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  • há 4 meses
No Papo Antagonista, Claudio Dantas entrevistou o ex-presidente do BNDES e do IBGE Paulo Rabello de Castro que comentou a trapalhada orçamentária do governo Bolsonaro, que resultou no corte do Censo.
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00:00Papo Antagonista, com Cláudio Dantas. Reportagens exclusivas, bastidores do poder e análise com quem faz notícia.
00:12Expectado aqui com o Paulo Rabelo. Muito boa noite, Paulo. Bem-vindo ao Papo Antagonista.
00:19Olá, Cláudio. Uma boa noite para todos os nossos internautas.
00:24Maravilha. A gente conversou rapidamente na sexta-feira e aí eu fiz o convite para você vir aqui hoje no Papo Antagonista porque eu considero que seja um tema imprescindível de debate, um tema sensível, apesar de boa parte da imprensa não estar dando a devida atenção.
00:42Eu acho que a gente faz aqui o nosso papel, que é o fato de o orçamento de 2021 não prever recursos para o censo 2021, censo que deveria ter acontecido no ano passado, mas que por causa da pandemia foi adiado para este ano.
00:59Agora, não vai ter censo. No fim de semana, depois das notas que nós publicamos, das matérias que publicamos, de toda a pressão feita, ouvimos muitos parlamentares também, especialistas como você, o governo começou a falar que não, que vai rever essa questão.
01:18Bom, para começar, qual é a importância do censo e qual a importância de você não ter o censo?
01:26Muito bem, eu queria, obviamente, deixar claro para todos os muitos internautas que acompanham o Papo Antagonista, que o censo não é só importante, não é só relevante, ele é uma atividade vital para o planejamento de um país e também vital para a democracia.
01:53Eu, por acaso, eu mandei a você um minuto atrás, notícia que me acabou de chegar do censo, do buro do censo americano, que é a instituição que cuida apenas da atividade censitária.
02:11Eu tive a oportunidade, como presidente do IBGE, ir visitar o diretor-geral do censo lá, porque já estava fazendo preparativos antecedentes para o que seria o censo de 2020.
02:24Nós estamos ainda no ano de 2016, então você nota como os presidentes de uma instituição de estatística tem que se antecipar a esse grande fato que é o censo.
02:38E a coisa interessante é que a notícia que eu mandei para você e depois eu acho que você deveria compartilhar com muitos brasileiros, é a contagem final em 1º de abril do ano passado.
02:51Portanto, demorou um ano para completar esse levantamento censitário, quando os Estados Unidos chegam ao número de 331.449.281 residentes.
03:10Você veja que coisa fantástica, maravilhosa, essa contagem. A contagem é uma norma constitucional da Constituição americana, que diferente da nossa, não fala sobre todas as coisas, fala só sobre algumas poucas coisas.
03:30E você veja a importância da contagem e já chegamos nessa mais do que importância, no caráter vital, porque a representação política de uma sociedade numa democracia se faz pela contagem da população dos diversos Estados.
03:48E assim começou a democracia americana, contando o que cada um dos Estados americanos tinha de população para estabelecer a representação no Congresso americano.
04:00E aqui no Brasil não é diferente. Nós precisamos dessa contagem. A contagem é normalmente no ano zero.
04:09Para isso existe uma lei, a lei 8.184, que no seu artigo primeiro, mandei para você também, diz muito claramente, o censo se faz no máximo a cada 10 anos. Por que no máximo?
04:22Porque, em geral, existe uma contagem intermediária, em geral nos anos 5, para adequar e atualizar a contagem que vai ficando, vamos dizer assim, um pouco desatualizada.
04:37E nós estamos mais do que 10 anos desatualizados. O último censo demográfico foi apenas em 2010. E você imagina quantos municípios tiveram enorme expansão, como, por exemplo, os municípios de vocação mais agrícola, no meio norte do país, etc.
04:59Isso é apenas para te mostrar o quanto isto é fundamental para o país e, portanto, não faz sentido nenhum esse cancelamento.
05:09Deixa eu te interromper para colocar na tela a produção justamente do que você me enviou.
05:15Ainda está aí com o negócio do celular, exatamente, que está dizendo, falando justamente do censo lá nos Estados Unidos.
