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O ditador venezuelano Nicolás Maduro elevou a tensão internacional ao pedir publicamente que suas Forças Armadas se preparem para a "luta armada", em resposta às crescentes ameaças e sanções dos Estados Unidos.
O professor de Relações Internacionais do IBMEC, Alexandre Pires, analisa o cenário, classificando a fala de Maduro como uma "guerra psicológica". Pires afirma que a principal consequência da escalada é a inviabilidade do regime, e que "o destino do Maduro está selado".

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/bwbiM6xNTEM

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Transcrição
00:00E Nicolás Maduro, a Venezuela, em meio a essas tensões, Nicolás Maduro pediu que as forças armadas do seu país se preparem para a luta armada.
00:11Já na Europa, Vladimir Putin ameaça tomar uma região da Ucrânia à força após o Acordo de Paz esfriar.
00:17Enfim, vários conflitos acontecendo e a gente vai debater justamente com o Alexandre Pires, que sempre atende aqui aos nossos convites,
00:27professor de Relações Internacionais do IBMEC aqui de São Paulo, a quem agradeço demais pela participação.
00:34Professor, seja muito bem-vindo mais uma vez aqui à Jovem Pan. Boa noite, bem-vindo.
00:39Boa noite, Daniel. Sempre uma satisfação conversar com você.
00:42Pois é, para começar, o nosso repórterinho Washington trouxe algumas informações.
00:46Queria começar a entrevista perguntando quais aspectos devemos considerar em relação a essas ameaças que Donald Trump vem fazendo à Venezuela.
00:56Na terça-feira, ele postou uma mensagem dizendo que as ações iriam começar em breve.
01:03Mas assim, quem vai atacar, anuncia, fica fazendo post na rede social X, a dúvida de muitas pessoas.
01:09Está claro o que quer Donald Trump? Você entende que é muito mais uma ameaça para, sei lá, forçar uma renúncia de Nicolás Maduro?
01:18Ou você apostaria num ataque?
01:21Eu considero que uma mobilização desse tamanho, Daniel, é muito custosa e ela não é para não ter consequências.
01:29Obviamente que a principal consequência é, sim, o fim do governo Maduro.
01:35Ou seja, isso parece que já está bem sinalizado.
01:39Se vai ser por meio dessa guerra psicológica que nós estamos vendo ou por meio de uma invasão, estamos aí a esperar.
01:49Nós temos que lembrar que aconteceu algo muito parecido em 1989,
01:53quando o Manuel Moriega, que era o ditador ali do Panamá, foi, inclusive, acusado de tráfico de drogas.
02:03Houve uma mobilização de 25 mil soldados, muito próximo do número que nós vemos hoje, de 15 mil.
02:11E houve, sim, uma invasão do Panamá com luta armada, uma grande destruição da cidade do Panamá.
02:18E a destruição dele e ele foi levado para os Estados Unidos e respondeu por lá.
02:24Depois foi preso em outros lugares até voltar para o Panamá, também na condição de prisioneiro.
02:31Então, o destino do Maduro, se continuar esse impasse, ele já está selado.
02:37Ou seja, se as ameaças, as negociações e uma rendição, digamos, voluntária não ocorrer,
02:44é provável, sim, que nós vejamos uma invasão de alguma cidade que o hospeda.
02:50Nós temos que saber que o paradeiro do Maduro está bastante incerto, né?
02:54Ou seja, ele submergiu depois desse início de mobilização de tropas.
02:59E nós temos que lembrar uma coisa importante para os telespectadores, Daniel,
03:05que é o seguinte, qualquer ação envolve tempo.
03:10Ou seja, se a gente olhar a guerra da Ucrânia, a Rússia ficou seis meses mobilizando tropas
03:16na fronteira da Ucrânia.
03:18Então, isso não acontece do dia para a noite.
