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PORTAS PARA O ALÉM - O ARMÁRIO
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TVTranscrição
00:00No nosso mundo, pessoas comuns são testemunhas de fenômenos extraordinários
00:07e tornam-se protagonistas do inexplicável.
00:15Carmen Soares e a família se mudam para uma casa nova
00:19sem saber que o lugar é o ponto de encontro de entidades desconhecidas.
00:24Ela vai tentar expulsá-los com uma luta intensa e desigual,
00:28com um resultado imprevisto.
00:46Portas para o Além, o armário.
00:58Carmen Soares, o marido Eduardo e sua filha pequena chegam à casa que acabaram de comprar.
01:15Desde que viemos para Guadalajara, nós gostamos daquela região.
01:25Descobrimos o bairro, fomos ver as casas e gostamos muito da tranquilidade.
01:30E sempre consideramos a possibilidade de um dia viver lá,
01:35até que chegou o momento que conseguimos.
01:37Visitamos o bairro várias vezes e...
01:43Acabamos por alugar alguns imóveis.
01:45Vamos entrar?
01:47Até que houve a oportunidade de comprar uma casa.
01:52E, moça, gostou da casa?
02:12Muito.
02:14Imagine ela decorada.
02:16Vamos atrás dela, vem.
02:18Filha, espera um pouco.
02:19Não corre assim.
02:20Filha, cadê você?
02:27Filha!
02:30Ei, vem cá.
02:32Acho que ela também gostou da casa.
02:50Olha isso.
02:53Ótimo.
02:55Com guarda-roupa e tudo.
02:57Quando chegamos na casa, já havia um guarda-roupa naquele quarto.
03:05Já sabe pra quem que vai ficar esse quarto, né?
03:08Uhum.
03:09Quando for um pouquinho maior, né?
03:11Hum.
03:12Ficou bom?
03:21Não.
03:21Um pouquinho mais pra baixo.
03:22Mais pra baixo, assim?
03:23Isso.
03:24Um pouquinho, um pouquinho.
03:24Um pouquinho só.
03:25Mais pra direita.
03:26Mais pra direita.
03:27E agora?
03:28Hã?
03:29Ainda tá torto.
03:31Mais pra cá.
03:32Mais pra cá?
03:33Deixa que eu abro.
03:34Eu abro.
03:37Torto.
03:37Olá.
03:44Está ocupada?
03:45É...
03:45Não.
03:46Bom...
03:47Eu sou a Maria Helena Contreiras.
03:50Sou a vizinha.
03:52Eu moro aqui pertinho.
03:53Ah, oi.
03:55Vi que acabaram de mudar.
03:57E vim dizer que eu tenho um consultório na minha casa.
04:00Eu sou especialista em medicina alternativa, homeopatia, florais de bar.
04:08Qualquer coisa que precisarem, vocês podem me procurar.
04:12Muito obrigada.
04:13Você quer entrar?
04:14Não, não.
04:15Devem estar ocupados.
04:17Bom, seja bem-vinda.
04:19Obrigada.
04:20Tchau.
04:20Tchau.
04:20Tchau.
04:20Tchau.
04:30Me deixa em paz.
04:47Meninos.
04:48Meninos, não gritem, por favor.
04:50Vão se trocar, senão a gente não vai para o cinema.
05:00Eu vi alguma coisa passando, mas não exatamente uma pessoa, uma silhueta de uma pessoa e sim sombras.
05:30Amor, você já sentiu alguma coisa estranha aqui em casa?
05:59Como assim?
06:01Nunca viu, ah, sei lá, sombras ou coisas estranhas.
06:09Você viu?
06:11É que eu acho que, eu acho que eu vi uma sombra saindo da escada.
06:17Olha o que você disse.
06:19Acha que viu.
06:21Pela formação, ela já até teve a oportunidade de trabalhar em universidades.
06:25E é muito mais racional no sentido de procurar uma explicação lógica para as coisas.