05:23Exato. Eu achei bacana você mostrar, porque você sempre dá notícias em cima da hora, notícias frescas.
05:30Isso acabou de me chegar, a contagem da população americana.
05:35E lá embaixo, no terceiro parágrafo, as pessoas que são versadas em inglês vão poder ver o agradecimento ao público americano
05:44pelo esforço que eles chamam lá, overwhelming, um esforço enorme que foi feito para que, em plena pandemia, a contagem não parasse.
05:58Vocês vejam que muita coisa não parou. E esta foi considerada uma atividade essencial.
06:04Assim como no transporte público não para, mesmo aglomerando, o censo não poderia ter parado.
06:12Então, não deveria ter parado no ano passado.
06:15Aliás, ao fazer uma contratação, embora temporária, de cerca de 200 mil jovens recenseadores,
06:26eu digo jovens, Cláudio, porque em geral são mais jovens, e muitos estão no seu primeiro emprego,
06:32num momento em que mais de 40% da população jovem do país,
06:3714, tal por cento é o desemprego oficial, que na realidade é muito maior do que isso,
06:44pelas contagens do IBGE, mas aí em outra estatística, que é da PNAD.
06:50Mas na população jovem é enorme.
06:54Onde está a cabeça desse ministro da Economia, Paulo Guedes,
06:58que ele não acrescentou como política emergencial de emprego,
07:02mais 2 bilhões, que é o custo total de pagar o salário desse pessoal,
07:08fora a compra de passagens para deslocar essa população de recenseadores,
07:16o custo é eminentemente de salários.
07:19Seriam mais 200 mil empregos por alguns meses.
07:23Ou seja, o censo, Cláudio, se justificaria, ainda que fosse para a gente edificar uma pirâmide,
07:31uma pirâmide do Egito, quanto mais contar a nossa população, e óbvio.
07:36A gente está discutindo auxílio emergencial, você poderia pagar as pessoas para trabalhar
07:42e ainda fazer uma atividade essencial para a democracia até.
07:48Isso que você mencionou, dos Estados Unidos, é muito importante,
07:52porque a gente tem como referência, o mundo ocidental tem como referência,
07:57a democracia americana, e é uma questão de representatividade.
08:02Tem dois impactos que você mencionou para mim que eu queria destacar aqui.
08:07Um é uma questão que tem a ver com a falta de dados estatísticos nos municípios, nos estados.
08:16Isso, obviamente, impacta na transferência de recursos para esses estados,
08:20impacta na concepção de políticas públicas, porque você não sabe qual é a população que tem.
08:25E tem um outro aspecto que impacta na representatividade.
08:29Ou seja, você elege um congresso, elege um presidente da república
08:33com parâmetros de representatividade defasados, no caso nosso, lá de 2010.
08:40Você está mencionando aqui a questão nos Estados Unidos,
08:46o censo mostrou aqui um crescimento de mais de 7% da população.
08:50Então, hoje nós estamos com mais de 330 milhões de pessoas.
08:5831 milhões e meio, rebondando.
09:02E aí você, e aí aqui, quer dizer, a gente corre o risco de agora na eleição de 2022
09:07não ter entendimento correto da realidade.
09:13A gente elegeu um presidente, elegeu um congresso, você falou aqui,
09:16é uma catástrofe estatística e torna o congresso inconstitucional,
09:20porque ele não vai representar a realidade da população.
09:24Exatamente.
09:25Eu sugiro a você chamar alguns dos ministros conscientes,
09:30não vamos citar quais, que não serão todos os do STF,
09:36para perguntar a eles sobre o grau de constitucionalidade
09:40de uma representação defasada.
09:43Com esses elementos, vamos dizer, da doutrina constitucional norte-americana,
09:49da doutrina constitucional alemã, da doutrina portuguesa,
09:53o censo em Portugal está se realizando agora, enquanto falamos.
09:58Ou seja, nós somos completamente irresponsáveis do ponto de vista institucional.
10:04É uma irresponsabilidade compartilhada pelo governo federal.
10:10Eu denuncio aqui o ministro da Economia,
10:14porque ele está jogando fora o planejamento nacional,
10:19ele está descumprindo o artigo 174 da Constituição.
10:24O artigo 174, Cláudio, é claro,
10:28falando que o planejamento do país é determinante,
10:33no caso do Estado, e indicativo para o setor privado.
