- 14/06/2025
O embaixador de Israel nos Estados Unidos afirmou que o país está em guerra com o regime iraniano. O correspondente internacional Eliseu Caetano traz detalhes da fala de Yechiel Leiter.
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NotíciasTranscrição
00:00Olha, o embaixador de Israel nos Estados Unidos afirmou que o país está em guerra com o regime iraniano.
00:07Quem traz as informações é o nosso correspondente no país, Eliseu Caetano. Bom dia, Eliseu.
00:15Oi, Bia, Oi, Nonato. Muito bom dia pra vocês e pra todos que nos acompanham.
00:18A gente fala ao vivo, direto aqui dos Estados Unidos, neste momento, 6 horas da manhã, com 45 minutos, na costa leste do país.
00:25Temperatura de momento no sul da Flórida, na casa dos 27 graus Celsius.
00:28Estamos acompanhando todas as movimentações, Bia, e também as repercussões desta guerra entre Israel e Irã.
00:36E por que eu utilizo este termo, guerra?
00:40Porque é assim que já está sendo tratado este confronto que começou na madrugada de quinta pra sexta-feira entre Israel e o Irã.
00:47Pelo menos quem confirmou isso foi o próprio embaixador de Israel aqui nos Estados Unidos, o Yashel Leiter,
00:54que afirmou ontem, durante uma entrevista coletiva pra imprensa lá na capital, Washington, D.C.,
01:00de que o Estado israelense está oficialmente em guerra contra o Irã.
01:07A fala do diplomata ocorre em meio à maior escalada militar entre os dois países nas últimas décadas,
01:14com trocas intensas de ataques que deixaram aí centenas de mortos e de feridos naquela região do Oriente Médio.
01:21A fala dele foi exatamente a seguinte, abre aspas,
01:25Israel está em guerra com o regime iraniano, não com o povo iraniano.
01:32E vai responder com firmeza a cada ameaça de sua existência, fecha aspas.
01:37Essa foi a frase proferida pelo Leiter em entrevista à imprensa americana na tarde de ontem.
01:42Essa afirmação, de acordo com os analistas políticos por aqui, Bia e Nonato,
01:47marca, portanto, uma mudança de tom significativa na política externa israelense,
01:52que tratava até então confrontos como este com o Irã,
01:56como parte de uma guerra por procuração travada principalmente em território sírio e também libanês.
02:04Essa declaração veio, vale a pena a gente ressaltar,
02:08poucas horas após Israel lançar a chamada Operação Leão em Ascensão,
02:12que bombardeou cerca de 100 alvos estratégicos dentro do território iraniano,
02:18incluindo instalações nucleares como Natanzi Fordom,
02:21depósitos de armas, sistemas de radar, bases da Guarda Revolucionária
02:26e casas de altos comandantes iranianos.
02:29Segundo fontes do Ministério da Saúde do Irã,
02:31pelo menos 78 pessoas morreram até o momento
02:35e mais de 320 ficaram feridas.
02:38Em resposta, a gente tem acompanhado uma série de bombardeios
02:41que acontecem até este momento à capital israelense, Tel Aviv.
02:46Uma onda, de acordo com as informações divulgadas aqui
02:49pela Agência Internacional de Notícias Reuters nos Estados Unidos,
02:53pelo menos cinco ondas de ataques foram proferidas pelo regime iraniano
02:57desde ontem até amanhã, desde sábado,
03:02com mais de 150 mísseis balísticos sendo enviados para cidades israelenses
03:08como Tel Aviv, Haifa e também Jerusalém.
03:12O sistema de defesa Domo de Ferro,
03:14que a gente estava falando ainda há pouco com o especialista aqui no jornal,
03:17interceptou.
03:18Como a gente viu, boa parte desses projéteis,
03:21mas houve danos materiais e pelo menos 21 pessoas ficaram feridas
03:27de acordo com a imprensa local.
03:29Sirenes de alerta continuam sendo acionadas em todo o país
03:34ainda na manhã deste sábado.
