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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou detalhes da proposta de paz mediada por Donald Trump, que prevê garantias de segurança por 15 anos. O tema foi destaque no Jornal Jovem Pan, que também acompanhou a reunião de Trump com o premiê israelense Benjamin Netanyahu.

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00:00Estamos de volta ao Jornal Jovem Pan, no ar até as 10 horas da noite.
00:06Vamos então falar de um cenário internacional como prometido?
00:10Isso porque o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou hoje detalhes da proposta de paz mediada por Donald Trump.
00:17Eu chamo de volta aqui para conversar com a gente nosso correspondente internacional, Luca Bassani, de Apostos,
00:22para passar para a gente mais informações. Diga, Luca.
00:25Tivemos, como disse anteriormente, o encontro de Donald Trump com o presidente Zelensky na Flórida no último domingo,
00:35no qual foi discutido extensamente este plano de paz que busca colocar fim à guerra da Ucrânia antes do seu quarto aniversário, em fevereiro do ano que vem.
00:45De acordo com alguns detalhes que foram revelados pelo próprio presidente Zelensky,
00:50Trump ofereceu garantias de segurança à Ucrânia na faixa de 15 anos a partir do início da vigência deste acordo,
00:59o que envolveria uma série de armamentos bastante tecnológicos cedidos pelos Estados Unidos,
01:04compartilhamento de inteligência e até, eventualmente, soldados americanos em uma patrulha na nova fronteira entre Rússia e Ucrânia.
01:12Zelensky alertou que, talvez, considerando o cenário complexo e as ameaças contínuas da Rússia,
01:18talvez fosse necessário ampliar esse prazo para mais de 30, talvez 50 anos do início da vigência do cessar-fogo.
01:26Em relação aos demais pontos discutidos, ambos admitiram que o ponto mais complexo de se chegar a um consenso
01:35é a questão da concessão territorial. Afinal, Zelensky disse até mesmo aos jornalistas presentes
01:41que não tem nenhum tipo de autonomia como presidente para decidir a partilha do território soberano ucraniano.
01:49Disse que isso precisaria passar pelo legislativo do país e, consequentemente, por referendos,
01:54o que, na visão de muitos analistas, dificulta o processo, principalmente porque muitos ucranianos,
02:00por mais que queiram a paz, não querem abandonar um território que é internacionalmente reconhecido como o deles.
02:07Ao mesmo tempo, a guerra no campo de batalha continua de forma intensa, com fortes bombardeios,
02:14a estrutura energética ucraniana, inclusive, nesta manhã, um ataque a uma estação de produção de energia termoelétrica em Kerson,
02:22o que apenas evidencia que, apesar dos passos dados na diplomacia, estamos muito longe de um desfecho final
02:30para esse conflito que já ceifou, na visão de muitos, mais de um milhão de vidas,
02:35considerando civis e militares russos e ucranianos, e traz uma grande instabilidade dentro do continente europeu,
02:41a maior delas desde a Segunda Guerra Mundial. Vamos ver se, de fato, essas conversas feitas por Donald Trump
02:49e o seu grupo de trabalho, pelos enviados especiais Steve Witkoff e também o seu genro Jared Kushner,
02:55poderão convencer os russos e ucranianos a se comprometerem com o acordo de cessar fogo o quanto antes.
03:05Agora, Luca, mais uma pergunta para você, porque ainda falando em conflitos,
03:09o presidente americano recebeu hoje o premier israelense Benjamin Netanyahu.
03:14Quais foram os destaques desse encontro, que a gente até acompanhou ao vivo aqui mais cedo?
03:20Exato. Netanyahu visitou os Estados Unidos mais de três vezes neste ano de 2025,
03:27sempre para discutir diversos assuntos e para evidenciar esta fraterna amizade,
03:32como ele mesmo disse, entre Israel e Estados Unidos e entre os dois chefes de governo, Netanyahu e Donald Trump.
03:39Eles foram perguntados em relação à implementação da segunda fase do plano de paz para a faixa de Gaza.
03:46Afinal, até agora, falta um dos reféns mortos ser devolvido à sua família para colocar final à fase 1,
03:54mas as incógnitas são várias para a fase 2, que envolve a desmilitarização do Hamas,
03:59a reconstrução da faixa de Gaza e, consequentemente, uma nova administração
04:04que não tem o grupo terrorista na liderança do enclave palestino.
04:09Trump disse que, apesar dessas dúvidas, ele acredita que em breve a faixa de Gaza
04:14já poderá começar a ser reconstruída e que não vê nenhum entrave por parte de Israel.
