- há 21 horas
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TVTranscrição
00:00A moça que foi assassinada junto com o senador seja enterrada aqui em Ribeirão.
00:13O quê? Ela não quer que enterrem a moça.
00:17Enterrar pode, mas não aqui.
00:20Não no mesmo chão que o meu marido.
00:22Essas foram as palavras da dona Beatriz.
00:24Fiquei um tempão aí na entrada, né? Esperando a barra limpar.
00:27Mas foi complicado. Tem gente o tempo todo que vai pra cá, a cidade tá elétrica.
00:31É? Eu que tava entrando em curto aqui, achando que minha gatinha não vinha.
00:42Quando o corpo for liberado, vocês, suas amigas, vocês podem levar esse corpo lá pra cidade de Cabreira.
00:52Eu vou falar com o prefeito de lá.
00:56Ele vai dar toda a ajuda que vocês precisarem.
00:59Toda a ajuda.
01:01Marisa, por favor.
01:05Pelo amor de Deus.
01:06Ai, senhora, eu não sei. Eu não tô conseguindo nem pensar direito.
01:10Quem te contratou dessa vez, hein? Foi a dona Beatriz?
01:13Não, mãe. Foi o doutor Flores.
01:14Mas ele não tem nada a ver com o senador.
01:17Bota aí.
01:18Tem a conspiração, mãe. Tudo isso é uma coisa só.
01:21E vira e mexe, ele recebe umas informações sigilosas pelo computador.
01:25Vocês vão comemorar o quê?
01:27As minhas bodas de descasamento.
01:29A data é só minha, mas as minhas amigas fizeram questão de comemorar comigo, não é?
01:34Nunca ouvi falar de bodas de descasamento.
01:36Tem muita coisa que você nunca ouviu falar, meu bem.
01:40Mas senta.
01:41Fica por aqui.
01:42Bem que eu queria, mas tá cheia. Não vai dar hoje.
01:45A gente faz questão, Filomena.
01:46Eu acho que a Zuleide não tá tão infeliz quanto você pensa.
01:50Pra mim ela continua bonita, cheia de pique.
01:54E você?
01:56Tirando aí todas essas encrencas que você cria na sua cabeça em relação à Zuleide.
02:00O que é que te falta pra ser feliz?
02:05Quer mesmo saber?
02:07Claro.
02:09Você, Ellen.
02:12Newton, o Silvio não vai gostar nem um pouco de ver você me segurando desse jeito.
02:16Você sabe o quanto ele é ciumento, não sabe?
02:18Eu sei.
02:19Em Ribeirão tudo se sabe.
02:20O Silvio te vigia, te segue, escarafuncha teu celular, lê teus e-mails.
02:26Mas eu te amei antes dele.
02:28Eu te amei e te amo mais do que ele, Ellen.
02:30Por favor, Newton.
02:32Que papo mais antigo.
02:35Tá antigo.
02:37Você continua viva dentro de mim.
02:39Corta essa.
02:46Um dia a gente vai ter que terminar essa conversa, Ellen.
02:54Você tá esquecendo que você tá dentro da casa do meu marido?
02:56A casa também é tua.
02:58Eu que devia estar morando aqui.
03:01Eu que devia ser seu marido.
03:04Isso foi o que a vida reservou pra gente, Ellen.
03:06Você estragou tudo.
03:09Não, Newton.
03:10O Silvio foi o cara que eu escolhi.
03:13Nunca vou acreditar nisso.
03:15Nunca.
03:15Se você continuar com essa conversa, eu te deixo sozinho nessa sala agora.
03:22Isso aqui revelou no tempo, né?
03:25E aí?
03:26Oi.
03:27Oi, Ellen.
03:28Tudo bem?
03:29Tudo bom?
03:30Olá, parceiro.
03:31E aí, Newton?
03:32Oi, Tito.
03:34E a Karina?
03:35Não veio?
03:35Não, não.
03:36É só pra comemorar com a Azuleide.
03:37Comemorar o quê?
03:38Não, sei lá, né?
03:39Parece que a data é importante.
03:40Que elas juntaram a mulherada toda.
03:42Ah, que ótimo.
03:43Vocês demoraram, hein?
03:44Pô, tá uma muvuca na cidade, cara.
