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O Congresso Nacional deve votar nesta quinta-feira (04) o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026. Sem essa aprovação, não é possível validar o orçamento de 2026. Na última quarta-feira (03), o texto foi aprovado na Comissão Mista de Orçamento, e o relator da LDO, Gervásio Maia (PSB), conseguiu a aprovação do calendário de pagamento obrigatório das emendas impositivas.
Reportagem: Rany Veloso


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Transcrição
00:00O Congresso Nacional deve votar hoje o projeto da lei de diretrizes orçamentárias de dois mil e vinte e seis.
00:06É assunto aqui pra Rani Veloso que tem mais detalhes e compartilha com a gente. Pois não, Rani?
00:13É isso, Roberto Nonato, tá marcado agora, pras onze horas da manhã, a sessão do Congresso Nacional que reúne deputados e senadores
00:20em prol da articulação e aprovação da LDO. É o item único da pauta.
00:26E sem a lei de diretrizes orçamentárias não é possível aprovar o orçamento do ano que vem.
00:32Como a gente acompanhou nesse ano, que o orçamento desse ano, por exemplo, só foi aprovado em março
00:37e gerou, consequentemente, atrasos em várias áreas do governo e também no pagamento das emendas parlamentares.
00:44E é exatamente esse ponto que o relator da LDO, o deputado Gervásio Maia, do PSB, da Paraíba,
00:52apontou ali no seu texto e deu prioridade.
00:55Ele conseguiu aprovar o calendário para o pagamento obrigatório das emendas impositivas,
01:03que são aquelas individuais e também de bancada.
01:07Isso, sessenta e cinco por cento desses valores até junho deste, de dois mil e vinte e seis, no caso, do próximo ano.
01:16Então, no primeiro semestre, os parlamentares já vão receber aí sessenta e cinco por cento desse valor total.
01:22Agora, Nonato, eu apurei que eles não estão totalmente felizes com a aprovação desse calendário
01:29para o pagamento obrigatório das emendas.
01:31Eles ainda articulam para, possivelmente, mudar o texto no plenário
01:37para que o total das emendas de custeio, que servem para custear a máquina pública,
01:44pagamento de salários, boa parte vai para a saúde, até julho do ano que vem,
01:50que é o período proibitivo para o pagamento das emendas.
01:53São três meses antes das eleições marcadas para outubro.
01:58Então, até julho, eles querem receber cem por cento dessas emendas de custeio.
02:04Agora, o relator, ele acenou para todos os lados.
02:07Atendeu o pedido dos parlamentares, mas também atendeu o pedido do governo.
02:11Ele até nominou o acordo como um avanço grande.
02:15Isso porque o governo vai ter uma maior flexibilidade para as contas no ano que vem,
02:21para fechar as contas do ano que vem.
02:24Estabeleceu, o Gervásio Maia estabeleceu que o parâmetro para o governo
02:30contingenciar despesas será o piso da meta fiscal.
02:34Isso significa que eles vão ter ali um corte menor em despesas,
02:39se necessário for congelar o orçamento do ano que vem.
02:43O piso da meta fiscal de dois mil e vinte e seis gira em torno de trinta e quatro bilhões de reais.
02:49Lembramos que dois mil e vinte e seis é um ano eleitoral.
02:52Então, vai agradar tanto os prefeitos que vão receber ali os recursos das emendas parlamentares,
02:59que são as bases eleitorais exatamente dos deputados e senadores,
03:03por causa da capilaridade dos recursos,
03:05quanto também o governo federal em um ano de eleição,
03:08que possivelmente o Lula pode disputar aí essa reeleição.
03:11Então, vamos aguardar se, de fato, essas mudanças vão acontecer no plenário.
03:17Só lembrando um último detalhe, que foi aprovado também um destaque,
03:21que é uma sugestão de alteração no texto,
03:23que foi votado em separado do deputado Luiz Carlos Mota, do PL de São Paulo,
03:28que possibilita um acréscimo de cento e sessenta milhões de reais
03:33para o ano que vem no fundo partidário.
03:37Só lembrando também, uma coisa importante para vocês comentarem,
03:40o volume, os recursos destinados às emendas parlamentares.
03:43Nesse ano foram cinco, cinquenta bilhões e trezentos milhões de reais.
03:48No ano que vem, devem ficar aí nessa mesma média.
03:51Volto com vocês.
03:53Rani Veloso, trazendo aqui bastidores, apurações em Brasília
03:56a respeito dessa discussão orçamentária.
03:58Muito obrigado, viu, Rani?
04:00Nós vamos seguir no tema porque um ponto crucial para 2026
04:04consegue unir governo e Congresso Nacional, que é o dinheiro.
04:08Todos querem garantir os recursos para o ano eleitoral.
04:12É o comentário aqui da Denise Campos de Toledo.
04:16Há três semanas do recesso parlamentar e com muitos embates políticos,
04:20Congresso e o governo têm pelo menos um ponto de alinhamento,
04:24que é a pressa para aprovação do orçamento de 2026.
04:27Nesse sentido, também há divergências.
04:29Parlamentares querem ampliar o espaço para emendas,
04:32enquanto o governo busca garantir reforço de receita
04:35para custear programas relevantes em meio às despesas obrigatórias.
