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Um jovem de 19 anos com esquizofrenia e histórico de abandono familiar invadiu a jaula de uma leoa no zoológico da Paraíba e foi atacado. O Morning Show debate: A tragédia é um reflexo da falência das políticas públicas de saúde mental e assistência social no Brasil, que tratam surtos como "caso de polícia" em vez de oferecer acolhimento e tratamento?

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Transcrição
00:00História do homem de 19 anos que entrou realmente na jaula ali de uma leoa.
00:07Essa história é muito triste, David.
00:10Não sei se você viu, mas ele era um jovem que foi abandonado pelos pais,
00:17que dos 10 aos 18 anos ficou sob a tutela do Conselho Tutelar,
00:24não conseguiu ser adotado, sofria de diversos problemas de saúde mental
00:30e acabou tendo esse fim trágico.
00:32Ele tinha delírios dizendo que o sonho dele era ser domador de leões
00:37e acabou que no fim da vida teve esse fim trágico.
00:43O delírio do domador de leões fez com que ele invadisse a jaula da leoa
00:49em pleno zoológico de João Pessoa e acabasse morrendo atacado pela leoa.
00:57Ele nunca teve treinamento algum.
00:59A ideia de ser um domador de leões era puramente um delírio
01:03que o acompanhava desde os 10 anos de idade, segundo a Conselheira Tutelar.
01:09Agora, João, tem um aspecto também que a gente tem que observar,
01:11porque ele tinha 16 passagens pela polícia, já tinha ali um histórico.
01:16Até mesmo ele arremessou uma pedra uma vez contra uma viatura policial
01:19porque ele dizia que estava sem trabalho e por isso ele preferia ficar detido.
01:24Pois é, David. O que a gente observa é que uns anos atrás nós tivemos no Brasil
01:27o que se chamava de movimento antimanicomial,
01:30que era contra essas pessoas que têm algum distúrbio mental
01:34ficar internadas em manicômios.
01:36E esse movimento acabou pegando e diminuiu muito.
01:38Não que o manicômio resolva algo, mas você tira de circulação.
01:42E isso sempre traz à tona para a gente como a nossa legislação é horrível.
01:46Ela não deixa a pessoa presa.
01:50Veja, a quantidade de passagens que esse sujeito tinha, ele está em convívio normal na sociedade.
01:54E é importante dizer também que a Leoa, ela teve sangue humano ali,
01:59ela experimentou sangue humano, então a tendência é que o comportamento dela mude,
02:02exista mais dificuldade dos tratadores ali para alimentá-la.
02:06Então vai mudar ali toda a questão.
02:09E é inegável que muita gente estava falando,
02:11ah, o zoológico não tinha o que fazer.
02:12Não me parece que tinha o que fazer.
02:14A pessoa invadiu a jaula ali, né?
02:16Pode ser que tenha um demorado.
02:18Ele escalou seis metros o muro.
02:19Ele escalou seis metros, rapidamente entrou,
02:21e ele foi descendo a árvore ao encontro da Leoa ali.
02:24Foi tudo muito rápido.
02:25Foi tudo muito rápido, né?
02:26Então não me parece haver, evidentemente, que haverá uma investigação,
02:30mas não está muito claro ali que é uma responsabilidade do zoológico.
02:34E que isso fica essa lição para a gente, né?
02:36Porque por que as pessoas não ficam presas no Brasil, né?
02:38Um excesso de garantismo para quem comete crimes,
02:42e mesmo nesse caso que é uma, evidente, né?
02:45Uma questão mental dele, que ele também,
02:47que se fica em manicômios judiciais, enfim,
02:49que cada hora, cada vez são menos comuns.
02:51Bom, não sei se manicômio é a solução, não, porque...
02:55É um convivência em sociedade que não é o ideal.
02:57A pessoa precisa de tratamento, de acolhimento, né?
03:00E nesse caso, uma pessoa que foi abandonada pelos pais,
03:03então foi um jovem sem família,
03:05e que teve, enfim, essas diversas situações,
03:09mas que quando você olha,
03:11a natureza do delito que levou à passagem,
03:14ela é sempre um tanto amalucada, né?
03:16Amalucada. Jogar pedra na polícia.
03:18Exatamente. Jogar pedra.
