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A decisão de Donald Trump em retirar as tarifas sobre produtos brasileiros, como carne e café, foi bem recebida pelo comércio, mas o mercado financeiro do Brasil ainda sofre com a alta do dólar. A economista Denise Campos de Toledo analisa o impacto global e a grande preocupação do momento: a política de juros do Federal Reserve (FED) e a possibilidade de perda de fluxo financeiro para o país.


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Transcrição
00:00Vamos voltar a falar sobre aquela retirada das tarifas dos Estados Unidos?
00:05A gente vai chamar a Denise Campos de Toledo, a nossa comentarista de economia,
00:09para avaliar como é que vai ficar o cenário aqui do mercado financeiro no país
00:13depois dessa decisão de Donald Trump.
00:16Denise, bem-vinda, boa tarde.
00:19O mercado gostou da notícia?
00:22Olha, o mercado gostou da notícia, recebeu muito bem,
00:24afinal isso pode reforçar o fluxo comercial para o Brasil,
00:27maior a entrada de dólares, mas como se previa, como ontem foi feriado,
00:31o mercado hoje acabou repercutindo mais os dados que foram divulgados na véspera nos Estados Unidos
00:37e também ontem, especialmente os novos dados de mercado de trabalho.
00:41Isso provocou um movimento de aversão ao risco global com alta do dólar,
00:46o dólar está sendo negociado na faixa dos 5,40, alta de 1%,
00:50bolsa de valores cai quase 1% hoje, saiu payroll ontem,
00:54ele mostrou uma taxa de desemprego mais elevada, de 4,4%, a maior em 4 anos,
01:00só que a geração de empregos na última apuração do payroll
01:03veio quase o dobro do que era previsto pelo mercado financeiro.
01:08Então ficou aquela dúvida se o Federal Reserve terá condições ou não
01:11de dar continuidade do corte dos juros na reunião de dezembro,
01:15sendo que em dezembro ainda haverá uma informação parcial quanto ao mercado de trabalho,
01:21o shutdown, a paralisação de atividades nos Estados Unidos durou muito tempo,
01:25atrapalhou muito a coleta e análise de dados,
01:28e o Federal Reserve tem dado declarações aos dirigentes muito cautelosas em relação aos juros.
01:33Então são duas coisas em paralelo, o mercado repercute de uma forma favorável,
01:37as expectativas quanto a esse corte de tarifas de Trump,
01:40como eu disse, reforça o comércio internacional do Brasil,
01:44a recuperação de espaço para vários setores, especialmente do café,
01:48e é curioso, inclusive, que pela essa expectativa de aumento da oferta global do café,
01:54há uma queda forte das cotações hoje, tanto no mercado de Londres como em Nova Iorque.
01:58Em Londres a cotação chegou a cair mais de 10%, agora o recuo está na faixa de 8%,
02:04em Nova Iorque 13,8%, então é meio que uma normalização do mercado global
02:09para esses produtos do Brasil que estavam com essa sobretarifa de 40%.
02:14Então agora entramos numa situação de normalidade, a maior oferta mexe com a expectativa de preços.
02:19Mas o mercado muito preocupado com essa questão dos juros nos Estados Unidos,
02:23porque se não houver corte, pode afetar o fluxo financeiro de recursos para outros mercados.
02:29Então as tarifas, o fortalecimento do comércio do Brasil melhora o fluxo comercial,
02:35só que podemos perder fluxo financeiro,
02:37porque mesmo os Estados Unidos tendo juros muito mais baixos do que o Brasil,
02:42a nossa Selic está em 15%, a segunda maior taxa do mundo,
02:45tem um fator risco, várias incertezas em relação à economia brasileira,
02:49questão fiscal sempre pesa muito,
02:52e nessa aversão ao risco tem até a questão geopolítica um pouco colocada hoje,
02:57a proposta para a Ucrânia ceder territórios para um acordo com a Rússia.
03:01Mas o mais prepoderante mesmo é essa preocupação com os juros nos Estados Unidos.
03:06E na sua análise, Denise, no próximo ano pode haver a redução dessa taxa por lá?
03:12A nossa taxa aqui de juros no Brasil ou dos Estados Unidos?
03:15A dos Estados Unidos, já que o mercado está preocupado com ela, né?
03:17Olha, eu acho que sim, porque a tendência é de você ter uma piora de mercado de trabalho nos Estados Unidos,
03:23e o Federal Reserve, diferente do nosso Banco Central,
03:26ele não se preocupa apenas em trazer a inflação para a meta,
03:30mas também em manter um bom nível do mercado de trabalho,
03:34e essa tem sido uma grande preocupação.
03:35Então, o Federal Reserve está trabalhando com dados contraditórios.
03:39De um lado, tem a preocupação com o comportamento da inflação,
03:42que continua rodando acima da meta, que lá é de 2%,
03:46em parte por conta das tarifas.
03:48Então, na medida em que Trump corta as tarifas,
03:50a tendência de uma baixa de preços dos produtos lá nos Estados Unidos,
03:54o custo da alimentação tinha subido demais a inflação,
03:58talvez seja um dos fatores que pesaram mais na decisão de Trump
04:01de voltar atrás da taxação de produtos brasileiros,
04:04a carne, o café, eles pesam muito na cesta de consumo dos americanos,
04:10o produto que é comprado do Brasil.
04:13Então, isso pode pesar menos na inflação,
04:15daria uma folguinha para o Federal Reserve nesse sentido,
04:18e há uma tendência de desaceleração de atividade,
04:21que aí pode ter mais implicações no mercado de trabalho,
04:23que já vinha em desaceleração,
04:26a taxa de desemprego cresceu,
04:28então pode ser retomado.
04:29Mas não agora, nessa reunião de dezembro,
04:31talvez o Fed ainda tenha muitas incertezas
04:34para promover um novo corte da taxa de juros.
04:37E é aqui no Brasil que pode sobrar para a gente,
04:39porque sempre tem uma influência a política de juros dos Estados Unidos
04:42na política que é implementada aqui no Brasil.
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