06:33Já eu, no fundo, sentia que havia alguma coisa.
06:37É, vamos deixar para lá.
06:38Se cuida, tá?
06:46Se cuida também.
06:47Até mais, crianças.
06:48Se cuidem.
06:50Boa viagem, patrão.
06:51Obrigado.
06:53Crianças, bom dia.
06:54Dona Carmen, como vai?
06:59Por causa do trabalho, ele viaja direto.
07:02Quase sempre as viagens são de terça a sexta-feira.
07:09Quer um pouco?
07:10Quero, obrigada.
07:13Mãe.
07:14Fala, querida.
07:15Quem é aquele homem que veio aqui ontem?
07:19Ontem?
07:20Não veio ninguém aqui.
07:22Veio sim, quando você saiu.
07:25Veio alguém aqui, Silvia?
07:26Não sei.
07:28Eu não vi ninguém ontem.
07:32Mas eu vi.
07:35Ela dizia que sempre via um homem parado na sala.
07:39Perguntei se dava medo, se assustava, e ela disse que não.
07:42Falei para não dar atenção.
07:46Eu já vou que eu estou atrasada.
07:47Silvia, por favor, você pode trocar a lâmpada do quarto do meu filho?
07:50Você sabe onde tem?
07:51Sim, senhor.
07:53Mãe, eu não quero dormir lá.
07:55Você vai começar de novo com isso?
07:58Mas é o seu quarto.
08:00Ele é tão lindo.
08:01Eu não gosto.
08:03Ele sempre dizia,
08:04mamãe, não quero dormir no meu quarto.
08:07Tenho muito medo.
08:10Do que ele?
08:10Ele não sei.
08:11Tenho medo.
08:13Você não gosta porque ele está sem luz,
08:16mas a gente vai arrumá-lo.
08:18É bom ter um quarto só seu.
08:19Você vai ver.
08:25Se comportem, hein?
08:26Até depois, senhora.
08:27Tchau.
08:28Vamos, criança, sempre entre.
08:29Tchau, tchau.
08:40Tchau, tchau.
08:51Moço?
09:21Os meus pais não estão.
09:27Vamos entrar?
09:30Carmen e Eduardo compram a casa de seus sonhos.
09:34Mas anos depois, sombras, ruídos e aparições estranhas começam a invadir o lar.
09:44Moço?
09:45Moço?
09:47Os meus pais não estão.
09:51Oi, crianças!
10:22Mãe!
10:24Trouxe alguma coisa pra mim?
10:26Cadê o meu beijo?
10:28Eles se comportaram?
10:29Sim, senhora, como sempre.
10:32O homem veio de novo.
10:35Veio?
10:37E o que lhe disse pra você?
10:38Nada, e depois sumiu.
10:40Perfeito, falei. Então não liga.
10:42Tá?
10:42Mas ela sabia que tinha visto realmente, de verdade.
10:47E eu não prestei atenção porque não tinha nada de errado com ela e nem comigo.
10:52Nada. Ele sumiu.
10:54Ah, eu troquei a lâmpada, mas queimou de novo. Duas vezes.
11:02É mesmo?
11:03Tem alguma coisa errada.
11:05Vamos ver a instalação.
11:07Não tem nada. Tá tudo bem.
11:17Mas as lâmpadas queimam.
11:19Vou trocar a fiação.
11:21Troca sim, por favor.
11:25A gente vai arrumar a luz, tá bom?
11:27Eu não quero ficar aqui.
11:31Eu posso dormir com você?
11:33Eu já falei que não.
11:36Vem.
11:39O eletricista foi até lá e falou
11:42Não tem nada aqui pra queimar a lâmpada.
11:44Tá tudo bem, tudo certo.
11:46Compre a lâmpada em algum outro lugar.
11:57Não tem nada aqui.
12:27Mamãe, mamãe.
12:48Filho, o que foi?
12:49Eles não me deixam dormir.
