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  • há 5 dias
No Visão Crítica, Mylenna Souza Lirio, Danilo Porfírio e Valdir Bezerra analisam a postura do governo brasileiro frente ao conflito entre Israel e Irã. Discutem como o Itamaraty tenta equilibrar neutralidade diplomática, interesses econômicos e alinhamentos estratégicos, além das críticas internas e externas ao posicionamento adotado.

Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/vQ7LmS9odhw

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Transcrição
00:00Aí eu colocaria para a professora Milena, professor Danilo e professor Waldir a mesma questão.
00:05E o Brasil? Quer dizer, como é que vocês analisam a posição do governo brasileiro frente a...
00:13Primeiro tem a questão que era só restrita a faixa de Gaza, muito grave, por sinal,
00:18mas agora a questão se estendeu, o conflito chegando até o Irã e ninguém sabe por quanto tempo isso vai durar.
00:26Em certo momento, o governo Lula, lá atrás, houve uma tentativa no governo Lula 2, junto com a Turquia,
00:34de buscar algum acordo em relação a parte dessas questões, inclusive, que nós estamos falando agora hoje.
00:40Mas acabou, não obteve êxito.
00:43Para a professora Milena Souza Lido, como é que fica a posição do Brasil nisso tudo?
00:48A política externa do Brasil tem uma tradição.
00:52E acho que a gente não pode esquecer desse aspecto, até porque estamos aí no terceiro mandato do Lula.
01:00Houve uma ruptura no período que a gente teve o presidente Jair Bolsonaro,
01:04mas independente de qual seja o governo, a gente tem aí por alguns anos uma tradição de um país que defende
01:11aspectos básicos da política externa, como não intervenção, autodeterminação, respeito mútuo.
01:19Então, essa perspectiva de paz está na nossa tradição de política externa.
01:25E o presidente Lula, quando lá atrás, logo no início do conflito,
01:31e diria que há alguns meses, quando já estava acontecendo,
01:34como, por exemplo, chamou isso de genocídio,
01:38vocês devem se lembrar o tamanho da repercussão que teve a utilização desse termo.
01:43E aí, passado já algum tempo, a gente tem aí já algumas potências utilizando o mesmo termo.
01:49E eu não estou dizendo isso para dizer que olha como ele estava certo.
01:52Mas existem alguns aspectos que precisam trazer umas questões.
01:56Nessa semana, uma das ações de decapitação de Israel com relação ao Irã matou uma liderança importante
02:07do aspecto militar do Irã, que foi identificado, localizado e assassinado dentro do seu quarto.
02:15Nessa perspectiva de conseguir localizar o seu inimigo e assassiná-lo com tamanha precisão,
02:21é realmente necessário devastar bairros, eliminar prédios inteiros, utilizar a fome como arma de guerra.
02:35Então, existem alguns aspectos factuais de quantidade de mortos e elementos mais, do ponto de vista humanitários,
02:44que não fazem com que o Brasil possa ser alheio.
02:50Então, o posicionamento, acredito eu, está coerente com essa tradição que nós temos
02:56de não intervenção, de pacifismo e de condenação de agressões,
03:00assim como a escalada do conflito está sendo também,
03:04a nota do MRF foi justamente com relação a esse posicionamento, ou seja, não façam isso.
03:11Não consideramos coerente a agressão, apesar de compreendermos as motivações,
03:17mas tal qual fez a China também, de dizer, olha, entendemos, mas precisamos do cessar-fogo imediatamente e a desescalada.
03:26Então, do meu ponto de vista, discordem, por favor, se vocês quiserem,
03:32mas o nosso posicionamento está coerente com a nossa linha de política externa do atual governo.
03:38Não imagino que fosse outra, fosse da Dilma, mas pelo alinhamento de governos,
03:48imagino que talvez fosse o presidente Jair Bolsonaro, pudesse ser um outro alinhamento,
03:53até porque existia uma proximidade maior com o governo do Netanyahu.
03:58Então, é mais uma perspectiva de, não só política de governo, mas também política de Estado.
04:03Na nossa tradição de política externa, está coerente.
04:07Para o professor Danilo e o professor Waldir, usando uma expressão da região,
04:12salomonicamente, nós temos três minutos.
04:16Você vê que tudo passa por lá, né?
04:18Incrível, aí te dá a volta e não sai de lá.
04:20As três principais religiões nasceram ali e por aí ele vai.
04:24Um minuto e meio, professor Danilo, Brasil.
04:26Brasil está tomando, professor, uma posição que, ao meu ver,
04:30como a professora Milena disse, é coerente com a ideologia vigente
04:36dentro da política externa brasileira, né?
04:39Eu não vejo incoerências.
04:42E nós temos que somar mais um detalhe.
04:44Que o Irã, hoje, faz parte do palco,
04:49e o Waldir pode falar melhor do que eu,
04:51faz parte do palco dos BRICS.
04:54Então, nós temos também aí uma questão de natureza política,
04:59de natureza econômica, vinculando o Brasil,
05:02interesses brasileiros, a interesses iranianos.
05:06Então, esse é o meu posicionamento.
05:09Professor Waldir.
05:11Também vejo o Brasil atendendo as suas tradições históricas,
05:16de tentar uma desescalada,
05:20obedecendo aos princípios do artigo 4º da Constituição Nacional.
05:25Mas, do ponto de vista prático,
05:27mais do que declarações condenatórias,
05:29não há muito que o Brasil possa fazer.
05:31Nas reuniões dos BRICS, que está para acontecer no Rio de Janeiro,
05:35onde a gente vai ter o Irã, inclusive,
05:37pode ser que tenha um parágrafo mencionando
05:39que é importante diminuir as tensões,
05:41mas não muito mais do que isso na minha interpretação.
05:44Vai ter uma reunião sexta em Nova Iorque.
05:47Olha, vamos...
05:48Bem, vocês viram como essa questão é complexa.
05:52Por isso que o papel do Visão Crítica é justamente esse.
05:55É mostrar que não é tão simples como vocês encontram no cotidiano.
06:01Nós estamos falando de uma região
06:02que os conflitos se estendem há milênios,
06:06no plural, o milênios,
06:08envolve interesses diferentes,
06:10em certos momentos a questão expansionista,
06:12do Império, outras questões religiosas,
06:15outras questões mais modernas,
06:17chamadas de imperialismo,
06:18no sentido moderno, dessa expressão.
06:21Então, é uma questão...
06:22É uma região muito problemática, tensa.
06:26E tem uma questão no meio chamada petróleo,
06:28que foi destacada algumas vezes aqui pela professora Milena.
06:30Lembrando, olha, tem uma coisa chamada petróleo
06:33e o preço pode disparar.
06:35E isso vai ter efeito sobre a sua vida,
06:37a minha vida, a nossa vida.

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