Iuri Miranda, CEO da Firehouse Subs Brasil, falou sobre a chegada da marca ao país, com investimento de R$ 200 milhões. A rede quer conquistar o consumidor com sanduíches diferenciados e aposta na digitalização e no potencial de um mercado ainda pouco explorado.
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00:00Você continua com a gente, porque agora tem um papo daqueles bem saborosos.
00:04Eu vou te fazer uma pergunta. Já provou um sanduíche submarino?
00:07Estou falando dos subs, aqueles sanduíches feitos com pão mais alongado, recheio de carnes, queijos, vegetais e molhos.
00:14Bom, percebendo uma possibilidade de mercado aqui no Brasil, a Holding Restaurant Brands International trouxe para o país o Firehouse Subs, com investimento de 200 milhões de reais.
00:24Com a meta de abrir 500 lojas em 10 anos, a rede americana de sanduíches chega querendo explorar um mercado de 42 bilhões de reais.
00:33CEO da Firehouse Subs do Brasil está aqui no estúdio do Money Times para contar mais detalhes para a gente sobre a chegada da marca ao país.
00:39Seja muito bem-vindo. Boa tarde, viu?
00:41Obrigado, Natália. Boa tarde, Felipe.
00:43Prazer em te receber por aqui.
00:45Prazer.
00:45Conversa boa demais com o Yuri Miranda, que rola a partir de agora.
00:48Bom, Yuri, o que motivou a Firehouse Subs a se aventurar no mercado brasileiro?
00:53O que se identificou aqui de tendência e de potencial? Conta pra gente.
00:57Natália, tem alguns fatores. Um deles você já mencionou, que é um mercado de 42 bilhões de reais.
01:02E esses 42 bilhões, a gente está falando só da categoria de sanduíches e padarias.
01:09Na verdade, quando a gente olha o mercado de QSR, de fast food, é um mercado de 135 bilhões de reais.
01:15E o que é interessante é, quando a gente olha qual é o crescimento do fast food no Brasil e projeta de 2022 a 2027, a gente tem um crescimento de 9,8%.
01:25E quando a gente olha essa categoria específica, a gente vê um crescimento ainda maior, um crescimento que vai acima de 11%.
01:33Então, é um mercado muito interessante, muito pulverizado.
01:36Apenas 4% do número de restaurantes nessa categoria, eles são de marcas reconhecidas.
01:42Quando você compara com outros mercados, por exemplo, o mercado americano, lá quase 60% são de marcas reconhecidas.
01:53Ou seja, um mercado superpotencial, com ainda muito pouca consolidação, que abre uma oportunidade.
02:00E você junta isso a outra coisa que você comentou, é a oportunidade de trazer para cá uma marca com produtos diferenciados.
02:07Por que diferenciados? Sei que todo mundo conversa sobre isso.
02:10Mas pense quando o brasileiro já teve acesso a comer em uma rede de fast food, um sanduíche de brisket,
02:17um sanduíche de prastanami, um sanduíche de roast beef, um peito de peru defumado, um sanduíche de presunto com mel.
02:26Tudo isso feito de um pão, como você comentou, sabe, mas com molhos diferenciados.
02:31Então, é uma oportunidade dentro da proposta de fast food de atacar um mercado que é bem interessante.
02:36Legal. Felipe, pergunta para você.
02:38Yuri, boa tarde, bem-vindo aqui no Money Times.
02:41Yuri, eu queria que você falasse um pouquinho do posicionamento da Firehouse.
02:44Como é que vocês vão se posicionar em relação à concorrência e em relação a essa tradição no Brasil,
02:49que o fast food, que é uma tradição, uma coisa muito popular.
02:53Como é que vocês vão se posicionar em termos de prêmio, um pouco mais econômico?
02:57Fala um pouquinho do posicionamento, por favor.
02:58Excelente pergunta, Felipe.
03:00Aliás, a gente, antes de lançar a marca aqui no Brasil, a gente estudou bastante a marca nos Estados Unidos.
03:06É uma marca relativamente nova nos Estados Unidos, comparada com outros de fast food que o brasileiro já conhece.
03:10Então, a ideia é uma marca de 30 anos que está começando o processo de expansão internacional agora.