10:36Ou seja, a Constituição brasileira, no caso fala da brasileira,
10:40ela ordena que todos devem planejar.
10:44O que significa dizer que, aliás, em termos de pandemia,
10:47nós já estamos sendo inconstitucionais,
10:49porque não estamos planejando adequadamente,
10:53não planejamos, e por causa disso temos até uma CPI da Covid.
10:57Estamos infringindo um artigo constitucional.
11:00No caso do censo, como é que isso,
11:04o artigo 174 bate no censo?
11:06É que, sem os dados censitários,
11:09demografia, habitação, renda, gênero,
11:15nível de renda, condições da habitação,
11:20e por aí vai,
11:21que o censo demográfico é uma fotografia ampla e atualizada do país,
11:25sem isso não há o planejamento.
11:28E, portanto, não há possibilidade de cumprir o artigo 174.
11:32Nem o governo federal, nem os estados, nem os 5.570 municípios.
11:38Uma catástrofe.
11:40Você, quando assumiu o IBGE no governo,
11:45você estava no governo Temer, você...
11:47Sim, fui chamar pelo presidente Temer.
11:50Pelo presidente Temer.
11:51Você passou por uma situação parecida,
11:54ainda não era esse censozão, né?
11:56Mas era...
11:57O censo agropecuário.
12:00Agropecuário, censo setorial muito importante,
12:02e que a Dilma também estava se arrastando para fazer, né?
12:05Isso.
12:06A Dilma deveria ter realizado esse censo,
12:09que ele normalmente ocorre a quinquênios,
12:12também em virtude da lei 8.184.
12:17Pelo menos uma atualização a cada cinco anos,
12:21os censos econômicos.
12:23E, portanto, tinha sido em 2006, 2007.
12:25Dilma deveria ter feito o censo agropecuário em 2011,
12:31não fez em 2011,
12:33inventou uma desculpa em 2012,
12:3513, 14, 15.
12:37E, em 2016, ainda puxou a verba que tinha lá,
12:42incompleta, insuficiente para fazer o censo agro,
12:45para gastar como verba de gabinete.
12:48Não é por outro motivo que acabou caindo,
12:51porque tem muito a responder por essas irresponsabilidades,
12:56que não são só fiscais.
12:58O que aconteceu, curioso,
12:59é que, devido ao aperto orçamentário,
13:02e você veja como esse deslize por parte de planejadores ocorre,
13:07independente de ideologia,
13:10o próprio governo a que eu estava servindo,
13:15me passou uma rasteira,
13:17e disse, olha, não tem verba de novo para o censo agropecuário.
13:20Mas eu não me conformei,
13:22fui até o Congresso Nacional,
13:25organizamos com quase 300 parlamentares
13:28uma frente parlamentar da Estatística e Geografia,
13:31chamada Frente da Gema,
13:33e esses parlamentares,
13:34junto com a Frente Parlamentar da Agropecuária,
13:37e, particularmente, o Senado Federal,
13:40arrumou uma emenda inédita de 505 milhões.
13:45Quero contar essa história rápido,
13:47porque depois a gente diz,
13:49o Congresso é sempre um bando de irresponsáveis.
13:53O Congresso está sempre olhando a próxima eleição.
13:55O pessoal ali é meio distraído.
13:58Mas não é tão irresponsável assim,
14:00não é a minha experiência.
14:02Eu acho que, com uma explicação adequada,
14:04que não houve até agora,
14:06o Congresso Nacional arrumaria 2 bilhões.
14:10E eu ainda espero que arrume 2 bilhões
14:13e a gente realize essa vergonha,
14:17supra essa vergonha,
14:19como nós suprimos o censo agro.
14:21O censo agro se realizou,
14:23nem fui eu que executei,
14:25porque depois o presidente Temer
14:26me deslocou do IBGE,
14:28antes da realização,
14:30que já estava programada,
14:31então, para o ano seguinte, 2017.
14:35Mas eu fui para o BNDES,
14:37lá deixando um excelente servidor do próprio IBGE,
14:42o doutor Roberto Olinto,
14:43que realizou o censo,
14:45um espetáculo,
14:46foram visitadas, Cláudio,
14:485 milhões de estabelecimentos rurais,
14:50já pensou o que é isso?