03:46Você dá dois passos sem que alguém apareça com alguma novidade sobre a morte do senador.
03:50É.
03:51Bom, eu vou na cozinha pegar mais gelo.
03:53Vocês querem uma limonada?
03:54Ou alguma coisa assim, mais forte?
03:56Aceito um uísque, amor.
03:58Um uísque?
03:58Eu vou nessa também.
04:00Tá.
04:00Você tá aí?
04:01Tá já.
04:01Bom, rapaziada, essa reunião que a gente tá tentando organizar já nos tomou algumas
04:07tardes e algumas noites, né?
04:09Vamos ver se nessa agora a gente consegue resolver tudo.
04:11Com certeza.
04:12Demorou.
04:12Olha só, vários centros de paraquedismo já manifestaram interesse, cara.
04:16Então vamos marcar a data.
04:17Não, não.
04:17Peraí.
04:18A gente não tem a confirmação ainda dos patrocinadores.
04:19Tá.
04:21Tá.
04:26A polícia de Ribeirão do Tempo permanece sem pistas sobre o brutal assassinato
04:31do senador Érico.
04:32Como noticiamos recentemente, o político foi baleado em circunstâncias ainda não
04:36esclarecidas.
04:37Nós estamos tentando contato com a viúva ou com o filho do parlamentar que se encontram
04:42na fazenda da família.
04:44Boa noite, madame.
04:45Boa noite, Walter.
04:47Boa noite.
04:47E aí, quais são as novidades?
04:50Eu acabei de estar com o senhor Bruno agora.
04:53A senhora vai ficar surpresa.
04:55Ele me disse que a esposa do senador proibiu que a acompanhante, a mulher que foi encontrada
05:02com o marido dela, fosse enterrada na cidade.
05:05Então proibiu como?
05:06Não quer que enterrem a mulher?
05:08Em Ribeirão do Tempo, não.
05:10Mas que absurdo!
05:11Quanta arrogância!
05:13Onde essa gente pensa que está, hein?
05:14Na Grécia Antiga?
05:16Na alguma tragédia?
05:17Eu também estou chocado.
05:19Eu não posso deixar de pensar que, madame, com essa confusão toda, a nossa busca vai
05:24ter que esperar.
05:25Pelo menos até que a poeira baixe.
05:27Eu também já pensei nisso, é claro.
05:29Vamos ter que aguardar um pouco.
05:33Mas fique sabendo, eu não vou desistir de procurar o meu filho de jeito nenhum.
05:38Ribeirão do Tempo.
05:41A princípio, uma cidade tão monótona.
05:44E agora um senador da república foi encontrado morto, ao lado de uma garota de programa.
05:52Impedir que se enterre a moça?
05:54Mas que despropósito!
05:56Monde!
05:57Pegou mal pra família, né?
05:59Ter encontrado o falecido ao lado de uma acompanhante.
06:02Se fosse ao lado de uma senhora da sociedade, aí não haveria problema, não é?
06:07Pelo menos o senador teria sido assassinado na companhia de uma pessoa de bem.
06:11O que está faltando a essa gente é noção de ridículo.
06:16A senhora tem toda a razão.
06:19Walter, você sabe que eu já fui garota de programa, não é?
06:22Uh, madame!
06:24É mesmo?
06:26Não seja cínico, Walter!
06:31Você está cansado de saber disso.
06:34Não me faça essa cara de puritano surpreso.
06:39Eleonora!
06:39De fato, cá comigo, eu já tinha aventado essa possibilidade.
06:50A dificuldade que a senhora tem em lembrar de todos os possíveis pais do seu filho.
06:59Assim está bem melhor.
07:01Vamos, me sirva um drink
07:04que eu vou contar para você este capítulo da minha história.
07:09Uh!
07:09Como é que acha, Flávio?
07:29Fala, Joca!
07:31Calminho hoje aqui?
07:32É, para compensar o clima de tensão na cidade.
07:36Como é, idiota com oito letras.
07:42Idiota com oito letras?
07:46Prefeito!
07:47Ah, boazinha é essa.
07:49Bate aqui.
07:49Bate para ali, jumento.
07:53Mas se você veio abastecer o tanque, a moagem está fechada hoje.
07:57Não, não.
