O head de customer attraction da IPNET by Vivo, Thigu Soares, detalhou o impacto do investimento de R$ 200 bilhões da ByteDance no Ceará, que promete transformar o estado em hub de dados do Hemisfério Sul e impulsionar empregos, infraestrutura e energia limpa.
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00:00Eu estou de volta ao vivo com você e o Estado do Ceará vai receber o maior investimento tecnológico já anunciado no Brasil.
00:08A chinesa Bydance, criadora do TikTok, confirmou um aporte de 200 bilhões de reais para a construção de um mega data center, movido a energia limpa.
00:18O investimento promete transformar o Estado em um dos principais hubs de dados do Hemisfério Sul e movimentar a cadeia de tecnologia, infraestrutura e de empregos na região.
00:28Eu vou conversar sobre esse assunto com o Tigo Soares, que é Head de Customer Attraction da Ipenet Byvivo.
00:36Tudo bem, Tigo? Boa noite, bem-vindo.
00:39Tudo bem, boa noite. Muito obrigado pelo convite.
00:42Tigo, ajuda a gente a entender o impacto desse investimento, porque quando a gente fala desses patamares de bilhões de reais, às vezes não é tão palpável, compreensível para muita gente.
00:54Então, qual que é o impacto disso na economia da região, na economia do Brasil e na nossa área de tecnologia?
01:02Vamos lá. É importante que a gente consiga separar os diferentes impactos.
01:06O impacto local é um impacto um pouco mais palpável nesse sentido.
01:12A gente pode dizer, por exemplo, que a própria construção do data center já vai conseguir mexer com a economia local e naturalmente com tudo aquilo que qualquer obra dessa magnitude traga para essa região.
01:28Esse é um primeiro ponto.
01:29O segundo ponto tem a ver com a diferença que isso pode fazer positivamente para a nossa economia.
01:37Isso está muito atrelado a uma medida provisória que foi sancionada há pouco tempo,
01:43onde o Brasil acaba criando incentivos para que ele possa receber novos data centers e infraestrutura tecnológica, por assim dizer.
01:53Como funciona isso?
01:55O governo acaba abrindo mão de tributar a maior parte dos componentes que acabam sendo necessários para que esses data centers possam ser construídos
02:07e ainda dá uma isenção fiscal direta para as empresas que aqui se instalarem com o objetivo de construir data centers e outros tipos de planta tecnológica.
02:19Então, assim, é importante a gente conseguir perceber que esse incentivo, ele também traz para quem vem ao Brasil uma pauta ESG muito cara hoje em dia,
02:33dado que o Brasil tem uma matriz energética razoavelmente ou majoritariamente limpa.
02:39E isso acaba sendo muito interessante também para o nome dessas empresas que acabam se envolvendo com isso.
02:45Como no caso desse data center da Baix Dense, que a gente está falando, a gente está falando de um data center que vai ser movido basicamente a energia eólica ali perto do porto de Pecém, próximo à Fortaleza.
02:58Eu já quero falar com você sobre essa questão de impacto ambiental ou ausência desse impacto,
03:04mas antes, queria saber o que a gente ganha com isso.
03:07Porque, então, esse programa, ele concede incentivos, o Redato, esse programa concede incentivos para que essas empresas olhem para o Brasil, enxerguem o nosso potencial.
03:19Agora, em relação a emprego, a logística, um data center, ele gera muito emprego?
03:24Esses empregos costumam ser mais indiretos das empresas envolvidas nessa cadeia toda?
03:30Explica essa parte para a gente, por favor.
03:32Sem sombra de dúvida, ele gera essa cadeia produtiva, acaba gerando emprego, sim, não só para a economia local, mas muitas vezes, por ser necessário importar a mão de obra,
03:45e aí a gente está falando de uma importação doméstica, tá?
03:48Essencialmente, alguém que esteja situado no centro do sul, que trabalhe com tecnologia e que vai acabar sendo empregado nesse tipo de nova empreitada tecnológica.
04:00Além disso, isso faz com que a gente, cada vez mais, tenha a necessidade de formar pessoas que sejam capazes de trabalhar nesse tipo de estrutura.
04:13Esse, sim, é um grupo de deficiência em que o Brasil ainda não está conseguindo formar gente suficiente para trabalhar com tecnologia.
04:21É um ponto bem importante.
04:22Agora, voltando à questão da sustentabilidade, de impacto ambiental, a gente já viu, né, até nos Estados Unidos, algumas cidades onde a população reagiu à instalação de data centers,
04:34mas lá a base desse fornecimento de energia vem dos combustíveis fósseis ainda, né?
04:41E o anúncio desse projeto é de que ele vai ser movido totalmente à energia limpa, energia eólica.
04:47Então, a questão da sustentabilidade do setor de tecnologia aqui no Brasil não te preocupa ou tem algum ponto de atenção, Tigo?
04:56Não. Inicialmente, eu não vejo nenhum ponto de atenção muito latente, ao contrário do que acontece nos Estados Unidos,
05:02aonde a energia elétrica do cidadão acaba ficando mais cara por conta do consumo da energia elétrica por conta dos data centers
05:12e por conta deles também não serem baseados em fontes de energia limpa e renovável, como no caso do Brasil.
05:20Isso realmente acaba trazendo um espectro um pouco diferente dentro do cenário norte-americano, se comparado com o nosso espectro.
05:27Nesse caso, eu não vejo nenhum tipo de problema inicial para o Brasil, pelo contrário, eu acho que fazer esse teste de energias limpas e renováveis
05:36que necessitam de um volume energético muito alto e a gente conseguindo dar conta disso,
05:43a gente realmente está dando um novo passo para melhorar a nossa matriz energética de maneira geral.
05:50E os analistas estão dizendo que o Ceará tem potencial para se transformar num hub de dados do Hemisfério Sul, né?
05:56Então, além do vento, tem toda uma questão geográfica mesmo, possibilita estruturas ali por baixo, subaquáticas inclusive, né?
06:05O que torna o Estado estrategicamente importante para esse tipo de infraestrutura?
06:10Sim, a internet é baseada em cabeamento submarino, né?
06:14A internet chega às vezes às nossas casas e a gente não sabe muito bem de onde aquilo vem.
06:19Ah, não, mas a fibra vem do poste, mas não necessariamente do poste.
06:23Essa internet, ela vem via cabos submarinos que são interligados no mundo inteiro.
06:29E aqui, com o caso de Fortaleza, a gente tem uma proximidade muito grande da Europa e da África,
06:35é um posicionamento muito bom.
06:37Não à toa já foi utilizado como ponto, como polo também na época da Segunda Guerra e tudo mais.
06:42A gente tem ali um pedaço bem a leste do nosso continente, né?
06:50Na verdade, continente sul-americano.
06:53E isso acaba sendo estratégico para que essa chegada da informação e a distribuição dela
06:59acabe ocorrendo de uma maneira ainda melhor.
07:02Então, bora preparar nossa mão de obra, né, Tigo?
07:04Porque com o movimento de uma empresa desse porte, muitas outras podem olhar para a gente
07:10e passar a considerar essa instalação, né, por aqui.
07:14Quero agradecer o Tigo Soares, que é Head de Customer Attraction da IPNET by Vivo,
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