03:37Agora, Bia, já tem reação internacional, viu?
03:40A equipe de reportagem da Jovem Pan aqui nos Estados Unidos
03:42também está atenta àquilo que as autoridades de outros países
03:46estão neste momento falando a respeito desta guerra
03:50e também é claro como a mídia internacional vem tratando sobre isso,
03:54porque a declaração do embaixador israelense repercutiu já em várias capitais do mundo.
03:59Aqui nos Estados Unidos, o presidente ainda não se manifestou a respeito,
04:04mas fontes da Casa Branca indicam que o governo americano
04:07vai tentar conter a escalada desse confronto
04:12para uma nova frente de guerra de Israel.
04:15E a gente vai em seguida aqui acompanhando,
04:17porque hoje é aniversário de 79 anos de Donald Trump
04:21e é aniversário de 250 anos do exército americano, é o Flag Day.
04:26E a gente vai acompanhar, porque existem manifestações, Bia,
04:29sendo agendadas para acontecer durante todo o dia de hoje
04:33aqui nos Estados Unidos, inclusive lá na capital Washington
04:37e com um aviso, no mínimo, importante feito por Donald Trump.
04:43Se a manifestação por lá não for pacífica,
04:46a polícia vai ter total liberdade para agir com rigor,
04:51prender e também tentar conter toda e qualquer onda de violência.
04:55Ou seja, o dia por aqui promete não ser nada calmo, infelizmente.
04:59E a gente vai seguir, claro, acompanhando tudo ao longo do dia
05:02aqui na programação da Jovem Pan News.
05:03Eu volto com vocês no estúdio.
05:05Obrigada, Eliseu, pelas suas informações.
05:08A gente te chama, então, a qualquer momento
05:10com novidades desse dia que promete ser longo por aí.
05:13Seguimos também aqui com os nossos comentaristas,
05:16Mônica Rosenberg, Henrique Kriegner
05:17e o professor Marcos Vinícius de Freitas,
05:20que gentilmente nos atende nesta manhã.
05:23Professor Marcos, acompanhando aí o que o Eliseu
05:26falou atentamente a respeito da declaração
05:29do embaixador de Israel, dizendo que há efetivamente uma guerra.
05:32E aí a pergunta que fica é a seguinte,
05:34havia uma possível negociação entre Estados Unidos e Irã
05:38a respeito do seu programa nuclear.
05:41A partir desse conflito, a partir do ataque de Israel,
05:44a resposta do Irã, essa possibilidade de outra reunião lá em Oman
05:49vai para o espaço?
05:51A gente congela essa possibilidade de negociação
05:54Estados Unidos e Irã nesse momento, professor?
05:56A possibilidade de negociação é zero, porque os Estados Unidos,
06:02nessa história toda, perderam toda e qualquer capacidade
06:05de serem aceitos como intermediários.
06:11A mesma coisa acontece na guerra da Ucrânia,
06:13quando é o principal financiador da Ucrânia,
06:15fica muito difícil de esse país assumir a função de mediador.
06:20E no caso, em razão da parceria histórica com Israel,
06:23fica impossível de você acreditar que o Donald Trump vai ser aí
06:27o parceiro, o intermediário, o mediador a não interessado
06:31em resolver a questão.
06:33E mesmo porque o grande problema que nós temos enfrentado,
06:37e isso é a comunidade internacional, como percebe,
06:41é que os Estados Unidos, que sempre foi aí o fiel da balança
06:45no sistema internacional, com todos os problemas que nós sabemos
06:49e todas as situações que os Estados Unidos criaram ao longo do tempo
06:53de troca de regime, do abuso de poder, da questão do dólar
06:57e da manipulação global.
06:59Apesar disso, os Estados Unidos sempre foram considerados aí
07:01o fiel do sistema internacional, em razão da sua potência,
07:06em razão do fato de ter vencido ali a Guerra Fria
07:09na década de 80, na década de 90.
07:12Então, o que nós observamos é que este papel foi
07:15paulatinamente perdido à medida que os Estados Unidos foram
07:18a grande potência unipolar depois da Guerra Fria.