07:58Eu vim aqui porque eu preciso falar com a Marisa.
08:00Coitado, ela está arrasada.
08:02Ela era amigona da Heleninha, né?
08:04Imagina o sofrimento com a morte dela.
08:06Pior que depois da queda veio o Coice.
08:08Como assim?
08:09Bem, eu vou chamar a figura.
08:11Ela mesmo te explica.
08:12Se ela quiser falar com você.
08:13Eu já volto.
08:14Peraí, tá bom?
08:18Há os grandes segredos.
08:21Sem eles, a vida seria muito chata.
08:26Ah, mulheres costumam levar essas confidências para o túmulo.
08:31Mas eu estou pouco ligado.
08:33Garota de programa.
08:35No meu tempo, existiam palavras bem menos agradáveis pela profissão.
08:40Mas qualquer que fosse a palavra, o fato é que foi o que eu comecei a fazer
08:46depois que me apaixonei por um garrafeiro aos 15 anos.
08:51Só 15 anos, madame.
08:53Eu já era bem espertinha e a idade não foi o problema.
08:59Foi a escolha do homem.
09:01O que exatamente significa garrafeiro?
09:05Desculpe, é verdade.
09:06Às vezes eu me esqueço.
09:07Valta, que você é tão pouco íntimo das coisas do Brasil.
09:11Garrafeiro, bom, é ou era um sujeito que comprava e vendia tudo quanto é tralha.
09:20Garrafa, ferro, aparelhos quebrados, enfim.
09:24Um pobre diabo.
09:25O fato é que aquele, além do mais, não valia nada.
09:30Mas foi por ele que me apaixonei e foi a ele que me entreguei.
09:36E seus pais?
09:37Que pais?
09:38Naquela época eu morava com a minha mãe e meu pai já não se abandonando, fazia muito tempo.
09:46Outro traste emprestável.
09:48E a senhora chegou a se casar com esse garrafeiro?
09:51Não, Deus me livre.
09:53Aliás, eu descobri que ele já era casado e tinha três filhos.
09:57Logo depois minha mãe morreu e eu fiquei sozinha no mundo.
10:00O que eu podia fazer para viver?
10:03Eu era jovem, bonita, passei a me entregar por qualquer cinco meiais.
10:10Era assim que se chamava o dinheiro.
10:13Aliás, às vezes eu me entregava por nada.
10:18Só para dormir numa cama.
10:20Mas essa garota não pode ser enterrada em Ribeirão?
10:22Mas isso é um absurdo total, uma violência.
10:24Pois é, mas é isso aí, não pode.
10:27Vingança de esposa mal amada.
10:28Mas fazer o que contra os poderosos, né?
10:35A Eleninha era como uma irmã para mim.
10:44Dane-se tudo, eu tenho mais a quem encher a cara.
10:46Não, não, não, não, não.
10:48Para.
10:50Isso não vai adiantar nada, só vai piorar as coisas.
10:54Olha, eu vim aqui lhe fazer um oferecimento.
10:57Que venha calhar com tudo isso que está rolando.
10:59O que que é?
11:02Eu quero colocar à sua disposição os meus serviços de detetive.
11:06Detetive, Jorca?
11:08Você continua com essa mania?
11:09Não é mania, é minha profissão.
11:12Não.
11:14O que é?
11:15É JCP Lago, guia turístico.
11:20Do outro lado.
11:23Detetive particular.
11:25Eu tirei o curso, Marisa.
11:27A coisa é séria.
11:29Pode ficar com ele.
11:32Tá, mas e aí?
11:34E aí?
11:35Que nem a polícia, nem o partido, nem ninguém vai se importar com o assassinato da sua amiga.
11:39Eles só estão preocupados com o senador.
11:41Eles podem até camuflar a verdade, como é de costume na política.
11:46Essa coisa da moça não poder ser enterrada em Ribeirão mostra o quanto ela vale pra eles.
11:50Ou seja, nada.
11:51Menos que um cão sem dono.
11:52Então, eu posso investigar o crime pra você, pelo lado da Heleninha,
11:56pra descobrir realmente o que foi de fato.
11:59Não vai ser a primeira vez que eu resolvo um caso.
12:01Eu não tenho grana pra te pagar, não, Jorca.
12:03Esquece a grana.
