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NotíciasTranscrição
00:00Terceira idade, um assunto que certamente interessa hoje a todos nós.
00:06Haja visto o aumento da população idosa que o mundo vem observar.
00:13Você provavelmente já deve ter tido a curiosidade de como seria a sua versão mais velha.
00:19Como seria a sua aparência, se teria cabelos brancos ou mesmo muitas fugas.
00:24Mas você sabia que a saúde física e mental são dois pilares importantes e que precisam dos devidos cuidados praticados ainda quando jovens?
00:35Afinal, você sabe quais riscos e problemas os idosos podem ter?
00:39No CheckUp de hoje, o Dr. Cláudio Lutenberg recebe o geriatra Marcelo Altona.
00:44Entenda como funciona o envelhecimento, qual o impacto das doenças nessa faixa etária e quais devem ser os cuidados necessários.
00:51Fique ligado, o CheckUp está no ar.
00:54Marcelo, seja muito bem-vindo.
01:07Obrigado, é um prazer participar hoje do programa. Obrigado pelo convite.
01:12Marcelo, quais são os primeiros sinais para a gente sentir que o nosso corpo está envelhecendo?
01:17A fisiologia do processo de envelhecimento é complexa, mas acho que o que chama a atenção são a aparência física do processo de envelhecimento.
01:27Então, no dia a dia, o que salta mais aos olhos é postura.
01:33Eu acho que a gente percebe um pouco da mudança do centro de gravidade.
01:38Então, frequentemente existe uma mudança ali da postura da coluna, o andar.
01:44Muitas vezes a gente percebe por conta dessa mudança.
01:47É algo aí que chama a atenção.
01:49A pele, que eu acho que fica super claro, né?
01:53Quando perde a elasticidade, a gente percebe um pouco uma pele mais seca.
01:58E aí, obviamente, a diminuição do colágeno contribui.
02:03Além de outras pequenas mudanças, como coloração de cabelo,
02:07com o formato ali da orelha, que às vezes aumenta um pouco, extremidades.
02:15Em geral, são essas aparências físicas que chamam mais atenção.
02:19O capítulo realmente é extenso, né?
02:21Dá para a gente discorrer horas a respeito, mas eu acho que no olhar, assim, inicial, é o que a gente mais percebe.
02:29E quando a gente fala sobre o organismo, que é a maneira como os leigos se referenciam ao funcionamento do corpo humano,
02:38as funções, o que você pode falar a respeito disso?
02:42O que me chama muito a atenção na prática clínica, especialmente quando a gente vai diferenciar uma pessoa adulta de uma pessoa idosa,
02:51eu acho que muda a resposta ao estresse.
02:55Eu acho que isso é o que mais chama a atenção quando você, como médico, está diante de um idoso, por exemplo,
03:02com uma complicação como uma infecção grave ou com uma insuficiência cardíaca descompensada, por exemplo.
03:10O que chama a atenção é que o idoso, por não ter uma resposta ao estresse tão florida quanto o adulto,
03:18a gente precisa ter um pouco mais de atenção sob risco de perder diagnóstico.
03:23A gente vê, às vezes, infecções graves onde se mantém a frequência cardíaca ou se mantém a pressão por mais tempo,
03:30onde, eventualmente, a gente não percebe uma mudança muito florida, uma febre ou algo assim,
03:37que é muito comum num processo infeccioso que a gente vê no adulto.
03:40Então, acho que essa mudança da responsividade do organismo ao estresse é algo que chama muito a atenção.
03:47Claro que com as doenças e com o acúmulo das doenças, outras nuances aparecem e que deixam o processo um pouco mais claro ainda,
03:58para a gente entender que é o idoso ou não.
04:01Mas, em geral, a fragilidade também é algo que a gente percebe muito no processo,
04:06que é essa dificuldade em resposta de citocinas inflamatórias à infecção.
04:11E é isso para um clínico que está acostumado a ver no dia a dia salta os olhos
04:16e a gente entende que a gente tem que ter mais atenção para determinados momentos como esses.
04:22Genética e envelhecimento.
04:24Com relação a como mudar a genética através do comportamento?
04:29O determinismo do processo de envelhecimento, acho que a genética já teve uma importância maior.
04:35Hoje em dia, quando a gente entende todo o processo, a gente entende que a genética já não é mais tão definitiva para o processo de envelhecimento.
