- há 21 horas
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TVTranscrição
00:00A BRANÇA É DO POVO, DAUTORA JURICAPA!
00:12Calma, calma!
00:14Delegado, a gente só tá protestando.
00:15Então acabou o protesto.
00:17Vamos puxar esse pau bagulho daí.
00:21Ninguém vai me tirar daqui!
00:23Vem existir!
00:24Vai encarar.
00:25Nem mesmo o presidente da república tem o poder de impedir que alguém seja enterrado na sua cidade.
00:34Não seja submisso aos poderosos, seu delegado.
00:39Solte esse homem.
00:40E deixe que o corpo dessa defunta encontre o descanso merecido.
00:46Isso aí.
00:47Isso aí, valeu, professor.
00:48Liberdade! Liberdade!
00:50O que foi?
00:51Tá se sentindo mal?
00:52Não, não tô mal.
00:54Como não?
00:55E esse rosto vermelho?
00:57É alergia, Karina.
00:59O gato dos outros sempre dá alergia.
01:03Aprendi isso, baranga.
01:05E não chega nem perto do meu tito.
01:08Entendeu?
01:08Você ainda me paga essa humilhação, Karina?
01:24Sinto muito, mas diante da situação, não posso satisfazer o desejo da sua mãe.
01:31Já tem problemas demais.
01:33Não vou jogar a cidade num conflito.
01:35O senhor tá querendo dizer que não vai respeitar um desejo da minha mãe.
01:39Não se trata de mim!
01:41É o clamor do povo!
01:43Escuta só!
01:45É isso aí, minha gente!
01:48Temos que mostrar que Ribeirão cuida dos seus.
01:50A Eleninha abraçou essa terra e é nela, aqui em Ribeirão, que ela tem que descansar.
01:56Alô!
01:57Alô!
01:57Alô!
01:57Alô!
01:58Alô!
01:58Alô!
02:00Vamos, joga.
02:29Sai logo daí.
02:31Aí é a última vez que eu entro nas roubadas do meu filho, daquele Palerma.
02:37Vamos, joga.
02:39Sai logo daí.
02:41Por que tá demorando tanto?
02:47Ai, leva, leva.
02:49O maior susto.
02:51Que se dane. Pelo menos sai logo de lá.
02:59Qual é, mãe? Tem algum suspeito aí fora?
03:05Não, filho. Só liguei pra saber se tá tudo bem.
03:08Você tá demorando tanto.
03:10Encontrou alguma pista?
03:11A senhora me ligou pra isso?
03:13Fala direito. Tem alguém aí fora?
03:15Não, por enquanto nenhuma alma viva.
03:19Sai logo daí, meu filho.
03:21Pode aparecer alguém de repente.
03:24Eu tô morrendo de aflição.
03:26Caraca, a senhora não tem mesmo noção, não, né?
03:28Fica na tua e faz o que eu mandei só.
03:31Eu achei que você tava correndo perigo, pastel.
03:33Vai que tinha alguém aí dentro e resolveu te dar um tiro.
03:36A senhora, por acaso, ouviu o barulho de tiro?
03:38Não, mas...
03:39Qual parte da ordem?
03:40Só ligar se alguém apareceu.
03:41A senhora não entendeu, dona Leia?
03:43Tá bom, tá bom, tá bom.
03:45Não precisa gritar.
03:46Já entendi.
03:47Olho vivo.
03:48Entendeu?
03:49E só me liga se alguém aparecer.
03:50Compreendeu?
03:51Compreendi.
03:55Chegou mal educado.
03:58O povo unido, enterro o ser querido.
04:01O povo unido, enterro o ser querido.
04:05O povo unido, enterro o ser querido.
04:08A Eleninha, a Eleninha era uma cidadã que respeitou muito a nossa cidade.
04:13Ela não merece ser tratada como uma vira-lata.
04:16É!
04:17Nós estamos unidos, viva o povo!
04:20Viva o povo!
04:21O povo unido, enterro o ser querido.
04:24O povo unido, enterro o ser querido.
04:27O povo unido, enterro o ser querido.
04:31O povo unido.
04:32Vamos lá pra casa?
04:34Hoje tá complicado.
04:36Se eu soubesse que eu ia te encontrar, eu estaria vindo sozinha.
04:40Tem algum compromisso com aquilo ali?
