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00:00A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, a FIENG, apresentou um plano de medidas para reduzir o impacto do tarifácio para setores que não foram isentos pelo governo norte-americano.
00:13E para detalhar quais são essas medidas propostas, o Jornal da Manhã recebe o presidente da FIENG, Flávio Roscoi.
00:21Flávio, obrigada pela gentileza de nos atender mais uma vez. Um bom dia para você.
00:26Bom dia, Soraya. Bom dia, Davi. É um prazer estar aqui com vocês.
00:30Flávio, que socorro vocês esperam? O que seria suficiente para dar fôlego às empresas?
00:38Olha, a coisa mais importante primeiro é acesso ao mercado. Portanto, o acordo comercial com os Estados Unidos é fundamental e por isso que a gente tem batido nessa tecla que o Brasil deve sim priorizar todos os seus esforços em realizar um acordo comercial com os Estados Unidos, que é o maior mercado consumidor do mundo.
00:58lembrando que nós exportamos mais para a China hoje, mas os produtos que são exportados para a China são commodities.
01:04São produtos que a China nos compra, em que ela teria dificuldade de ter acesso de outros players.
01:11E os principais produtos que nós exportamos para lá, que são minério de ferro e soja, os nossos concorrentes do mercado internacional, o próprio Estados Unidos ou a Austrália, no caso do minério de ferro, também um país que é muito alinhado aos interesses americanos.
01:26Então, a gente teria pouco risco de eventualmente fazer um acordo com os Estados Unidos, de sofrer qualquer sanção às nossas exportações chinesas.
01:36E as exportações brasileiras para a China são majoritariamente produtos industrializados, produtos com alto conteúdo tecnológico e que entregam a cadeia industrial de ambos os países.
01:47Portanto, é uma exportação estratégica. E isso é muito relevante. Por isso, acesso ao mercado é fundamental e acesso ao mercado americano, nesse momento, é insubstituível.
01:58A segundo conjunto de ações que a gente está fazendo, caso não seja possível fazer um acordo de maior magnitude, seria proteger o mercado local.
02:07Porque, em função da guerra tarifária mundial, hoje, há um grande desvio de rotas de comércio e produtos estão sendo vendidos abaixo de preço de custo, principalmente pela China, para outros países,
02:20para compensar a perda do mercado norte-americano e a própria redução da demanda no próprio mercado chinês.
02:27Então, nós estamos vendo aí uma avalanche em vários segmentos industriais de produtos chineses, essencialmente,
02:34mas também de outros países, sendo vendidos abaixo de preço de custo, já afetando, inclusive, a nossa própria balança comercial.
02:43Então, na nossa leitura, o outro mercado que tem que ser protegido é o brasileiro.
02:48E a gente não está pedindo nenhuma medida extraordinária, mas medidas no âmbito da legislação da Organização Mundial do Comércio,
02:56ou seja, ações anti-dumping, direitos provisórios, eventualmente salvaguardas,
03:02bem como uma análise completa da nossa tarifa externa comum, que pode, em alguns casos, a lista de exceção ser alterada.
03:10Então, o principal pleito da FIENG é mercado, porque sem mercado o resto é paliativo, né?
03:17Aí são medidas mitigatórias da perda de mercado por parte das empresas brasileiras,
03:24que, apesar de serem positivas, elas só vão mitigar o problema, elas não resolvem o problema.
03:30E aí nós estamos pedindo, nessa linha, né, voltar a suspensão e redução de jornada,
03:37novamente, assim como foi na pandemia, para as empresas afetadas, apenas para as empresas afetadas.
03:45E aí, nessa direção, a Federação das Indústrias de Minas Gerais apresentou para as indústrias mineiras afetadas ontem,
03:51a opção de treinamento gratuito e requalificação para todos os funcionários dessa empresa,
03:56dessas empresas afetadas.
03:59Então, o Senai de Minas Gerais vai realizar esse treinamento.
04:02Além disso, estamos oferecendo também consultoria técnica nas áreas de eficiência energética,
04:09planejamento de produção, Lean Manufacturing,
04:13tudo aquilo que pode aumentar a competitividade dessas empresas,
04:17a FIENG também está oferecendo de maneira gratuita.
04:19E em várias medidas mitigadas, todas nós estamos pedindo ao governo federal,
04:24como redução de juros para financiamento dessas empresas, entre outras medidas.
04:30Agora, Flávio, será que seria possível também usar a mesma estratégia de muitas empresas
04:35em relação à negociação com os Estados Unidos?
04:38De que forma?