03:17E para dar uma dimensão da ousadia do nosso plano no Brasil e como a gente confia nesse mercado,
03:23nos Estados Unidos essa rede tem cerca de 1.200 restaurantes e a gente está se propondo a fazer aqui,
03:28em 10 anos, alguma coisa em torno de 500 restaurantes.
03:31Mas, indireto a seu ponto, uma das coisas principais que a gente vê no mercado brasileiro,
03:35como você bem abordou, é dentro da categoria de fast food,
03:39o brasileiro, ou eu diria que o público em geral, ele espera algumas coisas.
03:43Comunidade, acesso, rapidez.
03:46Hoje, muita digitalização.
03:48Tanto é que os nossos restaurantes já começam 100% digitalizados,
03:51totens de alto atendimento.
03:53A gente já vai começar muito breve serviços de delivery, aplicativos.
03:57Então, essa parte de modernidade, sistema para indicar como está indo o pedido para o consumidor,
04:03é importantíssimo.
04:05Novidade, uma coisa que liga a um gosto brasileiro bastante interessante,
04:12que é o brisket, o pastrame, coisas de carne, de churrasco, de molho,
04:18que é uma coisa que o brasileiro aprecia muito, comida saborosa,
04:21o método de cocção que ele é feito com vapor quente,
04:25que deixa a proteína bastante suculenta.
04:27E tudo isso, para ser fast food, tem que ser competitivo.
04:31Então, ainda ao seu ponto, o que a gente fez aqui foi um projeto.
04:34Até pelo conhecimento que a RBI e o time de execução já tinham do Brasil,
04:38ele precisava customizar algumas coisas para que a oferta fosse competitiva.
04:44Exemplo do que eu estou falando.
04:45Custo da mercadoria vendida.
04:47Se você imaginar que a maioria desses ingredientes não eram muito comuns no Brasil,
04:51um dos processos que a gente teve que fazer aqui foi trazer fornecedores que já conheciam a marca da RBI e o time de execução há algum tempo
05:00e desenvolver todos esses ingredientes localmente.
05:03Isso faz com que o custo da mercadoria vendida não seja impactado, por exemplo, você importar o ingrediente.
05:09Então, você consegue fazer uma oferta mais competitiva.
05:12Outra coisa, apesar do processo único de produção, a gente conseguiu nacionalizar os equipamentos.
05:18Isso faz com que o custo de capex de construção dos restaurantes também seja um custo menor.
05:24O retorno sobre investimento acontece mais rápido, até comparado com outros restaurantes de fast food que precisam de mais investimento.
05:31E tudo isso nos permite colocar uma oferta bastante competitiva no mercado.
05:36E, Yuri, eu queria saber o que você trouxe dos seus aprendizados com a experiência anterior de Burger King.
05:43Então, o que funciona, o que faz sentido nesse novo momento agora com o Firehouse Subs?
05:49E o que tem de muito diferente nos momentos dos negócios, essa questão da digitalização?
05:55Conta para a gente quais são os paralelos possíveis aí.
05:57Olha, é uma excelente pergunta.
05:59O projeto do Burger King é um projeto muito interessante.
06:02E eu me lembro que, quando a gente começou esse projeto em 2010, naquela época, tinha um pouco mais de 40 restaurantes do Brasil.
06:09E que a gente tinha um plano agressivo de chegar a mil restaurantes em 10 anos.
06:13As pessoas diziam, poxa, mas será que tem espaço?
06:16Será que o brasileiro vai absorver uma oferta desse tamanho?
06:21Naquela época, tinha outro concorrente, tinha menos da metade desse número.
06:26Será que cabe?
06:27Eu acho que a primeira coisa que a gente vê, para a gente começar um projeto como esse, é justamente o tamanho do mercado de fast food no Brasil.
06:34Ele é um mercado que cabe bastante oferta.
06:37E ela está pulverizada, tem poucas marcas.
06:40Se você pega, por exemplo, a categoria de hambúrguer, já tem três ou quatro grandes players no negócio.
06:47Se você pega pizza, já tem dois ou três grandes players no negócio.