04:43Não, não.
04:44É que eu não quero que ninguém acusada fique sabendo da nossa intimidade.
04:49Quem sabe amanhã?
04:51Ah, que pena.
04:53A noite tá com uma energia tão... tão forte hoje.
04:59Seria bom passarmos a noite juntos.
05:02A Eleninha fala.
05:03O povo unido, enterro o ser querido.
05:08O povo unido, enterro o ser querido.
05:12Só numa cidade maluca como essa, pra fazerem tanta agitação por causa de uma profissional da vida.
05:18As massas têm uma força imprevisível, meu caro.
05:21Às vezes passam séculos sob a maior opressão e, de repente, se revoltam por causa de um brioche.
05:28Os poderosos que se cuidem.
05:36Obrigado por nos receber, dona Beatriz.
05:38Estávamos, justamente, comentando a sua força de caráter.
05:43Caráter?
05:44Mas a propósito de quê?
05:46A propósito de...
05:48Bem...
05:49De sua força de caráter.
05:51Simples assim.
05:53Mas, peraí...
05:54Assim...
05:55Do nada?
05:56Na verdade...
05:58Houve quem duvidasse que a senhora deixaria seus aposentos pra receber as condolências.
06:03O que eu acharia mais do que justo.
06:05Até porque...
06:06Essa boataria baixa que anda rondando a cidade...
06:09Deve tê-la abalado muito também.
06:12Peraí, eu não estou entendendo.
06:14Boataria?
06:16Ora, dona Beatriz...
06:17Não, não, não, não, por favor.
06:19O senhor começou a falar, agora o senhor vai terminar.
06:22É...
06:23Que boataria é essa que estão falando?
06:25Andam dizendo...
06:26Uma infâmia.
06:28Por favor, continue.
06:30Andam dizendo...
06:31Que o senador foi encontrado morto...
06:34Ao lado de uma mulher.
06:40Eu não acredito.
06:41Quer dizer que o senhor também dá ouvidos a essa gentalha.
06:46Não tem os que falam...
06:47E tem os que ouvem, né?
06:49Doutor Branquinho, tenha dó.
06:52A verdade...
06:54A única verdade...
06:57É que o Érico...
06:59Morreu sozinho.
07:01Obrigado por ter vindo.
07:02Muito obrigado.
07:03Muito obrigado.
07:04Muito obrigado.
07:05Muito obrigado.
07:06Obrigado por ter vindo.
07:07Muito obrigado.
07:08Muito obrigado.
07:09O povo unido...
07:10Ribeirão ser querido.
07:12Ribeirão é mesmo o reino das vadias e dos cachaceiros, né, rapaz?
07:17Vamos mudar o nome do Rio.
07:19Vamos chamar de Ribeirão das Rameiras.
07:21Não, não, não, não.
07:23Não, não, não.
07:24Rameirão do tempo!
07:26Deixa pra amanhã.
07:33Que isso, doutor?
07:35Mas precisa entrar assim.
07:36O que aconteceu?
07:37Aquela córdia lá na plaza.
07:39Mas eles vão ver comigo.
07:41Ah, se vão!
07:42Você acredita que até o doutor Flores resolveu a dinheirinha baderna?
07:45É!
07:46Tem que ver o discurso que ele fez.
07:47Parecia um Che Guevara.
07:49É mesmo?
07:50Professor Flores?
07:51É.
07:52E aí?
07:53Aí que eu fiquei sem saber o que fazer.
07:54Ah, sei.
07:55E largou lá a agitação comendo sopa.
07:58E quem estava lá também era aquele moleque lá, o filho do Lingo, me encarando.
08:02Aí resolvi sair.
08:03Senão eu ia acabar fazendo uma besteira.
08:05E fui embora.
08:06Que se dane!
08:07Que se dane!
08:09Problema da família do senador.
08:12Pois é, doutor.
08:13Se de fato o senhor não fez nada, é bem capaz da dona Beatriz vir pra cima do senhor.
08:18Eu liguei pro Nicolau.
08:20Eu ia prender o Querencio.
08:21Mas aí...
08:22Você sabe, o professor Flores é praticamente uma autoridade aqui em Ribeirão.
08:26Eu mesmo lhe dedico o maior respeito.
08:28Embora eu sei que ele não me respeite a mínima.
