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Diego Mezzogiorno, direto da Itália, explicou como o risco de o Irã fechar o Estreito de Ormuz ameaça a segurança energética da Europa. Kaja Kallas, da UE, alertou para o impacto global. Mariana Almeida analisou o papel estratégico da China.

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Transcrição
00:00Em meio ao conflito no Oriente Médio, a chefe de política externa da União Europeia e vice-presidente da Comissão Europeia,
00:08Kaja Callas, reforça o risco do fechamento do Estreito de Hormuz por parte do Irã,
00:13algo que, na avaliação dela, não seria bom para ninguém.
00:17Por isso eu vou voltar para a Itália com o nosso correspondente Diego Mesogiorno.
00:22Diego, acho que a preocupação neste momento justamente é com o Estreito de Hormuz.
00:26Eu conversava mais cedo aqui com a Mariana Almeida.
00:30A Europa depende muito desse Estreito por causa de questões estratégicas e energéticas.
00:35Senão vai ter que recorrer novamente à Rússia para comprar petróleo e gás, né, Diego?
00:44Olha, Klein, o medo de ter que pedir para a Rússia para retomar algum tipo de relação ainda é bastante complicado.
00:54Por quê?
00:55Porque pela própria fala de Kaja Callas, que é a responsável de relações interiores aqui da União Europeia,
01:02teve uma reunião no qual a gente falou um pouquinho mais cedo,
01:04onde também estavam outros representantes de relações exteriores dos países da União Europeia,
01:10isso não seria bom para ninguém, no sentido de que não seria bom também para a União Europeia.
01:16A União Europeia é bastante dependente de um grande percentual de gás e de petróleo que vem da região, né?
01:25Hoje eles têm essa dependência, além de trazer gás liquefeito dos Estados Unidos,
01:30que custa cinco vezes mais caro do que eles pagavam, por exemplo, para a Rússia.
01:34Isso tem, digamos assim, atrapalhado bastante para a economia europeia,
01:41que vive patinando desde então.
01:44Obviamente que a aproximação agora, por uma questão também de confiança geopolítica do Irã,
01:50em relação à Rússia, e daqui a pouco a gente tem essa reunião do chanceler do Irã,
01:56junto com Vladimir Putin em Moscou, isso incomoda bastante a União Europeia.
02:01Lembrando que Trump, antes desse bombardeio,
02:04ele já havia falado com Vladimir Putin, propondo ele como mediador,
02:11o que acabou no final da história acontecendo, né?
02:14Por preferência do Irã agora após esse ataque.
02:18Então, todo esse conjunto geopolítico que passa bastante pela Europa
02:22pode, digamos assim, afetar bastante a economia europeia
02:26e por isso o compasso de espera em relação ao que está acontecendo,
02:30em relação aos investidores também europeus.
02:32Então, a gente vai ter um dia bastante, digamos assim,
02:36de apreensão em relação à movimentação tanto do Irã,
02:42da conversa do Irã com a Rússia, né?
02:45E também do que vai fazer Israel e os Estados Unidos nas próximas horas.
02:50Um outro fator bastante preponderante aqui,
02:52que por isso há uma preocupação,
02:55são as bases dos Estados Unidos que ficam aqui na Europa,
02:59aqui no Mediterrâneo, especialmente na região da Sicília, na Itália,
03:04que podem ser usadas no eventual continuidade de ataques.
03:07Isso também preocupa bastante a União Europeia, Clay.
03:09Tá certo. Obrigado, viu, Diego, pelas suas informações.
03:14A gente volta a conversar já, já.
03:16Mariana Almeida, esse estreito de Hormuz,
03:19ele é o calcanhar de Aquiles neste conflito,
03:23porque um fechamento poderia prejudicar muito.
03:25E a China, que não está se envolvendo,
03:28você vê pouco envolvimento da China,
03:30é o que tem talvez mais ingerência ali,
03:33ou gerência para tentar conduzir essa negociação
03:38para o não fechamento ali desse estreito,
03:40mas está difícil convencer a China a chegar no Irã.
03:44Não sei se nos bastidores já está acontecendo.
03:46Porque ontem o nosso colega Marcelo Favalli até explicava
03:50que assim, a China depende muito do estreito de Hormuz.
03:54Só que foi construído um gasoduto
03:57que o Irã conseguiria abastecer a China
04:01através desse gasoduto sem precisar passar pelo estreito de Hormuz.
04:06Iria direto para um porto e do porto sairia para a China.
04:10Então, assim, eu não sei até que ponto a China
04:13ia querer se desgastar nesse sentido,
04:15se ela conseguiria se abastecer, né?
04:17E a gente vê os reflexos.
04:20Neste momento, o petróleo Brent Futuro está subindo 1,42%,
04:25cotado a 76,56 dólares o barril.
04:30Pois é, a gente vai ter que observar ao longo do dia
04:32aquilo que a gente vinha falando mais cedo,
04:34que é o quanto o Irã vai ou não vai se posicionar
04:37em relação ao fechamento do estreito de Hormuz.
04:39Isso define diretamente qual vai ser a escalada do preço do petróleo.
04:43Por quê?
04:44Porque se vai afetar a economia,
04:46ou se pode afetar a economia,
04:47não significa que vai afetar necessariamente.
04:50E esse é o ponto.
04:51Tem uma aposta a ser feita aí para saber,
04:53vai fechar ou não vai fechar?