06:50Agora, quando você vai para a parte de sanduíche, você tem um grande player hoje no negócio.
06:56E que, por sinal, esse grande player, o Brasil é o quarto maior mercado dele no mundo.
07:01Mostra o tamanho do negócio.
07:03A outra coisa que a gente aprende nesse negócio de fast food, o nome mesmo está dizendo fast food.
07:09Quer dizer, comida rápida.
07:12Mas, para mim, nessa categoria, a primeira coisa importante é o food, é a comida.
07:17E aí eu faço uma pergunta ao Felipe e Natália.
07:19Vocês recomendam para alguma pessoa que vocês conhecem, amigos, parentes, etc., um restaurante que a comida não seja boa?
07:27Então, o primeiro critério para a gente é precisa ser boa a comida.
07:31Não é porque é fast que ela não tem que ser boa.
07:34E quando a gente pega essa categoria, quando a gente vê a proposta do Firehouse pegando um sanduíche como um de brisket,
07:41como um sanduíche de pastrame com pão bem feito, e as primeiras impressões dos nossos consumidores têm justamente apontado para as pesquisas
07:49que a gente fez antes de lançar a marca, é um reconhecimento a um sabor completamente diferenciado.
07:55Junto a isso, digitalização, minha proposta, como o Felipe colocou, de preço, fica uma proposta de valor,
08:03o que a gente chama de value for money, bastante interessante para o consumidor.
08:06Ô Yuri, só rapidinho, você falou dos players, dos grandes.
08:10Agora, e os pequenos?
08:12Porque eles têm uma força muito local também, né?
08:15E acabam sendo uma concorrência ou não?
08:19É interessante, porque quando uma categoria dessa, ela cresce, o espaço não são só para os grandes.
08:27É verdade.
08:28Eu me lembro a história do hambúrguer, que no passado você tinha um grande player de hambúrguer,
08:34e aí você cresce um segundo de grande player de hambúrguer, mas aí eu pergunto a vocês dois,
08:38quantas outras hamburguerias surgiram nos últimos cinco ou seis anos?
08:42Algumas bastante artesanais, onde, por exemplo, um chefe consegue se dedicar e fazer um produto diferenciado.
08:50Sem dúvida nenhuma, aquilo tem espaço no mercado.
08:53A grande diferença das grandes redes, e por isso os nossos projetos, a gente acredita em escala,
08:58é como é que você consegue replicar isso de uma forma competitiva e constante em escala.
09:05Esses não são muitos que conseguem fazer, mas o mercado tem espaço para todos.
09:10Perfeito. Felipe, mais uma sua.
09:12Legal, Yuri.
09:13A gente vê uma tendência, principalmente entre os jovens, mas acho que a população, de maneira geral,
09:17é na questão da saúde, e muitas vezes o fast food talvez não seja um alimento mais saudável.
09:22Você tiver uma preocupação de trazer alimentos saudáveis também para esse cardápio,
09:27para criar essa sensação também que você não está apenas indo no fast food, mas também está se alimentando bem?
09:32Esse é outro bom ponto, e eu vou voltar na minha resposta, Felipe, o que eu disse.
09:36Fast food, comida e rápida.
09:39É dissociar um pouco essa história de que o fast food tem que ser uma comida, às vezes, muito calórica e que só funciona dessa maneira.
09:49Não.
09:49O próprio fast food, ele é mais resiliente.
09:52Lembrem o primeiro número que eu mencionei para vocês.
09:55Essa é uma categoria que o SR fast food, que vem crescendo no Brasil, 2022 a 2027, projeção de 9,8%.
10:03Ou seja, bem acima de PIB, inclusive PIB nominal.
10:07Então, quando você pega isso aqui, por que o fast food cresce?
10:11Porque ele traz comodidade, porque ele traz acessibilidade, porque ele traz um value for money interessante.
10:17Você junta isso a mais uma coisa que a gente aprendeu com a experiência do mercado brasileiro.
10:23O consumidor, ele tem os momentos dele de consumo.
10:26O que significa momento de consumo?
10:28Tem momento que ele quer indulgência.
10:30É a mesma coisa quando você vai em uma churrascaria e você quer da linguiça no começo, você passa pela costela, você passa pela picanha.