14:52Com 20 e poucos mil recenseadores.
14:54Na realidade, cerca de 10%
14:56do esforço desse censo
14:58são o que agora é o censo demográfico.
15:01Mas é um censo agropecuário extraordinário.
15:03E você nota que,
15:05com o apoio do Congresso,
15:06óbvio que aí depois o ministro do Planejamento
15:09complementou mais 300 milhões da verba.
15:12E eu sou muito orgulhoso de dizer também,
15:14o censo se realizou por 50%
15:17do valor original.
15:18Ou seja,
15:20a gente pôde fazer
15:21aquilo que normalmente
15:23o brasileiro diz,
15:25mas você gasta muito dinheiro,
15:27não dá para fazer por menos?
15:29A gente conseguiu fazer mais com menos.
15:33E esse censo demográfico
15:34já está por um valor baixíssimo,
15:36já está no osso,
15:37porque os Estados Unidos,
15:39para realizar o censo deles,
15:40que estamos falando,
15:41gastou mais de 15 bilhões,
15:44só que de dólares.
15:46Faz a conta.
15:4715 vezes 5,
15:48mais de 75 bilhões,
15:53comparado com os nossos 2 bilhões,
15:57mesmo que ele tenha
15:57um maior número de estabelecimentos,
16:01na realidade,
16:02residências a visitar,
16:04significa que o nosso censo
16:05é baratíssimo em termos internacionais
16:08e com uma realização.
16:11Aliás, eu diria para você,
16:12você me fez uma pergunta sexta-feira,
16:14por que diabos esse governo
16:16cancela-se miseravelmente
16:18algo que é tão essencial?
16:20Um PHD em economia
16:22pela Universidade de Chicago?
16:24Eu ia voltar nessa pergunta.
16:25Eu ia voltar nessa pergunta, justamente.
16:29Eu ia voltar...
16:29Eu acho que...
16:30Eu respondi a você,
16:31que era por ignorância,
16:33mas eu estou achando
16:34que esse governo está usando de má fé.
16:36e vai ter que provar agora
16:39se esse cara é o macho alfa
16:42que ele disse que é,
16:43o tal do Bolsonaro,
16:44que ele mostre que ele é capaz
16:46de reverter essa covardia
16:48que é apagar a luz
16:51do censo estatístico,
16:55colocar o Brasil inteiro
16:56na escuridão estatística.
16:58Ele, que é o macho alfa,
17:00ele tem que ter coragem
17:01de chamar o ministro dele
17:02e dizer
17:03Nós não vamos praticar essa má fé
17:05porque vai parecer má fé.
17:06No ano que vem,
17:08nós iríamos ter os resultados do censo.
17:10Você viu que o americano
17:12fez o ano passado
17:14e agora ele está
17:15já publicando um ano depois,
17:18pouco menos de um ano depois,
17:19as estatísticas.
17:21Se nós fizermos esse ano,
17:22as informações atualizadas,
17:25claro,
17:25vão aparecer bem
17:27no cenário pré-eleitoral.
17:30Será que Bolsonaro
17:31e seus ministros
17:34estão com medo
17:35da realidade estatística
17:36que vai aparecer?
17:38Ela não é muito boa,
17:40mas nós temos que enfrentar
17:41a realidade.
17:42Nós não podemos apagar
17:44a luz da estatística.
17:45O homem tem que mostrar
17:46que ele tem coragem.
17:49Há feito aqui no seu programa
17:51o desafio ao macho alfa.
17:55Só tem coragem
17:56nas redes sociais
17:57e em ambientes controlados.
17:59A gente está vivendo agora
18:01o negacionismo estatístico,
18:03o negacionismo da população,
18:04o negacionismo da realidade.
18:06Paulo, muito obrigado
18:07pela tua participação aqui
18:08no Papo Antagonista.
18:10É um prazer, meu cara.
18:12E a próxima colaboração.
18:14Obrigado, Cláudio.
18:14Vamos esperar que o alerta
18:19do Paulo Rabelo
18:20seja ouvido.
18:22Não é possível um país
18:23não ter o básico,
18:26estatística,
18:27essa realidade
18:29do tamanho da população.
