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Um homem que passeava com seus cães no bairro Brooklin, região nobre da capital paulista, foi abordado por três criminosos, que estavam em três motos. A vítima era policial civil, reagiu e acabou sendo baleado por um dos bandidos. Comentaristas: Mano Ferreira, Diego Tavares e Anna Beatriz Hirsh


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00:00Lei anticrime, punição mais severa aos bandidos, a gente vê no dia a dia que a ação dos criminosos não para de acontecer.
00:05Dessa vez, no bairro nobre aqui de São Paulo, um homem que passeava com um cachorro na calçada, com os dois cães dele, no bairro do Brooklyn,
00:14foi abordado por três criminosos que estavam em três motos.
00:17A vítima era policial civil, reagiu e acabou sendo baleado por um dos bandidos e também um dos bandidos acabou sendo atingido pelos disparos.
00:27Novamente, a gente falando tanto sobre a lei anticrime para que realmente avance, mas essas ações têm se tornado cada vez mais frequentes
00:34e exemplifica também que realmente a gente precisa de uma nova legislação, não é mesmo, Mano Ferreira?
00:39Exatamente, David. Cenas do cotidiano. O policial que foi atingido foi socorrido depois por uma viatura da GCM
00:47e um dos bandidos que também foi atingido foi socorrido pelo seu comparsa.
00:52É muito triste que essas histórias sejam cotidianas.
00:56A gente precisa superar no Brasil a banalização do crime que entrou nas nossas vidas.
01:02A gente espera que o avanço da discussão da lei anti-facção, que vai fazer com que as penas sejam mais duras,
01:11possa, de fato, avançar no Senado, corrigindo alguns dos pequenos problemas que ainda existem na legislação,
01:19para que a gente possa efetivamente mudar a página no enfrentamento ao crime, porque conviver com isso ninguém aguenta.
01:28Fernando Fonseca, você que também acompanha todo o cenário político, de que forma que a legislação precisaria avançar
01:35e quais também as mudanças que o Senado deve fazer?
01:38A gente conversou com o Hugo Mota ontem, presidente da Câmara dos Deputados, aqui no Morning Show, ao vivo.
01:43Ele falou sobre bastante coisa, fez críticas ao governo que se opôs a esse projeto de lei.
01:49Quais as principais mudanças mais significativas que você acha que precisa ter para realmente a gente ver uma mudança acontecendo?
01:56Bom, bom dia a todos, bom dia a nossa audiência.
01:58Você falou bem, um país para ter sucesso, um país capitalista, um país que tenha prosperidade para os seus cidadãos,
02:06ele tem que ter segurança jurídica e segurança pública.
02:09Assim os negócios podem prosperar, as pessoas podem viver suas vidas de forma próspera, civil.
02:14Então esse vai ser um dos pontos-chave para a próxima eleição.
02:19É uma questão que pega todo mundo, todos os cidadãos, ela atinge a todo mundo, independente de raça, de sexo, de idade, de classe social.
02:28A segurança é um ponto-chave, principalmente no Brasil.
02:31Casos como esse chamam muito a nossa atenção porque acontecem em bairros nobres,
02:36onde teoricamente teria menos violência, mas eles acontecem em toda a cidade.
02:42Então eu entendo que o Congresso, chegou a hora do Congresso realmente dar um passo à frente,
02:48tomar as rédeas dessa discussão.
02:50Eu acho que quem conseguir fazer isso da melhor forma possível e mostrar para a população o que está fazendo,
02:55vai ter uma enorme vantagem nas próximas eleições.
02:57E eu acho que todo mundo sabe disso, não só o Executivo, a gente fala muito do Presidente,
03:01mas também o Legislativo, Senados, Senadores, Deputados, que abraçarem essa pauta,
03:06com certeza vão sair na frente nas próximas eleições.
03:09E tem o Dalo também uma pesquisa que saiu agora,
03:12que revela que quase 60% dos traficantes queriam sair caso tivessem uma outra renda.
03:18O Mano Ferreira vai trazer mais detalhes sobre esse levantamento para a gente, Mano.
