Pular para o playerIr para o conteúdo principal
O Japão decidiu realizar uma nova inspeção sanitária antes de autorizar a importação de carne bovina do Brasil. A repórter Fernanda Câmara detalhou as exigências japonesas e os desafios nas negociações entre os dois países. Acompanhe a análise de Mariana Almeida.

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasilCNBC

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Apesar do otimismo do Ministério da Agricultura, a abertura do Japão para a carne brasileira pode demorar mais do que o esperado.
00:15Isso porque Tóquio informou ao Brasil que vai realizar uma nova auditoria em loco para análise de risco do sistema sanitário brasileiro.
00:24E quem chega ao vivo com todos os detalhes é a Fernanda Câmara. Oi Fernanda, bom dia para você, boa sexta-feira para nós.
00:32Está difícil mesmo essa relação entre Japão e Brasil com a questão da carne, porque muito se fala da autorização para começar essa exportação, mas o Japão ainda fazendo novas análises sanitárias e esse processo vai demorar mais um pouquinho.
00:48Paula, tudo bem? Muito bom dia para você, bom dia para todo mundo.
00:55Ô Paula, eu estou com um probleminha aqui porque me passaram um assunto sobre ouro, então eu não me preparei para falar sobre esse assunto,
01:03mas se você quiser eu volto daqui a pouquinho para também falar sobre esse assunto e para também falar sobre ouro.
01:10É isso então, Fernanda Câmara falando ao vivo de São Paulo, daqui a pouco a gente volta com esse e outros assuntos.
01:16Fernanda, Maria Almeida, a gente falou então dessa notícia da carne bovina, que agora o Japão vai fazer uma nova inspeção em loco por conta da questão sanitária.
01:29Vou repassar então a mesma pergunta que eu falei para a Fernanda Câmara.
01:33Está ficando difícil esse processo, porque às vezes a gente tem a expectativa de que vai haver exportação e agora precisa ter essa inspeção sanitária.
01:43Os níveis de exigência das inspeções sanitárias do Japão sempre foram bastante altos, não à toa esse processo de abertura do mercado japonês para a carne brasileira tem demorado 20 anos.
01:55Quer dizer, não é um processo simples e é isso, vem dessas restrições que existem no modelo japonês.
02:02A gente ainda está em avanços, aqueles são mais lentos, o que demonstra a importância desse movimento todo de abertura de mercados,
02:09principalmente quando a gente fala de agro, quando fala de produtos que têm essa necessidade de um reconhecimento,
02:17uma estruturação do ponto de vista das autoridades mútua, autoridades sanitárias em particular.
02:22A gente sempre falou aqui, quando vem o tarifácio nos Estados Unidos, tem 50%, é preciso diversificar.
02:29Os produtores não podem depender mais só dos Estados Unidos, tem que abrir também para outras áreas.
02:34Sim, é necessário, mas também não é fácil. E aí vem o papel que não é do setor privado, de um lado, reconhecendo,
02:41mostrando aí a sua capacidade de abertura, de entrega, de negociação, mas é também do setor público,
02:47porque esse processo todo de organização daquilo que impacta diretamente na capacidade do privado depois de atuar,
02:55seja do ponto de vista de logística, toda a parte de organização das relações comerciais e ambientes de troca,
03:02mas também nessa segurança fitossanitária.
03:06O Brasil, neste ano, conseguiu transformar, digamos assim, um limão numa limonada, no caso do frango,
03:12que teve sua primeira situação de um evento numa granja comercial e esse evento conseguiu ser isolado,
03:19ou seja, não teve o fato de ter tido uma crise específica em uma granja,
03:25mas depois reverberou em outras áreas, o que demonstrou uma capacidade do governo brasileiro
03:29de reação em situação de crise. Isso, no fim das contas, foi positivo e a imensa maioria dos mercados já reabriu
03:35e reabriu com protocolos que são agora melhores, mais flexíveis para se eventualmente tivermos um novo caso.
03:42Por quê? Porque não necessariamente vão vir reações ao país como um todo,
03:45mas só à região em que o caso aconteceu, dado que se construiu credibilidade no processo brasileiro
03:51de reação numa situação como essa.
03:53Então, o caso do frango, ele é simbólico para indicar o quanto essas situações são, na verdade, processos.
03:59Processos de demonstração de credibilidade, demonstração de segurança,
04:03mas que têm que ser iniciados e construídos a partir do início, que é a aprovação base,
04:08a aprovação no tempo zero, que é essa que a gente está buscando com o Japão.
04:12Para esse momento, é fundamental e é muito estratégico para o Brasil conseguir dar esse salto,
04:17porque daí em diante abrem-se as portas para que outras demonstrações de força,
04:23de capacidade, de organização e força mesmo nessa produção da carne
04:29possam ser demonstradas pelo Brasil aos que devem chegar eventuais importadores lá no Japão.
04:35E vale lembrar, né, Mari, que cada país também tem suas particularidades e exigências
04:40para poder fazer esse tipo de análise, né?
04:43Então, por isso que, como você mesma disse no início, os japoneses têm uma questão maior,
04:49de maior cuidado ainda para poder fazer um tipo de vigilância, não?
04:53É, Paula, só que uma coisa, do ponto de vista histórico das relações comerciais,
04:57a parte sempre que tem que tomar um pouco de cuidado é porque as questões fitossanitárias
05:03muitas vezes foram transformadas em barreiras fitossanitárias.
05:07Ou seja, até que ponto, ou como que a gente tem certeza que se tratam de patamares
05:13associados especificamente a cuidados, culturas, apoios legais, legislativos dos países
05:21e quando que isso passa a ser utilizado como uma forma de evitar que comércio específico
05:26com aquele país.
05:28Ou seja, eu crio alguns aspectos aí, ou me utilizo de alguns aspectos
05:32para dificultar que aquele país, em particular, consiga ser aprovado para vender para mim.
05:37E, com isso, eu protejo, de alguma maneira, ou a minha produção interna
05:40ou a produção de outros países, criando um tipo de concorrência desleal
05:44dentro do mercado internacional.
05:46Aconteceu já diversas vezes, isso não é um assunto novo.
05:49Quem regulava e quem tratava muito disso era, ou é ainda,
05:53a Organização Mundial do Comércio, a OMC,
05:55que, infelizmente, foi perdendo força na capacidade de arbitrar
05:59do ponto de vista internacional.
06:00Mas esse é um assunto que sempre fica aqui, na lateral.
06:04Ele é fundamental para quem, como nós, somos um país muito forte
06:08no processo de exportação e de exportação, por exemplo, de carne, de bovinos,
06:13ou, aliás, do agro em geral, quando ele tem esse aspecto de precisar de aprovações,
06:19de ter um conjunto de aprovações.
06:21Então, é importante o Japão.
06:23Agora, essa abertura pode ser um passo significativo.
06:26Temos avançado nesse tema, mas é preciso sempre tomar esse cuidado
06:32porque os fantasmas das barreiras não-tarifárias,
06:36já a gente fala muito de tarifárias, mas essas são as não-tarifárias,
06:38eles continuam existindo no comércio internacional
06:40e podem ser sacados em um ambiente de maior volatilidade
06:43como ferramenta para melhor posicionamento de um país em relação ao outro.
06:47Obrigado.
06:48Obrigado.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado