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Alberto Leite, presidente do Grupo FS, é o convidado do Show Business. Ele analisa como o avanço da tecnologia geral permitiu o aumento da "superfície de ataques" e, consequentemente, elevou a preocupação das empresas com a cibersegurança.

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00:00Ele comanda um grupo que tem vários tipos de serviços em tecnologia, incluindo o tema mais quente do setor e do setor corporativo,
00:12cibersegurança.
00:14Nós vamos conversar com Alberto Leite, presidente do Grupo FS.
00:21Alberto, obrigado pela presença aqui no nosso estúdio.
00:24Qual que é o tamanho da prioridade que as empresas têm tido quando o assunto é segurança?
00:33Me saiba a segurança. Primeiro, obrigado por mais uma vez estar aqui.
00:37Eu estava falando contigo aqui nos bastidores tem quase dois anos.
00:40Quase dois anos, exato.
00:42Mas a gente se encontrou em outros podcasts, no meio desse caminho aí.
00:46E também em alguns assuntos quentes aí que eu te dei, trocamos umas palavras em algumas situações.
00:51É sempre um prazer estar aqui.
00:53Olha, o que eu tenho notado?
00:55Eu tenho notado que a preocupação e o investimento aumentou muito, sobretudo nos últimos 12 meses.
01:01Já vinha aumentando, a gente já vinha notando um aumento substancial nos orçamentos das grandes companhias, sobretudo,
01:07em saiba a segurança, mas a gente nos últimos 12 meses notou um aumento maior do que a média nos últimos 5 anos.
01:17Isso é meio óbvio que eu vou dizer, né?
01:19As empresas, os CEOs, os conselhos de administração estão vendo o que está acontecendo no mundo.
01:25Um aumento exponencial de tentativas e de ataques efetivos em termos de cibersegurança.
01:31Infelizmente, como quase todas as ferramentas de tecnologia, elas podem ter vários usos.
01:40E a IA pode ser usada para melhorar a ciência, a saúde, a educação, pode ser usada para milhares de aplicações que são ótimas para a sociedade.
01:51Mas ela também difunde conhecimentos e técnicas que podem não ser saudáveis para a sociedade.
01:58Entre elas, ciberataques.
02:01E a IA permitiu, não exatamente ela permitiu, mas a tecnologia, a ferramenta,
02:09acho até que a IA não devia ser classificada como ferramenta, mas a tecnologia em si,
02:13ela permitiu um aumento muito grande da, que a gente chama assim, tecnicamente falando, superfície de ataque.
02:17Você consegue fazer muito mais ataques a várias plataformas diferentes, no celular, no PC, na rede, no roteador.
02:26As superfícies de ataques ampliaram bastante, né?
02:29Você acaba usando tecnologia cada vez mais e mais e mais e mais e isso dá mais possibilidade.
02:35Não tão distante, o Brasil experimentou algumas coisas horrorosas nos últimos meses,
02:42seja no setor financeiro, seja em outros setores, em que empresas sofreram muito, o sistema financeiro sofreu bastante.
02:47Hoje o setor mais vulnerável é o setor financeiro?
02:50Eu não diria o mais vulnerável, é o mais cobiçado.
02:55Porque o sistema brasileiro, e a notícia é boa, é essa, o sistema brasileiro bancário é relativamente muito bem protegido.
03:04E eu tô falando isso não só o real brasileiro, se você comparar Brasil contra Brasil, vem melhorando a cada dia,
03:12mas comparado com os outros países, inclusive países desenvolvidos, nós somos muito bem, nós somos muito bem assistidos.
03:18Isso não significa que é imune, mas é muito bem assistido.
03:21Hoje, esse braço, porque você comanda um grupo, com algumas empresas e, como eu falei, com alguns braços, com serviços de tecnologia.
03:33Cibersegurança representa o que no seu grupo?
03:3760%.
03:3760%.
03:37É o nosso maior negócio.
03:40É o maior negócio.
03:41É o nosso maior negócio.
03:42Se comparar com anos atrás, teve um aumento?
03:46Eu imagino que sim.
03:47Ou você sempre começou com cibersegurança?
03:50Foi 100% já, né?
03:51Porque a gente começou com cibersegurança.
03:52Vocês começaram com cibersegurança.
03:53Então foi 100% e a gente vem...
03:55Aí o grupo vai crescendo, vai administrando outros negócios, mas de forma que ainda é o nosso negócio principal,
04:02é onde a gente mais investe, o maior número de capex nosso é o maior...
04:05É o nosso negócio de maior concentração.
04:07Óbvio, nós estamos nascendo um negócio muito grande, assim, do ponto de vista de investimento para o nosso grupo,
04:12que é Data Center, mas ele ainda vai gerar faturamento.
04:16O faturamento hoje é efetivo, 60% vem de cibersegurança.
04:19Ô Alberto, como é que vocês, todos, todo o seu time se aprimora quando o assunto é cibersegurança?
04:27E como você falou aqui, o Alberto já esteve há quase dois anos, ou faz dois anos aqui no programa,
04:34mas esse tema é tão quente que é cibersegurança, inteligência artificial,
04:39tem tanta novidade que eu posso...
04:42Não sai da pauta.
04:43Não, eu acho que não sai da pauta.
04:45Eu acho que eu posso te chamar a cada semestre, que vai ter notícia, vai ser...
04:50Mas vamos voltar à minha pergunta.
04:51Como é que você e o seu time se aprimoram com tanta novidade,
04:57e sobretudo novidade, porque vocês têm que estar à frente dos atacantes, né?
05:03À frente dos ataques acares.
05:05Olha, a gente tem várias formas de aprendizado,
05:09mas a regra geral é aprendizado contínuo.
05:13Isso é a regra geral.
05:14A regra um pouco mais específica, nós temos uma rede de contatos com empresas internacionais
05:20e especialistas internacionais intensa.
05:23A empresa é muito aberta para trocar conhecimento, fazer conhecimento.
05:27Segundo, nós temos uma política no RH de onboarding muito forte,
05:31que incentiva esse tipo de aprimoramento, desde a entrada do colaborador na nossa empresa.
05:37E a questão do team building, né?
05:40Nós somos uma empresa, desde sempre, que conversa bastante, troca muito.
05:45Então, o ponto é...
05:47Nós estamos numa indústria que é super intensa em conhecimento.
05:51Como você bem disse, a gente tem que estar...
05:53antecipar movimentos.
05:55E não estando antecipando, a gente tem que ter uma capacidade de reação muito rápida.
05:58Então, se você não tem uma base tecnológica e uma base de conhecimento importante,
06:03você fica para trás muito rápido.
06:05Sucumbe muito rápido.
06:07Você é eternamente uma indústria que está trabalhando o tempo todo, 24 horas, 24 por 7 o tempo todo.
06:12Qual foi o caso mais complexo que você se deparou?
06:15A gente teve um sequestro num laboratório muito grande, que foi o mais complicado para nós.
06:21Sequestro de dados, né?
06:22Porque havia uma pressão muito grande para se pagar o que pedíamos de recompensa.
06:28E a nossa clara disposição era que não houvesse isso.
06:33Embora nós não trabalhamos muito esse trabalho florence, de investigações e tal,
06:37a gente é muito mais uma retaguarda de produtos.
06:39Mas a gente insistia que aquilo não seria uma boa ideia.
06:42e a gente tentava fazer uma recuperação daqueles dados,
06:46junto com o pessoal de cloud da empresa,
06:49a turma que tem o armazenamento dos dados,
06:52a gente fazia um trabalho de recuperação grande.
06:55E era uma corrida contra o tempo,
06:56porque quanto mais tempo passava a gente ia recuperar,
06:58mais a ansiedade aumentava, tentativa de pagar.
07:00E a gente sabia que aquilo era uma coisa extremamente complexa.
07:03É uma empresa de capital aberto?
07:05Capital aberto.
07:06Como é que é lidar nesses momentos, Alberto?
07:09Com atenção mesmo, né?
07:11É comportamental.
07:12Porque você é comportamental.
07:14É comportamental.
07:16É o maior desafio.
07:16Você lida com os conselhos de administração,
07:19você lida com o presidente,
07:20você lida com os investidores,
07:22você lida incluindo com a mídia.
07:24É.
07:25É uma pressão,
07:26é uma pressão, assim,
07:28é muito comportamental,
07:29porque existe uma ansiedade,
07:31tem muitas,
07:32as perguntas principais que vêm,
07:33por quê?
07:33Logo comigo?
07:34O que ia acontecer?
07:35Onde ia ocupar?
07:36Até aqui dentro?
07:37E a sua resposta?
07:38Quais são as suas respostas?
07:39As respostas quase nenhumas podem ser ditas,
07:42porque elas são inconclusivas naquele primeiro momento,
07:45mas a ansiedade de encontrar,
07:48e a nossa concentração é recuperação,
07:52restabelecer o sistema.
07:53E como a gente garante que aquele sistema sope,
07:57e nós, enquanto empresa de serviço de segurança,
07:59garantimos que não vai ser invadido novamente.
08:01Então,
08:01a nossa prioridade é a concentração total nisso.
08:05Agora,
08:05o comportamental é o que pega as ansiedades,
08:09que é completamente compreensível, né?
08:11É.
08:11É o que perdeu,
08:12como é que faz,
08:13o que aconteceu.
08:14Esses casos do sistema financeiro,
08:16onde a perda não é só o dado,
08:19a perda é financeira real,
08:20saque na conta,
08:21isso ainda é mais doloroso,
08:23porque o prejuízo, assim,
08:25é total.
08:26Você olha aquele,
08:27como se virou fumaça as suas reservas.
08:31Quando é só o sistema, né?
08:32Quando é o sistema e não tem o dinheiro,
08:35há sempre uma situação do...
08:39Ainda bem que foi só o sistema e não levou
08:41o financeiro efetivamente,
08:45o efetivo, né?
08:46Mas são situações que é melhor não passar.
08:50É a dica de ouro,
08:51melhor não passar.
08:52A história de prevenir é o melhor remédio,
08:55é super clássica nesse caso.
08:57Mas tem uma fórmula de prevenção
09:00de uma empresa,
09:01uma coisa básica que ela tem que fazer
09:04para se proteger dos ataques?
09:07Tecnologia,
09:09time,
09:09prioridade e processo.
09:11Isso com uma cadência o tempo todo.
09:14Não para esse negócio.
09:15Então, o fato de você ter feito
09:17um grande plano há dois anos atrás
09:19e parou o investimento,
09:20ou não tem time,
09:21ou o processo está falho,
09:23você vai acontecer de novo.
09:25Esse é um negócio, assim,
09:26que...
09:27Porque cada empresa tem uma certa história,
09:29né?
09:29Sua cibersegurança.
09:30Cada empresa tem uma certa configuração,
09:32arquitetura de sistema.
09:34Tem um jeito que lida com o banco de dados,
09:36um jeito que lida com o...
09:38Como foi montado aquele sistema,
09:40as portas que estão abertas para o mundo.
09:42Então, cada empresa é uma certa história.
09:45Mas o básico,
09:45e eu estou sempre tentando te falar
09:46o que é genérico,
09:48é confiar no processo.
09:50No processo,
09:51você precisa confiar naquele processo.
09:53Porque parar no meio do caminho
09:56nesse processo,
09:57ou o time não é capaz
09:59de conseguir acompanhar um processo novo,
10:02isso geralmente é onde dá o problema.
10:04E o que eu vejo-se muito,
10:05que infelizmente,
10:06é que quando há o ataque,
10:07dia seguinte há um grande plano
10:09para melhorar o que a gente chama
10:11de nível de maturidade
10:12da empresa em ser uma segurança.
10:14Sair do nível,
10:16vamos supor que fosse 0 a 10.
10:17Sair do nível 0 para o 6,
10:19e depois de dois anos,
10:20chegar no 8,
10:21e depois de três anos,
10:22chegar no 10.
10:22Mas quando chega meio que no 6,
10:23não aconteceu nada,
10:24e botou muito dinheiro,
10:26para.
10:27Só que parar,
10:28não significa que você ia parar no 6,
10:29significa que ano que vem
10:30você está no 3.
10:31Então,
10:32é por isso que tem que confiar
10:33no processo e investir sempre.
10:35Deixa eu sair um pouquinho
10:36desse assunto de cibersegurança,
10:38porque o assunto é quente,
10:40e todo mundo se preocupa,
10:42de fato,
10:42não só as empresas,
10:44como as pessoas físicas,
10:46e deixa eu ir para um mundo
10:48que também está muito quente,
10:50que é o mundo dos data centers,
10:52dos centros de dados,
10:54porque nos últimos meses,
10:56foi anunciado que você vai investir
10:591 bilhão e 800 milhões de reais
11:04para construir 3 data centers
11:07no Brasil.
11:11Por quê?
11:11De onde que você tirou
11:13essa decisão
11:15alocar aí quase 2 bilhões de reais
11:19na construção desses data centers?
11:22Eu tenho uma convicção muito grande,
11:24e aí eu vou te dar um pouco de história,
11:26e tentando resumir
11:30para não ficar prolixo aqui.
11:31Mas eu vou te dar um dado.
11:33Em 2019,
11:3690% dos data centers do mundo
11:38usavam CPUs.
11:41CPUs é aquela da famosa
11:42Intel Insight,
11:43todo mundo tinha no computador,
11:45no notebook Intel Insight.
11:46É a CPU,
11:47que é um nível de processamento
11:49quase que analógico
11:50comparado com hoje.
11:52Seis anos depois,
11:532025,
11:54os dados que nós temos,
11:56só apenas 10% são CPUs,
11:5890% são GPUs
12:00em data centers
12:01de alta performance.
12:02Então,
12:02o que eu quero te dizer é o seguinte,
12:03a tecnologia cresce
12:05de uma forma exponencial.
12:07Geopoliticamente,
12:08eu acho que o jogo
12:09é poder computacional.
12:11O que está em jogo no mundo
12:12é quem tem a maior capacidade computacional.
12:14e isso significa o quê?
12:17Que os grandes centros
12:18de processamento de dados
12:20serão a espinha dorsal
12:22desse novo mundo
12:25onde talvez não seja o petróleo,
12:27que foi há 100 anos,
12:29ou talvez não fosse da máquina a vapor
12:31200 anos atrás,
12:32mas será nos centros de dados
12:34a capacidade de transformar energia
12:36em poder computacional
12:37será o grande diferencial no mundo.
12:41E você veja o que está acontecendo
12:42no mundo atualmente, né?
12:44Você vê que a grande disputa
12:48no mundo hoje,
12:49a bipolaridade entre China e Estados Unidos,
12:52acontece grande parte dela
12:54por problemas de quem ganha a corrida.
12:59A corrida do poder computacional.
13:01Você vê que os Estados Unidos
13:02proibiam a NVIDIA
13:04de vender para os chineses
13:06as placas de maiores poderes computacionais.
13:09E aí tem um detalhe importante
13:11que talvez tenha uma vantagem
13:12para o Brasil importante nisso.
13:15Hoje, nenhuma revolução na história, tá?
13:18Em todo o que a gente se conhece de história,
13:20nenhuma grande revolução
13:21como nós estamos vivendo
13:22em inteligência artificial
13:23dependeu apenas de um fornecedor.
13:27Hoje, data center,
13:28inteligência artificial,
13:29passa para o semicondutor,
13:30que passa por uma empresa
13:32altamente especializada
13:33que se chama TCS,
13:35TSMC,
13:36Taiwan Semiconductors.
13:38Essa empresa detém
13:40dos semicondutores,
13:42dos chips altamente complexos,
13:44detém 99%
13:46da produção dos chips,
13:49dos semicondutores
13:50de 7 namômetros.
13:52Um namômetro
13:54é mais ou menos
13:54um bilionésimo do metro.
13:57Você vê,
13:57os caras são tão bons
13:59que eles conseguem
14:00colocar
14:01esse tipo de fração
14:03em um componente.
14:05Você imagina,
14:06isso é tão pequeno
14:07que um iPhone
14:08tem mais ou menos
14:08uns 18 a 20 bilhões
14:11de componentes
14:11do tamanho
14:12de um coronavírus.
14:14Um vírus,
14:15do coronavírus.
14:16Um iPhone tem isso.
14:18Eu vou te dar outra perspectiva
14:19disso e por que a gente
14:20investiu nisso.
14:20quando o homem
14:23foi para a Lua
14:23na nave Apolo,
14:26o poder computacional
14:28é equiparado
14:28a um iPhone 15.
14:31Em 60 anos
14:33nós saímos disso.
14:34Agora,
14:34outra coisa,
14:35notícia maravilhosa.
14:36O preço
14:37é um milhão
14:38de vezes menos
14:38do que o computador
14:40da Apolo.
14:40Então,
14:41é uma das poucas indústrias
14:43na história conhecida
14:44nossa
14:44em que você
14:46teve o famoso
14:47que os economistas
14:48dizem,
14:48não tem almoço grátis.
14:49There is no have a free lunch.
14:51Talvez tu for um free lunch
14:52para a sociedade.
14:53Você cresceu
14:54a capacidade computacional
14:55e o preço caiu.
14:57Em quase nenhuma indústria
14:58você consegue oferecer
15:00mais por menos
15:01all the time.
15:02Que é a famosa
15:02lei do Moore lá,
15:04do Gordon Moore,
15:04que ele diz
15:06que o poder computacional
15:06dobra a cada dois anos.
15:07Serão três
15:08centros de dados
15:10que você vai...
15:10Eu vou fazer três.
15:11Três.
15:11Qual é a premissa?
15:12A gente acha
15:13que essa corrida não para.
15:15E a gente acha
15:16que o Brasil
15:16tem vantagens enormes
15:17para competir.
15:18Por quê?
15:18Por conta da energia?
15:19Nós temos energia,
15:21energia limpa.
15:22Nós temos um mercado
15:24local, doméstico
15:26muito grande.
15:27Nós somos um país...
15:28Agora estamos com várias questões
15:30com os americanos
15:30depois que o Trump entrou e tal.
15:32Mas até antes
15:32da administração do Trump,
15:33nós temos 200 anos
15:35de boa relação comercial
15:36com o mundo.
15:38O Brasil é friendly.
15:39E para a geopolítica hoje,
15:41você ter países
15:42onde você fabrica coisas
15:44é muito importante.
15:45Você falou do Trump,
15:46você acha que o Trump
15:47não atrapalha na questão...
15:48Eu acho que essas medidas
15:49atrapalharam.
15:50Atrapalharam.
15:51Porque você vê,
15:53os Estados Unidos
15:54é exportador para o Brasil
15:56líquido em 90%.
15:58Ou seja,
15:59da nossa balança
16:00de comércio
16:01de tecnologia
16:02com os Estados Unidos,
16:03os Estados Unidos
16:04têm 90% sobre nós.
16:05era natural
16:07que uma forma
16:08de retaliar do Brasil
16:09fosse olhar
16:10para as empresas
16:11de tecnologia
16:11e dizer,
16:11ó, vou tarifar.
16:13Você está me tarifando
16:14aí no café,
16:15na manga,
16:16no abacaxi,
16:17na carne,
16:18eu vou te tarifar
16:19também nesses...
16:20Então, isso
16:21cria um certo clima
16:22de insegurança.
16:24Que, obviamente,
16:25isso não é dito,
16:25mas isso é percebido.
16:28Acho que o governo também,
16:30o governo brasileiro,
16:31na parte de regulação
16:32se atrapalhou.
16:32Mandou muitas medidas
16:33provisórias
16:34sobre o mesmo assunto
16:35em pouco espaço de tempo.
16:36Então, quando você tem
16:37muitas regulações chegando,
16:38você não sabe ainda
16:39qual que vai ficar,
16:40isso meio que o investidor,
16:42sobretudo em infraestrutura,
16:44que é um caso de data center,
16:45investimento mais pesado,
16:47você dá uma assustada.
16:48Fala, bom,
16:49eu vou esperar,
16:50ver o que acontece
16:51para saber qual é a regra
16:52do jogo, né?
16:53O jogo vai ter 90 minutos,
16:54vai ser 11 contra 11,
16:55vai ter um goleiro,
16:56a trave vai ser...
16:57Qual é a regra?
16:58Vai ter impedimento?
16:59Vai ter impedimento?
17:00Qual é a regra?
17:00Como vai ser a regra
17:01do cartão vermelho?
17:02Você precisa da regra.
17:03Qual é a regra?
17:03Seja lá qual força,
17:05você precisa da regra.
17:05Mas eu acho que o Brasil,
17:06porque nesse mundo
17:08da geopolítica aí,
17:09o Brasil tem outra vantagem,
17:11e que eu até,
17:12eu falo pouco disso
17:14quando me perguntam
17:14no podcast
17:15porque eu estou investindo nisso,
17:16mas que é uma vantagem.
17:17O Brasil em terras raras,
17:19em minerais raros,
17:20o Brasil tem uma reserva
17:21muito importante.
17:22O que nós não temos
17:22é o processamento
17:24desse mineral
17:25e a mineração dele.
17:27mas o Brasil tem terra rara,
17:29tem nióbio pra caramba,
17:30tem muita terra rara aqui
17:32e pode ser um diferencial enorme.
17:34Sim, mas isso foi determinante
17:36na escolha dos lugares,
17:39dos data centers,
17:40onde serão?
17:42Aí a gente entrou
17:42no micro detalhe
17:44que foi,
17:44bom, uma vez dito
17:45que vamos investir nisso
17:46por essas razões,
17:48porque no Brasil
17:48tem uma vantagem
17:49e no mundo vai viver
17:50de poder computacional,
17:52a gente foi pro...
17:54Bom, aí agora
17:55aonde nós vamos colocar?
17:56E aí, obviamente,
17:57que a gente tem
17:58uma questão central.
18:00A questão de disponibilidade
18:02de energia,
18:03tanto na geração
18:05quanto no transporte
18:06da energia.
18:06Então, quando você olha
18:07pra uma decisão
18:08em data center,
18:09ela passa pela decisão
18:11de disponibilidade energética.
18:13Então, a nossa decisão
18:14priorizou também
18:15onde tem energia
18:16e essa energia também
18:18pode ser gerada
18:19como limpa.
18:20Em estados
18:21em que são superavitários
18:22na geração,
18:23tem capacidade
18:24na transmissão
18:25e o grid dele
18:27onde está sendo
18:27feita a energia
18:28é também
18:28majoritariamente limpo,
18:30ou seja,
18:31de fontes renováveis.
18:33Aí a gente escolheu
18:34o estado do Piauí,
18:36escolhemos o estado
18:37do Ceará
18:37e o estado do Paraná.
18:39A gente tem muito...
18:41tem três grandes terrenos
18:43aqui em São Paulo
18:43e está olhando
18:44um grande terreno...
18:44Saiu de São Paulo
18:45e Rio de Janeiro,
18:46porque a maior parte
18:46dos data centers
18:48do Brasil...
18:48São Paulo.
18:49São Paulo, né?
18:49São Paulo.
18:50Mas aí você também...
18:53Aí fora a energia
18:54você tem algumas questões.
18:55A gente acha
18:56que a nossa tese central
18:59é que data center
19:00é uma competição global.
19:02Não há como você
19:03pôr data center
19:04sem imaginar
19:05que pode vir
19:06os gringos aqui
19:06comprarem
19:07o seu poder computacional
19:08e exportarem
19:09para os países dele
19:10ou para outros países.
19:11Dito isto,
19:13é importante
19:14você ter
19:15um data center
19:16onde os equipamentos
19:17possam ser importados
19:19com zona
19:20de free tax,
19:22com zona
19:22que não haja
19:24cobrança de impostos
19:25para os equipamentos
19:26importados.
19:28O Brasil não produz
19:28semicondutor,
19:29não produz placa de vídeo,
19:31então,
19:31para os equipamentos importados.
19:32Sob pena
19:33de não ser competitivo
19:35globalmente.
19:36Essa é a penalidade.
19:37Se você não
19:38taxar esses equipamentos,
19:40você não vai gerar emprego,
19:42você não vai gerar faturamento
19:43para nenhuma exportação
19:44de serviços computacionais.
19:46Então,
19:47a gente escolheu também
19:48os estados
19:49que têm
19:49ZPS,
19:51que são zonas
19:52de processamento
19:54de exportação
19:54onde esses impostos
19:56por definição da lei
19:58já não seriam
19:59cobrados
19:59para os equipamentos.
20:00Porque uma coisa,
20:01Bruno,
20:01quando a gente fala
20:02que vai anunciar,
20:03a gente anunciou
20:03um investimento
20:04de 1,8 bilhões,
20:05o resultado final
20:06é mais ou menos
20:07uns 14,
20:08porque isso é só
20:09a minha parte
20:09do negócio.
20:11Isso é minha parte
20:12do negócio,
20:12dois anos e meio.
20:13Isso é minha parte
20:14do negócio,
20:14porque tem uma parte
20:15que é muito relevante
20:16que é o equipamento
20:17do contratante,
20:18que é justamente
20:19o rack computacional,
20:20onde estão as placas,
20:21onde estão os computadores.
20:23Isso não é a minha parte
20:24do business.
20:25A minha parte do business
20:26é uma outra parte.
20:27Eu não boto o equipamento,
20:28eu no máximo
20:29gerencio o equipamento.
20:30Mas o equipamento
20:32que é muito mais caro
20:33do que o real estate,
20:34a refrigeração...
20:35Mas desses quase
20:372 bilhões de reais,
20:39você tem investidor também
20:40ou é tudo?
20:40Não, não, não.
20:41Estamos fazendo tudo agora.
20:43É a sua companhia?
20:44É a minha companhia,
20:45o caixa do grupo
20:46e da minha empresa
20:47de investimento.
20:49Nós não estamos usando
20:50terceiros nesse momento,
20:51a alavancagem,
20:52não estamos usando nada.
20:53Os juros no Brasil
20:54não permitiu
20:55que a gente olhasse
20:56para esse tema
20:56de alavancagem
20:57com um olhar mais...
21:00Assim,
21:00mercado de dívida.
21:02No mercado de equity partners,
21:04alguém que possa ser
21:05nosso parceiro,
21:06esse a gente está olhando
21:06com muito carinho
21:07para trazer parceiros,
21:10mas que tem uma visão
21:12um pouco mais de longo prazo
21:13no nosso negócio,
21:15que já são parceiros
21:17de data center
21:18em outros países do mundo.
