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00:00Bom, 505, 30, 13, 30, Eduardo, com certeza da Cunha, continuidade do depoimento, foi
00:08feita uma interrupção para que o acusado pudesse checar suas notas, para ver se teria
00:12algo a acrescentar, então daí as declarações finais, senhor Eduardo Cunha.
00:17Bom, queria me ater em alguns pontos de fatos aqui, primeiro a comunicação que o Fernando
00:22Baiano fazia comigo era para o Nextel, ele tinha uma parida de Nextel, que eu também
00:26tinha, e que ele se comunicava comigo por Nextel, inclusive no dia que ele disse que foi
00:31me buscar, que ele disse que passou a mensagem para mim, se ele tivesse passado alguma mensagem
00:35teria sido uma chamada de Nextel, que teria que estar constando no meu telefone, ele não
00:39falava comigo por telefone, e nem tampouco por mensagem, ele falava para o Nextel.
00:46Júlio Camargo, ele aparecia de alguma forma nessas trocas de mensagens?
00:52O Fernando Baiano ou alguma coisa diferente?
00:56Ainda está sujeito a uma perícia, né?
01:04Eu não me recordo de mensagens com ele, realmente não me recordo, é uma pessoa que eu falava
01:09para o Nextel, então realmente o que eu falava com ele era para o Nextel, por isso é que
01:14é fácil pegar, ele inclusive disse que entregou um celular ao Ministério Público, e me parece
01:19que esse celular deveria ter aparecido aqui, o extrato dele, alguma coisa de prova, ele fala
01:23que entregou um celular para o Ministério Público. Como também ele fala de um e-mail
01:27que passou para mim, com relação ao que eu teria passado para ele, para a discussão
01:31dos valores que eu teria ou não recebido. Ele nunca apresentou esse e-mail, ele falou
01:35que ia apresentar esse e-mail e nunca apresentou esse e-mail. O e-mail não existe, eu nunca
01:39passei e-mail para ele. Tem uma contradição aqui, bastante importante e bastante relevante,
01:43porque o Fernando Baiano fala que o Juro Camargo, depois dessa suposta reunião com o ministro
01:49Lobão, teria dito para ele, que ele, Juro Camargo, teria ido a Fernando Baiano, dito que o ministro
01:56mandou o Juro procurar o Fernando Baiano. Essa é a fala do Baiano com relação ao Juro Camargo,
02:02depois da reunião do Juro Camargo com o Lobão. Já o Lobão, já o Juro Camargo, diz que foi
02:08o Fernando Baiano, dizer que tinha estado com o ministro Lobão, que o Fernando Baiano
02:11teria dito, não adianta você procurar ninguém, procurar o Lula, procurar quem quer que seja,
02:16você tem que pagar. Essa contradição entre os dois, ela é bastante relevante.
02:31O motorista do Juro Camargo, supostamente foi na base aérea, até porque a base aérea
02:35ela tem guarita, tem identificação, cansei de embarcar pela base aérea como presidente
02:39da Câmara, nem eu como presidente da Câmara consegui ir na direção da base aérea
02:42sem uma identificação plena, sem passar por uma guarita, pela segurança. Então não
02:46tem essa história que ele entrou, que depois só anotou, ele tem a diferença de tempo
02:51entre o turista Juro Camargo e o Juro Camargo da presença na base aérea, isso tudo tem que
02:55ser bem confrontado.
03:09O senhor Juro Camargo fala de uma arbitragem, que tinha ficado de dar o resto de uma arbitragem
03:13depois que desistiu da arbitragem, porque quando descobriram que ele tinha prática de corrupção,
03:18ele ia perder a arbitragem.
03:48O senhor Leonardo Meirelles faz a menção que ouviu de forma informal, aí ele cita uma
04:06hora lá dizendo que alguém falou para ele que o deputado estava esperando, quando foi
04:10perguntado qual era o deputado, eu falei deputado, não falei Eduardo Cunha, e atribuíram
04:14isso no contexto, como se esse deputado fosse Eduardo Cunha. Até porque o Leonardo Meirelles
04:18fala que no escritório do Céu tinha vários deputados que frequentavam e que tinham interesses
04:23lá de recursos a serem recebidos.