04:47Se eu pudesse escolher algo ali para investir todas as minhas fichas para ter um bom processo de envelhecimento,
04:56eu investiria em bons hábitos, em medicina do estilo de vida, em cuidados.
05:01Mas o fato é que a genética está aí e a gente percebe isso muitas vezes na manifestação de algumas doenças,
05:09de câncer, de algumas doenças neurodegenerativas, mas eu acho que já foi mais importante.
05:15Agora, ainda mais com o avanço da terapia genética,
05:18a chance maior é que a gente consiga conter ainda mais essas alterações genéticas no processo
05:26e vai enaltecer ainda mais a qualidade de vida, as mudanças de estilo de vida para que a gente tenha um envelhecimento bem sucedido.
05:34Vamos falar um pouquinho de estrutura óssea.
05:36Dois aspectos importantes.
05:38Um, perspectiva de fraturas por questões ligadas ao cálcio, osteoporose.
05:45Dois, encurtamento.
05:48Os velhos ficam mais baixinhos, mais curvos?
05:50É, sem dúvida nenhuma, existe uma perda de massa óssea no processo de envelhecimento
05:58que se acentua nos homens a partir dos 50, nas mulheres muitas vezes está mais associada à menopausa.
06:06E essa perda de massa óssea, de densidade mineral óssea, contribui não só para doenças como osteoporose,
06:14aumentando a incidência de fraturas diante de quedas e diante de complicações da saúde,
06:20como também muitas vezes essas mudanças conformacionais no organismo.
06:25Então existe uma mudança da curvatura da coluna, uma desidratação muitas vezes dos discos
06:33e até diminuição das alturas das vértebras que contribuem de alguma forma
06:37para que a gente perca ali um pouquinho de altura nesse processo.
06:42Fisioterapia e suplementos trabalham a favor, trabalham contra ou são indiferentes?
06:48Acho que é essencial.
06:49Eu falo muito que na geriatria a fisioterapia não é reabilitação.
06:54A fisioterapia muitas vezes é remédio.
06:57Acho que tão importante quanto uma medicação para o controle de uma doença crônica,
07:02a fisioterapia adquire essa característica de ser essencial.
07:05É claro que um olhar para o fortalecimento muscular, para o treino do equilíbrio que é fundamental
07:14e também para a gente melhorar a nossa capacidade aeróbica vai auxiliar bastante
07:22para que a gente não veja a sarcopenia, para que a gente não perceba essa piora funcional
07:31que muitas vezes a gente percebe no processo de envelhecimento.
07:35Os suplementos a gente tem que tomar um pouco de cuidado, eu acho,
07:38porque a gente vive um mercado de wellness que está muito bem desenvolvido
07:44e muitas vezes a gente percebe o uso indiscriminado de suplementos
07:48como se fosse a alternativa para esses processos de perda de massa muscular e perda de massa óssea.
07:54Mas acho que os suplementos são essenciais especialmente diante de carências,
08:00diante de doenças como osteoporose, deficiência de vitamina D,
08:05diante de sarcopenia a gente precisa melhorar o aporte proteico,
08:10a gente precisa muitas vezes de substâncias que melhoram o desempenho do músculo.
08:15E aí substâncias como o whey protein, que também pode ser substituído por uma boa proteína alimentar,
08:21mas também eventualmente a creatina, a gente sabe que traz um benefício para o desempenho
08:27e para o fortalecimento muscular e consequentemente minimizando os impactos da perda de massa muscular e óssea.
08:35Estou me sentindo fazendo uma consulta com você,
08:37mas tem um paradigma importante que é a respeito da queda.
08:42A queda do idoso é uma coisa que muda a trajetória de vida daquela pessoa.
08:47Qual é a recomendação que você dá para as pessoas e a população que você atende no sentido de evitar as quedas?
08:54A queda é um elemento multifatorial no processo de envelhecimento.
09:00É pouco provável que uma queda com consequências catastróficas,
09:06que ela aconteça por um único motivo.
09:09Pode acontecer, mas não é o mais comum.
09:12O mais comum é que exista um conjunto.
09:14Então, enumero aqui alguns, a própria sarcopenia e perda de massa muscular
09:19acaba prejudicando muitas vezes a própria percepção, reflexos,
09:24que às vezes estão mais alentecidos no processo de envelhecimento,
09:28contribuem de alguma forma.
09:30A visão, acho que mudanças naturais do processo de envelhecimento,
09:34sem contar as patologias oftalmológicas.