03:20Pois é, de acordo com o estudo, 36% dos que responderam disseram que se tivesse
03:27alguma outra atividade laboral remunerada, sairiam do crime para o mundo do trabalho formal.
03:35E cerca de 20% também disse que se conseguissem ter a chance de abrirem o seu próprio negócio,
03:42deixariam o crime.
03:44Isso mostra, David, na minha opinião, como que o enfrentamento ao crime, na prática,
03:51também passa por criarmos condições de prosperidade dentro da vida honesta.
03:58No Brasil, o trabalho honesto precisa ser mais lucrativo do que a criminalidade.
04:05A gente está falando, na prática, de uma escolha que é racional.
04:09E para convencer jovens, sobretudo, a não adentrarem no mundo do crime,
04:16a gente precisa ser capaz de ter uma economia privada e formal que seja pujante,
04:23que seja dinâmica e que consiga atrair esses jovens.
04:27Porque boa parte daqueles que entram na criminalidade são recrutados ainda menores de idade.
04:33Agora, Ana Beatriz Hirsch, que está aqui com o seu modelito, a sandália que parece mais um ouriço.
04:39Deixa eu reparar bem aqui.
04:41Depois eu vou pedir para dar um zoom, porque realmente está incrivelmente exuberante, vamos dizer assim.
04:47Mas você acredita que também, nessa concepção do projeto de lei anticrime,
04:52essa questão de você tratar aqueles criminosos que fazem, muitas vezes, né,
04:56aqueles que querem sair do tráfico, reféns.
04:59Ou seja, se você sair, muitas vezes você está morto.
05:02Você acha que precisaria avançar também nesse sentido a legislação?
05:05Para que a gente não veja um reflexo como esse se trazido pelo Mano?
05:08David, eu acho que nesse aspecto a gente não está nem falando de legislação,
05:12mas a gente está falando de políticas públicas de acolhimento.
05:16Veja, o Mano coloca uma situação que, infelizmente, é real.
05:19Acho que tem um outro ponto, que é o fato de que existem princípios
05:24que a gente tem que ensinar para a sociedade, desde que elas nascem.
05:28E, embora o tráfico possa vir a ser mais lucrativo no curto prazo, é um crime.
05:33Existe uma série de riscos e de desvantagens atrelados,
05:37e a gente não pode esquecer disso e colocar todas as pessoas que entram na criminalidade
05:42como isoladamente vítimas, porque eu acho que não é bem assim.
05:46Mas, de todo modo, entendo que exista um problema sério social
05:51que, infelizmente, leva ao recrutamento de crianças e adolescentes
05:56para essas práticas criminosas.
05:58E aí a gente entra nessa seara que o Mano coloca de que elas não conseguem sair.
06:03E elas não conseguem sair porque elas não têm para onde correr.
06:08Seja pelo aspecto de que os chefões do crime, de alguma forma, vão puni-las
06:12por deixarem de cumprir as suas ordens, e isso é muito perigoso,
06:16mas também porque elas não vislumbram alternativas.
06:20Muitas vezes já deixaram a escola, não levaram seus estudos adiante,
06:24e então não vem, sem ser na prática criminosa, qualquer fonte de renda.
06:30E é aí que eu acho que a gente tem que atacar também,
06:33porque nós precisamos dar oportunidade para aqueles que querem sair da criminalidade.
06:38É claro, essa oportunidade deve vir acompanhada deles terem cumprido as penas
06:43pelos crimes que cometeram, porque, sem isso, eles também não vão ter aprendido a lição
06:48e vão achar sempre que voltar para a prática do crime vale a pena.
06:53É, Diego Tavares, qual a sua opinião?
06:55Olha, David, eu, enquanto o Mano falava, eu lembrei de um estudo que eu vi há algum tempo,
06:59o estudo do professor Perry Chiquida, da Unioeste, e nós temos um...
07:03Perry Chiquida, um renomado professor que fez um estudo com detentos
07:07aqui do estado de São Paulo.
07:09E ele constatou, salvo engano, que a renda proveniente do crime
07:12ela é, em média, 13 vezes maior do que a renda que você obtém no mercado de trabalho.