21:20Isso a gente está olhando.
21:21Não era um plano inicial,
21:23mas a gente está começando
21:24a entender que isso
21:25pode fazer uma diferença,
21:26nos ajudar na construção,
21:28na tecnologia de construção.
21:30Esse negócio
21:31dos data centers,
21:32esse braço de negócio
21:34que você está criando,
21:35você acredita
21:36que vai virar o quê
21:37na sua companhia?
21:38Metade do negócio.
21:39Metade.
21:39Metade do negócio.
21:40É muito relevante.
21:41É muito relevante.
21:42Para nós é super...
21:42É o maior investimento
21:44do grupo da história.
21:45Nós nunca fizemos
21:46um investimento
21:46num único negócio
21:48com esse valor tão grande.
21:50Foi o maior investimento
21:50da nossa história.
21:51E num mundo difícil, né?
21:53Exatamente.
21:53Num mundo que não está fácil.
21:55Você já me falou, Alberto,
21:57que o mundo da tecnologia...
21:59Eu nunca me esqueci
22:00uma vez que você me falou
22:01e gostaria que você
22:01compartilhasse com a nossa audiência
22:03que o mundo da tecnologia
22:05passou nos últimos anos
22:06por três grandes momentos.
22:09Três.
22:11Quais são esses três
22:12grandes momentos
22:13e qual é o atual momento
22:14que a gente vive?
22:17Quando eu olho
22:18essa revolução,
22:19a primeira delas foi
22:20a internet como a gente conhece.
22:22nós...
22:22O WWW?
22:24O WWW.
22:25O famoso...
22:25Porque o WWW é um protocolo, né?
22:27É como se fosse a língua portuguesa.
22:29É um local onde todo mundo
22:30se comunica do mesmo jeito.
22:31Exato.
22:31Então você cria um protocolo.
22:32Como no e-mail SMTP.
22:35Todo mundo padronizou
22:36uma linguagem de e-mail
22:37porque os e-mails se conversem, né?
22:38Então é um protocolo.
22:39Mas o WWW,
22:41como você bem disse,
22:42permitiu a popularização
22:44da internet.
22:45e junto veio a internet
22:47da banda larga.
22:49Esse primeiro grande momento
22:51trouxe grandes campeões, né?
22:53E foi uma revolução imensa.
22:56A Microsoft é um grande símbolo
22:58dessa primeira revolução
23:00e o Google também
23:01são grandes ícones
23:02e talvez um pedaço a IBM
23:05desses grandes caras
23:07que dominaram
23:08essa primeira parte
23:09do...
23:11dividindo em três grandes.
23:13mas todas elas
23:15nesse primeiro momento
23:16exigiam duas coisas
23:18que o momento atual
23:19não exige.
23:20Primeiro, o investimento.
23:21Você tinha que comprar
23:22o computador,
23:23tinha que ter a rede,
23:24a placa de vídeo
23:24e algum conhecimento
23:25para configurar.
23:27E você precisava
23:28desse negócio.
23:29O que não dava
23:30a velocidade
23:30que a gente tem hoje.
23:32A segunda grande onda
23:34foi os smartphones,
23:36como a gente conhece hoje.
23:38No momento
23:39em que você começou
23:40a colocar
23:41toda aquela banda larga
23:42na mão
23:43e ela virou móvel,
23:45você carrega ela
23:46para cima e para baixo,
23:47criou nas pessoas
23:49necessidade de milhares
23:50de aplicativos
23:51para me acompanhar.
23:52E milhares de negócios.
23:54Milhares de negócios.
23:56Negócios que mudaram
23:57o comportamento aí do...
23:58O mundo do aplicativo,
24:00você imagina
24:01o que o e-commerce
24:02aconteceu com o e-commerce
24:03quando você podia
24:04comprar qualquer coisa
24:05na palma da mão,
24:0524% em qualquer lugar
24:07do mundo.
24:08E você não precisava
24:09se conectar nada,
24:09já estava conectado.
24:10isso mudou completamente
24:12a configuração de negócio.
24:15A terceira grande,
24:16já mais recente,
24:17foi o cloud,
24:18onde as empresas todas
24:19fizeram a famosa
24:19transformação digital.
24:21Isso mudou
24:21a configuração completa
24:23do desenho das empresas
24:25e foi um impacto absurdo.
24:26Por exemplo,
24:27o cloud permitiu
24:29que você pudesse,
24:31esses aplicativos,
24:32armazenar uma quantidade
24:33infinita de dados
24:34sem que ter memória
24:36no computador.
24:37Você não precisava
24:38mas está ali,
24:38ela está na nuvem
24:39e permitiu
24:41que você explorasse
24:41esse serviço.
24:43A fase atual,
24:44ela é a mais fascinante
24:45de todas
24:46porque a tecnologia,
24:49a infraestrutura
24:50por trás,
24:51meio que ela está dada.
24:52Todo mundo tem
24:52um smartphone na mão,
24:53todo mundo tem
24:54uma conexão de internet
24:54na mão.
24:55Então,
24:55o que eu preciso
24:56para entrar no mundo do IA?
24:57Fazer um download.
24:59Simples assim.
25:00Sim.
25:01E isso é a velocidade
25:04avassaladora
25:06desse negócio.
25:08tem muitos cientistas
25:11da década de 50 e 60
25:12que foram os pioneiros
25:14da IA,
25:15que a IA foi criada
25:17na década de 50 e 60.
