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  • há 4 meses
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O DEM coroou o bom resultado nas eleições municipais com a vitória de Eduardo Paes no Rio de Janeiro. No Papo Antagonista desta segunda-feira, Felipe Moura Brasil e Mario Sabino analisaram o que deve acontecer com o partido em 2022.
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Transcrição
00:00Eduardo Paes, do DEM, foi eleito prefeito do Rio de Janeiro, derrotando o atual prefeito, Marcelo Crivella, do Republicanos.
00:07Paes terminou com 64,07% dos votos válidos. Crivella ficou com 35,93%.
00:16O candidato do Democratas venceu em todas as zonas eleitorais da cidade.
00:21O Rio de Janeiro também teve uma grande taxa de abstenção.
00:24O total foi de 1,720,000 abstenções, superando o total de votos obtidos até por Eduardo Paes, que ficou com 1,629,000.
00:35Esse vai ser o terceiro mandato de Eduardo Paes, que já comandou a cidade entre 2009 e 2017.
00:41Ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também do DEM, ele celebrou o resultado das urnas e disse que essa foi uma vitória da política.
00:50Paes agradeceu os votos e afirmou que o primeiro desafio está na saúde e na pandemia.
00:55Crivella disse que só é derrotado quem perde a fé em Deus.
00:59Em entrevista, ele reconheceu a existência de uma segunda onda, mas descartou a possibilidade de lockdown.
01:07Ontem, Paes recebeu o governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.
01:11Segundo o Globo, o prefeito eleito também já ligou para o presidente Jair Bolsonaro.
01:16Paes já começou a formar seu novo gabinete e escolheu Pedro Paulo como secretário da Fazenda.
01:22Marcelo Calero assumirá a pasta de integridade pública e Daniel Soranz comandará a saúde.
01:28E ao fazer o anúncio dos secretários, Paes aproveitou para tecer elogios a Rodrigo Maia.
01:33Ele disse que o presidente da Câmara é o rei da estabilidade e defendeu que ele seja reeleito.
01:39Então, Mário, Crivella derrotado e o Eduardo Paes, que é do DEM, tinha um recall, população carioca o conhece,
01:50já fazendo aí todas as médias dentro do partido e também tentando estabelecer já algum contato com Jair Bolsonaro.
01:58Vazou aí na imprensa que, inclusive, ele disse que o Flávio poderia ajudar.
02:02Não são declarações assim que pegam muito bem nesse momento em que o Flávio está denunciado.
02:07Rodrigo Maia, a Cruzoé, destacou como coronel da impunidade, mas o Rio de Janeiro ficou entre essas duas opções
02:14e acabou preferindo dar um chute no Crivella.
02:19Deu um chute no Crivella e a maioria, na verdade, não escolheu nenhum dos dois, o que é bastante significativo.
02:29Eu acho que o Eduardo Paes é mais do mesmo.
02:32Ele vai continuar fazendo média com todo mundo, que é o que ele sempre fez.
02:36Não há nenhuma surpresa nisso.
02:41O Rio de Janeiro vive um momento muito difícil.
02:44Obviamente precisa do governo federal, como todos os estados,
02:48mas no caso do Rio de Janeiro me parece que essa ajuda é mais do que necessária neste momento.
02:54Então ele tem que fazer mesmo média com Bolsonaro e fica dando uma no cravo, outra na ferradura.
02:58Fazendo média com o Rodrigo Maia, o seu próprio partido, que obviamente tem alguma ambição maior,
03:07até mesmo maior do que ser reeleito inconstitucionalmente presidente da Câmara,
03:14assim como o seu colega de Senado, Davi Alcolumbo.
03:16E ontem me chamou muito a atenção, Felipe, o fato do Rodrigo Maia ter repassado para o Paes,
03:28enquanto o Paes fazia o seu discurso de vitória, o celular, com a notícia de que o Bruno Covas havia sido reeleito aqui,
03:42ou eleito, e o Paes interrompeu o seu discurso para cumprimentar o Bruno Covas.
03:50Ou seja, isso aí já é conversinha para 2022.
03:55Estão aí de tititi.
03:57É, exatamente. Vamos falar isso em maiores detalhes.
04:00O DEM do Eduardo Paes foi o partido que mais cresceu nessas eleições,
04:04venceu em quatro capitais e conquistou 196 prefeituras a mais do que tinha em 2016,
04:09um crescimento de 73%.
04:13Agora conta com 466 municípios.
04:17As capitais ficaram divididas da seguinte forma.
04:19O MDB conquistou cinco, DEM e PSDB conquistaram quatro,
04:23PDT, PSB, PP e PSD venceram em duas,
04:27e Avante, Republicanos, PSOL e Podemos conseguiram uma capital cada.
04:33Lembrando que Republicanos é o partido do Marcelo Crivella, derrotado no Rio,
04:36e do Celso Russomano, derrotado em São Paulo, os dois apoiados pelo Bolsonaro.
04:41Então ficou apenas com uma capital.
04:44Em entrevistas à Folha e Estadão, o presidente do DEM, ACM Neto,
04:47projetou possíveis cenários para o partido em 2022.
04:50Ele comentou a respeito do nome de Luciano Huck.
04:53Eu tenho uma excelente relação com ele, acho ele um grande quadro,
04:57acho que tem uma contribuição enorme para dar na vida pública brasileira,
05:01mas não posso especular.
05:02Essa não é uma decisão minha, é dele.
05:05Fecha o aspas.
05:05O ACM também afirmou que conversa com o governador João Doria pensando em 2022.
05:11O democrata cogitou até a possibilidade de um apoio a Jair Bolsonaro nas próximas eleições.
05:16Se o Bolsonaro for o Bolsonaro dos extremos, posso assegurar que não estaremos com ele.