03:22Mais cedo, a gente conversou com o nosso correspondente em Washington
03:26e ele falava sobre um documento que foi divulgado,
03:30vazaram uma atualização da doutrina Monroe
03:33e isso explicaria esse reforço das forças norte-americanas,
03:38especialmente na costa dos países da América Central.
03:43E aí, a gente precisa também entender por qual razão os Estados Unidos
03:47reforçaram as forças de segurança,
03:50colocaram esse contingente em algumas localidades estratégicas.
03:54Fala-se, naturalmente, a versão oficial fala em tentar impedir o avanço
04:01do crime organizado, tráfico de drogas e também imigração em massa.
04:06Passa somente por esses aspectos ou é preciso ampliar a reflexão?
04:11Não, tem que ampliar.
04:13Houve um documento oficial, na verdade,
04:16que é a atualização da estratégia de defesa americana,
04:20que foi publicada e postada, um documento de trinta e poucas páginas,
04:24praticamente todo o entorno de uma retomada ali
04:29de um controle geopolítico sobre a região,
04:33no sentido de que os únicos competidores aceitos na região
04:38vão ser da própria região, ou seja, países de fora,
04:43sejam asiáticos, europeus ou de qualquer outro lugar,
04:46não poderiam ter influência na região,
04:49não poderiam, inclusive, ter propriedades de ativos estratégicos
04:53dos Estados Unidos.
04:54Essa seria a atualização da doutrina Moore, lá de 1823,
04:58ou seja, o hemisfério ocidental ficaria isolado aí dessas questões geopolíticas mundiais.
05:05O recado dado para a China, obviamente, em menor grau na Rússia.
05:09E nós temos que lembrar que a Venezuela é justamente o grande parceiro atual
05:14dessas forças, tanto da Rússia, que fornece material militar,
05:18como da China.
05:19É o petróleo da Venezuela, que mantém boa parte de Cuba funcionando,
05:24há uma triangulação com a Nicarágua,
05:27então, sim, o reposicionamento dos Estados Unidos no hemisfério
05:32está colocado nessa nova estratégia,
05:34que saiu agora, tem dois dias,
05:37e essa nova estratégia diz exatamente isso,
05:40ou seja, a América vai ficar para os americanos,
05:44ou seja, mas também os outros americanos podem jogar um jogo
05:50desde que não fira os interesses americanos,
05:53ou seja, a ideia é um neo-isolacionismo,
05:55ou seja, os interesses americanos vêm em primeiro lugar,
05:59não estão nem aí para a Europa,
06:00só vão olhar para o resto do mundo
06:02quando qualquer movimentação dessas outras potências competidoras,
06:06especialmente China,
06:08começarem a afetar interesses americanos.
06:10Por exemplo, a aquisição de minas estratégicas,
06:14minerais estratégicos na América do Sul,
06:17a tentativa de ter terminais no Panamá,
06:20o abastecimento de material bélico crítico,
06:25por exemplo, para Venezuela ou Cuba,
06:28isso tudo, na visão dos americanos,
06:30afeta seus interesses e pede uma intervenção.
06:34Iris, professor de Relações Internacionais do IBMEC,
06:37aqui de São Paulo, conversando ao vivo com a gente.
06:39Professor, peço licença.
06:41O Cristiano Vilela, nosso comentarista,
06:44fará a próxima pergunta.
06:45Vilela, por favor, sua vez.
06:48Professor, boa noite,
06:49sempre bom recebê-lo aqui na Jovem Pan.
06:52Professor, quando os Estados Unidos
06:54apontam essa guerra contra as drogas
06:57e talvez esse olhar mais detido
06:59aqui para a América Latina,
07:01até que ponto isso é algo preocupante,
07:04é algo que deva ser focado em países,
07:07em ditaduras como a Venezuela,
07:10em países onde esse tipo de situação
07:12se dê de uma forma mais aguda,
07:14ou eventualmente isso pode ser usado
07:16num segundo momento,
07:17num outro contexto,
07:19contra outros países da América Latina
07:21que eventualmente não sigam
07:23as diretrizes americanas,
07:25mesmo que sejam democracias,
07:27ou mesmo que sejam países
07:28que não têm uma estrutura
07:31do narcotráfico tão forte
07:33a ponto de, em tese,
07:35justificar a qualquer medida.