25:19Mas que eles falam assim,
25:20que amarga história,
25:21porque toda a minha ciência
25:23que eu apliquei
25:24sucubiu diante
25:25do poder computacional.
25:27Então,
25:27por mais ciência
25:28e matemática
25:28que eu apliquei
25:29quando eu inventei isso,
25:30eu não tinha uma fração
25:31do poder computacional
25:33que é hoje.
25:33E essa é a beleza
25:34do negócio.
25:35Que volta a minha história
25:36quando eu te falei
25:36de poder computacional.
25:38Hoje,
25:39o que você faz
25:40com o Iphone na mão
25:42é te dar
25:43um empoderamento
25:45de você fazer
25:46cálculos matemáticos,
25:47pesquisas,
25:48criação de imagens,
25:49edição de vídeos
25:50inimagináveis.
25:52Você lembra assim,
25:52vamos falar distante,
25:532016,
25:54para você tratar
25:55uma imagem,
25:56precisava daqueles
25:56Macintosh.
25:57Você lembra disso?
25:59Aqueles Macintosh
26:00que só eles
26:01para processar um vídeo
26:03eram os estúdios,
26:04as grandes agências
26:06que detinham,
26:07porque um computador
26:08do teu escritório
26:09não era capaz
26:10de editar.
26:11Hoje,
26:11você não edita,
26:12não.
26:12Você cria
26:13um mini roteiro,
26:15um mini vídeo
26:15de dois,
26:16três minutos
26:16falando com a IA.
26:19Olha o poder
26:19computacional
26:20que isso deu
26:21na mão das pessoas.
26:23E eu acho
26:23que isso,
26:25mesmo diante
26:27da pressão social
26:28que a IA pode trazer,
26:30sobretudo com os empregos,
26:32ou da pressão...
26:33Que vai mexer.
26:35Não tem dúvida.
26:35Vai mexer.
26:36Se você imaginar
26:37qual é a base
26:38hoje de grandes empregos
26:39em uma sociedade
26:40ocidentalizada,
26:43todo o pessoal
26:43de transporte e mobilidade.
26:45Caminhoneiro,
26:46taxista,
26:47Uber,
26:48tem uma base
26:48de emprego enorme.
26:49Uma segunda base
26:50de emprego enorme
26:51são atendentes,
26:52do McDonald's
26:53ao hotel,
26:53cinco estrelas.
26:54Quando você para
26:55para imaginar
26:55uma coisa simples
26:56ou uma automação,
26:57um carro autônomo,
26:58um robô te atendendo ali,
27:00você imagina
27:00que esses empregos
27:01meio óbvios.
27:03Imagina o historiador.
27:04O que o historiador
27:06vai fazer conhecimento?
27:07Ele tem que tratar
27:08de uma forma diferente
27:09do que ele vem tratando.
27:10Porque se ele só contar a história,
27:12tem milhares de formas
27:13de IA
27:14muito mais acessíveis,
27:16mais baratas,
27:16mais ilustrativas,
27:17mais imersivas.
27:19Agora,
27:19se você usa isso
27:20para fazer uma análise política,
27:22se você usa isso
27:23para fazer
27:24conjecturas
27:27e projetar um futuro
27:28baseado na história,
27:29aí esse negócio
27:30não está
27:30nessas IAs.
27:33Porque,
27:33veja,
27:34quando você coloca
27:35lá na IA
27:35e ela aparece ali
27:36pensando,
27:37refletindo,
27:37quando você coloca
27:38uma coisa na IA,
27:40ela não tem
27:40um sentimento humano.
27:42Nós,
27:42quando pensamos,
27:43nós carregamos emoção
27:44no pensamento.
27:45Nós carregamos circunstância
27:47no pensamento.
27:48Se eu te responder
27:48uma coisa hoje,
27:49pode ser que daqui
27:49uma semana
27:50você responda outra.
27:51Porque tua circunstância mudou.
27:53A IA não tem isso.
27:55Então,
27:55aí isso é uma diferença
27:56importante para nós
27:57seres humanos,
27:57pensar sobre isso.
27:59Porque a IA
27:59não vai te dar
28:00essa contextualização
28:02que tu está
28:03sob as vicissitudes
28:05da vida,
28:06né?
28:06Você está vivendo.
28:08O fato de você acordar,
28:09você pode acordar gripado,
28:11pode grata de mau humor,
28:12mau humor,
28:12dormir pouco,
28:13e você pensa e reflete
28:14sobre o mundo
28:15de forma diferente.
28:16E a IA não,
28:17ela vai pensar
28:18sobre um dado
28:20que já está posto.
28:22Alberto,
28:22deixa eu falar agora
28:23você como empresário
28:25e que tem contato também
28:27com muitos empresários,
28:29você citou,
28:29por exemplo,
28:31a taxa de juros
28:32no Brasil,
28:32de 15% ao ano.
28:35Qual que é
28:35a sua perspectiva
28:37para o ano
28:37de 2026
28:40no ambiente
28:41de negócios
28:41do Brasil?
28:42Eu vou te dizer o seguinte,
28:43uma taxa de juros
28:44a 15% ao ano
28:45e a taxa real
28:47ser algo como
28:4810% ao ano,
28:49porque nós temos
28:495% de inflação
28:50e 15% de juros básicos.
28:51Então dá 10% de taxa real.