03:20É quase um pedido de socorro, né?
03:23De alguém me acolha, alguém me trate.
03:26E, infelizmente, o Estado brasileiro se mostrou incapaz,
03:31apesar de nós pagarmos altíssimos impostos,
03:34de nós, em tese, termos todo um serviço via CAPS
03:38de apoio psicossocial,
03:40de nós termos o sistema único de assistência social,
03:44de nós termos um sistema de educação,
03:47ou seja, nós, em tese, temos,
03:49pagamos por políticas públicas
03:51que deveriam ser capazes de acolher um jovem,
03:56e aí a gente agora está falando dele aos 19 anos.
03:58Mas deveria acolher o jovem aos 10 anos,
04:01quando foi encontrado na beira de uma rodovia,
04:04sozinho.
04:06E o que é isso, Jogarine?
04:07É importante mesmo, é o que você está falando, mano,
04:09de a gente colocar a luz nessa história.
04:12Não é uma história sobre o zoológico,
04:14sobre a leoa, né?
04:15Sobre ela ter eventualmente feito um ataque aí,
04:18mas é uma questão de saúde pública.
04:20O que a gente está oferecendo,
04:23ou tendo de oferta, né?
04:24Para cuidar das pessoas em relação à saúde mental,
04:27por exemplo, como você bem colocou.
04:29Então...
04:30Mário, só complementando,
04:31a Simone comentou justamente sobre isso.
04:33Ela disse assim, ó,
04:33saúde mental é coisa séria.
04:35A avó e a mãe também têm problemas mentais.
04:37Isso até foi relatado em entrevistas, né?
04:40Ele era esquizofrênico,
04:41não estava medicado,
04:42e sem acompanhamento algum,
04:43uma pena.
04:44E, de fato, a gente precisa repercutir isso, né?
04:46É, exatamente, David.
04:48Há um padrão no nosso país,
04:50que é tratar as pessoas portadoras de transtornos mentais
04:54como casos de polícia,
04:57e não um caso de saúde.
04:59O que nós tivemos aqui,
05:00essa tragédia mostra um indivíduo,
05:03com todo esse passado que o Mano nos trouxe aqui,
05:06que estava andando sozinho,
05:09em crise,
05:10sem acompanhamento,
05:11sem o acolhimento.
05:12Então, o ponto de reflexão
05:15que esse caso nos traz
05:16não é sobre o zoológico,
05:18a responsabilidade,
05:20não é sobre a leoa,
05:21e sim como fortalecer o CAPS,
05:24como fortalecer essas políticas públicas de saúde,
05:28como integrar polícia com o SAMU,
05:32exatamente para que a polícia
05:34não haja igual nesse caso
05:36quando já ocorreu o óbito,
05:38quando já ocorreu uma tragédia,
05:39que são tragédias anunciadas.
05:42Então, nós temos que tratar
05:44com atenção sobre saúde pública,
05:48sobre transtornos mentais.
05:50E, infelizmente,
05:51o que aconteceu com esse jovem,
05:54e aqui toda a solidariedade
05:55à família dele.
05:57Bom, a gente vai para um rápido break,
05:58só para quem está nos acompanhando pelo rádio,
05:59daqui a pouquinho a gente está de volta.
06:01Continuando aqui o assunto,
06:03também tem o aspecto de que
06:04o zoológico ali escalou a árvore,
06:07claro que não é culpa do zoológico,
06:09a gente não quer aqui mobilizar o zoológico,
06:12mas, às vezes, também a estrutura
06:13a ser observada para que isso não aconteça.
06:17Pessoas que, às vezes...
06:18Vocês se lembram daquele caso do leão?
06:20A gente estava...
06:20Até quando estávamos repercutindo esse assunto,
06:23a Bruna Milã,
06:25que é a editora do Tempo Real,
06:26ela se recordou daquele menino
06:28que colocou o braço na jaula
06:29e acabou perdendo o braço.
06:31O circo, né?
06:31Era um leão de circo
06:34e aí o menino foi...
06:37É, ele colocou o braço
06:38e aí acabou tendo o braço arrancado.
06:39Até hoje ele usa uma prótese.
06:40Se houver alguma mudança
06:41em termos estruturais,
06:42é válido.