07:37Boa noite, Cristiano,
07:39prazer começar com você novamente.
07:41Bom, o que nós temos é um fato novo.
07:44Nós temos que olhar que, por enquanto,
07:46a mobilização das tropas
07:47não é algo tão grave.
07:49Agora, uma invasão na América do Sul
07:52seria uma novidade.
07:53O limite nosso, digamos,
07:55ali foi o Panamá,
07:56uma ex-porção territorial da Colômbia,
08:00como se estivesse ali
08:01pro hemisfério,
08:02pra parte central do hemisfério e tal.
08:05Então, uma invasão da Venezuela,
08:07um país de outra magnitude,
08:09ainda que esteja,
08:11tenha costa pro Caribe,
08:12não é visto como, de fato,
08:13um país caribenho,
08:15sim como um país sul-americano,
08:16traz um sinal de alerta,
08:18sobretudo pra países
08:19que estão se aproximando fortemente
08:22desses grandes oponentes geopolíticos
08:25dos Estados Unidos no dia de hoje,
08:27que nós sabemos que são Rússia,
08:30China e, em segunda medida, Irã,
08:33o Brasil fica, sem dúvida,
08:35com um sinal de alerta.
08:37Provavelmente vai receber muita pressão,
08:39porque o Brasil tem pactos
08:41de alianças estratégicas
08:43em vários setores,
08:44escritos, assinados,
08:46e em andamento com esses países.
08:48E também os Estados Unidos
08:50têm acusado o Brasil,
08:53nos seus devidos espaços internos americanos,
08:55de que o Brasil tem favorecido, sim,
08:58companhias que não são americanas,
09:00e aí, diga-se,
09:02companhias especialmente chinesas.
09:04Agora, professor,
09:05queria pedir uma reflexão
09:08e que o senhor discorresse
09:09pra nossa audiência
09:10sobre os caminhos possíveis
09:12pra Nicolás Maduro, né?
09:14A gente trouxe a informação há pouco
09:16que ele pede que as forças armadas
09:18venezuelanas se preparem
09:20pra luta armada.
09:22Ele anunciou também um reforço
09:24de quase seis mil integrantes,
09:25seis mil novos soldados, enfim.
09:27Ele adota essa retórica
09:29de que, olha,
09:30estamos nos preparando
09:31caso Donald Trump
09:33invada o nosso território.
09:34Mas o que é preciso considerar?
09:36Quais são as alternativas,
09:37os caminhos possíveis
09:38pra Nicolás Maduro?
09:40É possível uma saída diplomática?
09:42Uma fuga?
09:44Ele poderia
09:45bater na mesa
09:48e falar, olha, não,
09:49vamos partir pro enfrentamento,
09:51ainda que os Estados Unidos
09:52tenham um poderio
09:53muito superior ao nosso?
09:54Enfim, queria que você
09:55fizesse esse exercício
09:56sobre quais são os caminhos
09:57pra Nicolás Maduro.
10:00Parece que o Maduro
10:01escolheu o caminho Assad,
10:03ex-ditador sírio.
10:05Pega um avião,
10:07desliga o transponder
10:08e, quando vemos,
10:09está vivendo
10:11em Moscou.
10:13Parece que
10:13há algum tipo
10:15de garantia
10:16desses aliados
10:17e que ele vai ser resgatado.
10:20A meu ver,
10:20a resistência,
10:21ele já recebeu
10:21um ultimato
10:22do governo americano
10:23agora em novembro,
10:25confirmou
10:26essa conversa,
10:27ainda que disse
10:28que o Tom foi respeitoso,
10:30o prazo já foi quebrado.
