Marcelo Favalli detalha no Plantão Times Brasil onde está concentrado o arsenal nuclear mundial em meio à escalada entre Israel e Irã. A tensão reacende debates sobre dissuasão, equilíbrio de forças e riscos de conflito atômico. Entenda o cenário global.
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00:00Marcelo Favalli, chegou uma informação agora que o Irã disse que feridos em ataques dos Estados Unidos não apresentaram sinais de contaminação radioativa.
00:10Isso é uma coisa até importante, já que os Estados Unidos dizem que eles miraram alvos em instalações nucleares, né?
00:17Então, centrífugas e na verdade não pretendiam matar ou ferir pessoas, trabalhadores ou civis, né?
00:23Isso é uma informação muito importante.
00:25A gente está vendo essa questão também da Luiz Maiana, antes de você nos apresentar mais essa arte aqui do arsenal nuclear mundial,
00:34está se falando muito da diplomacia.
00:36A Europa tentou, representantes da Europa tentaram com o Irã, em Genebra, com representantes do Irã, uma saída negociável para esse programa nuclear.
00:47Não houve acordo, o Irã disse o seguinte, a proposta apresentava, estava apresentada, estava fora da realidade.
00:52Então, o Irã jogou mais uma oportunidade fora de negociação.
00:56Os Estados Unidos chamaram antes, inclusive, do bombardeio, tinha uma reunião marcada também para Genebra para discutir,
01:05seria a sexta rodada, se eu não me engano, de negociação para discutir o programa nuclear.
01:10Também aí acabou não fazendo sentido porque o Israel acabou bombardeando as instalações nucleares do Irã.
01:16Acho que essa questão da diplomacia está travada neste momento, né?
01:19Pois é. O que acontece? Os dois lados do conflito, e aí a gente põe de um lado Estados Unidos e Israel, e do outro o Irã,
01:27querem opções que, para os dois lados, são inegociáveis, e esse é o ponto de travamento.
01:34Se a gente construir um paralelo, fica mais fácil da gente entender.
01:37Uma guerra que se agarrasta por três anos entre Rússia e Ucrânia, e também já houve diálogos abertos,
01:45caminhos para negociação, só que os dois lados têm exigências pétreas, que não são mudadas.
01:53No caso aqui, nós estamos falando especificamente do Irã, o Irã diz que não vai abrir mão do seu programa nuclear,
02:01que ele defende desde a Revolução Islâmica, quando houve o rompimento do Irã aqui no meio,
02:08com o Ocidente, a Europa Ocidental, Estados Unidos, e depois associados, a gente pode colocar até o Japão nessa lista,
02:15foi o seguinte, eu não quero abrir mão do meu programa nuclear para fins sociais,
02:23que isso significa desenvolvimento científico, desenvolvimento de medicina,
02:29quem já fez uma ressonância magnética ou já viu esse aparelho,
02:32aquela enorme rosquinha que fica regirando, tem material nuclear enriquecido a uma menor proporção
02:40do que o enriquecimento de uma bomba nuclear, mas sim, pertence, esse enriquecimento de urânio e de plutônio
02:47está dentro do campo do desenvolvimento de tecnologia, desenvolvimento científico, desenvolvimento de medicina
02:53e no caso do Irã, que tem uma potência ou tem um potencial de crescimento,
03:00porque até 79 era um polo industrial o Irã, tinham montadoras europeias, marcas de extração,
03:09marcas petrolíferas americanas, holandesas, aqui no Irã, é crucial para que ele volte a ter um mínimo de um potencial
03:20potencial de crescimento, energia elétrica, ele não quer gastar o próprio petróleo para produzir eletricidade,
03:26ele quer produzir eletricidade por meio de energia nuclear.
03:31Israel diz que desde que tomou, a guarda revolucionária tomou o poder em 79,
03:39jura de morte e promete a destruição em Israel, então haveria que o potencial deste programa nuclear,
03:47nuclear, segundo o Irã, para fins pacíficos, segundo Israel, é só uma cortina de fumaça
03:53para que eles possam produzir uma bomba atômica e ser usada por Israel.
03:58Essa toda são, de novo, as possibilidades e probabilidades.
04:03Vamos para os dados concretos?
04:05E aí, não é um discurso dos países.
04:09Isso aqui é uma conta feita por um observador independente internacional,
04:13o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, na Suécia.
04:19Por quê?
04:19Porque é o seguinte, os exércitos, os países, se reservam ao direito de não dizer exatamente
04:26quantas bombas nucleares, ogivas, engajadas em produção têm.