12:05Não precisa pagar nada.
12:06Talvez só alguma despesinha ou outra da investigação.
12:10Mas isso fica pra depois.
12:12Se você puder me pagar um dia, você me paga.
12:14Senão, não tem problema.
12:15Você só precisa dizer que me contrata.
12:18E me ajudar no que for preciso.
12:19Ok, eu ajudo.
12:21Tá contratado.
12:23Mas eu vou confiar em você.
12:24Vê lá, hein?
12:26Eu acho que...
12:27De onde ela estiver, a Heleninha vai concordar comigo.
12:30Eu não tenho nada a perder.
12:31Mas olha, aqui entre nós.
12:34Que Deus me perdoe.
12:35Mas eu tô pouco me lixando pro senador.
12:38Eu quero me vingar de quem matou a minha amiga.
12:40Tá.
12:41Bom, pra gente começar.
12:43Eu preciso do endereço da Heleninha.
12:45É, eu vou te dar mais que isso.
12:47Às vezes eu dormia lá na casa dela.
12:48Ela me fez uma cópia das chaves.
12:50Deve estar aqui comigo.
12:51Não.
12:54Né?
12:58Eu vou anotar o endereço pra você.
12:59Ótimo.
13:03Ótimo, ótimo.
13:05Já começamos bem.
13:07Até que um belo dia descobri que...
13:10Estava grávida.
13:12Já de uns três ou quatro meses.
13:14E não podia mais tirar.
13:15Se quisesse, tirava.
13:16Naquele tempo, varia tudo.
13:18Mas o fato é que resolvi ter o filho.
13:21Sei lá por quê.
13:22Eu trabalhava com uma cafetina.
13:26Que tinha um prostíbulo.
13:28Ali na estrada pra Cabreira.
13:30Ela me deu apoio.
13:32Não era uma pessoa.
13:34E eu tive o meu filho.
13:35E o que a senhora sentiu?
13:37Quando viu o bebê?
13:38Pra ser bem sincera, eu senti que não tinha nascido pra ser mãe.
13:43O garoto era bonitinho.
13:48Fofo, como se diz hoje em dia.
13:51Mas eu não tinha paciência.
13:54Se bem que o amamentei até os seis meses.
13:57Ah, algum sentimento materno a senhora tinha.
14:01Aconteceu que antes do garoto completar um ano, apareceu um gringo aqui na cidade que se apaixonou por mim e quis me levar pra Europa.
14:12Que sorte.
14:12Ou azar.
14:14Porque se eu dissesse a ele que eu teria que levar um bebezinho chorão a tirar colo, ele poderia desistir da ideia.
14:20Você não acha?
14:22Provavelmente.
14:23Aí eu não tive dúvida.
14:24Tinha uma garota na zona que adorava criança.
14:28Eu dei o meu filho pra ela e fui embora.
14:31Nunca mais ouvi falar dele.
14:33O resto você já sabe.
14:36Para de me olhar e não me venha com palavras profundas.
14:40Odeio sentimentalismos.
14:42E me serve mais um drink.
14:47Meu amor, eu disse que voltava.
14:49Querência?
14:57Querência?
14:58A Eleninha não vai poder ser enterrada em Ribeirão.
15:02Ué?
15:02Mas por quê?
15:05A viúva não quer.
15:06O prefeito veio falar comigo, pedindo minha compreensão.
15:10Ele disse que eles vão pagar tudo, só que ela tem que ser enterrada em Cabreira.
15:13Cabreira?
15:14Uma ova.
15:16Uma ova.
15:17Mas o que é isso agora?
15:19Mas não vai mesmo.
15:20Mesmo.
15:20A Eleninha é nada aqui e nós não vamos obedecer a prefeito nenhum.
15:24Ele pediu o querer, mas eu senti que era uma ordem.
15:26Ordem ou escambau.
15:30Nós vamos enterrar a Eleninha no peito e na raça.
15:33O que é isso?
15:34Está certo.
15:35Que parada é essa de não deixar ela ser enterrada aqui?
15:37Vamos convocar o povo já.
15:39Você sabe o que mais?
15:40É isso aí.
15:42Eu estou aqui bancando a boba.
15:43A gente não tem que obedecer.