07:19Então nós temos um longo caminho para chegar nessa solução que o Mano aponta.
07:22Mas esse estudo, ele traz um dado interessante também,
07:25que, para a maioria desses presos, o cometimento do crime,
07:29ele é fruto da falta de um freio moral.
07:32É falta de um pai que, na infância, colocou essas crianças em um caminho mais correto.
07:39Falta de uma mãe que poderia também ter dado uma educação um pouco melhor
07:43para essas crianças que, infelizmente, vão parar no crime.
07:46Então, a reconstrução dos nossos padrões tradicionais de família
07:50também é uma das etapas para que nós possamos resolver
07:53essa gravíssima questão de avantajamento do crime que nós temos na sociedade brasileira.
08:00Esses estudos, o que nós estamos apontando agora, a respeito da possibilidade de ter um trabalho formal,
08:05ele, de certa forma, contrapõe esse estudo do professor Perry Chiquita.
08:08Porque, enfim, por essência, como eu disse, é mais uma falta de freio moral
08:13do que a falta de um trabalho.
08:14De repente, se essa pessoa que está dizendo que sairia do crime
08:17se tivesse oportunidade no mercado de trabalho,
08:20quando se deparar com a realidade do mercado de trabalho,
08:23onde, enfim, infelizmente, pelas condições do Brasil, é mal remunerado,
08:27o empreendedor também, ao contrário do que se diz,
08:29no Brasil ganha muito pouco, dado do Sebrae, em média, 5 mil reais por mês.
08:33Talvez o crime ainda continue sendo mais interessante.
08:36Então, é um problema muito complexo, multifacetado,
08:40e, como sempre, para todo problema complexo,
08:42se apresentam muitas soluções simples e equivocadas.
08:44Exatamente. Eu queria complementar aqui um ponto.
08:47A gente falou aqui sobre apertar as leis,
08:50que é uma forma natural de você impedir ou inibir crimes.
08:54A gente falou sobre ética e moral na família,
08:57que também é uma forma de você impedir que a população siga esse caminho.
09:02Mas esse caminho, esse terceiro ponto que você falou, é importantíssimo.
09:06A gente tem que criar um ambiente para negócios,
09:08um ambiente profissional mais amigável no Brasil.
09:11Porque o caminho para o crime é um caminho muito sedutor.
09:13Ele é fácil, não precisa de graduação,
09:15você não precisa de processo seletivo.
09:17Está ali na sua frente.
09:18Os retornos são altos, justamente por estar à margem da lei.
09:21Então, um outro caminho para a gente poder combater o crime
09:24e esse tipo de postura da população
09:26é fazer o outro caminho ser mais fácil também.
09:29O caminho de empreendedorismo,
09:31o caminho de reduzir impostos nas empresas
09:34de forma que possam oferecer salários melhores,
09:37condições melhores para os seus profissionais.
09:39E, ou seja, na hora do jovem escolher como ele quer ganhar dinheiro,
09:42já que um caminho está fácil e remunerando bem,
09:44vamos pegar e vamos fazer o outro caminho ficar mais fácil também
09:47e remunerar bem.
09:48É outra forma virtuosa da gente combater isso em sua origem.
09:52E sabe uma coisa?
09:53Tem um estudo que mostra que, na faixa de entrada,
09:56porque é importante dizer,
09:58na economia do crime existe uma progressão de carreira.
10:01Quem está no topo da criminalidade
10:03recebe 90% a mais do que quem está entrando no crime.
10:08E quem está entrando, 50% tem entre 13 e 15 anos
10:12e recebem 23% a mais, em média,
10:17do que aqueles vizinhos que vão buscar um caminho
10:22no trabalho honesto e formal.
10:24Detalhe, a carga tributária no Brasil é de 35%,
10:28ou seja, é maior do que a diferença de remuneração
10:32que aqueles que são aliciados pelo crime,
10:36ainda menores de idade, acabam recebendo.
10:39Mano, só queria que você visse aqui comigo ao Lucas,
10:41que está com essa foto de pirata da nossa audiência.
