No quadro Momento Agro, o economista agroindustrial Thiago Carvalho analisou as novas oportunidades de exportação do Brasil para a China. Com demanda crescente e acordos em negociação, o país pode ampliar o envio de carnes bovinas, suínas, aves e até pescados. Oportunidade estratégica no comércio internacional.
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00:00O Brasil pode aumentar as exportações de soja, carnes de suínos e de bovinos para a China.
00:13É o que afirma o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Luiz Rua.
00:20A afirmação foi feita hoje no contexto da guerra tarifária promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
00:26O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária tem reuniões agendadas com representantes do governo chinês
00:35para tratar, entre outros assuntos, da abertura de dois novos mercados para a China, de pescados e de DDG, um subproduto gerado a partir da produção de milho.
00:47E sobre esse assunto das nossas exportações do agro para a China, especialmente a carne, dentro desse contexto de guerra tarifária,
00:57eu falo agora com o Tiago Carvalho, economista agroindustrial.
01:01Tiago, boa noite para você. Obrigado pela sua participação aqui.
01:05Tiago, que a gente já entende que é um amante da música também, está com o violãozinho posicionado ali atrás.
01:10Tiago, obrigado pela gentileza de dar entrevista para a gente.
01:13Como é que você vê essa perspectiva de a gente melhorar as exportações de carne para um mercado tão importante quanto a China?
01:22Olá, boa noite a todos.
01:24É uma satisfação estar aqui falando sobre mercado agrícola, pecuário, falando sobre esse momento de exportações.
01:31Sou um amante de música caipira, um parêntese positivo aí.
01:35Mas é um momento muito interessante, um momento em que a China se torna um grande parceiro brasileiro,
01:44já de alguns anos atrás, mas principalmente de 2019 para cá, com o problema da peste fina africana.
01:51Ela se abre mais para o Brasil.
01:53E aí toda essa questão geopolítica aproximando cada vez mais Brasil e China.
01:59É claro que a gente tem um, entender um pouquinho a parte econômica também desse processo.
02:05A gente sabe que a China é um grande país em termos de compra, de volume de pessoas que moram lá.
02:13Mas a gente sabe que a China também vem decrescendo em termos de renda, apesar desse começo de ano for melhor.
02:19Mas é um cenário muito favorável para o Brasil.
02:21Você mencionou muito bem aí todas as possibilidades, o secretário Luiz Rua também abrindo possibilidades de pescado, DDG.
02:30Então, a carne, ela vem realmente para coroar o que vem ocorrendo nesses últimos anos.
02:36É o grande comprador de carne bovina brasileira.
02:39É o grande comprador de carne de frango.
02:42Suínos perdeu um pouquinho a posição para Filipinas ano passado, mas é um grande comprador.
02:47Então, realmente, a gente tem um escoamento muito interessante.
02:51É uma parceria que vai continuar muito ávida aí esse ano, ano que vem.
02:56E os próximos aí, com certeza, não há muito espaço para outros países conseguirem abastecer a China.
03:02O que falta para a gente conseguir aumentar o nosso comércio com a China?
03:07Eu acredito que são acordos, acordos comerciais.
03:10Ao mesmo ponto que eles necessitam do nosso produto, com certeza eles têm os interesses de colocar produtos aqui no Brasil.
03:18Então, são negociações.
03:21Não é, obviamente, simples, mas o Brasil tem condição, em termos de competitividade,
03:27de colocar realmente um alimento muito barato para os chineses.
03:30A contrapartida vai ter que existir.
03:33A gente sabe que a China tem competitividade em produtos acabados.
03:37E essa relação comercial vai ter que existir.
03:39Então, são negociações, são comercializações entre dois grandes players,
03:46um fornecedor de alimentos, outro fornecedor de matéria-prima ou matéria industrializada,
03:52que eles vão ter que se entender.
03:53Então, são acordos a serem definidos entre os dois governos.