18:31A gente falou ali
18:32de senso agropecuário
18:34fundamental
18:35para a atividade econômica
18:36do setor,
18:37que é uma das principais
18:39molas propulsoras
18:41da economia brasileira.
18:42Então, quando você
18:44transpõe isso
18:46para a realidade
18:46mais ampla,
18:48aquela fundamental
18:49do país,
18:50não é possível,
18:52ministro Paulo Guedes,
18:52não é possível,
18:54presidente Jair Bolsonaro,
18:55não é possível o Congresso,
18:57Arthur Lira,
18:58Rodrigo Pacheco,
18:59vocês
18:59sejam coniventes
19:03com esse tipo
19:03de situação.
19:05Isso é típico
19:06de regimes autoritários.
19:08Você não quer
19:09apresentar a realidade
19:10para a população.
19:12A população está
19:13vivendo a realidade,
19:14mas você quer
19:15viver a propaganda,
19:17você quer criar
19:17uma realidade paralela,
19:19você quer que o cidadão
19:20acredite naquilo
19:21que você está dizendo
19:22e não naquilo
19:23que ele está vivendo.
19:25Então, assim,
19:25negar o senso,
19:27negar os dados
19:28estatísticos
19:29do país
19:31é negar o básico.
19:33Então, assim,
19:34ou vocês mudam
19:35mudam isso,
19:38recorrem aí,
19:40revisem
19:41esse orçamento
19:42porque tem bilhões
19:43destinados
19:44para emendas parlamentares,
19:47dinheiro que a gente
19:48nunca sabe
19:48para onde vai, né?
19:49Se você for contabilizar
19:51todo ano,
19:52você tem distribuição
19:53de bilhões
19:54em emendas parlamentares
19:55que vão para
19:56os currais eleitorais
19:57de deputados
19:59e senadores.
19:59se for considerar,
20:03a gente, de repente,
20:04faz até um cálculo,
20:05esse cálculo
20:06precisa ser feito, né?
20:07Juntar aí
20:07nos últimos 10 anos,
20:0820 anos.
20:09O quanto já foi
20:10dezenas,
20:12centenas de bilhões
20:13era para que nós
20:15tivéssemos um país
20:16com infraestrutura completa,
20:18com cidades
20:19com a qualidade de vida
20:20maravilhosa, né?
20:22Com toda a infraestrutura,
20:24toda a máquina,
20:26todos os aparelhos sociais,
20:29saúde,
20:31educação,
20:32escolas,
20:33hospitais,
20:35tudo funcionando
20:35muito bem,
20:37avenidas,
20:38ruas,
20:38todas pavimentadas,
20:40quadras,
20:41poliesportivas,
20:43era para ter tudo isso, né?
20:44Mas você não tem.
20:46Então, olha só,
20:47dá uma olhadinha
20:48no que está fazendo
20:49o teu deputado,
20:51o teu senador,
20:53veja, questione
20:54quantos bilhões
20:55ele já disse que trouxe,
20:56porque eles gostam
20:57de usar isso
20:57para a campanha.
20:58Toda hora eu recebo
20:59aqui vídeo
20:59de parlamentar
21:01dizendo
21:01fulano de tal
21:02levou
21:033 bilhões
21:04para o município tal,
21:06para o estado tal.
21:08E para onde foi
21:09esse dinheiro?
21:10Porque a gente
21:10permanece em situação
21:11muitas vezes
21:12até de 20,
21:1330 anos atrás.
21:15Você viaja
21:15por esses rincões,
21:17quando você
21:17para numa cidade
21:19dessas,
21:19às vezes numa cidade turística,
21:20já mencionei aqui uma vez,
21:22e você vai ver,
21:23não tem nada.
21:25Nada,
21:25desde o aeroporto,
21:263 da rodoviária,
21:28infraestrutura básica
21:29não existe.
21:30Então alguém
21:31está enriquecendo.
21:34Esse dinheiro
21:34está indo para o bolso
21:35dessas pessoas.
21:36Esse dinheiro
21:36está indo para o bolso
21:37de várias delas.
21:38Esse dinheiro
21:39está financiando a eleição.
21:40Esse dinheiro
21:41está sendo desviado.
21:44Tenham vergonha
21:45na cara
21:46negar o básico, né?
21:56E aí
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