10:32Então,
10:32eu acredito
10:33que ele tem, sim,
10:34algum tipo de salvaguarda
10:36pra conseguir sair
10:37do país no limite.
10:38e, ao mesmo tempo,
10:40ele deve estar tentando
10:41costurar
10:42com esses aliados
10:43alguma forma
10:44de resistência,
10:46de envio de materiais,
10:48algum tipo de pressão,
10:50porque tanto chineses
10:51quanto russos
10:52também têm muito interesse
10:54na exploração
10:54do petróleo
10:55venezuelano.
10:57Lembrando que
10:57companhias chinesas
10:58são as que fizeram
10:59a produção sair
11:00da mínima
11:02de 300 mil barris por dia
11:04pra agora
11:04900 mil,
11:05com alguns acordos,
11:07inclusive,
11:08com companhias americanas.
11:09Então,
11:10nós temos aí
11:11uma situação
11:11em que ele,
11:13talvez,
11:13vai esticar a corda
11:14até o limite.
11:15A outra saída
11:16seria a negociação
11:18de um passe livre,
11:22um salvo conduto
11:23em direção
11:24a algum país,
11:26sem responder
11:27por uma pena.
11:28Fora isso,
11:28a terceira situação,
11:30que é pra qual
11:31eu acho que se encaminha
11:32pra não humilhar
11:33os Estados Unidos,
11:34os Estados Unidos
11:34teriam que capturá-lo,
11:35ou seja,
11:36apresentar
11:37uma cabeça
11:38na bandeja,
11:40ainda que a expressão
11:41seja muito forte,
11:43e aí ele ficaria
11:44o novo Noriega,
11:46ou seja,
11:46seria capturado,
11:48extraditado,
11:49e a Venezuela
11:50daria alguns passos
11:51ali num certo
11:52novo colonialismo.
11:54Nós temos que lembrar
11:55que na história
11:55países que resistiram
11:56a grandes potências
11:57passaram por processos
11:59de colonização.
12:00A China,
12:01no final
12:02do 19
12:02do século XX,
12:03passou pela mesma coisa,
12:04resolveu resistir,
12:06diferente do Japão,
12:07que resolveu
12:08se adaptar,
12:09e acabou colonizada.
12:11É a mesma coisa
12:12que pode acontecer
12:13com a Venezuela,
12:15que já está
12:15num estado econômico
12:16e político
12:17extremamente
12:18deteriorado
12:19canhado.
12:22Entrevista especial
12:23com Alexandre Pires,
12:24professor de Relações
12:25Internacionais
12:26do IBMEC
12:26aqui de São Paulo.
12:27O Cristiano Vilela
12:28tem mais uma questão,
12:29não é, Vilela?
12:31Pois é, professor.
12:32Há pouco,
12:33quando estávamos falando
12:34sobre essa nova
12:36doutrina moral
12:37que os Estados Unidos
12:38anunciou agora
12:39nos últimos dias,
12:41eu me coloquei
12:43de uma forma
12:43um pouco cética,
12:44à medida que
12:45nesses dez meses
12:46de governo Donald Trump,
12:48nós já vimos
12:49inúmeros anúncios,
12:50inúmeros interesses
12:52do governo americano,
12:53ora focado na Ucrânia,
12:55ora focado
12:55no Oriente Médio,
12:56ora focado
12:57na América Latina,
12:58e no final das contas,
13:00talvez nada avance
13:02de uma forma sistemática,
13:04tudo acaba sendo
13:04de uma forma pontual.
13:06Na sua avaliação,
13:08essa reedição
13:09da doutrina moral
13:10é algo
13:11para valer mesmo,
13:12é algo para ser,
13:13para se tornar
13:14uma política
13:14de Estado americana,
13:16ou novamente
13:17é apenas mais
13:18um anúncio
13:19para likes
13:20e para uma repercussão,
13:21e quando na verdade
13:22dentro de pouco tempo
13:24acaba ficando
13:24em segundo prazo
13:26essa intenção
13:26propagada pelo governo americano.