03:58Em termos de questões sanitárias ou outras barreiras que possam existir, a gente já está resolvido?
04:03Olha, a gente vira e mexe falando na questão da carne.
04:06A gente sempre ronda a questão de sanidade, mas nós temos um rebanho saudável,
04:11nós temos uma eficiência produtiva dentro da indústria.
04:15Então, realmente, é claro que casos podem ocorrer.
04:18A gente está falando de um país continental,
04:20mas o que aconteceu nesses últimos anos, principalmente no caso atípico de vaca louca,
04:27principalmente foi em 2021, 2023, rapidamente resolvido, rapidamente controlado.
04:32Então, a questão sanitária, realmente, o Brasil, ele vem se comportando muito fielmente
04:38ao que ele propôs em se produzir, um alimento saudável e seguro.
04:42Então, a gente acredita, sim, que a gente venceu já essa barreira de questão de sanidade.
04:48Agora, em relação a aves e carne suína, que tipo de oportunidade você vê que a gente tem junto à China?
04:54A gente está falando de um alimento mais barato, a gente está falando de alimentos de ciclo curto.
04:58A proteína, seja aqui no Brasil, seja na China ou no mundo todo,
05:04eu agrego renda, eu consumo mais proteína.
05:08O contrário é verdadeiro.
05:09Eu tenho uma subtração da renda, eu vou buscar proteínas mais baratas.
05:13Então, quando eu penso no frango e na carne suína,
05:16realmente, também é um horizonte muito positivo.
05:19Apesar do maior produtor mundial de carne suína ser a China, o maior rebanho está na China,
05:25ela depende muito dessa compra.
05:26E os últimos anos mostraram isso, uma aproximação maior.
05:30Dado todo o desenvolvimento em termos de tecnologia que ocorreu no Brasil em termos de qualidade da carne suína
05:36e, obviamente, a eficiência do frango coloca o Brasil realmente entre os principais players,
05:44seja ele produtor, seja ele exportador.
05:46Agora, um ponto importante dessas duas cadeias, a gente falou de sanidade bovina,
05:50a gente tem um controle muito efetivo também, a gente tem um controle, um cuidado em relação à questão de doenças para aves e suínos,
05:58realmente, muito interessante.
06:00A coordenação industrial não nos deixa, realmente, margem para erro e, realmente, a gente vem tendo um produto saudável também nessas duas cadeias.
06:10Influenza viária, a gente não tem relatos aqui, a gente...
06:13A questão da peste suína africana também não, assim como a própria fitosa bovina.
06:18Então, realmente, é um ambiente seguro de produção no Brasil.
06:21É a bola da vez, mais uma vez, a gente fala do Brasil como o grande player, fornecedor de proteína para a China.
06:29Agora, o mercado chinês, a gente sabe o tamanho que tem.
06:32Nós temos aqui condição de produzir, condição logística para escoar isso tudo e atender a essa demanda da China, caso ela venha?
06:42Olha, países produtores de alimentos têm três grandes saídas, investimento em capital humano, investimento em tecnologia.
06:49O Brasil vem mostrando isso.
06:51O terceiro grande ponto, sim, infraestrutura.
06:53Armazéns, portos, tem a questão tributária, mas vamos focando na sua pergunta sobre armazéns e portos.
07:01A gente precisa evoluir.
07:02Se a gente é muito eficiente dentro da porteira, a gente tem um caminho ainda a ser percorrido,
07:07independente se a gente está cruzando o Atlântico, em comparação com os Estados Unidos,
07:12que consegue realmente um custo mais lógico de logística para a China,
07:17mas a gente precisa vencer essa barreira de armazéns, a gente precisa vencer essa barreira de minimizar o tempo em porto.
07:24Então, a gente consegue ofertar um produto de qualidade a um custo barato,
07:30mas a gente precisa melhorar a questão de infraestrutura, principalmente logística no país.
07:35Mas a gente tem condição de continuar fornecendo muito alimento para a China.
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