09:37Então, às vezes uma dificuldade de percepção de profundidade que a gente percebe no envelhecimento,
09:44essa dificuldade de acomodação que a gente vê no cristalino,
09:48que às vezes numa mudança de posição, de foco,
09:51dificulta a formação da imagem,
09:54acaba de alguma forma prejudicando e facilitando a queda.
09:58E tem questões intrínsecas, por exemplo, ao labirinto,
10:03que a gente percebe no processo de envelhecimento,
10:06ele fica um pouco mais instável, existe essa instabilidade
10:09e uma propensão maior a desequilíbrio.
10:12Então, só contando esses três olhares,
10:14o músculo esquelético, o da visão e o do labirinto,
10:18você já tem vários motivos para cair.
10:21Se a gente colocar também dentro desse pote
10:24as doenças do processo de envelhecimento,
10:27então doenças neurodegenerativas,
10:30doenças como o Parkinson, que prejudica a questão motora,
10:34doenças osteoartrite e a própria osteoporose,
10:39que ajudam a prejudicar,
10:41eventualmente AVCs prévios que a pessoa possa ter tido,
10:45a gente tem aí um contexto muito grande que facilita isso.
10:49Aí como prevenir?
10:51Então, acho que a gente tem que ter esse olhar global para o paciente,
10:54para entender quais são as nuances,
10:57se é fisioterapia, se é o melhor tratamento de alguma doença,
11:01se é o fortalecimento muscular, o treino de equilíbrio,
11:04se é uma consulta com o doutor Cláudio,
11:06para dar uma olhadinha na questão da visão,
11:09ou, eventualmente,
11:11acho que é importante a gente olhar para o ambiente
11:14onde está aquele idoso.
11:15Então, eu jamais colocaria uma mesa baixa
11:20num ambiente onde um idoso está circulando
11:24e um idoso com risco de quedas.
11:26Tem que olhar para o sapato,
11:29para o calçado dele.
11:30Então, aqueles calçados,
11:32o chinelo de dedo,
11:33que o calcânio facilmente sai,
11:37são calçados que a gente tem que evitar.
11:40Então, não dá para ser uma sola emborrachada.
11:42A gente tem que tomar cuidado
11:43para que seja um calçado aderente.
11:46Então, é um ambiente bem iluminado.
11:48O idoso, muitas vezes,
11:49acorda de madrugada para ir ao banheiro urinar.
11:53Então, às vezes, está tudo escuro.
11:56Às vezes, a cama é muito baixa.
11:58Então, tem todo um olhar aí
12:00que a gente precisa de apoio.
12:02A gente precisa ter os banheiros adaptados.
12:04A gente precisa,
12:05porque, às vezes, está tudo bem,
12:07do ponto de vista,
12:09na medida do possível,
12:10do ponto de vista do processo de envelhecimento.
12:12Aquele idoso está equilibrado,
12:14mas, numa falha da iluminação,
12:17acontece uma catástrofe.
12:18E a gente sabe que uma fratura de fêmea,
12:20ou uma fratura de quadril,
12:22do osso do quadril,
12:24ou da coluna,
12:25pode ser catastrófica
12:26em termos de progressão
12:29de outros problemas de saúde.
12:31E a alimentação?
12:32Existe uma alimentação
12:33que é mais recomendada
12:35por envelhecimento?
12:37Ou a alimentação é algo
12:38que a gente segue uma rotina
12:40dentro daquilo que a gente está acostumado?
12:42Acho que a gente não tem que olhar diferente
12:44para a alimentação
12:45no processo de envelhecimento
12:46do que a gente faz
12:48com as pessoas
12:49numa idade adulta, por exemplo.
12:51A gente sabe, por exemplo,
12:52que a alimentação ideal
12:54é a dieta mediterrânea.
12:55É uma dieta
12:56que a gente tenha
12:58menos carne vermelha,
12:59mais fibras,
13:00mais vegetais,
13:02legumes,
13:02menos alimentos industrializados,
13:05ou seja,
13:06que a gente possa descascar mais.
13:08O que eu chamo a atenção
13:09para o processo de envelhecimento,
13:10o que eu acho que é interessante,
13:12algumas mudanças
13:13do mastigar,
13:15algumas mudanças
13:16na dentição,
13:18algumas mudanças
13:19no gosto,
13:20podem fazer com que
13:21aquele idoso
13:22consuma
13:23menos alimentos
13:25importantes
13:26de uma dieta
13:27mediterrânea,
13:28como, por exemplo,
13:29boas proteínas,
13:30como, por exemplo,
13:32bons vegetais
13:33e acabe
13:34se concentrando
13:36muito em carboidratos.