10:43Ele disse assim,
10:44mas entrevistaram os traficantes e não prenderam?
10:46Essa pesquisa foi feita como?
10:48Mas, veja, tem duas...
10:49A gente está falando de três pesquisas.
10:51A primeira é da Cufa,
10:53que é a central única das favelas,
10:56que tem uma série de pesquisas no Brasil todo
10:59sobre o ecossistema das favelas
11:01e, no geral, de forma a apoiar o empreendedorismo.
11:05O trabalho da Cufa é muito interessante.
11:07Outra pesquisa, o Diego citou,
11:10é do Perichiquida,
11:11que é um acadêmico, professor de economia.
11:15Então, assim, ele não tem poder de polícia
11:17para prender os entrevistados.
11:19E ele fez a pesquisa com detentos.
11:21Com detentos.
11:22Que já estavam presos.
11:23Estavam presos.
11:24E uma outra pesquisa também, da FGV,
11:28também conduzida por acadêmicos.
11:31Então, enfim, acadêmico tem o papel
11:34de tentar entender como funciona o fenômeno,
11:36não de prender os entrevistados.
11:40Esse papel cabe à polícia.
11:41Mas esse trabalho é muito importante
11:43para dar condições ao poder público
11:46de planejar a forma de atuar no combate ao crime.
11:50Então, conhecer esses dados é muito importante.
11:53Então, mas daí, só um parênteses aqui.
11:56A gente apresentou, cada um de nós
11:58apresentou uma perspectiva do problema
12:00que é multifacetado.
12:02E aí, a minha crítica ao poder público
12:05é que, normalmente, eles focam em uma dessas facetas,
12:10apresentam um projeto de lei mirabolante,
12:13como essa história do PL, antifacção,
12:16como se um elemento isolado fosse capaz
12:20de mudar o ecossistema como um todo.
12:22Eu gostaria, e eu faço essa crítica cotidianamente
12:26aqui no Morning Show,
12:27que a gente tivesse políticos
12:29que estivessem mais preocupados com o Estado,
12:32com a coletividade,
12:33do que propriamente com a sua reeleição
12:35ou com a sua eleição.
12:37Porque a gente vê que a gente só vai caminhar
12:39no enfrentamento real deste problema
12:42se a gente tiver uma política de Estado
12:45que vai além de um ou outro governo,
12:47vai além de um ou outro ente federativo.
12:50E a gente não vê essa integração,
12:52a gente não vê essa união de esforços.
12:54O que a gente vê são pessoas isoladas
12:57tentando protagonizar uma solução
13:00que é inexequível na prática de forma isolada.
13:04Então, a gente precisa parar
13:05para olhar para isso
13:07para eleger representantes
13:09que efetivamente se preocupem com o nosso futuro.
13:12E não simplesmente com quanto dinheiro
13:14vai ter no seu gabinete no período seguinte.
13:16Eu vou até além, Ana.
13:17Não é só uma questão de parlamentares
13:19que buscam soluções para pontos isolados do problema.
13:22Infelizmente, tem muita gente que inclusive rema contra.
13:26Um exemplo, acho que muito concreto a respeito disso
13:28é a questão da Cracolândia aqui em São Paulo.
13:30Diversos parlamentares defendendo
13:33que a Cracolândia persistisse no centro de São Paulo,
13:36que fosse mantida ali por, enfim,
13:38questão relacionada à autonomia do usuário de droga
13:42que, enfim, claramente já não tem condição
13:45de responder por si,
13:46que já está num estágio da adicção na droga,
13:50que, enfim, a pessoa não tem mais vida.
13:52É literalmente um zumbi.
13:54Então, nós temos também esse problema
13:56de parlamentares políticos
13:58que, ao invés de não só oferecerem
14:01uma solução mais complexa para esses problemas,
14:03também acabam se tornando parte do problema, né?
14:06Propondo medidas que agravam esses problemas.
14:09Mano Ferreira trouxe a informação sobre a pesquisa, né?
14:12Que se trata realmente de condenados.
14:14Vamos falar de uma outra pessoa condenada.
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