12:51Eu não quero ficar lá.
12:52Eu não quero.
12:53Mas o que aconteceu?
12:54É que o guarda-roupa mexe sozinho.
12:58Eu vi.
12:59E saiu uma sombra de lá.
13:04Você teve um pesadelo.
13:06Quer dormir aqui?
13:08Quero.
13:11Me dá a sua mão.
13:12Anda, se troca rápido, que eu vou servir o almoço.
13:22Eu vi.
13:52Oi, mãe.
13:59Filho, o que aconteceu?
14:02Bom, é que...
14:05Hoje eu vi uma senhora.
14:08Lá em cima.
14:13Da próxima vez, você pergunta quem é.
14:19E pra você, olha só o que eu trouxe.
14:22É pra ter sempre luz no seu quarto.
14:27Gostou?
14:28Gostei.
14:35Olha só que abajur mais lindo e funciona direitinho.
14:39Filha, você pode pegar um pedacinho de bolo de chocolate pra mim?
14:43Você não pode descer.
14:46Filha, tô te pedindo um favor.
14:48Não quero descer.
14:50Como assim você não quer descer? O que aconteceu?
14:52Eu tô com preguiça.
14:55Preguiça?
14:56Tá de brincadeira?
14:59Filha, eu tô falando com você. Onde é que você vai?
15:02Eles nunca queriam descer à noite sozinhos.
15:12Sempre pediam pro outro, você desce comigo?
15:15E o outro dizia sim ou não.
15:17E quase sempre era não.
15:19Era sempre eu que descia porque precisava.
15:22Porque eles não desciam a escada.
15:24Tinham muito medo.
15:25Mãe, eu quero ficar com você.
15:36Não, meu amor.
15:38A gente já conversou sobre isso.
15:39É que eu tenho medo.
15:41Se você quiser, eu deixo a luz acesa.
15:45Não vai acontecer nada.
15:47Você vai ver.
15:49Tudo bem?
15:49Faz isso por mim.
15:53Você vai fazer?
15:54Tá.
15:57Boa noite, filho.
15:58Boa noite, filho.
16:28O que foi?
16:35Não me deixam dormir.
16:38Tá bom. Deita aqui na cama.
16:48Ele não dormia.
16:50Não dormia nada e chorava muito.
16:54Eu vou ver o preço do tomate.
16:58Marielena?
17:08Olá, como vai você?
17:10Bem.
17:11Que bom.
17:11Obrigada.
17:17Algum problema?
17:18O meu filho não consegue dormir, o pequeno.
17:26Bom, na verdade, nenhum dos dois.
17:28Isso, isso, isso já virou um problema.
17:30Ela disse que o menino tinha medo de subir e descer a escada
17:34e não queria dormir no quarto sozinho porque tinha muito medo.
17:38Oi.
17:39Entre, por favor.
17:40Obrigada.
17:41Como vai?
17:44Por aqui, fica à vontade.
17:53Ai, eu já não sei mais o que fazer para o meu filho dormir tranquilo.
17:56Se você puder me ajudar, sei lá, para baixar a ansiedade dele?
18:03Claro que sim.
18:06Eu tenho uma coisa para você.
18:12Dê quatro gotas ao seu filho.
18:14Meia hora antes dele dormir.
18:20Isso é que basta?
18:25Eu não sei.
18:31Tem alguma outra coisa que você não me contou?
18:33Alguém mais que tem problemas na sua casa?
18:41Eu falo isso porque, às vezes, o problema não está nas pessoas, mas...
18:47Sim, na casa.
18:49Na casa?
18:52Eles podiam estar dormindo com os pés na direção da porta.
18:56Podia haver uma corrente de água subterrânea.
18:58Ele disse que vê sombras que se movem pelas paredes.
19:02E a minha filha, ela disse que vê um homem sentado na sala,
19:10quando, na verdade, não tem nada.