06:43Agora, como você bem colocou,
06:45o zoológico ali está totalmente imune, né?
06:48Ele não tem nem como se imaginar,
06:49mas que realmente sirva, né?
06:51Para melhorias estruturais ali
06:54em termos de zoológico,
06:55até porque foi bastante fácil, né?
06:56A forma com que ele escalou
06:57foi bem rapidinho, bem fácil,
06:59desceu ali,
07:00mas o que eu sempre lamento é,
07:02como vocês bem colocaram,
07:03a falta de tratamento da saúde mental,
07:05mas também o convívio, né?
07:06Porque ele já teve as passagens,
07:07já se sabia desse diagnóstico dele
07:09e ele estava lá convivendo tranquilamente, né?
07:11Lembrando que muitos desses surtos, né?
07:14Ocorrem com assassinatos, né?
07:16Crimes.
07:16E nesse caso ele acabou
07:18pondo em perigo a própria vida.
07:19Eu tenho um familiar com esquizofrenia.
07:21Então eu falo...
07:22E tratamento de remédios também, né?
07:24Com remédio e com tratamento...
07:26Convívio normal.
07:27Adequado.
07:29Há a possibilidade do convívio.
07:31A situação de internações
07:34são apenas para situações específicas,
07:37onde há uma crise aguda
07:39e eventualmente seja necessário
07:42ter algum tipo de...
07:44Enfim, de internação.
07:46Mas não é uma solução.
07:48A solução para uma pessoa assim
07:50não é trancafiar ela.
07:52Isso é quase...
07:53Por um tempo nós tivemos essa política
07:55e na prática o que acontecia
07:57era uma espécie de depósito humano.
08:00Você pegava uma pessoa
08:02que tem problemas de saúde mental
08:04e jogava dentro do manicômio
08:07e esquecia que ela existia.
08:08Algumas nem tinham, né?
08:09Algumas nem tinham.
08:10Era questionável até, né?
08:11Exato.
08:12E aí pessoas de toda sorte...
08:14Ah, essa pessoa incomodou,
08:16joga dentro do manicômio,
08:17esquece ela lá.
08:18E assim aconteceram tragédias
08:20de direitos humanos.
08:21Existe um livro muito bom sobre isso
08:24chamado Holocausto Brasileiro
08:26que fala justamente da tragédia
08:29que aconteceu no manicômio de Barbacena,
08:32onde milhares de pessoas
08:34acabaram tendo, enfim,
08:36péssimas condições de vida.
08:38Então, na minha visão,
08:40esse é um tema que exige
08:42uma política pública séria,
08:44de integração entre a escola,
08:46o CAPES, o sistema de saúde,
08:49o sistema de educação,
08:50porque, repito,
08:51o problema, o caso,
08:54essa história não começa
08:55com a morte dele, né?
08:58Essa história começa com o abandono
09:00e com ele sendo encontrado
09:02aos 10 anos de idade
09:03na beira de uma estrada.
09:05Então, o que a gente precisa refletir,
09:06na minha visão,
09:07é como o Estado brasileiro,
09:10em suas diversas esferas
09:11e com suas diferentes políticas públicas,
09:14é capaz de acolher
09:15uma criança abandonada
09:17na beira da estrada
09:18aos 10 anos de idade.
09:19Até porque a gente vem discutindo,
09:21não é a primeira
09:22e nem a última notícia,
09:24quantas, né,
09:24nas últimas semanas,
09:25quantos casos
09:26de tragédias acontecendo
09:29e que estão relacionados
09:30a surtos,
09:32a pessoas com problema
09:33de saúde mental.
09:34A gente vem falando disso
09:36e acho que é muito bem colocado
09:38o que você está falando,
09:40mano,
09:40no sentido de a gente olhar
09:41que essa história não começa
09:43no zoológico, né,
09:45essa história começa
09:47com uma situação de vulnerabilidade social
09:50muito grande
09:51em relação ao acolhimento,
09:53em relação ao tratamento
09:54de saúde mental
09:56e, enfim,
09:57acolhimento das crianças e etc.
09:59Então, a gente ter aí
10:01e ter um pouco desse cuidado
10:03de não transformar isso
10:04num grande espetáculo
10:06onde o entretenimento
10:09está em cima aí
10:10da história.
