não fazer nada.
16:36E aí a gente
16:37acaba ficando aqui
16:38sem fazer nada
16:39e nessa situação.
16:40Mas, assim,
16:41é importante pensar
16:42que não é algo simples,
16:44não é simplesmente
16:44uma canetada
16:45e falar 15%
16:46no dia de 10
16:47está resolvido,
16:48não é assim
16:49que as coisas funcionam.
16:50E aí,
16:51e não é um negócio
16:52que é do dia para a noite.
16:53Ah, vamos colocar
16:54o rico no imposto de renda.
16:55Colocou.
16:56Não,
16:56a gente tem que pensar
16:57como um todo.
17:00Perfeito.
17:00Ó, eu podia ficar aqui
17:02mais muito tempo,
17:04né,
17:05mas já estou ocupando
17:07boa parte do seu dia.
17:09Então,
17:09queria agradecer,
17:10Carol,
17:11pela conversa
17:12e já deixar aberto aqui
17:13para novos convites,
17:14porque eu sei
17:15que a gente vai falar
17:17muito ainda
17:17sobre tributação
17:18e é bom
17:18conseguir falar
17:20com gente
17:20que a gente consegue entender
17:22a resposta.
17:23porque senão
17:24fica aquela coisa
17:24quando você viaja
17:25para a Alemanha,
17:26né,
17:26e você compra
17:26um caderninho
17:28com as frases,
17:29né,
17:29para você falar em alemão.
17:30Aí você pergunta em alemão
17:31e o cara te responde em alemão.
17:32Você não entende nada,
17:33né?
17:34Então,
17:34é basicamente isso.
17:35Mas então,
17:36queria agradecer muito
17:37a sua participação
17:39e o seu tempo,
17:39viu?
17:39Obrigada,
17:41Rodrigo.
17:41Olha,
17:41sempre que quiser,
17:42estou aqui,
17:43porque o meu intuito
17:43é fazer.
17:44Você ficou com bastante raiva?
17:45Se você ficou com bastante raiva,
17:47aí eu estou satisfeito.
17:48Não,
17:49mas eu estou em um programa
17:50de controle de raiva.
17:51Você imagina como é que é
17:52o meu dia a dia, né?
17:54Exato.
17:55Mas se você ficou com raiva,
17:55aí eu saio daqui satisfeita
17:57e aceito os próximos convites.
17:59Está tudo certo.
18:00Está aí.
18:01Obrigado, viu?
18:02Imagina,
18:02eu que agradeço.
18:09Obrigado.
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