19:13Maria Helena promete a Carmen que vai checar a casa
19:17para detectar a presença de qualquer energia hostil.
19:21Obrigada.
19:24Até logo. Foi um prazer.
19:32Eu posso dormir com vocês?
19:51Até quando, filho?
19:54Vai, campeão. Sabe aí.
19:55Ele tem que aprender a dormir sozinho.
19:57Ah, deixa, amor. É só uma noite.
20:00Não, não é só uma noite. São todas as noites.
20:03Se isso continuar, ele nunca vai aprender.
20:05Mas, mãe, eu tenho medo.
20:10O que vai fazer?
20:11Eu vou dormir com ele.
20:14Agora eu vou dormir com você para você ver que não tem nada aqui.
20:18E se acontecer alguma coisa?
20:19Bom, aí a gente fecha os olhos
20:22e começa a rizar.
20:25Isso espanta todo mal.
20:29Vamos dormir.
20:30Não, não, não, não, não.
21:00Quando foi dormir com seu filho no quarto dele,
21:07Carmen acha que vê uma presença sobrenatural.
21:17Eu vi um homem encabuzado
21:19que parecia uma águia.
21:22Era horrível. Morri de medo.
21:25Comecei a rezar.
21:26E no dia seguinte, não comentei.
21:28Não falei nada.
21:29Eu pensei, eu estava dormindo
21:31e foi um sonho.
21:32E não, não era lógico o que eu vi.
21:38Vamos pegar esses livros.
21:42Carmen permite que seu filho
21:44volte a dividir o quarto com a irmã.
21:47Quando eu vi que ele não podia ficar lá,
21:50montei o escritório ali e o coloquei para dormir no quarto da minha filha.
21:58Aí eles ficaram juntos.
21:59Como havia prometido,
22:17Maria Helena se dispõe a examinar a energia da casa de Carmen.
22:21A palavra radiestesia é composta de duas partes.
22:29Uma que significa radiação ou energia
22:32e outra que significa sensibilidade.
22:36Ou seja, é ter sensibilidade às energias.
22:40Se eu, por exemplo, penso na casa de um paciente e a imagino,
22:44começo a fazer perguntas em que as respostas são sempre sim ou não.
22:48E isso faz com que uma onda de pensamento vá até o lugar.
22:53E se essa vibração está de acordo com a que eu mandei,
22:58meu cérebro capta essa vibração
23:01e emite um movimento neuromuscular involuntário
23:04que faz o pêndulo se mover, me dizendo que sim.
23:08E se não houver, faz o pêndulo se mexer de outro jeito,
23:12dizendo que não.
23:13Sozinha, minha mente me leva até essa casa
23:18e o lugar específico que eu procuro.
23:22É como se eu estivesse fazendo uma viagem pela casa
23:25e aí começo a examinar cada cômodo
23:28para ver o que posso encontrar ali.
23:31Eu comecei a subir a escada
23:33e vi que havia uma brecha,
23:36como se fosse uma porta aberta.
23:37Eu vi que saíam da parede, no alto da escada,
23:44desciam, passavam pela sala de estar e jantar,
23:48depois iam para a cozinha,
23:50onde havia outra brecha e iam embora.
23:54São como correntes energéticas
23:56que essas entidades usam para transitar.
23:58Aí eu continuei subindo a escada,
24:03procurando o quarto do menino.
24:05Então eu vi uma mulher sentada,
24:07com um tipo de camisola,
24:09ao lado de uma mesinha com um telefone,
24:12como se quisesse fazer uma ligação,
24:14mas também não era agressiva.
24:16Era só como se ela quisesse ligar para alguém.
24:21Depois, cheguei ao quarto do menino
24:23e havia um guarda-roupa.
24:25E foi esse guarda-roupa
24:27o que mais me chamou a atenção.
24:29Eu abri a porta
24:30e, quando abri,
24:33vi que havia um ser sentado,
24:36todo de preto,
24:38como se usasse um capuz negro.