04:38Porque alguns setores avaliam que a gente tem carro-chefes, por exemplo, Embraer.
04:44Então, tem vários setores que até foram, ficaram de fora dessa taxação,
04:49quase 700 segmentos aí que não vão sofrer com essa taxação,
04:55do governo brasileiro articular dizendo,
04:56olha, já que essas questões são importantes para vocês,
05:00é importante também que agregue todo o restante.
05:02Porque à medida que uma empresa tem um carro-chefe,
05:04muitas vezes no mix de produtos, você tem que às vezes comprar um outro produto ali
05:08que não seja o carro-chefe, para estimular também essa venda.
05:11Será que nessa articulação toda, seria possível também o governo brasileiro
05:15estabelecer isso para ajudar toda a cadeia produtiva?
05:20Olha, as relações entre empresas são relações voltadas com
05:24uma lógica de custos, parcerias estratégicas, né?
05:31Eu não vejo como as empresas que estão exportando hoje para os Estados Unidos,
05:34que são de outros segmentos, apoiar aquelas que eventualmente
05:37não entraram no planejamento, se foi isso que eu entendi da pergunta.
05:42O que, na verdade, a gente pode fazer, a gente tem incitado aí os setores a fazer,
05:48é realmente procurar seus parceiros nos Estados Unidos
05:51e fazer com que eles pressionem o governo americano
05:55para tirar esses segmentos que ainda estão na sobretaxa.
05:59É muito importante falar que aqueles segmentos que não entraram na sobretaxa
06:04acabaram não entrando pela pressão dos parceiros americanos.
06:09Essa é uma realidade e é por isso que 45% dos produtos exportados do Brasil
06:14para os Estados Unidos acabaram não entrando na sobretaxa.
06:17E a gente acredita que ainda há espaço para que outros produtos,
06:21em função da pressão americana no governo americano,
06:25possam estar incluindo na lista.
06:27Agora, as empresas que estão na lista de exceção,
06:31elas têm muita dificuldade, porque é uma cadeia produtiva
06:34bastante segmentada de eventualmente apoiar as empresas que entraram na lista.
06:40Flávio, nossos comentaristas também participam dessa entrevista,
06:44começando pela pergunta da Deise Siocari.
06:47Flávio, bom dia.
06:49Eu queria pegar um pouco a questão da competitividade,
06:52porque esse tarifaço expõe não somente os acordos comerciais,
06:57mas também a relação da competitividade.
07:00Eu queria saber como a indústria mineira está se preparando
07:03para dar uma iniciativa para essa competitividade mais forte
07:07e também para agregar valor aos seus produtos,
07:10para não ficar dependendo só dessas negociações diplomáticas,
07:13mas para poder se sobrepor a isso.
07:15Como que vocês estão trabalhando essa questão de agregar valor aos produtos?
07:21Olha, a gente vem fazendo um grande trabalho do portão para dentro da indústria.
07:25E tanto é que nessa decisão nossa de apoio,
07:28nós estamos isentando o custo para as empresas afetadas pela sobretaxa,
07:33justamente para apoiar nessa competitividade
07:36e para fazer com que elas melhorem a sua competitividade.
07:41Vale a pena ressaltar que essas empresas afetadas
07:44são empresas já de excelência,
07:46que acessam o mercado americano com competitividade,
07:49que é o mercado mais competitivo do mundo.
07:52Então já são as empresas de excelência do nosso país,
07:57mas a gente está dando ali um esforço extraordinário nessa direção.
08:02Na verdade, o ambiente competitivo brasileiro
08:05tem que ser tratado na esfera pública.
08:08A maior parte da nossa legislação é antiquada,
08:10nós temos muitos procedimentos burocráticos
08:14que impedem efetivamente a nossa competitividade,
08:17nós temos custos, custo Brasil,
08:20que a todo momento impõe condições
08:22em que o Brasil perde competitividade em relação aos nossos pares internacionais,
08:28nossa legislação trabalhista,
08:29ela é obsoleta,
08:31ela está ultrapassada,
08:32ela não fomenta a produtividade
08:34e isso precisa ser tratado.
08:37Já há um desinteresse pela nova geração em ter carteira assinada
08:40e isso ainda não foi compreendido pelos reguladores
08:45e pelos atores políticos.
08:47Nós estamos defendendo a CLT até hoje
08:49da década de 30, de 40,
08:51de Getúlio Vargas,
08:53quer dizer,
08:53passou-se quase um século
08:55e nós temos de alterar essas relações de trabalho
08:58e dar maior flexibilidade na relação trabalhista
09:01para que a gente possa melhorar a nossa competitividade.