13:39E aí ele acaba
13:39se alimentando
13:40porque o carboidrato
13:41sustenta,
13:43mas ele perde muito
13:44das vitaminas
13:46e especialmente
13:47da proteína
13:48e com a perda
13:49muscular
13:50que a gente já observa.
13:52Então, o que eu percebo
13:52muito é
13:53que o idoso
13:54não consegue
13:55atingir
13:55meta proteica
13:57de alimentação
13:58um idoso
13:59com a saúde boa.
14:00provavelmente
14:02muito por
14:02essas alterações.
14:05Uma projeção
14:07realizada pelo IBGE
14:08indica que
14:08em 2070
14:09o Brasil terá
14:10pelo menos
14:1175,3 milhões
14:13de idosos
14:14em todo o país.
14:15Isso representa
14:16cerca de
14:1737,8%
14:19da população
14:19de pessoas
14:20com 60 anos
14:21ou mais.
14:22Ainda segundo o Instituto,
14:23de 2000 até 2023,
14:26o número de idosos
14:26no Brasil
14:27quase duplicou,
14:28passando de
14:298,7%
14:30para 15,6%.
14:32Pacientes do Dr. Marcelo,
14:38Helena Marino
14:38e Paulo Marino
14:39relatam quais os cuidados
14:41na rotina
14:42que ajudam
14:43na qualidade de vida.
14:44Levantamos cedo,
14:45às 7 horas da manhã
14:47estamos de pé,
14:48acordamos um pouco
14:49mais cedo,
14:49mas sempre aquela
14:50preguicinha na cama
14:52e às 7,30
14:54tomamos café,
14:55um café leve,
14:56a base de
14:57proteína,
15:01leite,
15:01ovos,
15:02frutas,
15:03pouco pão,
15:04o mínimo,
15:04quase nem sempre tem pão,
15:06quase nem sempre tem pão.
15:07Nunca tem pão.
15:08E depois começamos
15:10a nossa rotina.
15:12A Eliana se prepara
15:13para o trabalho,
15:13eu me preparo
15:14para fazer uma atividade física,
15:16normalmente faço corrida
15:17de manhã,
15:18duas ou três vezes
15:19por semana.
15:20O dia que eu faço corrida,
15:21às tardes,
15:22eu faço academia
15:24e estou dentro de casa
15:27fazendo o que for necessário
15:30para manter a casa viva,
15:32sair para fazer compras
15:34e cuidar da questão financeira
15:37da casa.
15:38Não só da casa,
15:39da família.
15:40Da família,
15:41dos filhos,
15:43um monte de gente.
15:45Então,
15:46essa é a minha rotina
15:48basicamente básica.
15:50Eu levanto três vezes,
15:52semana eu faço academia
15:53às seis da manhã,
15:55daí eu trabalho presencial
15:56todos os dias da manhã.
15:59Então,
15:59é muito essa coisa assim,
16:00eu saio para trabalhar
16:01entre oito e quinze,
16:03oito e meia,
16:03mais ou menos,
16:04e o Paulo toca
16:06a atividade da casa aqui.
16:08Super.
16:09E o cuidado dele,
16:10com ele também,
16:11né?
16:12O cuidado com a...
16:13A gente tem uma preocupação
16:14e uma atenção
16:16a como a gente vai estar
16:18daqui dez,
16:19quinze,
16:20trinta anos,
16:21porque a gente sabe
16:21que vai viver bastante.
16:23Então,
16:24já de muitos anos,
16:25a gente tem essa preocupação
16:26de como a gente vai estar
16:29e como o corpo
16:30que vai nos levar,
16:32né?
16:32O corpo,
16:33a mente,
16:34estarão aqui
16:35durante essa temporada toda
16:37para nos manter ativos,
16:38sadios,
16:39né?
16:40Sadios de mente e corpo.
16:41A gente mantém
16:42então essa atividade
16:43de academia
16:44para manter a massa,
16:45massa magra,
16:46né?
16:47Que hoje é importante
16:48na questão da idade
16:49que você vai perdendo
16:49um bom tempo.
16:51E em cima,
16:53é,
16:53essa parte aí
16:54eu me sinto muito bem.
