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Notícias
Transcrição
00:00Rodrigo, quero muito te ouvir sobre essa situação da Caixa Econômica Federal
00:03e do Banco do Brasil também, que suspenderam os empréstimos consignados
00:08para os aposentados do INSS.
00:10Vamos lembrar que ontem os bancos públicos divulgaram uma nota
00:15informando isso, de que estavam suspendendo o crédito consignado
00:20para os aposentados do INSS por conta da redução dos juros na linha de crédito.
00:27Essa redução foi divulgada pelo governo, houve uma redução de 2,14%
00:33para 1,70% ao mês.
00:37Com isso, os bancos públicos justificaram que deixariam de fazer esse crédito consignado
00:42em efeito cascata, como a gente falou agora há pouco,
00:46a economia traz sempre esse efeito cascata, esse efeito dominó.
00:50Hoje, veio o anúncio oficial dos bancos públicos.
00:53Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil também suspenderam o crédito consignado
00:58para os aposentados do INSS.
01:00E a repercussão disso tudo vai ser grande ainda pelos próximos dias.
01:04Não é isso, Rodrigo?
01:05É isso.
01:06Isso é de novo.
01:07Hoje de manhã, eu contava uma historinha lá no Morning Call,
01:10que é uma lenda, que é a história da cama de Procrustos.
01:15Diz que esse Procrustos era um cara de uma lenda muito antiga,
01:19e ele tinha uma cama que era a cama perfeita, ele mudou montar a cama perfeita,
01:23era do tamanho dele, largura ótima, etc.
01:26E, de vez em quando, ele convidava alguém para dormir naquela cama.
01:29Se a pessoa fosse maior que a cama, ele cortava os pés e a cabeça,
01:33e, se fosse menor, ele esticava até que elas ficassem do tamanho exato da cama.
01:37E é mais ou menos isso que o governo tentou fazer com essa ideia esdrúxula,
01:41ultrapassada e completamente absurda, de mudar o teto de juros para o consignado do INSS,
01:52sob a desculpa de que estava muito alto.
01:54Então, de R$ 2,14 para R$ 1,70, a gente vai baixar e pronto.
01:58E aí esqueceu de combinar com o mundo real.
02:00Isso talvez funcione aí no metaverso do Conselho de Previdência Social
02:05e do ministro da Previdência, que foi quem sugeriu essa ideia brilhante,
02:10que também deve ter tido estudos profundos para entender o impacto disso.
02:16E aí já a gente tinha uma dúvida.
02:18Eu conversava com algumas pessoas logo que isso saiu no começo da semana,
02:23se os bancos públicos, porque era óbvio que os bancos particulares
02:26iam simplesmente parar de oferecer crédito.
02:29Você tenta ajudar, você está dizendo que está ajudando os aposentados
02:35e, de repente, você deixa eles sem crédito nenhum.
02:38Então, quem tinha programado um empréstimo para pagar alguma conta
02:42ou para rolar alguma dívida, vai ter um probleminha durante essa semana,
02:47pelo menos.
02:49E aí parece que também não combinaram muito com o Ministério da Fazenda,
02:52que ficou meio chateado.
02:54E os bancos públicos não toparam fazer esse empréstimo a custo menor.
03:00E aí o que acontece?
03:03Você trava toda a cadeia.
03:05E o óbvio disso, o óbvio ululante seria o seguinte,
03:10se você produz algo que o preço de custo é 10 e você vende por 20,
03:15e o governo chega para você e fala, olha, é muito o lucro que você está tendo.
03:19Então, agora você só pode vender a 12.
03:22Você fala, olha, quer saber?
03:23Eu não vou me dar o trabalho de produzir isso para ganhar só dois.
03:28E foi mais ou menos isso que aconteceu com os bancos.
03:30Eles têm um cálculo de inadimplência, tipo de credor, etc.
03:36De devedor, que eles vão emprestar esse dinheiro.
03:40E aí, quando você faz esse cálculo, ele tem uma taxa mínima de juros
03:45que eles podem cobrar para manter alguma diligência,
03:48manter alguma saúde financeira no negócio deles.
03:52Quando baixou para 1,70, acabou que não fazia mais sentido
03:56emprestar dinheiro a esse custo,
03:59porque o custo de captação está alto em função dos juros que estão altos.
04:03E todo mundo sabe que estão altos.
04:06Então, normalmente, onde o banco ganha dinheiro é
04:09quanto ele empresta, quanto ele paga para você pelo seu dinheiro.
04:13Quando você coloca o seu dinheiro lá no CDB, ele te paga um juro.
04:16E aí ele pega esse juro e faz uma diferença para emprestar para alguém,
04:21já calculando que alguns não vão pagar, alguns a gente vai ter problema
04:24de inadimplência, etc.
04:26E aí, quando fez esse cálculo, o 1,70 não fechava.
04:31Eu imagino que, obviamente, também teve estudos profundos que não mostraram
04:36que essa matemática aí não encontrava nenhum parâmetro no mundo real.
04:43Ah, uma outra coisa que é importante, o fato da caixa...
04:52O Wilson!
04:53E aí, Rodrigo?
04:54De repente, aparece o Wilson aqui.
04:59O Wilson derrubou o Kenzo aí.
05:02Exatamente, é direto do final para a sua tela.
05:05Eu já estou falando uma coisinha.
05:08É importante esse lance dos bancos públicos terem interrompido essa linha de crédito,
05:14porque também acaba com uma narrativa que provavelmente sairia logo em seguida,
05:19que seria, não, a sabotagem.
05:21Os bancos particulares estão sabotando o governo.
05:24O governo gosta muito desse tipo de coisa.
05:27E, na verdade, agora, como os bancos públicos não toparam também,
05:31não dá nem para dizer que foram os malvadões lá da Faria Lima
05:35que não queriam que o povo tivesse acesso a crédito barato.
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