13:30Trump tem
13:31tido essa postura
13:33que já virou
13:34até um termo
13:35de que ele sempre recua
13:36ou é essa busca
13:39de um clickbaiter,
13:41fica procurando
13:41ali as curtidas.
13:43mas nós temos
13:45sim
13:45números muito
13:47elevados,
13:48digamos assim,
13:49para nós não
13:49considerarmos,
13:50Cristiano.
13:51Nós temos que lembrar
13:52que os Estados Unidos
13:52têm 50 mil homens
13:54na Alemanha,
13:55mais ou menos
13:56a mesma quantidade
13:56ali entre Japão
13:58e Coreia,
13:58mobilizados
13:59nas suas bases.
14:01Depois tem
14:01uma mobilização
14:02razoável
14:03no Oriente Médio.
14:04E nós olharmos
14:0515 mil homens
14:07e mulheres,
14:08soldados,
14:08mobilizados
14:09no Caribe,
14:11é um número
14:13considerado enorme
14:14para uma região
14:15que nós sabemos
14:16que é pacífica,
14:17que não registra
14:18grandes conflitos
14:20há muito tempo.
14:21Existem sedições,
14:24tensões internas,
14:25mas nenhuma
14:26grande guerra.
14:27O último feito,
14:28digamos,
14:29foi a Guerra das Malvinas,
14:31que foi,
14:32digamos,
14:32um momento ali
14:33de maior tensão
14:34na região.
14:35Isso foi em 82.
14:36então 15 mil homens
14:39numa região pacífica
14:41com completa hegemonia
14:42americana,
14:43como nós sabemos,
14:44é algo que indica
14:45uma mudança,
14:46sim,
14:47mas a leitura
14:49que nós temos
14:49que fazer,
14:50Cristiano,
14:51e a que eu sugiro
14:52sempre para os
14:52telespectadores,
14:54é justamente
14:54que os Estados Unidos
14:56desenhou toda
14:58uma linha
14:58de combate
15:00à ascensão
15:02chinesa.
15:02Esse é o ponto.
15:04E a atualização
15:05da estratégia
15:06diz isso,
15:07as tarifas
15:08e as cartinhas
15:09do Trump
15:10diz isso,
15:10as ordens
15:11executivas,
15:13todas dizem
15:13a mesma coisa,
15:14eu li todas
15:15e todas
15:16têm ali
15:17como pano
15:18de fundo
15:18controlar
15:19a ascensão
15:20chinesa.
15:22Agora,
15:22professor,
15:23a gente vai pegar
15:23um voo
15:24de Caracas
15:25e vamos
15:25a Kiev,
15:26mas se você preferir
15:27pode ser Moscou
15:28para a gente
15:29tratar das questões
15:30que envolvem
15:30o conflito
15:31no leste europeu.
15:32Há pouco
15:33nós trouxemos
15:33a informação
15:34de que
15:36Vladimir Putin
15:37anunciou,
15:38pelo menos ameaçou
15:39a tomada
15:40de mais uma região
15:41na Ucrânia.
15:42Enfim,
15:43os analistas
15:43internacionais
15:44apontam que isso
15:45acaba sendo
15:46mais uma barreira
15:47para os países
15:48conseguirem alcançar
15:49um acordo
15:50de paz.
15:52Qual é o momento
15:53atual
15:53desse conflito
15:54entre Rússia
15:55e Ucrânia?
15:57Estivemos próximos
15:58em algum momento
15:59de observar,
16:01testemunhar
16:01um acordo
16:02de paz
16:02entre os dois países
16:04ou os termos
16:05à época
16:05não atenderam
16:06os desejos
16:07de Vladimir Putin?
16:08Enfim,
16:09eu acompanhei
16:10alguns veículos
16:10internacionais
16:11que diziam o seguinte,
16:13a Europa tem
16:13muita vontade
16:14de ajudar a Ucrânia,
16:16mas está diante
16:17de um dilema.