16:55É,
16:55eu tenho uma prótese
16:57no joelho,
16:57eu tenho artrose
16:58já há mais de 20 anos
17:00e coloquei uma prótese
17:02há dois anos,
17:03né?
17:04E eu sei também
17:05que a condição física,
17:08né?
17:09Tá com as coxas
17:09bem fortes,
17:11o bumbum forte,
17:12tudo forte,
17:13sabe?
17:13Abdômen forte
17:14é o que vai te manter.
17:16Então,
17:17a condição física
17:18para mim,
17:18ela é assim,
17:19vital
17:20para eu poder
17:22me movimentar,
17:23para ter disposição.
17:24Adoro fazer academia cedo,
17:26não foi sempre não
17:27que eu gostei.
17:28Adoro fazer academia cedo,
17:30dar disponibilidade,
17:31dar disposição,
17:32dar vontade
17:32de fazer as coisas,
17:33sabe?
17:34E aqui a gente
17:35faz uma parceria
17:37muito grande
17:37nessa coisa de
17:38esse cuidado,
17:40sabe?
17:41A gente faz
17:42um lance
17:43de saúde preventivo,
17:45sabe?
17:46A gente faz
17:47check-up anual,
17:49a gente frequenta
17:50médico,
17:51a gente pede
17:52orientação,
17:53ai,
17:53tô tomando essa vitamina,
17:54não tô tomando,
17:55sabe?
17:55Essa coisa assim,
17:57nós acreditamos muito
17:58que se você
17:59tem tendência
18:00ou vai adquirir
18:01algum tipo
18:02de doença,
18:03se você consegue
18:04adquirir isso
18:04preventivamente,
18:06é muito melhor
18:07para cuidar,
18:08é muito mais fácil
18:08de cuidar.
18:09A gente conhece
18:10o doutor Marcelo
18:11há uns 10 anos,
18:13mais ou menos,
18:14né?
18:15E a gente brinca
18:16que ele é um jovem,
18:19né?
18:20E ele tem
18:20uma disposição
18:21muito grande
18:22para estar orientando,
18:23para estar conversando,
18:24para trazer situações
18:25de pessoas
18:26mais jovens
18:27e mais maduras
18:28do que a gente,
18:29que enfrentou
18:30situações difíceis.
18:32Então,
18:33ele é um mentor,
18:35assim,
18:35sabe?
18:36De repente,
18:36você chega lá
18:37e,
18:37doutor Marcelo,
18:38eu tô precisando
18:38falar isso,
18:39eu tô fazendo isso,
18:40o ortopedista
18:41falou para eu
18:42botar prótese,
18:43o que você acha,
18:44o que você não acha?
18:46Ah,
18:47estamos aqui agora
18:47vendo vacina da Dengue,
18:49o Paulo pensando,
18:50ai,
18:50vou perguntar
18:51se é legal
18:52eu tomar essa vacina
18:53com 73 ou não.
18:55Então,
18:55ele atua muito
18:56como um orientador
18:57para a gente
18:58e faz diferença,
19:00né,
19:00Paulo?
19:00E assim,
19:01é uma disponibilidade
19:02enorme,
19:03assim,
19:03sabe?
19:04Ele é um querido,
19:05mora no nosso coração.
19:07Para os jovens,
19:08se preocupar realmente
19:10com a atividade física
19:11de uma certa forma,
19:13mas sempre de forma
19:14equilibrada,
19:15com profissionais
19:16por trás
19:16da nossa orientação,
19:18não é necessário
19:20que seja uma coisa
19:20exagerada,
19:22é uma coisa básica
19:24para,
19:25no futuro,
19:25colher os frutos
19:26disso tudo,
19:27porque o exagero
19:29leva também
19:30a ter problemas físicos,
19:33então,
19:33tem que ter um cuidado
19:34muito forte com isso
19:35e para as pessoas
19:37de mais idade,
19:38eu inventaria
19:38que também
19:39vá atrás
19:40de profissionais.
19:41Existem atividades
19:42muito leves
19:43que as pessoas
19:43podem fazer
19:44para buscar o equilíbrio,
19:45para evitar quedas
19:46e estar forte
19:49muscularmente
19:50e a mente,
19:52né,
19:52tem a questão da mente,
19:53muita leitura,
19:54hoje a gente pratica
19:55isso,
19:56muita leitura,
19:56muita atividade
19:57intelectual,
19:59vai a shows
20:00e cinemas
20:01e teatro,
20:02então,
20:03a gente está
20:03sempre ativo,
20:04a questão de estar
20:05sempre ativo também,
20:07né,
20:07para poder ter
20:08uma qualidade de vida
20:11mais tranquila.