08:31Como já estou careca de saber.
08:33Estou de pés e mãos atadas, dona Marta.
08:38Doutora Juricaba, um delegado não tem o direito de ficar atado.
08:46Desculpem-se na cartilha mestre.
08:48Mas de um jeito ou de outro o senhor vai ter que agir.
08:51Olha, eu sei que...
08:53Que de fato esse problema do enterro é um problema da dona Beatriz do Nicolau.
08:57Mas a investigação dos assassinatos, doutor, não pode ser suspensa.
09:00É lógico que não.
09:01Então o senhor me diga em que pé está.
09:03É nenhum.
09:05Parei tudo pra encarar essa confusão infernal que se criou.
09:09Doutora Juricaba, pelo amor de Deus, o que a gente tem que fazer agora, doutor,
09:14é botar foco, foco na investigação.
09:18Vamos esquecer as badernas, esses comícios aí e vamos tratar de achar o assassino.
09:22E isso é um trabalho, doutor, que tem que ser feito de cabeça fria, na tranquilidade, no mais estrito profissionalismo.
09:31Senão a gente vai acabar se enruscando, como aconteceu com o caso da dona Dirce.
09:35Que tranquilidade eu posso ter?
09:37Mas essa cidade impede guerra.
09:39Ai meu Deus do céu, o que a gente tem que fazer, doutor, é investigar.
09:42Investigar o quê?
09:43A perícia já foi feita.
09:45Nós estamos esperando o resultado.
09:47Com essa zorra que está a cidade aí, eu não tive condições de ouvir o depoimento de ninguém.
09:56Mas tem um lado, tem um lado da investigação, que a gente ainda não tratou.
10:04Que lado?
10:06O da mulher.
10:08O da tal Heleninha.
10:11Essa aí entrou de gaiata na história, coitada.
10:14É uma infeliz.
10:15O assassino atirou lá no senador, ela estava junto, pacotou.
10:20Mesmo assim, no mínimo, a gente sim tem que dar uma olhada na casa dela.
10:26Tem razão.
10:27A gente tem que cumprir com o nosso dever, doutor.
10:30Com a nossa obrigação.
10:31Então, nós vamos dar uma olhada lá na casa da Piscate.
10:35Não vai adiantar nada.
10:36Mas também não vão dizer que eu não levantei o traseiro daquela poltrona lá.
10:43E que a piranha nem de pista serviu.
10:52Vamos!
10:53Você!
10:54Vem!
10:55Vem!
10:56Vem!
10:57Vem!
10:58Vem!
10:59Vem!
11:00Vem!
11:07Helenia!
11:08A sua causa é minha!
11:10Helenia!
11:11A sua causa é minha!
11:13Helenia!
11:14A sua causa é minha!
11:16Peraí!
11:17Helenia!
11:19A sua causa é minha!
11:20Helenia!
11:22Não, não, não...
11:23Agora, sério.
11:24Sério, sério.
11:25Helenia!
11:26Tire essa calcinha!
11:27Tira essa calcinha!
11:34A sua causa é minha!
11:48Menina, que essa praça tá bombondo!
11:52Você quer saber de uma coisa, Azulejo? Se você quiser ficar, fica. Eu vou nessa.
11:56Isso aqui não faz muito meu gênero, não. Tem um horror a multidão. Ainda mais pra enterrar vadia, né?
12:02Não, não, peraí, amiga. Aquele ali não é o Carlos?
12:06Ai, eu não tô acreditando nisso. Tenho que dar uma de mãe agora, né?
12:11Fazer o que, né?
12:13Ele é minha! A sua causa é minha!
12:15Eu posso saber o que o senhor está fazendo aqui, doutor Carlos?
12:19Eu só tô olhando, mãe.
12:20Olhando aos berros. Vamos embora.
12:22Ah, mãe, eu quero ficar aqui. Que mal que tem?
12:25A gente conversa sobre isso em casa, filho, tá?
12:27Ih, pode deixar, dona Azulejo. A gente tá aqui numa boa. Não vai rolar nada demais, não, tá?
12:31Ô, ô, ô, menino! Ô! É você, vem cá! Vem cá!
12:35Eu te conheço, não conheço? Você é o tal que mora em Cabreira. Seu nome é Tião, não é?
12:41Sou eu, sim, senhora.
12:43E tá aqui de novo, ó.