15:44O corpo da Eleninha é nosso e ninguém tasca.
15:47Falou e disse, meu amor.
15:49O povo unido enterra seu ente querido.
15:53Sabe quem?
15:55Sabe quem?
15:59Coisa gostosa na tela se dá
16:01Que simpatia tem
16:02E coisa louca também
16:04Antipatia tal
16:05Eu entro pela novela que empatia tem
16:08Saio na vida real, é fantasia tal
16:10Vejo na tela você, tá que cardia dá
16:13Dizer na cena final
16:14A vida como ela é
16:16Eu quero ver, bato o pé
16:17Pra botar a moral
16:19Trambique, politiqueiro
16:21Telecomunicar
16:22A coisa fica pior
16:23Telecomunicó
16:25Mas o que vai dar o nó?
16:27Telecomunicó
16:27É nosso amor vira pó
16:29Telecomunicó
16:30Nós somos dois em um só
16:31Telecomunicó
16:33Até a terra virar
16:34Teleco
16:35Nosso xodó
16:37Vai ter que treinar muito
16:48Aí, quem quiser mais cerveja
16:50É só pedir ali pra sereia, hein?
16:52Olha que moça bonita
16:54Susprende tudo aí, pessoal
16:57Vamos pra praça
16:58Mas o que que é isso?
16:59O que que tá acontecendo agora?
17:00O maluco do Querencio
17:01Tá convocando todo mundo
17:02Tá convocando pra quem, Romil?
17:04Ah, eu não sei
17:04Mas ele falou que vai fazer
17:05Uma denúncia grave
17:06E precisa do povo lá
17:08Quanto mais gente, melhor
17:09Ele disse que é uma coisa
17:11Que interessa a todos nós
17:13Ah, é?
17:15Alô, alô, alô, alô
17:17Atenção, macacada
17:19Vamos nessa
17:20Ouviram, Romil?
17:21Já pra praça
17:22Olha aí, sereia
17:25Toma conta do meu bar direitinho
17:27Ei
17:27Até que enfim
17:57Minha princesa
17:58Resolveu sentar com as pobres
18:00Zuleide, eu tô trabalhando
18:02Vou ficar só um pouco
18:03Depois eu vou
18:03Bom, então eu quero fazer um brinde
18:05Ao meu descasamento
18:08Ah
18:09Obrigada, saúde pra mim
18:13E eu quero brindar
18:17Ao amor verdadeiro
18:19Você brinda comigo?
18:21Diz logo, homem
18:44Pra que tudo isso, hein?
18:45Quero falar uma vez só
18:47Pra todo mundo ouvir
18:49Tenha calma, Kumara
18:50Heleninha gosta da beça
18:53De ver se eu errei todo
18:54Por causa dela
18:55Ela tá vendo
18:57Pode crer
18:57Não é minha amiga?
19:00Então
19:07Mataram mais alguém?
19:09De uma certa maneira, sim
19:10Não aguento mais mistério
19:12Que coisa
19:13E aí, querê, senhor
19:22Qual vai ser o número hoje, parceiro?
19:25Cachaça, mágica ou strip de jersey?
19:32Esse eu deixo pra senhora, sua mãe
19:34E aí, querê, senhor
20:04Bom, Zuleide, então brinde
20:18A pedra que saiu do seu caminho
20:21Pelo amor de Deus, Karina
20:22Não, assim você está brindando ao Newton
20:25É o contrário
20:26Ao meu caminho livre
20:29Daquela pedra
20:30Saúde
20:32Saúde pra mim
20:34E eu quero brindar ao amor
20:38Ao verdadeiro amor
20:40Aquele que chega quando a gente menos espera
20:42E não acaba nunca
20:43Nem com o casamento, não é?
20:45Nem com a rotina
20:49Nem com nada nesse mundo
20:50Amigas
20:53Eu estou vivendo uma felicidade definitiva
20:57O Tito
20:59É o meu homem
21:00E eu sou a mulher dele
21:02Eu tenho certeza que do fundo do meu coração
21:05Que isso nunca vai mudar
21:07Ai, eu fico emocionada com a tua convicção, Karina
21:12Mas peraí
21:13Conta pra gente
21:14Já marcaram a data do casório?
