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O Centrão deu uma última chance a Jair Bolsonaro para tentar acertar na escolha do ministro da Saúde. No Papo Antagonista, Claudio Dantas e Diego Amorim comentaram a nomeação de Marcelo Queiroga para a pasta.
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Transcrição
00:00Nós publicamos mais cedo o seguinte, o Centrão avisou, né, colocou aí notícias em vários veículos de imprensa avisando que, olha, Bolsonaro, você não quis a nossa escolha para o Ministério da Saúde, né, a gente lembra que tinham algumas opções, tinha aquele deputado, doutor Luizinho, tinha a Ludmilla também, que foi a primeira opção, foi apoiada publicamente pelo Arthur Lira,
00:27e o Bolsonaro não quis ninguém, ele quis mesmo, é o Marcelo Queiroga, que é amigo do sogro do Flávio Bolsonaro, a gente já vai detalhar isso para vocês, o fato é que o Centrão não gostou, então, disse, mandou recado dizendo, ó, tá bom, você quer fazer do seu jeito, é a última vez que você vai fazer do seu jeito, se não resolver, a coisa vai se complicar.
00:48E de fato, olha, o próprio Estadão trouxe no editorial, há um tom de ameaça no ar, um influente político do Centrão resume, Bolsonaro quis escolher um nome sozinho, não tem problema, mas terá que acertar na seleção do seu quarto Ministro da Saúde, porque, caso seja necessário fazer uma nova troca, o país não vai parar para discutir quem será o quinto, mas sim o próximo Presidente da República.
01:11O Globo na mesma linha, o apetite do Centrão tem limites, e esses limites costumam se impor quando o governo se torna politicamente inviável.
01:20A imagem que se faz no Centrão a respeito do episódio é auto-explicativa, é como trocar o fusível de um cômodo da casa, se ele queima e você troca quatro vezes, na quinta é melhor trocar logo a casa toda, né?
01:32Nesse caso, pode trocar o sistema elétrico também, a gente quer ajudar, mas o cara não quer ser ajudado.
01:40Isso aqui é a frase, né, então que se dane, é a frase de um deputado próximo do Arthur Lira, que falou para o Diego Amorim mais cedo, publicamos aqui justamente em função dessa escolha.
01:52E aí, olha aqui, perguntamos a esse interlocutor do Presidente da Câmara se não foi uma ingenuidade achar que o Bolsonaro toparia colocar no lugar do Eduardo Pazuello
02:01uma pessoa contrária à cloroquina e a favor do isolamento social. A resposta foi a seguinte, é um momento muito delicado, Câmara e Senado se uniram para pensar em uma pessoa
02:11que não fosse contestada do ponto de vista científico e que tivesse bom trânsito com a política. Ela é médica de quase toda a cúpula da República, né, fazendo referência à Ludmilla.
02:20A gente quis ajudar, ninguém quis faturar com essa indicação, não é o momento para isso, porque o ônus é muito grande.
02:28Então, líderes do Centrão disseram ainda também que não entendem porque Bolsonaro, sabendo das posições da Ludmilla, também chamou ela para conversar.
02:37Ele sabia o que ela estava pensando. Bom, isso está muito claro, né, aquela estratégia do Bolsonaro de fingir que vai fazer aquilo que os outros querem e no fim das contas ele faz aquilo que ele quer.
02:47Isso aconteceu na nomeação de várias autoridades, próprio PGR, ministro do Supremo, não seria diferente com o ministro da Saúde.
02:57Aliás, a mesma coisa aconteceu também na época lá da queda do Mandetta.
03:00É isso. Diego, como é que é? O Centrão tem prazo? O Centrão deu aí um ultimato para o Bolsonaro? Como é que está essa temperatura no Congresso Nacional?
03:18Claudio, eu acho que todos os jogos são julgados, mas o que eu ressaltaria hoje é que há um clima de muita preocupação, de fato, e dessa vez para valer com a pandemia.
03:34Então, eu diria que as questões políticas, elas estão, obviamente, a turma do Bolsonaro, ninguém está fazendo nenhum movimento que não seja pensando em 2022, que não seja pensando em política,
03:51mas eu vejo hoje, muito diferente de meses atrás, de até semanas atrás, uma preocupação real com a pandemia, por uma questão de sobrevivência.
04:00Eu queria até fazer essa memória junto com quem está nos acompanhando hoje no Papo Antagonista.
04:06Coisa de um ano atrás, basicamente, exatamente um ano atrás, iniciou-se a pandemia no Brasil.
04:12Luiz Henrique Mandetta, então ministro da Saúde, fez aquela fatídica reunião numa noite de terça-feira, a portas fechadas com lideranças e me governaram a Câmara dos Deputados.
04:24O Congresso começou a funcionar de maneira semipresencial.
04:30Luiz Henrique, para deputados e senadores que, em ano, queriam estar nas suas bases fazendo campanha, né?
04:39Então, todo mundo se mandou para os estados.
04:42A pandemia foi correndo solta no Brasil.
04:44Eles conseguiram aprovar outras coisas fora do escopo da pandemia.
04:49Cito como exemplo a PEC do Fundeb e o novo marco legal do saneamento básico.
04:53Vieram as eleições municipais, eles conseguiram ali adiar, em razão da preocupação com o contágio, mas ninguém nunca vai saber se esse adiamento serviu de alguma coisa para, de fato, reduzir o contágio.
05:05Porque a realidade que a gente mostrou ao longo do ano passado todo foi de muita gente na rua, muita campanha, não teve respeito coisa alguma às regras sanitárias.
05:14Virou-se o ano, nós chegamos às eleições na Câmara e no Senado e o pessoal chegou aí, o Arthur Lira e o Rodrigo Pacheco, achando que iam começar o ano arrebentando, que iam começar as suas gestões tocando reformas estruturantes, fazendo outras coisas.
05:31Como se esquecesse que a gente estava ainda no meio de uma pandemia e sem olhar nada de melhora nesse horizonte curto aí.
05:41E agora, então, a percepção que eu vejo com esse momento grave, e nem consigo dizer que é o momento mais grave da pandemia, porque a gente não sabe se pode piorar, pelo jeito pode ficar ainda mais grave.
05:52Eu vejo, de fato, hoje, quase um consenso, Cláudio, entre deputados e senadores, de que não dá mais para pensar em outra coisa, não dá mais para esperar.
06:02Era algo que eles tinham que ter feito desde antes, mas só agora.
06:06Então, assim, o Congresso vai fazer a sua parte, está tentando fazer, dentro do jogo político, claro.
06:11Aprovou o auxílio emergencial, o auxílio emergencial vai voltar a ser pago na primeira semana de abril.
06:28E agora, a troca do Ministro da Saúde.
06:30Não foi do jeito que o Centrão, que o Congresso como um todo, e aqui eu coloco o Congresso, porque não foi só o Centrão.
06:36Então, lideranças do Senado, da Câmara, de outros partidos, também fizeram essa pressão pela troca do Pazuello.
06:43E agora, vamos ver, vamos ver.
06:46Não foi do jeito que eles queriam, e acredito eu, vamos ter que esperar aí os primeiros passos.
06:51Hoje tivemos as primeiras declarações do Marcelo Queiroga.
06:55Vamos ver quais serão as suas primeiras atitudes.
06:57Ele disse há pouco que não vai fazer mágica, mais cedo tinha falado que não tem vara de condão.
07:02Ora, ninguém quer mágica, ninguém quer vara de condão, a gente só quer o básico para ser feito, né, Cláudio?
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