12:45A essa hora da noite. Cadê sua mãe?
12:49Vamos combinar assim, dona. Eu não me meto na tua vida que a senhora não se mete na minha. Valeu?
12:55Foi.
12:57Ai, esse menino não é boa coisa.
12:59Ah, mãe, nem começa.
13:01O Guilherme nem pensa em ir atrás dele. Pode ficar aí.
13:03Ou você quer que eu tenha uma conversa com a sua mãe?
13:05Hein? Eu ligo pra ela agora. Pode ser?
13:07Ô, mãe.
13:09Ô, mãe, uma ova. Pra casa. Você também, Guilherme. Vamos. Pra casa. Já.
13:13Que fuso é na praça ou quem? Vamos lá.
13:17Ih, rapaz, olha quem tá ali. O Guilherme, meu irmão. Vamos zoar com esse velho doido, meu irmão.
13:21Vamos embora.
13:22Pega o Guilherme, maluco! Chega o Curuira!
13:25Não!
13:40Que arremio, meu? A gente vai cortar tua barba.
13:49Vamos cercar ele. Vou vocês por ali que eu vou por aqui.
13:51Vai, vai, vai.
13:52Aguenta aí, Bill!
13:58Aguenta aí, velho maluco!
14:03Aguenta aí, Bill!
14:09Ouvir!
14:17Te peguei, velho safado!
14:22Moleque desgraçado!
14:35Você me para, seu moleque desgraçado!
14:37Você tá ferrado!
14:38Pivete, filho da mãe!
14:40Seu Pivete, filho da mãe!
14:46Oh, velho maluco!
14:47Ouvir!
14:49Ouvir!
14:50Ouvir!
14:50Ouvir!
14:52Desculpa aqui na hora certa!
15:00Ai, meu Deus do céu!
15:01O que esse desgraçado tá fazendo aí dentro?
15:03Que ele não sai!
15:12Conspiração azul, morte aos traidores.
15:16É um manifesto político.
15:18Isso é muito grave.
15:19Eu preciso copiar.
15:20O professor tava certo.
15:30E agora?
15:33Eu acho que a menina vai ter seus sete palmos de terra aqui em Ribeirão, né, senhor?
15:37Desta vez a juridava botou o galho dentro.
15:40Lá um pau mandado aos políticos.
15:42Isso sim.
15:43Olha, a gente, a conversa tá boa, mas deixa ele lá pro boteco.
15:46Boa noite a todos, hein?
15:48Boa noite.
15:48Boa noite.
15:49Boa noite.
15:50Ó, foi o discurso do professor Flores.
15:54Ali, o ajúlio Cabra se apavorou.
15:58O poder deles é grande, mas o de Deus é maior.
16:01Com a ajuda do povo, então.
16:03Ó, que valeu, valeu, minha gente, mas a parada só vai tá garantida quando a Eleninha baixar a sepultura.
16:09Cês ficam de olho aí que eu vou com a Marizinha até Cabreira.
16:12Vê se a gente consegue liberar o corpo.
16:15Não, espera aí, gente.
16:16Eu acho que se vocês conseguirem, eles vão trazer o corpo aqui pra praça.
16:19Grande ideia, galera.
16:21Vamos, vamos logo, querente.
16:23Tchau, gente.
16:23Obrigada.
16:23Tchau, tchau.
16:24E aí, gente, o que aconteceu, Lázio?
16:32O que aconteceu com um pivete desgraçado que anda por aí explorando turista?
16:36Me deu uma rasteira e tentou me assaltar.
16:38Aí eles chegaram e o desgraçado se mandou.
16:40Isso a polícia não vê, né?
16:43E mais é que matar essa raça toda, viu?
16:47Cara, nem adianta procurar que ele deve ter se mandado.
16:51Mas eu pego o desgraçado.
16:54Coisa gostosa na tela se dá, que simpatia tem.
16:59E coisa louca também, antipatia tal.
17:01Eu entro pela novela que empatia tem.
17:04Saio na vida real, é fantasia tal.
17:07Vejo na tela você, tá que cardia dá.
17:09Dizendo a cena final, a vida como ela é.
17:12Eu quero ver, bato o pé pra botar moral.
17:16Trambique, politiqueiro, telecomunicado.
17:18A coisa fica pior, telecomunicó.