21:17É, eu prefiro não falar nada sobre esse assunto ainda
21:20Eu só posso adiantar que vai ser em breve
21:23Mas você está ansiosa, não está?
21:28Toda noiva fica ansiosa, não é, Filomena?
21:30Fica
21:30Eu nunca fico ansiosa, meu bem
21:32Nem quando umas e outras se oferecem pro Tito
21:36Pra uma despedida de solteiro
21:38Sabe como é que é, né, Filomena?
21:40Aqui em Ribeirão
21:41Tem muitas mulheres enjeitadas
21:43Que dão em cima do homem das outras
21:45É, mas você não deve se preocupar com isso, não, Karina
21:48Essas muquiranas
21:50São que nem latinhas de refrigerante
21:52Os homens usam e jogam fora
21:53Ai, eu não fico preocupada com isso, meu amor
21:56Nem que a vaca tussa, nem que a porca torça o rabo
21:59Eu não estou nem aí pra essas latinhas de refrigerante
22:02Eu só bebo champanhe
22:04Ou chopp
22:04E você, Filó, não tem namorado?
22:13Não, eu não
22:14Ah, Filomena, vai engasgar com uma perguntinha ridícula dessas
22:17Imagina, vai, conta pra gente
22:20Tem uma costela entre os dentes ou não tem?
22:24Não, eu não tenho namorado
22:26Ah, pensei que tivesse
22:27Pois eu não tenho
22:28Engraçado
22:30Alguém me contou que te viu dando uns amassos dentro de um carro
22:35Naquela noite que caiu aquele toró
22:38Lembra?
22:40Pensei que fosse teu namorado
22:41Pois quem te contou tava enganado
22:43Porque não fui eu, não era?
22:45Era você, sim
22:46A pessoa que viu não era míope
22:48Nem gosta de ficar inventando histórias sobre a vida alheia
22:51Ah, Filomena, não sei porquê você tá com medo de contar uma coisa dessas
22:55Nós estamos entre amigas
22:57Aqui todas nós já amassamos alguém ou fomos muito bem amassados, não é?
23:04Se abre
23:05Aqui ninguém é santa
23:07Vamos lá, rainha do agito
23:09Conta pra gente
23:10Quem era o gato que você tava amassando naquele carro?
23:14Era um gato vira-lata ou...
23:18Tinha, dona
23:19Você achou na rua ou pegou do cestinho de alguém?
23:26Era gato vira-lata ou tinha dono?
23:31Você achou na rua ou pegou do cestinho de alguém?
23:34Você achou na rua ou pegou do cestinho de alguém?
23:37Era gato, era gato vira-lata ou tinha dono?
23:39Era gato vira-lata ou tinha dono?
23:39Você achou na rua ou pegou do cestinho de alguém?
23:45Você achou na rua ou pegou do cestinho de alguém?
23:49O que foi, querida?
24:17Querida, ficamos tão preocupadas.
24:21O que foi?
24:22Está se sentindo mal?
24:23Não, não estou mal.
24:25Como não?
24:26E esse rosto vermelho?
24:27É alergia, Karen.
24:29O gato dos outros sempre dá alergia.
24:33Aprendi isso, baranga.
24:35E não chega nem perto do meu título.
24:38Entendeu?
24:47Você ainda me paga essa humilhação, Karina.
24:55Você me paga.
24:57Quem me fala em ponte
25:01Quando eu salto no escuro
25:04Num artefato, projeto, presente, passado
25:08E o futuro
25:11O que será de nós?
25:14Somos crianças tão velhas
25:18Voando nos lençóis
25:20Portados de psicotélia
25:23Melhor ir embora, né?
25:31Está tarde.
25:32Pode ser que chegue alguém?
25:33Não, não vai chegar ninguém.
25:34Eu já te falei.
25:35Minha mãe está na livraria.
25:38E meu pai deve estar lá no jornal louco
25:40Por causa do assassinato.
25:41Vem aqui, vem.
25:43Agora que está ficando boa.
25:55Aqui não.
25:57Vamos lá para o quarto.
25:59Não, André, não é assim.
26:01O que foi?
26:02Você não me ama?
26:03Claro que eu amo.
26:04Então, meu amor.
26:06Aqui é o medo.
26:08Vai dizer que você não está gostando também.