16:18Queria que o senhor
16:18trouxesse a avaliação
16:20sobre esse momento
16:20do conflito
16:21no leste europeu.
16:24Nós temos sempre
16:25uma forma
16:26de alimentação
16:26econômica
16:27desse conflito
16:28que não cessou
16:28até hoje.
16:29ou seja,
16:30as companhias
16:31continuam
16:32comprando
16:33gás russo,
16:34inclusive a estratégia
16:35de defesa americana
16:36aponta isso
16:37e coloca os europeus
16:39nesse cenário
16:39de fraqueza,
16:40dizendo que as empresas
16:41europeias
16:42que precisam
16:43de gás
16:44estão se instalando
16:45na China
16:45para ter acesso
16:46ao gás russo.
16:48Então nós temos ali
16:49vários sinais
16:51contraditórios
16:52colocando essa guerra
16:53e estendendo ela
16:54para quase quatro anos
16:55com um pedágio humano
16:59gigantesco
17:00sendo pago.
17:01O que eu vejo
17:02é que teve um momento
17:03em que a Ucrânia
17:04ficou com uma certa
17:06um certo momento,
17:08uma certa vantagem,
17:09um impulso ali
17:10na guerra
17:11e isso parece
17:12que abriu
17:12algum canal
17:13de comunicação.
17:15E o Putin,
17:17ele é um jogador
17:18de momentos,
17:19de oportunidades.
17:21No momento em que
17:21os Estados Unidos
17:22procuram para negociação,
17:24os Estados Unidos
17:25param de dar
17:25aquele apoio mais forte
17:26com material militar
17:28e mais incondicional.
17:30E ele aproveita
17:31justamente para fazer
17:32o que nós vimos
17:33nesse sábado,
17:34ou seja,
17:35o momento em que
17:36os Estados Unidos
17:37param ali
17:38de fornecer armas
17:39mais pesadas,
17:40a Europa também
17:41não tem o suporte americano
17:42com o apoio
17:43para materiais,
17:44porque a Europa
17:44se ela transfere
17:46estoque militar
17:47para a Ucrânia,
17:49ela tem que ter
17:49a reposição
17:50pelos Estados Unidos.
17:51Então tudo isso
17:52faz com que o Putin
17:54aproveite esses momentos
17:55para fazer ataques
17:56mais devastadores,
17:58para consolidar
17:58sua posição
17:59nas regiões
18:00já conquistadas
18:01e você fica
18:02num impasse
18:03que não se resolve
18:04e parece que o Putin
18:06não vai recuar.
18:07Só fazendo um fecho,
18:09eu acho que tem
18:09um grande problema
18:10nessa discussão
18:12toda da paz.
18:13É a cessão
18:14de territórios
18:15para a Rússia.
18:17Esse é o grande impasse,
18:18é como se você
18:19estivesse premiando
18:20o invasor.
18:21A Europa não quer isso
18:22para não dar
18:22um sinal positivo,
18:24a Ucrânia não quer isso
18:25em termos nacionais,
18:26mas os Estados Unidos
18:27não estão se importando
18:28muito com essa questão.
18:30E uma outra solução
18:32que seria
18:32talvez negociar
18:34uma independência
18:35daquele território,
18:36a criação
18:36de um Estado tampão,
18:38nem entrou
18:39na mesa de negociação.
18:41Então,
18:42você fica nessa situação
18:43que ninguém quer
18:44um acordo de fato.
18:46Eu sou Alexandre Pires,
18:48professor de Relações Internacionais
18:49do Bimec,
18:50professor,
18:50sempre muito gentil
18:52com a gente aqui
18:52da Jovem Pan.
18:53Obrigado pela gentileza,
18:54viu?
18:54Volte mais vezes,
18:55bom fim de sábado
18:56e bom domingo.
18:58Obrigado,
18:59igualmente.
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