20:12eu acho que não tem
20:14momento para começar,
20:17né,
20:18eu acho que tem que ter
20:19a energia,
20:20tem que ter a vontade,
20:21tem que ter a coragem
20:22e entender
20:23que o futuro
20:25é a gente
20:25que está fazendo.
20:27Então,
20:28para as pessoas
20:28mais maduras,
20:31né,
20:31começa,
20:32dá uma andadinha
20:33no parque,
20:34atravessa o quarteirão,
20:35anda uma,
20:36dá uma andadinha,
20:37é uma,
20:37uma,
20:38cem metros,
20:38duzentos metros,
20:40sabe,
20:40mas se movimenta,
20:42sai de casa,
20:43o sol faz diferença
20:44na nossa vida,
20:46ver pessoas
20:46para fora de casa
20:47faz diferença também,
20:49então,
20:50nunca é tarde
20:50para começar,
20:52tem noventa,
20:53pega e vai,
20:55ah,
20:56não posso,
20:56não,
20:57espera um pouquinho,
20:58todo mundo consegue
20:58um pouquinho,
20:59que seja só um pouquinho.
21:01Vamos falar um pouquinho
21:02de neurologia
21:03e envelhecimento,
21:05Alzheimer,
21:07existe uma propensão
21:09maior que isso
21:10para acontecer
21:10em fases
21:11mais tardias,
21:12talvez pela própria
21:14teoria da questão
21:15da inflamação
21:16do sistema nervoso
21:17central,
21:18existe algum tipo
21:19de prevenção
21:21para isso,
21:22algum tipo
21:22de monitoramento
21:24para alguém
21:24que percebe
21:25o início disso,
21:27para evitar
21:27que isso
21:28chegue a uma situação
21:29tão ruim
21:30como a gente
21:31em determinados
21:32momentos clínicos?
21:33A gente está avançando
21:34muito na pesquisa
21:34do Alzheimer,
21:35né,
21:36os imunobiológicos
21:37recentemente
21:38chegaram no mercado
21:39com uma promessa
21:40de que eles pudessem
21:42realmente
21:43conter aí
21:44o avanço
21:45da doença,
21:46a verdade é que
21:47a gente ainda não tem
21:48respostas fabulosas
21:50com essas medicações,
21:51apesar de elas terem
21:52a sua indicação
21:53em alguns casos,
21:56eu acho que o cerne
21:57da doença de Alzheimer
21:58ainda está muito
21:59na prevenção,
22:00né,
22:00se eu tivesse
22:01que escolher
22:02algo ali
22:03para me concentrar
22:05quando eu vejo
22:07um jovem
22:08no consultório,
22:09por exemplo,
22:10com interesse
22:10em envelhecer bem,
22:11eu acho que a gente
22:11tem que concentrar
22:12bem em bons hábitos
22:13de vida, né,
22:14eu acho que
22:15um bom sono,
22:17um bom manejo
22:18do estresse,
22:19atividade física
22:20regular
22:20em todos os seus
22:22parâmetros
22:22muscular,
22:24aeróbico,
22:24equilíbrio,
22:26uma boa alimentação,
22:27com pouco produto
22:28industrializado,
22:29poucos tóxicos,
22:31né,
22:32pouco cigarro,
22:33menor quantidade
22:33de álcool possível,
22:35muita atenção
22:36com o sistema sensorial,
22:38né,
22:39com a visão,
22:39especialmente com a audição,
22:41a gente tem estudos
22:42que sugerem que
22:43aí um prejuízo
22:45na audição
22:46pode aumentar
22:48aí bastante
22:49o fator de risco
22:50para as demências
22:50como um todo,
22:51não só para a demência
22:52de Alzheimer,
22:53então,
22:53acho que se eu pudesse
22:54concentrar,
22:55eu concentraria
22:56nessas medidas
22:58como prevenção,
22:59e acima de tudo
23:00o controle
23:01das doenças crônicas,
23:03porque acho que se fala
23:03pouco no controle
23:05das doenças crônicas,
23:07porque a doença crônica
23:08é aquela doença
23:09assintomática
23:11na maior parte
23:11das vezes,
23:13que começa
23:14a manifestação
23:15inicial ali
23:17nessa fase
23:18da quarta,
23:19quinta década
23:20de vida,
23:21e como as pessoas
23:22não sentem,
23:24o que você não busca,
23:25você não diagnostica
23:26e você não controla,
23:27e aí você às vezes
23:29vê pessoas
23:2910, 15 anos
23:31convivendo
23:32com hipertensão,
23:33com deslipidemia,
23:35com diabetes,
23:36que aumentam
23:38todo esse processo
23:39de inflamação,
23:41que você falou,
23:42e acaba contribuindo
23:44muito
23:44para o desencadear
23:46dos quadros demenciais
23:48como um todo,
23:49e aí consequentemente
23:50Alzheimer também.