24:42Ele tinha a forma de um ser humano com bico,
24:46como se fosse um grande pássaro,
24:48e fiquei aterrorizada.
24:53Carmen recorre a Maria Helena,
25:18uma especialista em terapias naturais,
25:20para que expulse de sua casa
25:22as estranhas presenças que a perturbam.
25:28Eu vi que o seu filho
25:30dormia num quarto ao lado do seu,
25:34bem perto da escada.
25:36É isso mesmo.
25:38Agora não é mais um quarto, certo?
25:41Ninguém dorme lá.
25:42Não.
25:43Não mais.
25:44E nesse quarto tem um armário,
25:49um móvel de madeira,
25:51bem rústico.
25:53Tem.
25:56O que eu vi nesse armário,
25:58na verdade,
26:01eu nem sei o que era.
26:04Um homem,
26:06todo vestido de preto,
26:09como um monge,
26:10com um capuz.
26:11mas também parecia uma ave,
26:16um pássaro com um bico bem comprido.
26:21Era muito feio.
26:23Alguém mais viu isso?
26:26Você?
26:27A Maria Helena me disse,
26:29o que acontece é que lá tem uma pessoa,
26:33sem eu ter comentado o que tinha visto.
26:35e naquele lugar tinha alguém
26:38que não queria partir
26:39porque achava que era a casa dele.
26:42Eu pude perceber que essa entidade
26:44tem um apego muito forte.
26:47Talvez tenha sido a dona da casa
26:49há muito tempo.
26:51Em resumo,
26:52o guarda-roupa
26:53tinha uma energia psicodinâmica forte
26:56que havia se manifestado
27:01na forma deste ser
27:02diferente do ser humano
27:05como um homem pássaro.
27:07Mas fique tranquila, Carmen,
27:09que eu vou te ajudar.
27:11O que tem que fazer naquele quarto
27:13é colocar flores,
27:15flores brancas.
27:16Colocar uma música suave
27:18e rezar.
27:20Faça uma limpeza na sua casa.
27:22Esquente carvão e enxofre
27:34e defume a casa toda.
27:46Não temerás o terror da noite,
27:50nem a flecha que voa de dia,
27:54nem a epidemia que caminha nas trevas
27:56e nem a peste que devasta o meio-dia.
28:07Em pouco tempo,
28:09a paz retorna à casa.
28:14Sentia a casa com luz,
28:17maior como devia ser
28:19e com luz não a sentia escura.
28:27Criança, as suas primas chegaram.
28:29Claro, claro.
28:31Chegaram minhas irmãs,
28:32irmão e cunhada,
28:34porque era a Semana Santa
28:36e eles queriam conhecer a casa.
28:39Criança, pode deixar.
28:41Já conheceu quase toda a casa, cunhada.
28:43Agora só está faltando a cozinha.
28:44A gente queria que fosse grande,
28:48com espaço para a garotada que está crescendo.
28:51Meninas,
28:52vocês estão querendo uma?
28:54Eu aceito.
28:54Então toma, essa aqui é a sua.
28:57Obrigada.
28:58Crianças, vocês têm que brincar aqui.
29:00Vão brincar lá no jardim.
29:02É melhor vocês irem também.
29:03Eu não consigo fazer a salada com tanta gente em cima.
29:06Ela é sempre assim?
29:07Eu nem respondo,
29:08senão já viu.
29:10Ai, gente.
29:11Vai, vai, vai.
29:12Vai, vai, vai.
29:13Vem comigo.
29:14Isso, pode deixar.
29:14Vai, vai, vai.
29:44Corre, corre.
29:52Me desculpa, cunhado,
29:53mas nessa casa não se fala de política,
29:56nem de religião e nem de futebol.
29:58Ah, é?
29:58E então do que falo?
29:59Vocês falam?
30:00Falamos de muitas coisas
30:02e fazemos muitas coisas também, né?