17:21Mas o que vai dar o nó, telecomunicado.
17:23É nosso amor vira pó, telecomunicó.
17:26Pois somos dois em um só, telecomunicó.
17:29Até a terra virar, teleco, nosso xodó.
17:33A algazarra na praça continua.
17:41Esse negócio não tem cabimento.
17:43Você ouviu a barulheira daqui?
17:44Na reunião do partido, eu previ que esse negócio ia acabar mal.
17:47Por isso eu voltei pra casa, porque eu não queria confusão.
17:50Eu não tenho nada a ver com isso, Célia.
17:51Eu quero que todos eles se danem, inclusive o prefeito.
17:54Eu pertenço ao partido, mas não tenho nenhum carbo no governo.
17:57Graças a Deus.
17:58Mas tudo isso é por causa da menina que foi encontrada com o senador, é isso?
18:02Célia, a dona Beatriz não quer que a moça seja enterrada aqui em Ribeirão.
18:06Mas, Bruno, eu entendo o lado dela.
18:08É um negócio tapafúrdio, mas eu entendo.
18:11Madame de Urelli deve estar atarantada.
18:13Ela nunca imaginou que pudesse acontecer tanta coisa aqui em Ribeirão.
18:17Eu tenho certeza que se ela soubesse, ela teria feito esse resort em outro lugar.
18:20Menino, vou falar nisso.
18:22Como é que o doutor Teixeira?
18:22Célia, você sabe que com essa confusão toda nem marquei o jantar aqui em casa?
18:27Ele deve estar achando que a gente é muito mal educado, Bruno.
18:29A gente tem que dar esse jantar.
18:31Por favor, marca logo isso.
18:32Tá bom, Célia.
18:33Assim que essa poeira baixar, eu marco o jantar.
18:35Ô, minha filha.
18:36Oi, papai.
18:36Oi, querida.
18:38Ai, que horror.
18:38Essa cidade virou um inferno, né?
18:40Pois é, era justamente sobre essa doideira que eu estava conversando com a sua mãe.
18:44Vamos combinar?
18:45Que maluquice veio antes, né, gente?
18:47Mataram o marido da dona Beatriz, ainda por cima, acompanhado de uma garota de programa.
18:51É bem feito.
18:53É o que dá ficar se metendo com essas vadias, né?
18:55Acabam levando esses velhos babões como senador para o cemitério.
18:58Marina.
19:00Gente, vamos trocar de assunto?
19:01Eu vou acabar dando uma indigestão.
19:02Você não quer comer, querida?
19:03Ai, é uma boa ideia, mamãe.
19:04Estou morrendo de fome.
19:06É uma delícia.
19:16Kulau, a Lília disse que você queria falar comigo.
19:19Entra em cento instante, mãe.
19:21O que aconteceu agora, meu filho?
19:25As excelências ainda estão aí?
19:27Claro, imagina.
19:28Estão como um bando de urubus em volta da carniça.
19:32Fala logo o que você quer falar.
19:33Eu não estou gostando da sua carinha.
19:35Kulau, aconteceu mais alguma desgraça?
19:39Mãe, olha bem.
19:40Eu fiz o que eu pude.
19:46Mas o caso é que vão acontecer dois enterros aqui em Ribeirão.
19:50Quer dizer que vão enterrar aquela mulherzinha?
19:53O delegado ligou pra cá outra vez.
19:57Disse que tem um bando de arruaceiros na praça
19:59exigindo que a vagabunda seja sepultada em Ribeirão.
20:02E o babaca da juricaba não tem peito pra encarar a corja.
20:07Eu acho que a gente vai ter que engolir essa, mãe.
20:10Eu não acredito.
20:13Quer dizer que aquele polvinho que vivia me bajulando
20:16agora resolveu ficar do lado daquela vadia.
20:29Ai, meu Deus do céu, me ajuda.
20:34Ai, a bateria.
20:37A bateria acabou.
20:38Ai, meu Deus do céu, me ajuda.
21:08Você tem certeza que a casa que ela morava é esta?
21:18Foi o que me informaram na boate.
21:20E ninguém tinha a chave do moquifo?
21:22Disseram que não, doutor.
21:24Olha, eu procurei o proprietário, mas ele tá viajando.
21:27Então, como é que o senhor pretende entrar na casa?