23:51E exercícios
23:51de memória
23:52são úteis?
23:53não só de memória,
23:55quando a gente fala
23:56em déficit cognitivo
23:58ou em demências,
24:01a memória
24:01é sempre o que salta
24:02mais aos olhos,
24:04quando a gente
24:05começa a perceber
24:06a perda
24:07da memória,
24:08especialmente dos entes
24:09queridos
24:09ou do nosso paciente,
24:11mas a verdade
24:11é que não é só
24:12a memória,
24:13acho que exercícios
24:14para a memória,
24:15mas que também
24:15estímulos intelectuais
24:17e cognitivos
24:18que atinjam
24:19todos os domínios
24:20cognitivos
24:21de aprendizado,
24:22atenção,
24:23capacidades
24:24de realização
24:25de tarefas complexas,
24:27acho que tudo isso
24:28é muito válido.
24:29Obviamente pessoas
24:29adultas,
24:30jovens
24:31ou idosos jovens
24:33nem sempre precisam
24:35de um estímulo
24:36neurocognitivo
24:38focado e específico
24:39quando não existe
24:40nenhum sinal
24:42de perda cognitiva,
24:44mas acho que a gente
24:45precisa sempre
24:46ousar aí
24:47e colocar
24:47o nosso intelecto
24:48em prática.
24:49Então novos aprendizados,
24:51novos projetos,
24:54arriscar fazer
24:55coisas novas,
24:56acho que
24:56a inércia
24:59do cérebro
25:00é o pior
25:01inimigo
25:03para o desenvolvimento
25:04da demência.
25:05Saúde mental
25:06e envelhecimento,
25:07ansiedade
25:08e depressão,
25:09algum capítulo
25:10em particular?
25:11Acho que
25:11caminham juntos,
25:13a gente sabe
25:13que no processo
25:14de envelhecimento
25:15existe um aumento
25:16da incidência
25:17das doenças
25:18do transtorno do humor
25:20como ansiedade
25:20depressão
25:21e depressão
25:21que muitas vezes
25:21estão na gênese
25:23de quadros
25:24demenciais.
25:26Acho que a gente
25:27não pode subestimar
25:28os quadros
25:29ansiosos e depressivos
25:31no idoso.
25:32Apesar das muitas mudanças
25:33que o idoso
25:34vive
25:35durante o processo
25:36de envelhecimento,
25:37acho que minimizar
25:38essas mudanças
25:39e sintomas associados
25:41a essas mudanças
25:41é um erro grande
25:43porque
25:43é nesses momentos
25:45das doenças
25:46do humor
25:46não tratadas
25:47que a gente
25:48muitas vezes
25:49percebe
25:49descompensações
25:50de outras
25:51doenças crônicas
25:53e outras
25:54complicações
25:54que vão
25:55agravar
25:56e deixar
25:57esse idoso
25:57mais dependente
25:59emocionalmente,
26:01fisicamente,
26:02que é o que a gente
26:02não quer
26:03no processo
26:03de envelhecimento.
26:05A gente quer autonomia,
26:06a gente quer independência,
26:08a gente quer
26:08não dar trabalho
26:09para as outras pessoas,
26:11então
26:11acho que olhar
26:12para a questão
26:13ansiedade
26:14de depressão
26:14é fundamental.
26:15Medicamento
26:16e apoio familiar,
26:18como lidar?
26:19Porque muitas vezes
26:20a gente vê
26:20uma sensação
26:21de abandono
26:22no idoso.
26:23Como a gente pode,
26:25logicamente,
26:25além de motivar
26:26para a família,
26:27mas conscientizar
26:29essa rede
26:30de apoio
26:31que no fundo
26:31deveria ser até
26:32um comportamento
26:33de natureza social,
26:34uma cultura.
