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  • há 4 meses
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O presidente Jair Bolsonaro disse que o auxílio emergencial pode ser retomado em março. No Papo Antagonista, Felipe Moura Brasil comentou a declaração e as perspectivas do governo.
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Transcrição
00:00Muito bem, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o auxílio emergencial deve voltar em março por 3, 4 meses.
00:07Bolsonaro declarou, está quase certo, ainda não sabemos o valor.
00:12Com toda certeza, pode não ser, a partir de março, por 3, 4 meses.
00:18Isso que está sendo acertado com o Executivo e com o Parlamento, também porque temos que ter responsabilidade fiscal.
00:24Então, fecha o aspas, é sempre difícil citar o português peculiar do presidente da República, porque faltam várias palavras.
00:33Aí a gente tem que inserir alguns parênteses para ter a construção completa e fazer algum sentido,
00:40mesmo que eventualmente falseado em termos de conteúdo, em termos de correspondência com a realidade, para que vocês entendam.
00:47Durante a entrega de títulos de propriedade em Alcântara, ele disse que o auxílio emergencial não será eterno.
00:55Pois é, vai ser até a eleição de 2022, se ele conseguir prorrogar até lá, o que está bem difícil.
01:01Solta a sonora, produção.
01:03No momento, a nossa equipe, juntamente com parlamentares, estudamos a extensão por mais alguns meses do auxílio emergencial.
01:13Que, repito, o nome é emergencial.
01:17Não pode ser eterno, porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país.
01:24E ninguém quer o país quebrado.
01:26E nós sabemos que o povo brasileiro quer, na verdade, é trabalho.
01:30Ninguém quer o país quebrado.
01:35Mas ele disse outro dia que o Brasil estava quebrado, gerou a maior repercussão, mexe, evidentemente, com as expectativas do mercado,
01:42embora o mercado seja bem complacente com esse establishment que está por aí.
01:48Depois ele tentou fazer chacota da própria declaração, fingir que não, o Brasil está bem, está tudo bem, isso tudo é culpa da imprensa.
01:56Mas a gente sabe que se tiver que quebrar o país para tentar se reeleger, ele, como os bolsopetistas, também faz o diabo na hora da eleição.
02:06Ele, como os petistas, mas o bolsopetismo é a síntese que mostra justamente como eles estão muito parecidos.
02:15O presidente da Câmara, Arthur Lira, cobrou do ministro da Economia, Paulo Guedes, uma solução imediata para a retomada do auxílio emergencial.
02:23Eu até comentei no Twitter, está soltinho o réu por corrupção e improbidade, literalmente, está soltinho.
02:31O Arthur Lira já está dando ali uma apertada no Paulo Guedes.
02:37Agora aguenta, Guedes, o coach da Faria Lima, como eu comentei aqui num vídeo de meses atrás.
02:42Segundo o Arthur Lira, nada seria feito fora do teto.
02:47A gente quer ver, então, de onde vai sair esse dinheiro para o auxílio emergencial.
02:50O Arthur Lira disse ao G1 que não quer um imposto para bancar o benefício.
02:55O deputado afirmou que a temperatura está subindo para prefeitos e governadores e a situação está ficando crítica.
03:03Pois é, pelo visto, a temperatura está subindo também para o Paulo Guedes.
03:08Arthur Lira ali pressionando, fazendo a pose de quem está cuidando das contas públicas, zelando.
03:14O Arthur Lira, réu por corrupção e improbidade, está zelando pelas contas públicas, pelo dinheiro dos pagadores de imposto.
03:22Pois é, olha a pose que o Bolsonaro permitiu que o Arthur Lira tivesse.
03:27E o problema, ele passa lá para o Paulo Guedes.
03:30O Paulo Guedes que se vire para tirar dinheiro aí para dar conta do auxílio emergencial, sabe-se lá de onde.
03:37E ele pose quem não quer aumento de imposto, quem não quer furar o teto dos gás.
03:42Guedes, se vira aí, coach da Faria Lima.
03:45Integrante da equipe econômica admitem nos bastidores que o governo deve encaminhar a proposta sobre o novo auxílio emergencial ao Congresso
03:52apenas após o Carnaval, por falta de dinheiro.
03:57Técnicos do Ministério da Economia falam que o novo auxílio vai demandar um suporte de caixa de aproximadamente 20 bilhões de reais.
04:05O Centrão já fala em parcelas de 300 reais.
04:11Vocês lembram como é que começou o auxílio emergencial?
04:14O governo Bolsonaro não queria muito isso não lá atrás.
04:17Depois viu que era bom que subia a popularidade e tal, mas lá atrás não queria muito não.
04:21Aí fez uma proposta lá para o Congresso de colocar o auxílio emergencial de 200 reais.
04:27Aí o Congresso o que fez? Aumentou para 500 reais.