10:11A gente fica olhando
10:12e vira mais entretenimento
10:13do que, né,
10:15raciocínio crítico.
10:16A Mari estava com a palavra,
10:17só recepcionando o pessoal
10:18que está de volta
10:19pelo rádio aqui
10:20da Jovem Pan News,
10:21contextualizando, né,
10:22essa situação do Gerson,
10:24Gerson de Mello Machado,
10:25de 19 anos,
10:26que acabou entrando
10:27na jaula de uma leoa
10:28no zoológico
10:29lá na Paraíba
10:30e acabou perdendo a vida.
10:32Inclusive, nós temos
10:33a fala do médico veterinário
10:35porque a gente repercutiu
10:36também uma possibilidade
10:37de mudança de reação
10:38desse animal
10:38que vai continuar lá
10:39no zoológico,
10:40mas experimentou, então,
10:42a carne humana.
10:42Então, a possibilidade
10:43de mudança
10:44e até mesmo como ela está.
10:45Nós vamos acompanhar agora
10:46o que o médico veterinário disse.
10:48A gente segue
10:49uma instrução normativa
10:50do IBAMA
10:51que rege
10:52como é que deve ser feito
10:53esse recinto
10:53para garantir uma segurança
10:54para a população,
10:56para os profissionais
10:57e para os animais
10:57que estão aqui
10:58sob nossos cuidados.
10:59Então, o recinto,
11:00ele passa,
11:00ultrapassa
11:01todas as medidas
11:02de segurança.
11:02Então, a gente tem
11:03medidas de segurança
11:04ultrapassadas em mais
11:05de dois metros.
11:06A gente tem borda negativa
11:07com um metro e meio.
11:09E algumas coisas
11:10a gente não consegue prever
11:11porque realmente
11:13foge da normalidade.
11:15Com relação ao animal,
11:16a gente tranquiliza
11:17que o animal
11:18é condicionado.
11:20Então, ele passa
11:20gradativamente
11:21e anualmente
11:22por treinamentos.
11:23E esse treinamento
11:24garantiu que conseguisse
11:25colocar esse animal
11:26de volta
11:26sem uso de arma de fogo,
11:27sem uso de tranquilizante,
11:29de dardo.
11:29É, menos mal, né?
11:31Pelo menos a fala
11:32do médico veterinário
11:33realmente esclarecendo
11:34todos os detalhes
11:35sobre a saúde
11:36e agora
11:36uma possibilidade
11:38de acompanhamento
11:39mais efetivo
11:40desse animal
11:41para que ele não mude
11:41então esse comportamento.
11:43Pessoal,
11:43nas redes sociais,
11:44aqui no nosso chat,
11:45está bombando também,
11:46repercutindo, claro,
11:47os assuntos do Morning Show.
11:49Esse, especificamente,
11:50dizendo que
11:51com a Leoa
11:52ninguém se preocupa.
11:53A gente trouxe, então,
11:54a fala,
11:55o Black estava dizendo isso, né?
11:56A gente trouxe a fala
11:57do médico veterinário
11:58justamente a essa preocupação.
12:00Também tem aí
12:01algumas pessoas
12:02falando sobre
12:03a questão da saúde mental
12:05que precisa de acompanhamento
12:06mas muitas vezes
12:07por parte do município,
12:09da esfera estadual
12:09e até do governo federal
12:11não tem
12:11esse respaldo médico
12:13porque
12:14às vezes a pessoa
12:15busca ali
12:16para o tratamento
12:17e não há um acompanhamento
12:18para essa
12:18uma busca ativa mesmo.
12:20A gente viu até
12:21um jogo de empurra recente
12:22que a gente trouxe aqui
12:23de cidades
12:25colocando imigrantes
12:26para fora.
12:26Lembra disso?
12:27Pois é.
12:27Santa Catarina.
12:28Pois é.
12:29E muitas vezes
12:30esse tipo de situação
12:31acontece, né?