21:29Eu vou meter o pé na porta.
21:32Vamos.
21:32Espera, espera.
21:35O que foi aquilo?
21:37O que?
21:39Muito me engano, eu ouvi uma luz dentro da casa, doutor.
21:42Como o foco de uma lanterna.
21:44Também vim.
21:45Mas ela não morava sozinha?
21:47Morava.
21:48Então, tem gente aí dentro.
21:58Você e o viriato fiquem aqui.
22:00Que eu vou entrar.
22:06Doutor, cuidado, hein?
22:08Se o fantasma pular pra fora, vocês pegam.
22:13O fantasma não usa lanterna, doutor.
22:16Então, vamos ter em guiço.
22:19Fiquem atentos.
22:20Deixa com a gente.
22:21Na dúvida, metam bala.
22:27Pode deixar, doutor.
22:29Ai, meu Deus.
22:30Ajuda o meu filho.
22:51Para, para aí, ou eu a tiro.
23:19Para, para aí.
23:20Ele está fugindo.
23:21Segura ele.
23:22Ele está fugindo.
23:23Segura.
23:24Ele é.
23:31Parado aí.
23:32Está seguro.
23:32De nada.
23:34Eu estou trabalhando.
23:36Desde quando roubar é trabalho, vagabundo.
23:38Está preso, rapaz.
23:41Pegaram o elemento.
23:42Está seguro.
23:43E fica quietinho que a coisa vai piorar pra você, hein?
23:46Levanta ele.
23:46Ele está.
23:50Olha só quem é.
23:54Sou eu, Joca.
23:55Detetive particular.
23:57Manda esse cara me soltar.
23:58Você, Joca.
24:00Detetive particular.
24:02Eu posso explicar tudo, eu juro.
24:03Manda esse cara me largar.
24:05Ai.
24:06Ai, meu Deus do céu, me ajuda.
24:08Vocês têm que acreditar em mim.
24:10Eu só estava trabalhando.
24:11Eu não sou nenhum ladrão.
24:12Chegaram o bandido?
24:16Temos uma surpresa pro senhor, delegado.
24:19Olha só o peixe que nós fisgamos.
24:22O detetive Joca.
24:27Você nunca me enganou.
24:30Explica pra ele, dona Marta.
24:32Vagabundo.
24:32Eu só estava trabalhando.
24:34Eu não sou nenhum gatuno.
24:36Está preso.
24:38Detetive.
24:39Eu não fiz nada.
24:41Eu fui contratado pra fazer esse serviço.
24:42Eu não estou te prendendo por roubo, não.
24:45Vou te indiciar por assassinato.
24:48Caraca, Juricaba.
24:50Duplo obscídio.
24:51Eu não matei ninguém.
24:52Você vai poder explicar o que estava fazendo nesta casa para o júri.
24:58Prendemos assassino, dona Marta.
25:00O senhor não pode fazer isso comigo.
25:02O senhor sabe que eu sou um homem de bem.
25:03Viato, coloque algemas nele.
25:06Vamos levar esse canso aí pra delegação.
25:12O senhor não pode fazer isso comigo.
25:14Isso é uma injustiça.
25:16Eu não matei ninguém.
25:30O povo unido, enterra o ser querido.
25:42O povo unido, enterra o ser querido.
25:45O povo unido, enterra o ser querido.
25:49O povo unido, enterra o ser querido.
25:52O povo unido, enterra o ser querido.
25:55O povo unido, enterra o ser querido.
25:58O povo unido, enterra o ser querido.
26:01Você ficou maluca?
26:02Não precisa.
26:03Fica o chato.
26:04Precisa sim.
26:06Eu preciso que você me ajude a levar o André pra casa.
26:08Depois você pode voltar pro seu jornal.
26:11Escuta aqui, você ficou louca?
26:12Você não tá vendo que a manifestação dos estudantes é legítima?
26:16Eles estão exercendo o direito de cidadania.
26:19Cidadania, Patrícia.
26:21Você tá transformando nosso filho num militante político?
26:24Num agitador, criatura.
26:26Mas qual é o problema de ser militante político, Patrícia?
26:28O problema é que eu não quero ver meu filho na cadeia.
26:33André, chega aqui.
26:38Parem com isso.
26:39O que que tá acontecendo aqui?
26:40Mãe, esquece.