04:31E o governo Bolsonaro, para tentar ficar com o crédito dessa benéfica distribuída para a população necessitada,
04:42aumentou um pouquinho mais para 600 reais, para não deixar o crédito com o Congresso Nacional de ter aumentado aquela quantia inicial.
04:50Muitos críticos econômicos apontaram que esse valor acabou sendo excessivo.
04:56Por mais que seja pouco para sustentar famílias, em termos de contas públicas,
05:01600 reais acabou sendo um cálculo ruim na visão de muitos analistas.
05:06E agora eles precisam abater essa benesse com esse valor inicialmente elevado
05:12para aquilo que o Estado é capaz de sustentar.
05:14É bom que fique claro.
05:15Então o Centrão já está falando em parcelas de 300 reais,
05:19veio à tona muitas vezes a possibilidade de o auxílio emergencial ter como valor 200 reais.
05:27E ainda há uma grande discussão que a gente está acompanhando há meses
05:30para ver qual vai ser o valor final.
05:32Agora, como a gente já conversou aqui nesse programa,
05:35no dia inclusive da participação do Diogo Mainardi,
05:37o auxílio emergencial precisa ser dado para a população,
05:44no momento de crise, para a população mais necessitada,
05:48obviamente em consonância com os devidos cuidados sanitários no caso de uma pandemia.
05:54E você tem o presidente, é sempre preciso, é sempre necessário registrar essa contradição.
06:00Que no fundo, é assim, contradição em termos de lógica,
06:03mas às vezes tem um interesse maléfico por trás.
06:05Ele sabota o combate à pandemia,
06:09desdenha de máscara, desdenha de vacina,
06:11desdenha de distanciamento social.
06:14Agora está fingindo que nunca foi contra a vacina.
06:18Ah, foi.
06:19Ironia, fez chacota, chamava de vacina chinesa do João Dori,
06:24dizia que não ia comprar, mesmo depois da aprovação da Anvisa.
06:27Ele mente quando ele diz que,
06:29não, sempre disse que se a Anvisa aprovasse, compraria.
06:31Mentira, falou muitas vezes que não compraria, inclusive se a Anvisa aprovasse.
06:40Então, desdenhou de tudo aquilo que permite um controle e uma redução de danos durante a pandemia
06:47e quer estender o auxílio emergencial.
06:51Quer dizer, ajuda a prolongar a pandemia e a propagação do vírus e os efeitos maléficos de tudo isso.
06:59E, por outro lado, quer prolongar o auxílio emergencial, que aumenta a sua popularidade.
07:02Então, a gente aponta tudo isso, todas essas contradições, porque aqui não é claque, não é microfone de aluguel.
07:10Aqui é a descrição da realidade.
07:12E o Brasil tem muitos gastos públicos, muitas despesas, porque a máquina pública é muito grande
07:19e esse governo não fez ainda as devidas reformas.
07:23Bota a culpa no Congresso Nacional, que é cinismo também.
07:27Tem rivalidade ali com o Rodrigo Maia, mas o Rodrigo Maia ajudou também a articular a reforma da Previdência,
07:34que é aquela que já estava na pauta do governo anterior do Michel Temer,
07:37só não avançou porque ele se envolveu com o Joesley Batista, teve aquela gravação e tudo mais.
07:42Mas a reforma não foi enviada no primeiro ano de governo, como eles disseram que fariam.
07:48A reforma administrativa, quando chegou uma parte, estava desidratada, não fazia as economias necessárias.
07:54A reforma tributária está aí sendo pensada até hoje e estão querendo inserir a CPMF à volta do imposto
08:01justamente para poder bancar esse populismo fiscal do bolsonarismo, do bolsopetismo, para ser mais preciso.
08:09Então, vamos mostrar a realidade como ela é com todos os seus elementos.
08:14Continua a dúvida e o Bolsonaro, por um lado, estimula que seja feito um cálculo,
08:21que se dê um jeito de criar o auxílio emergencial, porque ele quer a popularidade e sabe que com a população
08:27menos necessitada e mais instruída ele teve um desgaste muito grande em razão dos estelionatos eleitorais.
08:33E, por outro lado, ele faz esse aviso de que não pode ser eterno e tal,
08:40porque ele sabe que o Estado não vai dar conta disso por muito tempo.
08:43O que ele quer é prorrogar o máximo, fazer um cálculo de valor, seja 200, seja 300,
08:49mas que dure mais meses para ficar o máximo possível próximo da eleição de 2022,
08:55que ele quer ganhar para manter todo esse poder, o poder de interferir em órgãos do Estado,
08:59de instrumentalizar órgãos de Estado, de colocar os seus apadrinhados para fazer aquilo que interessa
09:05a família dele, não é, muitas vezes, na maior parte das vezes, a família brasileira que ele jurou em campanha defender.
09:14Então é isso, vamos para a próxima pauta?
09:35E aí
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