05:23Se não for, não posso lhe dizer a mesma coisa.
05:26Eu não sei qual é a disposição dele para os próximos dois anos.
05:30Fecha o aspas.
05:30Então, Mário, o DEM aí se cacifou, vem ali logo atrás, MDB, PSDB,
05:36até o Diego Amorim fez um post no Antagonista falando sobre essa possibilidade
05:40de formação de uma aliança desses partidos.
05:44Saíram várias notícias do DEM ficar nessa dúvida de escolher o Luciano Huck
05:49ou apoiar o João Doria.
05:51Agora, esse discurso do ACM Neto está quase tão vaselina quanto o Eduardo Paes.
05:57Está tudo em aberto para 2022.
06:01Está mesmo.
06:03Achar que o Bolsonaro é carta fora do baralho, eu acho precipitado.
06:08Daqui a dois anos, tudo pode acontecer.
06:14Inclusive porque o Bolsonaro é uma figura cada vez mais afeita ao centrão.
06:21E o DEM é esse partido que, ora está no centrão, ora finge que não está,
06:27mas que circula ali nesse mesmo meio pouco recomendável.
06:31O que está se formando, na verdade, desses personagens todos,
06:36é uma grande aliança contra o Brasil.
06:38São sempre os mesmos que se acolchambram ali para defender os próprios interesses
06:47e o país mesmo é perdido de vista.
06:52Como eu escrevi hoje no Antagonista, daqui a quatro anos as nossas cidades,
06:56por exemplo, continuarão tão inabitáveis dentro dos padrões mínimos de civilização
07:02quanto hoje.
07:03E ninguém está pensando mesmo em administrar porcaria nenhuma.
07:06É, exatamente.
07:08E quando surge uma figura assim, de fora da política, como o Luciano Huck,
07:13mais, quer dizer, monitorada ali diretamente pelo Rodrigo Maia,
07:18por esse pessoal do velho establishment,
07:21fica parecendo, né, Mário, que eles estão simplesmente querendo alguma cara popular
07:24para colocar ali na chapa, seja na cabeça de chapa,
07:28seja simplesmente como aquele cabo eleitoral mais famoso,
07:31para eles continuarem fazendo as mesmíssimas coisas, né?
07:36Olha, no caso do Luciano Huck, é bastante curioso o que anda acontecendo.
07:42O Roberto Freire deu uma entrevista ao Arthur Crusoé,
07:47dizendo que o Huck, das conversas do PPS com o Huck,
07:53que o Huck poderia ser um ótimo candidato,
07:55porque poderia aglutinar aí o tal do centro democrático, né?
08:00Qualquer coisa que o valor é centro, olha é polo.
08:02Mas, assim, você imaginar o Luciano Huck aglutinando PPS,
08:10DEM, eventualmente o Moro,
08:14é uma geleia geral meio complicada, né?
08:18Então, assim, todo mundo está querendo o Huck,
08:21todo mundo está querendo um rosto conhecido, popular,
08:25limpinho, né, dentro do que a gente sabe.
08:29O que não é exatamente um programa político,
08:36nem uma intenção, assim, um projeto de país, né?
08:40Você tem um rosto bonitinho, um rosto conhecido, tudo mais,
08:44não estou aqui desmerecendo o Huck,
08:46pode ser até que seja um ótimo candidato,
08:48mas ele não encarna, neste momento,
08:51pelo menos do ponto de vista dos políticos,
08:53um projeto de Brasil, né?
08:56O que ele encarna é uma possibilidade eleitoral boa.
08:59E é de possibilidades eleitorais boas,
09:02o inferno está cheio, né, como a gente sabe.
09:06Exatamente.
09:07Aliás, agregar Rodrigo Maia e Sérgio Moro
09:10já parece algo bastante complicado, né?
09:13Principalmente depois daquela reação do Rodrigo Maia,
09:15quando o Moro conversou com o Luciano Huck,
09:18que foi lá e pegou o Huck para ele,
09:20quase que dizendo que esse é meu, né?
09:22O Sérgio Moro não quer o que é de extrema direita,
09:24e lançou lá o Sérgio Moro como se ele estivesse
09:27até junto, ou à direita do Bolsonaro,
09:30nesse sentido de fascista, né,
09:33que o pessoal da esquerda ou do velho establishment usa,
09:35para quem quer que tenha feito alguma coisa
09:37no combate à corrupção.
09:39O Roberto Freire, aliás, na sua entrevista,
09:42disse, não,
09:44a primeira conversa sempre é difícil,
09:47depois as coisas podem se arrumar.
09:50Eu não confesso a você,
09:52eu respeito o Roberto Freire,
09:55a biografia dele,
09:56não concordo com tudo que ele já defendeu na vida,
10:00mas respeito, é um sujeito,
10:01até prova em contrário,
10:03muito íntegro.
10:05Agora, eu não vejo que,
10:08mesmo o mais político dos políticos,
10:10possa acomodar visões tão díspares, né,
10:14da realidade,
10:15no mesmo saco.
10:19E aí, eu não estou falando nem de política, né,
10:21eu estou falando de polícia mesmo.
10:24É, exato.
10:25E parece que cada um desses partidos
10:27pode encontrar ali, até 2022,
10:29uma figura que simplesmente ameace
10:32o outro partido ou outro bloco
10:33com uma candidatura,
10:34para depois vender essa candidatura, né,
10:36como se fala no jargão político,
10:38tá, não, a gente então não bota esse,
10:40mas aí você me dá tais cargos e tal,
10:42e aí pode ter uma negociação
10:44entre dois blocos, dois partidos,
10:46três, quatro,
10:47mas algumas figuras a gente vê
10:49como são inconciliáveis
10:51nesse momento, aparentemente.
11:12e aí,
11:14e aí e aí
11:22
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