04:32É um cálculo estimado por observadores internacionais, porque isso faz parte de uma estratégia de guerra.
04:38Então, segundo os últimos anos, pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo,
04:44este é o armamento nuclear chamado engajado, pronto para ser disparado,
04:50tirando o que eles têm de estoque, em produção, armazenadas,
04:55isso que já está montado em mísseis, em mísseis prontos para disparo.
04:59A Rússia tem a maior parte do arsenal nuclear mundial, quase 6 mil ogivas,
05:08os Estados Unidos um pouco mais de 5.200, mas vamos olhar para essa região que nos interessa hoje.
05:16Não sabemos, não há dados concretos para chegarmos à conclusão se o Irã tem uma,
05:23metade de uma, 60% de uma, ou se já conseguiu fazer uma completa, eficiente, funcional,
05:30e pode replicar o modelo, mas Israel tem 90, prontas de acordo com o Instituto da Paz,
05:38pela Paz de Estocolmo.
05:39Ou seja, um eventual ataque, vamos pensar nesse cenário hipotético,
05:43um eventual ataque que teria que ser feito por mísseis,
05:47porque os dois países estão mais de 2 mil quilômetros de distância um do outro.
05:51esse mísseis, muito provavelmente pela capacidade de defesa de Israel,
05:56seria abatido no ar.
05:58Pelo Iron Dome, aquele sistema com 97% de eficiência, segundo o Tel Aviv.
06:03Você que foi um ex-morador de Israel, Israel que está para esse lado aqui,
06:08o Iron Dome protege ali principalmente as duas capitais,
06:14a capital financeira e política, Tel Aviv e Jerusalém.
06:19Aí você tem o estilingue de Davi, que é um dom muito mais longo,
06:26e mais recentemente o Arrow 3, a flecha número 3,
06:32que chega às margens, às fronteiras do Irã.
06:37Ou seja, ele tem uma capacidade de localização, reconhecimento,
06:41e muito provavelmente de abater esse míssel ainda no ar.
06:45Nesse evento, o ataque, de novo, estou criando um cenário hipotético.
06:51A resposta de Israel poderia ser essa, 90 ogivas.
06:57Isso abre essa interpretação.
06:59Será mesmo que o Irã faria um ataque contra Israel?
07:04A gente pode tirar um pouco do cerne dessa questão,
07:09para a gente ter uma interpretação um pouco mais clara.
07:12Por que a Coreia do Norte nunca atacou o Japão, os Estados Unidos, a Coreia do Sul?
07:18Embora a Coreia do Norte tenha declaradamente, pelo menos,
07:21aqui, quantas, aparece, se não me engano, 30.
07:2430 ogivas nucleares e mais em produção.
07:28Porque a Coreia do Norte sabe que a resposta seria de muita violência,
07:34muito retaliatória.
07:35E Yung Yang pode ser chamado de louco, mas nem tanto.
07:39Isso não é loucura, isso é estratégia.
07:42Estratégia.
07:42Então, as bombas nucleares servem para quê?
07:46Para uma espécie de uma carapaça de proteção.
07:49Israel também sabe que esse regime,
07:53que é tão desfavorável a ele, para dizer o mínimo,
07:55desde 1979, se não tiver a bomba atômica,
07:59é mais fácil derrubar esse regime sem esse armamento.
08:03É só a gente lembrar na Líbia, lembrar do Iraque...
08:07E agora a Síria.
08:08E agora a Síria.
08:09O Bachar Al-Assad cai lá na Síria.
08:11Ditadores caíram.
08:13O Bachar Al-Assad, dos três, é o único que está vivo,
08:15porque conseguiu refúgio na Rússia,
08:18mas os outros dois, o Mamar Gaddafi e Saddam Hussein,
08:21estão mortos.
08:23E não coincidentemente, o elo entre os três,
08:27eles não têm bombas nucleares.
08:28E só para complementar,
08:29em Tel Aviv, nos bastidores, se fala o seguinte,
08:33que Benjamin Netanyahu está usando o programa nuclear
08:36de pano de fundo para uma troca de regime,
08:40para forçar uma troca de regime no Irã,
08:42justamente indo ao encontro do que você estava falando agora,
08:45que é muito mais fácil, se você trocar um regime,
08:48de você negociar,
08:50de você ficar menos vulnerável,
08:52segundo Benjamin Netanyahu e segundo lá Israel.
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