26:41Eu só vou sair daqui quando a vontade do povo for feita, entendeu?
26:44Tá vendo?
26:45O garoto não quer parar.
26:46E não sou eu que vou reprimi-lo.
26:48André, larga essa baberda e vamos pra casa.
26:51Você vai acabar arrumando confusão com a polícia outra vez.
26:54Escuta, me faz favor.
26:55Vai pra casa, Patrícia.
26:56Vai dormir.
26:57Vai descansar.
26:58Porque eu preciso ir pro jornal.
27:01Vai pro teu jornal.
27:03Vai.
27:04Meu amorzinho, não tem sentido você passar a madrugada aqui nessa praça.
27:08Você tem aula amanhã de manhã e esqueceu?
27:12Mãe, não adianta.
27:13Eu só vou sair daqui quando tudo tiver resolvido.
27:15Nem quero passar a madrugada inteira aqui.
27:17Olha, escuta o que o pai disse.
27:19Vai pra casa, descansa, que é o melhor que você faz.
27:22Tá bom?
27:23Amanhã a gente conversa.
27:24Me dá um beijo.
27:29Descansa, tá, mãe?
27:30Descansa.
27:31Se você vai ficar, eu também fico.
27:35Vai, vai, vamos, vamos, vamos.
27:37O povo unido, me der o ser querido.
27:41O povo unido, me der o ser querido.
27:44O povo unido, me der o ser querido.
27:47O povo unido, me der o ser querido.
27:50O povo unido, me der o ser querido.
28:20Não confia na princesa.
28:21Tem muito amor por ela pra deixar fugir.
28:24E que amor é esse que prende, que machuca, que humilha?
28:26Cada um ama do jeito que sabe.
28:28Eu não quero saber desse seu amor, não, seu...
28:30Seu caipirão!
28:31Seu índio maluco, me solta!
28:33O chão!
28:35Agora, princesa pertence à tribo do Joka.
28:39Sem narizinho embinado, sem arrogância.
28:42E princesa tem que obedecer índio matuto.
28:45E ficar bem manchinha.
28:48Bem manchinha.
28:50Socorro!
28:51Socorro!
28:55Socorro!
28:59Socorro!
29:01Socorro!
29:03Socorro!
29:07O povo unido, me der o ser querido.
29:10O povo unido, me der o ser querido.
29:13O povo unido, me der o ser querido.
29:43Música
30:13Desculpa, chefe.
30:25É que bateu o cansaço e eu tô com sono atrasada.
30:28Tudo bem.
30:29Desculpa eu por te acordar assim.
30:31Olá, chefe.
30:32Aqui é o meu território.
30:33Escuta, por que você não foi pra coxa?
30:35Quer dizer, por que você não foi pra casa descansar em vez de...
30:38Ir pra casa dormir numa noite dessas, Lincoln.
30:40Com essa agitação toda na cidade.
30:41Não foi isso que eu aprendi nessa redação, né?
30:44É verdade.
30:47E eu quero ver o que vai rolar.
30:48Eu também.
30:50Aliás, todo mundo quer ver o que vai rolar.
30:52Todo mundo.
30:53É, eu não ia conseguir dormir mesmo.
30:55É, mas acabou dormindo aqui, né?
30:58Pois é.
31:03Eu tô vindo lá na praça agora.
31:05Imagino você que a Patrícia queria porque queria tirar o André de lá.
31:09E tirou?
31:09Não.
31:09Ela que acabou ficando lá.
31:12Quem sabe ela não se entusiasma e entra na agitação.
31:15Seria ótimo.
31:17É, alguma novidade por lá?
31:19Não, tá todo mundo esperando a liberação do corpo.
31:22Pra mim aquilo foi crime político.
31:24E a Leninha morreu de gaiata só porque ela viu a cara do assassino.
31:27O que você acha?
31:29Pode ser.
31:30Todas as alternativas estão valendo.
31:32Em crime passional eu não acredito.
31:34Só se foi a dona Beatriz que mudou.
31:37É, mas pra isso ela teria que ser uma grande atriz, né?
31:40Eu não acredito, não.
31:44É, eu já volto, chefe.
31:45Eu vou ao banheiro.
31:46Pronto, rapaz.
32:05Chegamos.
32:07Sabe que de alguma forma eu sempre achei que um dia você ia bater aqui exatamente assim.