07:22Esse abuso gerou uma série de situações em que nós observamos
07:26cada vez mais que os Estados Unidos são dos países
07:29que menos cumprem aquilo que tem acertado.
07:33Nós vimos aí com o Trump na saída do Acordo de Paris,
07:36a questão aí do próprio acordo que o Barack Obama negociou por anos,
07:40e o que nós estamos vendo, nada mais, nada menos do que o fato
07:46de que estas bravatas e este fato de os Estados Unidos
07:50aí terem perdido esta capacidade de serem mediadores importantes
07:55é que leva a esse tipo de situação.
07:57Talvez se Trump tivesse tido um ego menor há alguns anos atrás
08:02e aceitado o acordo feito por Barack Obama, pela União Europeia,
08:06pelas Nações Unidas, talvez esta situação com o Irã
08:10pudesse não ter acontecido e o próprio Netanyahu não teria
08:15justamente a justificativa para esse tipo de ação nesse momento.
08:19Então nós vemos aí que o grande problema é que nós perdemos
08:26ao longo dos anos, neste processo de declínio dos Estados Unidos,
08:30a principal moeda que o país tinha, que era ser aí considerado
08:35um fiel da balança.
08:36Henrique, com base nesse comentário do professor Marcos Vinícius de Freitas,
08:41de que os Estados Unidos perdeu a capacidade ali de negociar,
08:45quem pode assumir, ou tem alguém que pode assumir uma postura como essa
08:49nesse momento?
08:50Olha, Bia, os Estados Unidos continuam sendo o principal país
08:54que vai ter capacidade de articular um acordo como esse.
08:57Resta saber se existe uma disponibilidade do Irã de aceitar e cumprir com esse acordo.
09:03Acho que vale a pena aqui a gente trazer que durante o governo Obama
09:07foi feito um acordo e o Obama sendo considerado o grande articulador
09:12das nações, alguém que é sempre comparado com o Trump,
09:16aqui não é uma defesa ao presidente Trump,
09:19mas é justamente ao posicionamento histórico dos Estados Unidos
09:22em oposição a regimes como o iraniano.
09:26O Obama, sendo considerado esse grande articulador,
09:29firmou esse acordo.
09:30Esse acordo previa que o Irã não poderia enriquecer o urânio
09:34a mais de 3,67%.
09:36Quando foram avaliar, saíram ali os relatórios de que o Irã
09:40estava enriquecendo o urânio para 60%, no máximo 60%.
09:45Ou seja, se o limite era 3,67%, quebrou o acordo para chegar a 60%.
09:51Um completo desrespeito por parte do regime iraniano
09:54no tratado que havia sido feito com os Estados Unidos.
09:58Então eu discordo do professor.
10:00Aqui o problema não é a capacidade ou posicionamento ideológico
10:04do governo americano ou do presidente Donald Trump.
10:07Também não é um problema de política interna de Israel.
10:11Nós estamos diante de uma nação que descumpriu
10:14todos os acordos internacionais que havia se comprometido a respeitar.
10:19Estava sendo motivo de preocupação e repulsa
10:22por parte de organizações internacionais,
10:24ou seja, o direito internacional estava sendo colocado em prática
10:28e também toda essa cooperação internacional
10:31estava sendo desrespeitada pelo Irã.
10:33Essa é a nação que nós estamos falando aqui.
10:35Claro, vale a pena reforçar as palavras do embaixador israelense
10:40nos Estados Unidos de que não é o povo iraniano.
10:43Nós estamos falando de um regime.
10:44Um regime que é oposto por forças internas
10:49e também resistidos por muitos, inclusive, países árabes muçulmanos.
10:53A gente precisa trazer isso aqui.
10:55Então não é que o Irã estava ali tranquilo,
10:58o regime iraniano estava completamente tranquilo
11:01e o declínio americano, entre aspas,
11:04e também a malvadez israelense agora provocaram um grande player
11:11que estava adormecido, de maneira alguma.