26:35O que você poderia
26:36falar com a tua
26:37vivência dentro da área?
26:38Acho que a adesão
26:39ao tratamento
26:40é algo muito complexo
26:42na geriatria.
26:43Eu chamo de adesão
26:45o que acontece
26:46a partir do momento
26:47que o paciente
26:47sai do consultório
26:49e vai para casa
26:50com aquela lista
26:51de afazeres
26:52que nem sempre
26:53são medicamentos
26:55e acho que ele cumprir
26:57toda aquela sugestão
26:59e aquela lista
27:00de afazeres
27:01recomendados
27:02pelo seu médico
27:03é uma tarefa
27:03árdua e complexa
27:05que a gente
27:06na maior parte
27:07das vezes
27:07tem que estimular
27:09que o idoso
27:09faça de maneira autônoma,
27:11mas muitas vezes
27:12não é possível
27:13dependendo da condição.
27:15Aí eu acho que
27:15entra a família.
27:16A família tem que
27:17primeiro respeitar
27:19a individualidade
27:20do idoso,
27:21respeitar as vontades
27:23do idoso,
27:24mas ao mesmo tempo
27:24estar ali
27:26no rescaldo
27:28enfim,
27:30para diante
27:30de alguma
27:31dificuldade
27:33em fazer
27:34aquelas orientações,
27:35executar aquelas orientações
27:36para que a gente
27:37possa estar presente.
27:38confesso que
27:39nem todo idoso
27:40aceita,
27:41às vezes demora
27:42para que isso aconteça.
27:43A minha sugestão
27:44é que a pessoa
27:45esteja lá,
27:46ficar disponível
27:47é importante,
27:50porque em algum momento
27:52o idoso vai reconhecer
27:53a necessidade.
27:55Eu brinco que
27:55comer pelas beiradas
27:56é um bom começo
27:58para esse perfil
27:59de idoso
28:00que não aceita ajuda.
28:01acho que é o nosso papel
28:02como família
28:03e obviamente
28:04entender
28:05se aquela recusa
28:06tem uma causa
28:08patológica,
28:09porque às vezes
28:10em quadros
28:11demenciais iniciais
28:12ou em quadros
28:13depressivos
28:14importantes,
28:15aquela recusa
28:16tem como causa
28:17aquela doença.
28:19Então,
28:19tratar
28:20e iniciar um tratamento
28:21para aquela doença
28:22para deixar
28:23aquele idoso
28:24também mais
28:25suscetível
28:26à ajuda
28:27pode contribuir
28:28para o tratamento.
28:29Cuidados na terceira idade.
28:31eu acho que acabou
28:31sendo uma aula
28:32para meu benefício
28:34também.
28:35Eu queria agradecer
28:36a tua presença
28:37aqui no nosso
28:38check-up.
28:38Muito obrigado,
28:39Marcelo.
28:39É um prazer,
28:40parabéns pelo programa
28:41que eu assisto
28:42e sou fã
28:43e espero poder
28:44contribuir
28:45mais um pouquinho
28:46para o processo
28:48de envelhecimento
28:48e para as pessoas
28:49que estão assistindo.
28:50O check-up
28:51fica por aqui.
28:52Hoje nós falamos
28:53sobre cuidados
28:54na terceira idade
28:55e tivemos o prazer
28:57de receber
28:57o doutor
28:58Marcelo Altona,
28:59ele que é médico
29:00geriatra
29:01do Hospital Israelita
29:02Albert Einstein.
29:04Se você tem sugestões,
29:05se você quer
29:06fazer qualquer tipo
29:07de comentário
29:08ou simplesmente escrever,
29:10anote
29:10doutorcláudio
29:12arroba
29:12jovempan
29:13ponto com
29:14ponto br.
29:16No check-up de hoje
29:17você viu
29:18como a genética
29:19pode impactar
29:20no envelhecimento,
29:21o uso de suplementos
29:22e alimentação
29:23adequada
29:24para a faixa etária,
29:25como a fisioterapia
29:26ajuda no fortalecimento
29:27do corpo,
29:29além da importância
29:30da presença familiar
29:31para os idosos.
29:37CICAP Jovem Pan
29:39Condutor Cláudio Lotenberg
29:41A opinião
29:44dos nossos comentaristas
29:45não reflete necessariamente
29:47a opinião
29:48do grupo
29:48Jovem Pan
29:49de comunicação.
29:54Realização
29:55Jovem Pan News
29:56Jovem Pan News
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