10:40Tem aquele dia seu de indulgência.
10:42Tem um outro dia que você, não, não quero essa indulgência, eu quero alguma coisa menos calórica.
10:47Tem um japonês, tem um frango, tem...
10:50Aqui também, dentro do cardápio da Firehouse, a gente pensou nisso.
10:54Então, você tem um brisca com cheddar, sim, mas você também tem proteínas de menor valor calórico, como o peito de peru, que é uma coisa pouco usada no Brasil.
11:05A gente pensa em peru aqui mais na época de Natal, né?
11:08Quando a gente traz um peito de peru defumado, quando vocês provarem, vocês vão ver o que eu estou falando, sabor completamente diferenciado que a gente quer trazer para a dieta do brasileiro.
11:17Quando você pega um presunto e a gente dá um toque de mel nesse presunto, você também...
11:22A gente tem sanduíches de frango, tem um frango queijo.
11:26Então, você tem uma...
11:27São 15 diferentes tipos de sanduíches, de almôndegas também a gente tem.
11:31São 15 diferentes tipos para de acordo com o momento que você quer.
11:34Essa oportunidade que você dá ao cliente de fazer a dieta dele de acordo com o momento que ele quer, que eu acho que é importante no processo.
11:41Yuri, para a gente finalizar, vocês estão começando por shoppings?
11:45Queria entender um pouquinho mais sobre essa estratégia que você deixa, então, um convite aí para a nossa audiência, né?
11:50Onde, quando, como provar.
11:53Bom, primeiro, muito obrigado aí pela oportunidade aqui de divulgar.
11:57Sim, a gente está começando por shopping.
11:59Uma coisa que a gente entende no mercado brasileiro que funciona é quando você chega com a marca nova, principalmente uma marca de alimentação,
12:07você tem no shopping, os principais shoppings do país, e agora a gente está começando pela grande São Paulo, até por escala, né?
12:13Você tem ali as pessoas indo para o shopping.
12:16Então, a quantidade de pessoas transitando por aquele local já são pessoas, um número bastante atraente.
12:23Segundo ponto, tem a praça de alimentação, né?
12:26Tem um fluxo na praça de alimentação muito grande.
12:29Quando você chega com a marca nova, você coloca um logo.
12:32Imagina que você vai para a rua e coloca um logo de uma marca, tá?
12:35Firehouse Subs.
12:35Se você não teve ainda o primeiro acesso àquela marca, você pode olhar o logo e ficar se questionando.
12:40Que tipo de produto vende?
12:41Qual é o posicionamento de preço?
12:43Como é que eu faço o pedido?
12:44É carne?
12:45É frango?
12:45O que é Subs?
12:47Você passando pelo carro, você não vai conhecer bem.
12:50E você criando, quando já está na praça de alimentação, você já quer se alimentar e você olha, aliás, a imagem do restaurante, fazer uma propaganda.
12:58A imagem do restaurante da gente ficou muito bonita, vocês mostraram aqui no começo.
13:00Você atrai, você tem os menu boards, você consegue ver os produtos, o totem de autoatendimento ali, ele é bastante instrutivo, tem vídeos de como fazer dos produtos, a explicação e tudo.
13:12Você começa a ter um processo de explicar a sua proposta para o cliente.
13:18Depois que você cria esse conhecimento de marca, seu posicionamento, seus produtos, você cria essa conexão com o consumidor, por outros canais de vendas, como o delivery, etc.
13:29Você aí consegue ir para a rua, colocar sua marca, ah, já sei, aquele produto que você viu lá no shopping.
13:36E aí eu convido vocês, nosso primeiro restaurante abriu no Shopping Internacional Guarulhos, mas a gente já tem outros em construção.
13:44Metrô Tatruapé, a gente já está.
13:46Shopping Itaquera também está em construção.
13:48Vamos começar o Shopping Bourbon aqui na zona oeste de São Paulo.
13:52Temos também o Shopping Interlagos lá na zona sul, entre outros que a gente vai ter até o final do ano.
13:57Legal. Yuri Miranda, CEO da Firehouse Subs no Brasil, muito obrigada pela entrevista.
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