32:13Com a aliança nos punhos.
32:17Vem.
32:18Ai, ai.
32:28Bom, falando nisso, doutor, o veriato já pode tirar as algemas dele?
32:33Você acha prudente, Marta?
32:35Emelhante não é confiável.
32:37Pode tirar.
32:38Eu não vou fugir, não.
32:40Eu dou minha palavra de honra.
32:41Eu não digo honra de emelhante.
32:44É.
32:44É.
32:45Tira.
32:46Mas olha aqui, meninos.
32:48Se fizer alguma brincadeirinha aí, vai se dar mal comigo, hein?
32:52Pode ficar tranquilo.
32:53Não vou fazer nada, não.
32:53Vou ficar na minha.
32:56Senta.
33:01Se você colaborar e tornar mais fácil o meu trabalho, eu te garanto que as coisas serão
33:07fáceis pra você também.
33:09Entendeu?
33:10Pode ficar tranquilo que eu não vou embarreirar nada, não.
33:12Viu, seu delega?
33:13Sei que eu gosto de ouvir.
33:14Mas então vamos lá.
33:16Me diz uma coisa.
33:17O que é que você exatamente estava fazendo na casa da vítima?
33:23Eu já disse.
33:24Eu estava trabalhando.
33:26Eu sou um detetive profissional.
33:28Ele continua com esse papo.
33:31Para a verdade, João.
33:32Você estava lá destruindo provas, rapaz.
33:34Eu não vou falar nada, seu delegado.
33:36Está falando.
33:36Nem adianta tomar meu depoimento.
33:38Eu já disse que eu estava lá investigando.
33:39Ponto.
33:40O resto é sigilo profissional.
33:42Está vendo?
33:43Está vendo?
33:44É nestas horas que a gente entende certos delegados que baixam o pau.
33:49Sigilo profissional.
33:50Um cacete.
33:51Se eu quiser, eu posso dar um telefone aqui no ouvido dele que o bicho fala num instante.
33:55Viriato, pelo amor de Deus, o que é isso?
33:57Doutora Juricava, por favor, mantenha a calma.
34:00Deixa, Viriato.
34:01Deixa.
34:02Está bem.
34:04Vamos fazer de conta que você estava lá naquela casa investigando.
34:11Investigando o quê?
34:12Eu só posso contar que eu fiz grandes descobertas.
34:15Viu, seu delegado?
34:16Mas sabe como é que é?
34:17Eu não posso confiar na polícia.
34:20Eu quero dar um telefonema.
34:22Ele quer um telefonema.
34:24Não, não.
34:25Peraí, peraí.
34:25Eu disse que eu tenho direito a um telefonema.
34:27Eu tenho direito.
34:28Você não tem direito a coisa nenhuma.
34:29Você está incomunicável.
34:31Quer saber de uma coisa?
34:32Leva esse cara para o xilindró.
34:34De manhã ele vai estar com a língua bem soltinha.
34:38Tenho certeza.
34:39Doutora Juricava, o senhor vai botá-lo na carceragem?
34:42Eu não acho conselhável.
34:43É, tem razão, dona Marta.
34:46Não é conselhável botar esse vagabundo no meio dos outros vagabundos lá.
34:50Pelo menos por enquanto.
34:52Leva ele para a sala do dragão.
34:54Sala do dragão?
34:55Cala a boca, rapaz.
34:57Ô, delegado, o senhor não vai mandar fazer exame de corpo de delito?
35:00Não.
35:01Amanhã a gente providencia.
35:04Agora, pelo amor de Deus, leva esse camarada daqui
35:06que eu não aguento mais olhar para a cara dele.
35:09Peraí, peraí, mas eu não fiz nada.
35:11Eu não bati ninguém, isso é uma injustiça.
35:13Seu delegado.
35:16Seu delegado.
35:17Legenda Adriana Zanotto
35:47Legenda Adriana Zanotto
36:17Legenda Adriana Zanotto
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39:17Legenda Adriana Zanotto
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40:17Legenda Adriana Zanotto
40:47Legenda Adriana Zanotto
41:17Legenda Adriana Zanotto
41:47Legenda Adriana Zanotto
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42:46Legenda Adriana Zanotto
43:16Legenda Adriana Zanotto
43:46Legenda Adriana Zanotto
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