04:54Quem apostar muito caro no petróleo
04:56e depois se não tem o fechamento,
04:57não tem a escalada, pode perder.
04:59Por isso, os mercados se movendo mais lentamente.
05:02Com relação ao aspecto da China,
05:03acho que é importante a gente dizer
05:04que a China, na verdade,
05:07ela precisa falar pouco
05:08para ser já um risco do ponto de vista do Irã.
05:11Qual que é o risco?
05:12Se há um fechamento,
05:13e se esse fechamento implica
05:16em não conseguir fazer o oferecimento da produção para a China,
05:20e aí ver como que fica o gasoduto
05:22e as alternativas disponíveis,
05:24mas hoje o caminho e as encomendas estabelecidas
05:27estão ali pelo Estreio de Hormuz,
05:29e aí como que o Irã poderia oferecer de outra maneira,
05:32mas fato é que se há alguma quebra
05:34do ponto de vista do fornecimento,
05:36significa menos recurso também dentro do Irã.
05:38O Irã depende dessas vendas também,
05:40ele depende da China enquanto financiador
05:42de parte da sua economia.
05:43Uma economia que está bastante machucada,
05:47não só do ponto de vista do efeito da guerra,
05:49mas são algumas sequências de embargos,
05:53de quebras de contratos,
05:55de quebras de apoio internacional
05:57para a economia iraniana.
05:58Então tem um certo isolamento
05:59e a China é um player importantíssimo.
06:02Por isso que eu estava dizendo
06:02que ela não precisa muito falar,
06:03porque basicamente a existência dela diz o seguinte,
06:06se você fechar, eu não pago.
06:08Se eu não pago, você tem problemas.
06:09Claro, tem alternativas,
06:11pode ter alternativas que são negociáveis,
06:13mas aí cabe entender
06:14se a China quer caminhar nisso,
06:17como o Klein estava dizendo aqui,
06:19será que a China tem interesse
06:20em um pouco lavar as mãos
06:21para os efeitos nos demais países?
06:23Como que ela vai se posicionar?
06:25China vinha argumentando
06:26ao longo da guerra comercial
06:29que ela é um parceiro sólido,
06:32comercialmente,
06:32mas um parceiro interessado
06:34no conjunto das parcerias
06:36que quer dar solidez,
06:37que quer dar estabilidade internacional.
06:39Quem quer dar estabilidade
06:40não pode dizer que lava suas mãos
06:42em relação ao resto?
06:44Algo que foi os Estados Unidos
06:45que começou a fazer
06:46quando deu o seu Liberation Day,
06:48não quero me interessar pelo resto.
06:51Bom,
06:51esse bastidor China e Estados Unidos
06:54em relação a esse conflito todo
06:55ainda está só no começo,
06:56numa primeira camada
06:57que a gente precisa entender
06:58mais para frente
06:59o que vai acontecer ou não
07:00e o primeiro ponto vai ser
07:01quem vai ser o fiel da balança
07:03para definir se fecha ou não fecha
07:05o Estreito de Ormos.
07:06Eu tinha falado
07:07construindo um gasoduto,
07:08na verdade um oleoduto,
07:09por onde o Irã conseguiria abastecer
07:12o porto que chama Jask,
07:14uma cidade de Jask,
07:15que já fica em mar aberto,
07:17já fica depois
07:18ali do Estreito de Ormos,
07:19já saindo ali
07:20para o mar vermelho,
07:22mar mediterrâneo.
07:23Então,
07:24essa seria uma alternativa.
07:26Eu fecho,
07:27mas não prejudico a China,
07:28porque se prejudicasse a China,
07:29a China entraria com força.
07:30se for assim,
07:31não amiguinho,
07:31a sua briga é com outra pessoa.
07:34Se você fizer isso,
07:35seu principal comprador
07:36de petróleo
07:38vai se prejudicar economicamente
07:39e aí pode sobrar para você,
07:40porque a China
07:41não vai querer perder dinheiro.
07:42Mas uma coisa importante,
07:43acho que esse é um ponto
07:44dos conflitos.
07:45É difícil você conseguir
07:47limitar e desenhar
07:48previamente
07:49qual é o efeito
07:50sobre todos os envolvidos.
07:51Você não contém,
07:52porque as tomadas de decisão
07:53começam a ser feitas
07:54e isso acaba reverberando
07:56para vários países,
07:57várias ações,
07:58por isso o multilateralismo
07:59é tão importante.
08:00porque você tem que ter
08:01uma instância
08:02onde vários países
08:03possam conversar
08:04e que tem algum nível
08:05de organização mesmo
08:09da conversa.
08:11Se não,
08:11é isso,
08:12tem uma negociação bilateral,
08:13resolve no bilateral,
08:14afeta um terceiro,
08:15aí entra o terceiro
08:16na conversa,
08:17mas fala só com um,
08:17não fala com o outro.
08:18Essa cadeia de consequências
08:20precisa chegar
08:20numa mesa
08:21de maneira aberta.
08:22Para isso,
08:23o multilateralismo,
08:24infelizmente,
08:24bastante fragilizado.
08:25O papel da ONU
08:26que teria que cumprir ali
08:27muito provavelmente
08:28não conseguindo ser assumido
08:29neste momento,
08:30o que é uma perda
08:31do ponto de vista internacional.
08:33do ponto de vista internacional.
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