12:32Porque, veja,
12:33quando começa com uma criança
12:3510 anos
12:35aí não,
12:36é responsabilidade da escola
12:37aí não,
12:38mas se há um problema
12:38de saúde mental
12:39é responsabilidade do CAPS
12:41e aí fica um jogo
12:42de empurra muitas vezes
12:43e o que a gente precisa
12:45é de integração
12:46porque situações como essa
12:48em que você tem
12:49uma vulnerabilidade social
12:50e uma situação delicada
12:52de saúde mental
12:53numa criança
12:54em desenvolvimento
12:55você precisa
12:56de uma estratégia
12:57que ela é
12:58tem uma abordagem
12:59multiprofissional
13:00necessariamente.
13:02Você vai precisar ter
13:03ao mesmo tempo
13:04uma visão pedagógica
13:06uma visão médica
13:07uma visão de assistência social
13:09para tentar encontrar
13:10uma estratégia
13:12individual
13:12de desenvolvimento
13:14para que essa criança
13:15possa virar
13:16um adulto
13:16plenamente funcional.
13:18Infelizmente
13:19não foi isso
13:19que aconteceu
13:20e é o custo
13:22de não termos
13:22políticas públicas
13:24integradas
13:25com a devida seriedade.
13:27Muitas vezes
13:27a gente perde tempo
13:28com brigas políticas
13:30com populismos
13:32e esquece
13:32o que é essencial
13:33que é a garantia
13:34dos direitos fundamentais
13:35dos brasileiros
13:37e o Gerson
13:37é um brasileiro
13:38que não teve
13:39o direito básico
13:40de sonhar
13:41e desenvolver
13:42o seu potencial humano
13:43acabou sendo vítima
13:45da própria mente
13:46da própria vulnerabilidade.
13:47É e muitas vezes
13:48nós vemos as pessoas
13:49que buscam
13:50melhores condições
13:51em outras cidades
13:52sendo devolvidas
13:53como a gente trouxe
13:54o exemplo aqui
13:55de Santa Catarina
13:56com algumas cidades
13:57promovendo
13:58essa extradição.
14:00E reforço
14:00que a saída
14:01não é excluir
14:03o doente
14:04não é excluir
14:05a doença
14:06não é colocar
14:07todo mundo
14:07dentro de um manicômio
14:09tirar de circulação
14:10como se
14:11os seres humanos
14:13fossem
14:13coisas
14:14que precisam
14:15ser apartadas
14:16porque estão
14:16no meio do caminho.
14:17A gente precisa
14:18ter um olhar
14:19mais humano
14:20e tratar isso
14:22como um problema
14:23de saúde pública
14:24como um problema
14:26que precisa
14:26de prevenção
14:28e de resolução
14:30e tratamento
14:30depois que a gente
14:31
14:32esse tipo
14:33de coisa acontecendo.
14:35E a solução
14:36muitas vezes
14:36não é também
14:37você extraditar
14:38a pessoa
14:39porque tem
14:39muitos moradores
14:40de rua
14:41que vão parar
14:41por conta de vício
14:42ficam em situação
14:43de vulnerabilidade
14:44porque tem
14:45algum tipo
14:46de condição
14:46também
14:47deficiência
14:49que pode ser
14:50estabelecido
14:51desencadeado
14:52então a saúde
14:52mental também
14:53é um problema
14:54tem todas
14:55essas questões
14:55que a gente
14:56são várias camadas
14:57que a gente tem
14:57que observar.
14:58Nessa questão
14:58da extradição
14:59também
14:59o que se especulava
15:01é que havia
15:02um movimento
15:02orquestrado
15:03ali por trás
15:03para trazer
15:04essas pessoas
15:05e insuflar
15:06esse debate
15:06que também
15:07eu não duvido
15:08que isso tenha
15:09acontecido
15:09até porque
15:10ele gerou o debate
15:11gerou essa coisa
15:11estão expulsando
15:12as pessoas
15:13e eles alegaram
15:13foi trazido
15:14aqui com algum
15:15método
15:15por trás
15:16mas eu acho
15:17eu sou mais favorável
15:18que essas pessoas
15:19fiquem trancadas
15:20do que fora
15:21ele não tinha
15:21condições alguma
15:22de estar
15:23na rua
15:24e é melhor
15:24que fique
15:25num tratamento
15:25que depois
15:26saia com
15:26assistido
15:27do que ficar
15:28em convívio
15:28na sociedade
15:30acho que o caso
15:31é mais criminal
15:31do que de humanização
15:33na verdade
15:34que o caso
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