28:53É mortal
28:54para qualquer economia.
28:55É difícil um negócio
28:56conseguir sobreviver
28:58a uma taxa
28:58tão alta como essa.
28:59É inibidor de negócio.
29:02Então,
29:02isso é um problema
29:03gravíssimo
29:04para a economia.
29:05Ano que vem
29:06é um ano político.
29:07Do Brasil,
29:07como quase todos os lugares
29:09do mundo,
29:09ocidentais,
29:10onde tem democracia,
29:12sacode.
29:14economicamente falando,
29:19há muito indicativo
29:20que essa taxa ceda.
29:22Porque essa impressão
29:23inflacionária
29:24devagarinho
29:26está cedendo.
29:27O dólar cedeu
29:27bastante
29:28no começo do ano,
29:29virada de 2024
29:31para 2025.
29:33Quem está nos assistindo
29:34pode consultar
29:35que o dólar
29:35bateu 6,15,
29:366,10.
29:38Nós estamos com
29:385,35,
29:395,40.
29:40Pode ser que
29:41aumente um pouquinho
29:42no final do ano,
29:43que eu acho que vai ter
29:43muita remessa
29:44por conta dos dividendos
29:45que a política vai mudar.
29:46Acho que muita empresa
29:47vai acabar remetendo
29:48para as suas matrizes.
29:49Mas o dólar
29:50é por aí.
29:51Você tem uma pressão
29:52de dólar menor,
29:53que isso mexe
29:54no alimento,
29:55mexe na energia elétrica.
29:57Eu acho que
29:58estruturalmente
29:59a tendência,
30:00ninguém sabe,
30:00mas a tendência
30:01é de um juros
30:01um pouco menor.
30:02Mas vamos ter
30:03um sacode muito grande
30:05em função
30:05da política.
30:06Do ano eleitoral.
30:08O Brasil está polarizado
30:09e vai continuar
30:10popularizado
30:11nas próximas eleições.
30:12isso vai ser uma...
30:14Quanto nós temos
30:15de gasto a mais
30:16para dar na eleição
30:17nós, governo?
30:18O governo brasileiro
30:19vai te gastar mais.
30:21Gastar mais
30:22significa na pessoa física
30:23mais juros.
30:25Quem empresta
30:26para o governo brasileiro
30:26vai dizer,
30:27olha,
30:27você está gastando
30:28mais do que pode,
30:29eu vou te cobrar
30:29mais juros.
30:31E tome mais juros
30:32estruturais,
30:33o que significa
30:34menos emprego,
30:35menos investimento
30:36e por aí vai.
30:37Mas você está animado
30:38ou você está pessimista?
30:39Eu estou porque eu acho
30:40que tem coisas setoriais.
30:42Eu quero saber o seu ânimo.
30:42O ânimo.
30:44Setorialmente eu estou animado.
30:46Eu acho que
30:47cibersegurança e data center
30:49são vetores de crescimento,
30:50mas muito preocupado
30:51com o status quo brasileiro.
30:53Eu vejo,
30:54eu vou dar um exemplo
30:55que é público,
30:55está na imprensa, né?
30:57A Cosando Rubens
30:58Almeto sucumbiu
30:59diante de dívida
31:00numa disparada dos juros.
31:01Um dos maiores empreendedores
31:03que o Brasil já teve, né?
31:05De um setor de infraestrutura.
31:06É um negócio sólido, né?
31:11Combustível,
31:11logística.
31:14E você vê
31:15que passou
31:16sufoco
31:17e vários
31:19investidores
31:21chegaram
31:22para ajudá-lo,
31:25apoiá-lo nessa fase
31:26e ele perdeu
31:26muito a participação
31:27societária.
31:29Mas você vê
31:29como esse juros
31:30é danoso, né?
31:31De setores,
31:33eu não estou falando
31:34de um setor hipotético,
31:35um setor para valer, né?
31:37Um setor gás,
31:40combustível,
31:41lubrificante,
31:43logística.
31:44Quer dizer,
31:45setores
31:45que não somem
31:47da noite para o dia.
31:47O setor não aconteceu nada
31:48com o setor.
31:48Continua vindo
31:49de uma quantidade de combustível.
31:50O que aconteceu
31:50foi com a empresa.
31:51Então, dito isso,
31:52eu estou muito preocupado
31:53com,
31:54na regra geral,
31:56eu acho que
31:56o empreendedor brasileiro
31:57está sofrendo muito.
31:59A quantidade
32:00de aumento
32:01de impostos
32:02somado isso
32:03com juros
32:04é dolorido demais.
32:05não tem...
32:06Ninguém passa
32:07incólume a isso.
32:08Dói em todo mundo.
32:10Você faz ginásticas,
32:11engenharia,
32:12isso vai doer
32:13em todo mundo.
32:15Muito bem,
32:16nós conversamos
32:17com Alberto Leite,
32:19presidente
32:20do Grupo FS.
32:22Mais uma vez,
32:23eu quero te agradecer
32:24a presença,
32:25é um prazer
32:26ouvi-lo
32:28com tantas novidades
32:30desses setores
32:31de setores
32:32cibersegurança,
32:34data center,
32:35AI,
32:35que não para,
32:36né?
32:36A velocidade
32:37é avassaladora,
32:38como você mesmo definiu,
32:40não é, Alberto?
32:40É isso, é isso.
32:41Obrigado.
32:41Muito obrigado.
32:42Obrigado.
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