30:05Quem não falou nada
30:07desde que sentamos foi você, Laurinha.
30:09Não te reconheço.
30:12Olha, vocês vão me chamar de louca,
30:13mas quando eu estava na cozinha,
30:15eu senti que alguém chegou por trás
30:17e me deu uma palmada,
30:18mas quando eu virei,
30:19não tinha ninguém.
30:20Ele bateu onde?
30:21No bumbum?
30:24Nanooka que não foi.
30:25Isso é sério.
30:26Foi horrível.
30:27Eu fiquei com medo.
30:29Faz o favor de falar
30:30para esses fantasmas
30:31não serem muito atrevidos.
30:33E pergunte por que não bateram em mim.
30:36Isso é discriminação.
30:37Para, Laura.
30:42Esquece.
30:43E pergunte por que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse o que não tivésse
31:13Quem é você?
31:43Oi, bom dia, Laura.
31:57Olá.
32:00Dormiu bem?
32:03O que aconteceu?
32:05Isso é o que eu pergunto, Carmen.
32:08O que está acontecendo aqui?
32:13Carmen acha que sua casa está livre de presenças estranhas, mas sua irmã a confronta.
32:24O que está acontecendo aqui?
32:27Ela veio até mim e falou, olha, eu vi um menino parado na porta que ria para mim.
32:35E esse menino começou a pular por ali até entrar no armário.
32:43Bom, fala.
32:45Já tem quatro anos que a gente se mudou, mas na verdade faz tempo que acontecem coisas estranhas aqui nessa casa.
32:53As crianças dizem que veem pessoas na sala e é muito estranho.
32:59E eu tenho muito medo disso.
33:01Carmen desabafa com sua irmã e sua cunhada e as coloca a par de tudo.
33:06Tchau, querido.
33:13Tchau.
33:14Tchau, tio.
33:15Tchau, garotão.
33:16Tchau, tio.
33:17Tchau, tchau.
33:17Tchau, tchau.
33:18Tchau.
33:18Foi muito bom.
33:20Apareça mais vezes, hein?
33:21Tchau, querido.
33:22Não esqueça.
33:23Tchau, tchau.
33:24Tchau, tchau.
33:25Tchau, tchau.
33:25Tchau, tchau.
33:27Tchau, tchau.
33:27Cuidado, hein?
33:28Até mais.
33:29Vamos.
33:29Muito obrigado.
33:30Avise quando você chegar.
33:31Pode deixar, aviso.
33:32Tchau, crianças.
33:33Até mais.
33:34É melhor mudar dessa casa.
33:41Pelo bem da sua família.
33:47Na gente se fala.
33:49Comecei a sentir a casa estranha.
33:52Sentir como se ela estivesse se fechando e estivesse ficando escura.
33:58Comecei a ter medo de dormir sozinha, dormir no escuro.
34:02Ou com a porta do quarto aberta.
34:09Eu percebia que a minha esposa estava muito tensa.
34:13Ela achava que eu não ia acreditar.
34:16Mas dava para ver que ela estava afetada pela situação.
34:20Foi como se alguém me empurrasse.
34:40Várias mãos que me empurravam e senti que estavam me sufocando, me apertando, enforcando e comecei a chorar.
34:51O que foi?
34:52Calma, calma.
34:53Foi quando meu marido acordou e perguntou, o que foi?
34:56Você está chorando.
34:58Eu disse que tinha sentido me empurrarem para o lado dele.
35:02Senti me sufocarem, me apertarem.
35:05E o meu marido disse, você está muito mal.
35:10Se quiser, a gente muda de casa.
35:12Eu disse, não.
35:13Não vamos mudar.
35:14A casa é minha e ninguém vai me tirar daqui.
35:17Eu não disse antes para não preocupar vocês, mas...
35:22A sua casa é um ponto de passagem para muitas almas que não têm luz.
35:27Que vagam, perdidas.
35:32Eu as vi.