09:04Hoje um trabalhador brasileiro
09:06produz 23% de um trabalhador americano,
09:10produz menos de 30% de um trabalhador da Europa Ocidental
09:15e produz muito menos que um trabalhador chinês e indiano.
09:19Mesmo na América Latina,
09:20nós estamos perdendo em relação aos nossos pares na América Latina.
09:24Então, na verdade, nós temos que rediscutir
09:27toda a percepção do Brasil
09:29a respeito do setor produtivo
09:31e fazer com que essas amarras
09:33sejam efetivamente desatadas
09:37para que a gente possa dar um salto de competitividade.
09:41Sem dúvida alguma.
09:42Vou incluir na nossa conversa também
09:43José Maria Trindade, direto de Brasília,
09:45para te fazer a próxima pergunta.
09:47Salve, presidente.
09:48Eu queria dizer que eu sou mineiro
09:51e entrevistei o Nancy Araújo,
09:53que era presidente da FIEM.
09:55Isso já faz um tempo, né?
09:57Mas, presidente, você acha que o governador de Minas
09:59está no caminho certo,
10:00tanto com as suas opiniões sobre as tarifas
10:04e as reações a essa dificuldade
10:08que Minas vai enfrentar ali na área de aço
10:11e agropecuária?
10:12Minas agora deu uma...
10:13Agora não, já tem um tempo, né?
10:14Deu uma virada e exporta mais agro do que minérios.
10:19Isso é surpreendente.
10:20Mas, enfim, o governador Zema está no caminho certo?
10:23Olha, a produção...
10:27A exportação industrial de Minas
10:28continua maior do que a agro,
10:30que é...
10:31Todas as duas são muito positivas
10:33e acredito que Minas
10:36vem indo no caminho correto,
10:39pelo menos na redução dos entravos burocráticos,
10:42na melhoria do ambiente de negócios.
10:45Minas Gerais tem feito um ajuste
10:47para o setor produtivo muito positivo.
10:50Tanto é que a indústria de Minas
10:51vem crescendo acima da média nacional
10:53e isso tem contribuído ali
10:56para o crescimento sustentável da economia mineira
10:59e recuperação também
11:00da sua capacidade do Estado
11:03de fazer investimentos.
11:05Com relação ao tarifácio,
11:07é muito importante a gente frisar
11:09que, na minha leitura,
11:12há uma percepção equivocada nessa discussão.
11:16Nós temos efetivamente
11:19de trabalhar pela solução negociada,
11:24porque nações não têm amigos,
11:26têm interesses, né?
11:27E é no melhor interesse da nação brasileira
11:30ter uma relação de longo prazo
11:32com o mercado americano,
11:34que é nosso vizinho,
11:35é o nosso segundo maior comprador,
11:37mas é o nosso maior comprador
11:38de produtos industrializados,
11:40é o nosso maior comprador
11:42de produtos fora de commodities.
11:43Portanto, nessa direção,
11:45ele é um parceiro vital.
11:47Infelizmente, a nossa pauta com a China
11:49ela é muito concentrada em commodities.
11:52Cinco dos nossos principais itens
11:54são 87% das exportações
11:56para o mercado chinês.
11:57E todos eles commodities, né?
11:59Você tem soja, minério de ferro,
12:02petróleo, celulose e carne.
12:08Todos eles, segmentos que o Brasil
12:10têm uma altíssima competitividade
12:12e que são menos impactados
12:14pelo custo do Brasil.
12:16Onde justamente o segmento
12:18que agrega mais valor,
12:20que é o segmento industrial,
12:21é mais impactado por esse custo do Brasil.
12:24Então, é nas exportações americanas
12:26que a gente consegue ali
12:28exportar um pouco da nossa tecnologia,
12:31do nosso valor agregado.
12:33E ele é um parceiro estratégico
12:35e nós entendemos que podemos ser parceiros
12:37da China e dos Estados Unidos
12:39sem nenhum demérito.
12:40Então, nessa linha,
12:41essa é a linha que a FIENG tem defendido
12:43e a gente entende a linha adequada.
12:46Conversamos com o presidente da FIENG,
12:48Flávio Roscoia,
12:50a quem eu agradeço mais uma vez
12:51a gentileza da entrevista.
12:53Flávio, um bom dia para você.
12:56Muito obrigado, Soraya.
12:57Muito obrigado, Davi.
12:57Foi um prazer estar aqui.
12:58Obrigado.
12:59Obrigado.
13:00Obrigado.
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