04:39A pressa é para que tudo fique acertado ainda em 2025,
04:43evitando o comprometimento do cronograma de liberação das emendas em 2026
04:48ou o contingenciamento obrigatório de despesas do governo,
04:52como aconteceu neste ano, quando o orçamento foi sancionado apenas no mês de abril.
04:56Claro que tudo tem um custo.
04:58O governo ainda pode assegurar uma ampliação parcial de receita,
05:01como o projeto de taxação das betes, fintechs e juros sobre capital próprio,
05:06que já avançou no Senado e agora deve passar na Câmara.
05:08Como contrapartida, até tendo em vista a aprovação da LDO,
05:12está acelerando a liberação das emendas previstas ainda para este ano.
05:17Demais questões, como as pautas de segurança,
05:20indicação de Jorge Messias para o STF,
05:22recursos contra a derrubada dos vetos relacionados à lei ambiental,
05:26devem ser tratados à parte.
05:28Até dizem que eventual atraso na definição do orçamento
05:31pode ser um jogo em que perde o governo, o Congresso e o país.
05:35Mas, no final das contas, os protagonistas do debate estão focados mesmo
05:40nas condições com as quais vão começar o ano de eleições.
05:45Podem até aprovar o orçamento, mas daí, a garantir condições melhores
05:48para a gestão das finanças, das finanças públicas como um todo,
05:52que é o que o país precisa, vai a uma boa distância.
05:55É assunto para mais uma rodada de comentários também do Diego Tavares
06:00e o Túlio Nassa, que estão com a gente nesta manhã,
06:02comentando os principais assuntos.
06:03Ô Túlio, a gente observa aí, a Denise chama atenção para esse ponto em comum,
06:07que é o dinheiro.
06:09E, por outro lado, a Rani trazendo informações a respeito da liberação das emendas e etc.
06:14E aí, aprovamos o orçamento para o ano que vem,
06:16não precisa levar até março, como foi neste ano.
06:20Mas não passa uma sensação para toda a sociedade de que, assim,
06:24garantindo meu dinheirinho, garantindo minha emenda,
06:26o restante a gente vê depois?
06:29O que passa, Nonato?
06:31Nosso querido Rui Barbosa já dizia que o orçamento é a substância do governo representativo.
06:38Exatamente.
06:39Todo mundo, nesse governo de coalizão, nesse presidencialismo de coalizão,
06:43tá de olho no orçamento.
06:45Até porque 2026 é ano eleitoral e todo mundo precisa gastar dinheiro público.
06:50Para fazer as suas campanhas.
06:52Então, olha só a convergência de interesses.
06:54De um lado, os congressistas querem a liberação das emendas parlamentares.
06:59E precisa da aprovação da LDO e do orçamento para que isso seja viabilizado.
07:04No cronograma necessário em relação ao cronograma eleitoral do ano que vem.
07:08E, de outro lado, o governo quer emplacar sua peça de ficção.
07:11Qual que é a sua peça de ficção?
07:12É aquele orçamento em que se permite o governo gastar mais do que arrecada.
07:17Por quê?
07:17Porque uma série de questões estão fora da meta fiscal.
07:21Como, por exemplo, precatório, benefícios sociais, até mesmo gasto com o exército.
07:26Agora, por essas e por outras, o que está se avizinhando é a aprovação de um orçamento
07:30que permite ao governo gastar mais do que arrecada.
07:33E quem paga a conta é o povo, com os juros, que é o segundo mais alto do mundo.
07:39Diego, é uma quase disputa aí por controle do orçamento?
07:43Sem dúvida, Soraya, nós temos uma completa desfuncionalidade entre os poderes.
07:48Comentávamos há pouco sobre o nosso poder judiciário que busca cada vez mais legislar.
07:53E nós temos também um poder legislativo que busca cada vez mais ser o executor do orçamento.
07:58Nonato disse, acho que é a frase do dia para essa nossa edição.
08:02Primeiro vamos ver as nossas emendas, o restante depois a gente resolve.
08:07E isso tem uma explicação, inclusive.
08:09Existe uma cultura instalada no Brasil que é o governo por intermédio de emendas.
08:13Tem um dado sobre as eleições municipais que é estarrecedor.
08:17Cerca de 98% das prefeituras que mais receberam dinheiro de emendas parlamentares
08:22conseguiram reeleger os seus prefeitos que se encontravam gerindo o município
08:28ou foram eleitos os sucessores apoiados diretamente por esses prefeitos.
08:32Então é uma receita que dá certo.
08:35O deputado pega um volume de emenda, leva para sua base eleitoral.
08:39Isso ajuda o prefeito a se reeleger.
08:41E nas próximas eleições, esses prefeitos que foram apoiados
08:44apoiam esses mesmos deputados, perpetuando assim os mesmos no poder.
08:49A nossa relação do orçamento público e emendas parlamentares
08:52tem que ser revista com urgência.
08:54Eu trago aqui a outra frase para complementar a frase de Rui Barbosa que trouxe o Túlio.
08:59Frase de Margaret Thatcher.
09:00Não existe dinheiro público.
09:02Existe só o dinheiro do pagador de impostos.
09:04E seria muito bom que o Brasil utilizasse o dinheiro do pagador de impostos
09:07para melhorar a vida do pagador de impostos.
09:10E não somente para fazer politicagem em época eleitoral.
09:14Daqui a pouco tem mais análises para você aqui no Jornal da Manhã.
09:17E aí
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