35:34Eram como sombras e desciam pela escada.
35:39Ponto de passagem.
35:42Isso.
35:45Na sua casa existe um portal por onde todas essas presenças entram.
35:52Eu não entendo.
35:53Mas por que na nossa casa?
35:55O terreno onde fica a casa,
36:00quando começaram a fazer escavações para construir,
36:05disseram que encontraram alguns esqueletos.
36:09Isso explicava aquelas sombras que talvez fossem espíritos de passagem.
36:25Maria Helena promete a Carmen e Eduardo que visitará a casa de novo,
36:33para fechar o portal de acesso e expulsar as almas perdidas.
36:38Não mandou.
36:40Não mandou.
36:54Não mandou aيda.
36:54A CIDADE NO BRASIL
37:24A CIDADE NO BRASIL
37:54A CIDADE NO BRASIL
37:56A CIDADE NO BRASIL
37:58A CIDADE NO BRASIL
38:00A CIDADE NO BRASIL
38:02Mostre-se!
38:04Luz!
38:06Luz!
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38:10Luz!
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38:32Luz!
38:34Vamos!
38:36Vamos!
38:38Vai pra luz!
38:40Vai!
38:42Vai!
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39:41Luz!
39:42Luz!
39:43Luz!
39:44Me enchendo totalmente de luz e pedindo ajuda aos arcanjos para me ampararem no trabalho, bem concentrada, voltei para a porta do guarda-roupa.
39:55Vai! Sai dessa casa! Vai para a luz! Fora! Fora! Fora!
40:14Fora! Fora!
40:44Como a minha irmã disse, houve uma harmonização. Agora ia poder dormir, descansar, mas ainda havia coisas, ainda havia as sombras.
41:00Minha filha me disse, mãe, eu estou de novo com medo de descer.
41:05Igual a quando meu filho me dizia, mamãe, eu tenho medo de ficar no quarto.
41:10Olha, eu vou ser bem franca com vocês.
41:16Não existe uma solução definitiva.
41:21Eu fechei o portal por onde essas presenças entravam, mas ele sempre vai se abrir de novo.
41:29É como um caminho natural para essas almas.
41:32E então?
41:37É como se fosse um corredor natural por onde tem que passar essas almas ou essas entidades de energia.
41:47Então é isso.
41:48Eu espero que dê tudo certo. Qualquer coisa podem me procurar.
41:51A qualquer hora, não tem problema.
41:54Obrigada.
41:55Ótimo.
41:55Eu não sei, a gente tem que tomar uma decisão.
42:10Eu sei, mas essa é uma decisão que tem que ser tomada em família.
42:12É muito importante que as crianças concordem também.
42:15A única solução para evitar aquilo era mudar da casa.
42:18Bom, a mulher disse que eles não vão embora.
42:37Mas também não vão nos machucar.
42:40Bom, então é isso.
42:43O que vocês querem?
42:45Eu quero ir embora.
42:47Eu também.
42:48Meninos, pensem bem.
42:55Esta é a nossa casa.
42:58Ninguém vai nos fazer mal.
42:59Enquanto não nos afetasse, íamos tentar levar a vida naturalmente.
43:24E falando com nossos filhos, vemos coisas ainda hoje e conversamos sobre isso abertamente.
43:30Não temos problemas com isso.
43:32Não temos problemas com isso.
43:33Eles entendem.
43:34A nossa vida é normal, como sempre.
43:50Escola, trabalho, filhos, atividades rotineiras, sem ficar pensando na outra parte, nem relembrando e nem dizendo.
43:59Não tinha nada demais, era só nós que morávamos aqui.
44:03Versão brasileira, tempo filmes, São Paulo.
44:04Versão brasileira, tempo filmes, São Paulo.
44:29Então, vamos lá.
44:30Vamos lá.
44:30Vamos lá.
44:31Vamos lá.
44:32Vamos lá.
44:33A CIDADE NO BRASIL
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