11:13Nós tínhamos um país que estava ativamente trabalhando
11:16contra a existência do Estado de Israel,
11:18isso é público e notório,
11:20e também desrespeitando tratados internacionais.
11:23É contra essa movimentação que foi feito o ataque nessa semana.
11:26Só fazer uma ponderação, Krigner,
11:29porque quando houve o acordo Obama-Irã,
11:33havia uma grande expectativa de que isso fosse um novo marco,
11:37porque o Irã deixaria de enriquecer o urânio.
11:39E aí o Trump vai lá e desfaz esse acordo também.
11:42Na minha visão, então, acho que a gente tem dois momentos importantes aí.
11:46O professor Marques queria falar também,
11:48professor, antes de eu passar para a Mônica, rapidamente, por favor.
11:50É rapidinho, é bem rápido, não é?
11:53Se o Irã quisesse ter armas nucleares, já teria faz tempo.
11:59A Coreia do Norte, com muito menos recursos,
12:02muito menos recursos,
12:03que era membro do Tratado de Não-Ploriferação,
12:07conseguiu fazer isso.
12:09Menos recursos do que o Irã, muito mais pobre,
12:11conseguiu ter uma bomba nuclear num tempo muito mais rápido.
12:15Então, a gente tem que levar muito em consideração
12:17também àquilo que acontece na ordem internacional.
12:20Foi um grande gol de Barack Obama conseguir esse acordo.
12:24Netanyahu se opôs a este acordo visceralmente todo o tempo.
12:29E toda vez que os Estados Unidos começam,
12:33e a comunidade internacional começa a ter algum tipo de aproximação com o Irã,
12:37na questão de um acordo nuclear,
12:40sempre vem esse tipo de ação por parte de Netanyahu.
12:43Não sou eu que estou falando, é só você.
12:45Jeffrey Sachs fala isso, um monte de gente comenta a respeito disso.
12:49O grande problema hoje em dia é isso.
12:51E quanto à questão de você não ter aí,
12:54você tem muita gente que acredita e fala de uma grande Israel,
12:57Ebitz Israel,
12:58alguns grupos mais radicais nessa questão religiosa até.
13:03Então, a gente tem que levar os dois lados da balança,
13:06quando pesa isso,
13:07justamente para não cair nessa questão de achar que só tem um lado bom
13:11e o outro lado é só ruim.
13:13Não, existe gente boa dos dois lados
13:15e as duas narrativas têm de ser observadas
13:18justamente para a gente não correr o erro
13:20de ficar pesando aí, contrariamente, um lado ou outro.
13:24Kriegner, nós vamos voltar no tema daqui a pouquinho
13:26para ouvir uma tréplica sua,
13:27mas antes eu queria ouvir a Mônica também a respeito desse tema.
13:30Mônica.
13:30Eu vou até concordar com o Kriegner
13:32e acho temerário dizer que o Irã não queria a bomba atômica
13:36e se quisesse já teria,
13:37sendo que nós estamos vendo que eles estão enriquecendo o urânio a 60%.
13:4160% de enriquecimento não é para energia,
13:44é para chegar na bomba.
13:46Eles só não chegaram porque ainda não conseguiram.
13:48Mas eu queria voltar na questão de quem pode ser o mediador,
13:51porque eu também acredito que os Estados Unidos podem sim
13:55e o que é certo é que quem não pode ser mediador
13:57é o Brasil, porque Lula tem se colocado de uma forma muito clara
14:02de um lado só
14:02e o Brasil que sempre teve um papel de negociar esse tipo de conflito
14:06hoje está fora da jogada.
14:08E voltando na declaração do embaixador
14:10que diz muito claramente que a guerra é contra o regime
14:13e não contra o povo,
14:15é uma questão histórica,
14:16porque quando o Shah Reza Parlevi saiu
14:18e foi derrubado pelo regime dos Ayat Al-Waz,
14:21ele levou com ele muitos iranianos para os Estados Unidos.
14:24Lá há uma grande população de exilados iranianos
14:27e é para eles que ele estava falando.
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