04:21Também disse que confia que Netanyahu não reiniciará a guerra
04:24e se disse o melhor amigo que Israel já teve na história.
04:28Aquilo que, por enquanto, foi divulgado à imprensa é que ambos os líderes avaliam como positivo
04:35esse encontro, esse almoço e que o ano de 2026 pode ser fundamental
04:39para o rearranjo de forças no Oriente Médio.
04:42Trump também deixando bastante claro que acredita que,
04:45caso a paz em Gaza seja selada durante o ano que vem,
04:49mais países do mundo islâmico passam paz com Israel,
04:52o reconhecendo diplomaticamente e isolando de uma vez por todas o Irã,
04:57que é o maior inimigo regional tanto dos Estados Unidos quanto do Estado judeu.
05:02A gente vai ficar de olho, talvez, amanhã, até mesmo pelo fuso horário,
05:06com os veículos israelenses, tenhamos detalhes de bastidores
05:10sobre essa nova conversa, esse novo encontro entre Trump e Benjamin Netanyahu.
05:15Luca Bassani, então, segue acompanhando todas as andanças do presidente Donald Trump
05:20e, claro, tudo mais o que aconteceu no cenário internacional.
05:24Obrigada pelas suas informações.
05:26Luca, a gente segue nesse assunto para a gente continuar comentando,
05:30então, justamente esses encontros.
05:32A gente vai conversar agora com o José Niemeyer,
05:35que é professor de Relações Internacionais
05:37e, gentilmente, nos atende neste momento.
05:41Professor, boa noite.
05:43Muito obrigada por nos atender aqui no Jornal Jovem Pan.
05:46A gente falou de vários assuntos hoje relacionados ao presidente norte-americano
05:50queria começar, então, falando um pouco do primeiro do dia
05:55que nós comentamos por aqui, que é a relação de Trump com a Venezuela,
05:59esse primeiro ataque que foi confirmado.
06:02Trump não respondeu, né, quando foi perguntado se tem novos ataques por vir.
06:06Até então, era uma coisa mais velada.
06:09O que o senhor pode dizer para a gente desse cenário?
06:13Oi, Beatriz.
06:14Eu ainda não tinha feito nenhuma entrevista com você aqui na Jovem Pan.
06:17Foi a primeira vez, muito prazer.
06:19Parabéns pelo programa, pelo jornal.
06:22Feliz Ano Novo, já adiantado a você, equipe.
06:26Sempre me tratam com muita gentileza na Jovem Pan.
06:29Bem, é importante deixar claro para o assinante da Jovem Pan
06:33que não houve nenhuma ação militar convencional.
06:37Não foram marines, nem tropas norte-americanas
06:40que desembarcaram na Venezuela.
06:42A informação ainda não é muito clara, mas o que deve ter acontecido
06:46são grupos de inteligência, podem ser o CIOs,
06:49podem ser grupos ligados ao CIO, ao NSA,
06:53que é National Secret Agents,
06:55que podem estar atuando já há algum tempo dentro da Venezuela
06:58e fazendo o que a gente chama de operações de sabotagem, né,
07:02com relação à ordem política venezuelana.
07:04Até para deixar claro para a oposição a Maduro
07:07que os Estados Unidos estão apoiando um, não digo um levante,
07:12mas um processo de deposição do presidente Maduro.
07:15Então, a CIA, os CIOs, que são ligados à Marinha Norte-Americana
07:20e esses grupos de inteligência estratégica podem ter atuado
07:23e parece que eles explodiram uma determinada infraestrutura na Venezuela.
07:29Mas nada ligado a uma ação convencional de desembarques e tropas.
07:34É importante também deixar claro para o assinante da Jovem Pan.
07:39Professor, a gente está falando, então, de conflitos, né?
07:43Também Donald Trump chegou a dizer hoje, então,
07:45que oferece ali uma segurança à Ucrânia,
07:49diz que o fim ali do conflito com a Rússia está próximo,
07:51mas ao mesmo tempo, mais cedo,
07:53diz que poderia voltar a atacar o Irã nessa reunião com o Netanyahu.
07:57Então, ele está com uma posição conflituosa, a gente pode dizer,
08:01porque Trump defende lá desde o início da campanha
08:03a paz, diz que queria acabar com esses conflitos,
08:07mas tem agido também quando acha necessário, né?
08:11É, há uma contradição nestas últimas ações do presidente Trump
08:15com relação ao Oriente Médio,
08:17porque se a gente analisar, e eu venho analisando já há alguns dias
08:20o documento que é a nova doutrina de segurança nacional
08:23dos Estados Unidos da América,
08:24fica claro no documento que os Estados Unidos
08:27não têm mais meios infinitos para objetivos infinitos.