04:24Bom, tem uma situação aqui do deputado Hugo Mota, que eu acho importante clarecer, que
04:40inclusive ele veio depois aqui como testemunha, sobre um suposto e-mail de um requerimento em
04:45que teria sido passado esse suposto e-mail para mim, para perguntar se a Cláudia poderia
04:52passar o requerimento para ele, para ele poder assinar. O próprio deputado Hugo Mota aqui
04:58admitiu que o requerimento é dele. O que aconteceu? Esse requerimento foi no ano de 2012 e como
05:03eu estava relatando aqui, eu acabei interrompendo esse relato, como eu era vice-líder na Comissão
05:07de Fiscalização Financeira e Controle. No ano de 2011, quando o líder era o Vacareza, não
05:12tinha um controle muito grande. Em 2012, quando tinha Arlindo Quinalha, ele tinha uma metodologia
05:16de trabalho centralizador, a gente fazia o controle prévio dos requerimentos. Então, justamente
05:20para evitar o desgaste, o deputado apresenta um requerimento, como foi esse da Solange,
05:24enfim, aí depois tem que pedir para tirar o requerimento ou para não votar, a gente evitava
05:28que os requerimentos fossem apresentados para não constranger o governo. Então, os deputados
05:33da minha bancada tentaram evitar que eles não apresentassem os requerimentos que
05:37pudesse constranger o governo. E eu realmente, a Cláudia fez os requerimentos para ele e
05:42eu pedi a ele para não apresentar e não me atendeu. A Cláudia pergunta, só que só
05:47tem a pergunta dela, não tem a minha resposta. Se tivesse a minha resposta, iria dizer, pode,
05:53porque ele não vai retirar o requerimento. Então, entregue para ele assinar e protocolar
05:57porque ele não vai retirar o requerimento, como ele não concordou em retirar. Ele estava
06:00com problema com o governo, ele queria, de uma certa forma, atritar com o governo. Então,
06:03ele quis fazer o requerimento, esse ou outro, que ele fez de qualquer maneira.
06:07Então, era um problema que eu tinha de vez em quando. Às vezes, teve um caso, até
06:10que também foi com o deputado Hugo Mota, tinha uma convocação da ministra Ideri Salvat
06:14na época. E ele foi o voto decisivo para convocar ela na comissão. E eu perdi a votação
06:18tentando evitar a convocação dela. Então, acontecia muito isso dentro da comissão,
06:23quando os deputados estavam insatisfeitos com alguma coisa do governo, acabavam
06:26descarregando nessa linha. Então, o Hugo Mota foi muito claro, ele fazia, ele interferia,
06:30depois ele foi presidente da comissão, quando eu fui líder colocado por mim.
06:33E também, como presidente da comissão, ainda controlava mais ele, porque eu já tentava
06:38evitar que a pauta, já sabia a pauta previamente, o que tinha de requerimento que pudesse constranger
06:44e a gente interagir com os deputados para tentar retirar. Então, isso fica muito claro
06:48nessas notas taquigráficas, nessa reunião da Solange, porque a discussão prévia ao
06:52requerimento da Solange ser votado, era uma discussão que eu estava tendo com o deputado
06:55Vernelein Macris, para tentar evitar um requerimento de convocação de ministro.
07:00Se eu pegar as notas taquigráficas, aí você vai ver claramente que eu tinha uma atuação
07:03forte, brigando com o deputado Macris, tentando evitar a convocação desse ministro, até que
07:08a gente fez acordo e transformou em convite e não convocou o ministro. E logo em seguida
07:12foi a pauta da votação do requerimento da Solange.
07:14Bom, eu queria ter uma série de, para complementar, de contradições dos relatores, que certamente
07:30nós vamos juntar até, porque eu acho que a defesa vai, enfim, fazer requerimento sobre
07:35isso. O SEF não me conhecia, nunca esteve comigo. O Leonardo Meires também não me conhece,
07:40nunca esteve comigo, só de ouvir dizer. O júri não bate os depoimentos, os pagamentos
07:45dele. O que ele diz que passou o baiano também não bate com os valores que o baiano
07:48se tem recebido. O baiano também fala que passou um valor diferente do outro. Tem divergências
07:56de datas, tem divergências de tempo. Tem a história dos senadores, que eu acho que virou
08:05até uma ação penal própria, tem um inquérito supremo e virou uma ação penal própria aqui com
08:08Jorge Luz, que está dentro desse contexto também, que o Juro Camargo soube, que também é agente
08:12público.
08:15Eu acho que sobre as contradições, o senhor pode deixar o seu advogado, para ele argumentar
08:19nas alegações finais.
08:27Alguma questão de fato relevante do seu conhecimento, o senhor que queira dizer, para finalizar?
08:33Bom, a doação do Juro Camargo ao PMDB, como eu falei aqui, foi feita e não foi tratada
08:38comigo, não foi pedida por mim. A ele foi dada pelo baiano e ele disse que não tinha conhecimento
08:45e também foi ausente do outro. E ele mesmo, o Juro, diz que essas doações ao PMDB não
08:52tiveram nada a ver com o suposto pagamento nem da diferença de milhão de reais, nem do
08:56pagamento da sonda. Ele fala isso no depoimento dele. E eu não estive com o Juro em 2012, então
09:00não poderia ter pedido a ele.
09:01Bom, tem algum documento?
09:11Não, não.
09:12Acho que não, excelência. Acho que agradeço a gentileza por ter permitido que eu visitasse
09:19os meus apontamentos.
09:20Se tiver algum tópico faltar, a gente coloca nas ações. De fato, eu acho que não me
09:25parece, não me lembro, não me parece.
09:27É a minha metodologia, eu procuro ser detalhista nas coisas para tentar esclarecer e estou à
09:30disposição também de qualquer outro questionamento que a excelência e o Ministério Público quiserem
09:33fazer, sem nenhum problema sobre o fato.
09:36Tá bom, o senhor Eduardo pode interromper então a elevação.
09:38Então, vamos lá.
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