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Transcrição
00:00Tem uma outra questão para o pessoal entender.
00:03A gente está falando, normalmente a imprensa, no geral, tradicional comércio,
00:09ela trata essa questão de aumento dos juros da taxa Selic para segurar a inflação.
00:17Aí, obviamente, isso tem um impacto na atividade produtiva,
00:21você aumenta o custo de crédito, isso tende a reduzir a atividade produtiva.
00:26No momento que você tem uma expansão do desemprego, é ruim.
00:31Agora, a gente tem ouvido justamente como justificativa
00:36você ter uma situação fiscal de rompimento do teto, etc.,
00:44uma situação complicada, uma situação de você ter, você falou em credibilidade,
00:55tem uma questão aí também de credibilidade da própria política fiscal do governo,
01:01do que pode acontecer mais para frente, não só em relação a esse auxílio Brasil,
01:08mas de todo o resto que você pode cometer para propiciar a reeleição do Bolsonaro.
01:16E aí, obviamente, isso impacta no risco que você tem de crédito,
01:23uma situação fiscal mais complicada.
01:26Agora, tudo que a gente está tratando hoje e desde a semana passada, especialmente,
01:33dentro dessa discussão de furar o teto,
01:37pelo que você está me colocando aqui, é uma coisa muito mais a futuro
01:40do que da realidade concreta da política fiscal.
01:43Exatamente, porque quando o juro era 4,5%,
01:50o furo do teto foi R$ 660 bilhões e o juro foi cortado para R$ 2.
01:58O déficit fiscal foi de 12%, acho que não tem um número completo,
02:03porque o deflator do PIB não saiu, em torno de 14% do PIB.
02:06Agora, o déficit fiscal sai de 0,7% do PIB para 1% do PIB,
02:13e eles querem que o juro saia de 9% para 12%.
02:17Ou seja, o 4% para 2% estava errado, com furo de 600%.
02:23Ah, mas o precedente, para a reeleição, se você está pensando em precedente e reeleição,
02:32o candidato favorito à reeleição hoje, pelas pesquisas, é o Lula,
02:38ele disse que não vai ter teto.
02:41Então, a única coisa que a gente está tratando aqui, de fato,
02:44é o 0,30% do ano que vem, e não o que vai acontecer no futuro.
02:49O que vai acontecer no futuro, você tem que perguntar para o próximo presidente.
02:53Então, se você está dizendo que o Banco Central vai subir o juro para 12%,
02:57isso aumenta ou diminui a chance de eleger um presidente que vai respeitar o teto?
03:03No meu ponto de vista, eu acho que, no mínimo, aumenta a chance
03:06de um cara que diz que vai derrubar o teto, porque é contra a política dele.
03:10E eu acho que ele não vai mentir e não tem razão para mentir isso.
03:14O Brasil sempre olhou os dados de política como se fosse o superávit primário.
03:23Sempre foi assim.
03:24Foi brilhante a situação de fazer o teto,
03:29porque você forçava o governo a gastar uma certa quantidade.
03:32E como tinha despesas que estavam crescendo ao longo do tempo,
03:35você obrigava o governo a fazer reformas.
03:38Tudo bem, não aconteceu?
03:39Mas, de fato, o governo vai, pela primeira vez, pela primeira vez, desde 94,
03:46a gente vai ter um governo que vai gastar menos em relação ao PIB no último ano
03:50do que no primeiro ano.
03:52Isso é mérito desse governo?
03:54Não, é mérito do Temer.
03:56Não é mérito desse governo, é mérito do Temer.
03:58Ah, mas vamos fazer uma maracutaia lá para mudar de junho para dezembro.
04:02Ótimo, não tem problema.
04:06Tinham seis meses de folga, acabou o ano.
04:08Não tem 18 meses para ele aproveitar a outra folga.
04:11O próximo presidente para derrubar, ele vai derrubar.
04:13É na Constituição.
04:15Acabou.
04:16Então, essa história toda é besteira.
04:20Só para colocar em números, o déficit americano era 20% o ano passado,
04:26caiu para 16% esse ano.
04:28O Brasil é 1%.
04:29Então, não é o número em si que é um problema.
04:32É toda essa polêmica que foi criada pela péssima comunicação,
04:41pela péssima, pela forma como foi feito.
04:43É como se o Tesouro, que é representado pelo Paulo Guedes,
04:49apunhalasse o Banco Central a uma semana do Copom.
04:54E agora o Banco Central, para revidar a classe política,
04:58vai penalizar toda a sociedade, aumentando os juros para 12,5%.
05:04Só que aí tem uma outra coisa que a gente tem que lembrar.
05:07Foi aprovado a independência do Banco Central.
05:12Antes de ser independente, o Banco Central brasileiro tinha um mandato,
05:17que era a estabilidade de preço.
05:19Agora, com a independência, nós copiamos o resto do mundo.
05:23Então, agora o Banco Central é independente, mas ele tem algumas coisas.
05:27Eu vou até ler aqui.
05:28No artigo da independência do Banco Central,
05:30o Banco Central do Brasil tem por objetivo fundamental
05:32assegurar a estabilidade de preços.
05:35Parágrafo único.
05:36Sem prejuízo do objetivo fundamental,
05:38o Banco Central também tem por objetivo zelar pela estabilidade
05:41e pela eficiência do sistema financeiro,
05:44suavizar as flutuações da atividade econômica
05:48e fomentar o pleno emprego.
05:51Então, se ele fizer isso e aumentar o desemprego,
05:54ele dá um motivo factual para o Congresso
05:59derrubar o prejuízo do Banco Central, se quiser.
06:11Obrigado.
06:12Obrigado.
06:13Obrigado.
06:14Obrigado.
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