08:30isso acabou, inclusive o presidente Trump faz uma crítica
08:34aos governos anteriores, né, que ainda acreditavam nisso,
08:38mas é uma maneira também de dizer que os Estados Unidos
08:40vão ter ações limitadas do ponto de vista da segurança internacional.
08:45A América do Sul vai ser um foco, a América Central,
08:48a parte norte do Atlântico até a Groenlândia,
08:51a parte norte do Pacífico até esbarrar nos interesses chineses
08:56nipônicos, né, dos japoneses, então está mais limitada
08:59a ação norte-americana a partir do novo documento.
09:02Então, quando o Trump, de uma hora para a outra,
09:04recebe o líder Netanyahu e faz menções ao Irã,
09:08ele está saindo um pouco da lógica das últimas semanas.
09:12Talvez seja para dizer, Beatriz,
09:13que ainda os Estados Unidos da América serão
09:16o agente principal da ordem internacional,
09:19mas ele fica claro no documento que não serão mais
09:22e que vão dividir a ordem internacional, principalmente por China,
09:27com Rússia, ali na parte leste do continente euroasiático,
09:30e com a própria União Europeia.
09:32Nos últimos meses, você vem assistindo
09:34um distanciamento dos Estados Unidos
09:37dos aliados tradicionais europeus, né,
09:39que é algo muito grave para o sistema internacional, eu diria.
09:42Talvez um dos fatos mais graves do sistema internacional.
09:45E a União Europeia recebeu essa responsabilidade
09:48e já está investindo muito mais em defesa europeia
09:51para criar, inclusive, uma farda europeia.
09:54O que é uma farda europeia?
09:56É você ter forças amadas europeias,
09:58não necessariamente que vão ser operacionalizadas
10:00a partir do comando da OTAN.
10:02Então, isso também é uma mudança grande
10:04na agenda de segurança internacional.
10:06Então, o presidente Trump, talvez,
10:07ele vá começar a fazer isso.
10:09O documento, a nova documento de segurança nacional
10:12dos Estados Unidos, limita
10:14o foco estratégico norte-americano,
10:17mas, em alguns momentos, principalmente para a mídia,
10:20ele vai permanecer com aquela postura
10:23dos Estados Unidos de um tempo anterior, né,
10:26quando os Estados Unidos podiam ganhar
10:28duas guerras ao mesmo tempo.
10:30Foi o cenário pós-segunda guerra mundial.
10:32Os Estados Unidos poderiam ganhar
10:33duas guerras ao mesmo tempo.
10:35Uma nuclear contra a União Soviética
10:36e outra convencional contra a China de Mao Tse-Tung.
10:40Mas isso mudou.
10:41E Trump parece que percebeu,
10:44acho até interessante ele perceber,
10:45acho, sinceramente, como presidente dos Estados Unidos,
10:48acho que ele ter conversado com seus assessores,
10:51com o pessoal do Pentágono,
10:52do Departamento de Defesa de Estado
10:54e com as outras assessorias,
10:56e eles terem percebido que o mundo
10:58será forçosamente multipolar,
11:01eu acho que vai ter um ganho,
11:03até para o sistema internacional.
11:05Mas, em alguns momentos, ele vai tentar mostrar
11:07que os Estados Unidos ainda são os mesmos.
11:08O professor estava falando um pouco
11:11sobre ações que Trump pode tomar.
11:15A gente faz muito isso no fim do ano,
11:16perspectivas e retrospectivas.
11:19Então, eu queria aproveitar para perguntar para o senhor
11:21a respeito desse primeiro ano de Donald Trump
11:23pós-campanha eleitoral,
11:25se ele cumpriu o que era esperado.
11:27A gente está falando de uma tentativa de fim
11:29de confrontos e conflitos,
11:30que ele disse que queria fazer,
11:32política mais dura de imigração.
11:33Dá para dizer isso?
11:34Que ele cumpriu o que disse que faria?
11:36Olha, Beatriz, eu sou um crítico do presidente Trump
11:41do ponto de vista até do perfil de liderança
11:43que ele exerce.
11:44Ele é muito alternativo, muito autoritário,
11:47ele vai e volta nas políticas que determina,
11:50mas ele teve alguns pontos positivos.
11:53A gente tem que admitir.
11:55A ação com relação à guerra do Hamas contra Israel
11:59e levar um nível de estabilidade,
12:02como nas últimas semanas a gente tem visto em Gaza,
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