26:11Ai, não faz assim que eu não resisto.
26:16Para que resistir, meu amor?
26:18Você é tão linda.
26:20Tão cheirosa.
26:22Vamos lá para o quarto.
26:22Só um pouquinho.
26:24A gente tem tempo.
26:35Obrigada.
26:39Estou tocando seu celular.
26:41Deixa eu tocar.
26:42Deixa eu tocar.
26:49Pode ser sua mãe dizendo que não está vindo, André.
26:50Melhor atender.
26:53Droga.
27:00Fala, cara.
27:01André.
27:02Está ouvindo, André?
27:04Rapaz, tem que vir para a praça agora.
27:05Estão organizando comício.
27:07É gente para caraca.
27:08Você está na praça.
27:09Cara, era para você estar estudando comigo agora.
27:12Espera aí.
27:12Como que é?
27:12Não estou entendendo o que você está falando.
27:14Nada.
27:14Depois eu te explico.
27:16Que comício é esse?
27:17E para quê?
27:18O negócio lá do crime, André.
27:20É, a polícia proibiu.
27:21Proibiu o enterro da mulher que estava com o senador.
27:23Proibiu?
27:24Isso.
27:25Eu venho para cá.
27:26Tá.
27:26Eu não posso perder essa.
27:28Valeu.
27:31O que foi?
27:33Quem era?
27:34Quem era?
27:35O cara que devia estar estudando comigo agora.
27:38Pior não é isso.
27:39Pior que se minha mãe vier ali perambulando pela praça sozinha, vai pegar mal para mim.
27:42E tem um comício na praça também.
27:44Eu não posso deixar de ir.
27:46Tá.
27:46Tudo bem.
27:48Mas que comício é esse?
27:49Sei lá.
27:50Negócio do crime.
27:51Proibiram o enterro da mulher.
27:52Pelo amor de Deus, tomara que não seja nada que envolva a polícia, né?
27:56Porque meu pai já está todo nervoso, coitado.
27:59Mas quem proibiu foi ele.
28:00Quem procura confusão é seu pai, Sônia.
28:02Não, meu pai proibiu o enterro.
28:04André, só pode ser mentira.
28:05Meu amigo me falou, ele ia mentir pra quê?
28:06Você vai acreditar em tudo que te falam?
28:08André, pega leve.
28:10Tá.
28:10Ele é meu pai.
28:12Eu sei.
28:21Desculpa.
28:23Só vou lá ver o que é que tá acontecendo.
28:25Tá?
28:27Só espero que ele não pegue no meu pé outra vez.
28:29Se você não provocar, né?
28:32Ai, André, tá vendo?
28:32A gente já tá brigando de novo por causa dos nossos pais.
28:36Relaxa.
28:37A gente se ama.
28:40Tá bom?
28:41Nada vai mudar isso.
28:47Se cuida, tá?
28:48Então a Beatriz não quer que a moça repouse eternamente perto do marido dela.
29:10Essa é muito boa.
29:12E ainda a gente que não acredita que o amor é eterno.
29:16Eu só sei que isso tá dando uma tremenda confusão, viu, professor?
29:19A praça tá cheia de gente.
29:20As mulheres da boate estão todas lá.
29:21O querente tá fazendo o maior zorro.
29:23Eu acho que isso ainda pode terminar em quebra-quebra.
29:25Isso não é problema seu.
29:27Deixa pra lá.
29:28Você tem uma missão a cumprir.
29:30Não se preocupe, mestre.
29:31Comigo não tem vacilo.
29:32E agora?
29:33Eu já tô contratado da Marisa, que é a melhor amiga da Heleninha.
29:36E ela me emprestou a chave da casa da defunta.
29:38Muito bem.
29:39Você é um grande detetive.
29:41Eu não descanso enquanto não vê os criminosos na cadeia.
29:43Eu acredito.
29:45Você é uma pessoa determinada.
29:47Vamos em frente.
29:48Essa balbúrdia na praça veio mesmo a calhar com os nossos planos.
29:53Aproveite a confusão e vai investigar a casa da moça.
29:57Agora mesmo.
29:58Eu vou dar um pulo na praça.
30:01O povo está coberto de razão.
30:03A família do senador não pode impedir ninguém de ser enterrado na cidade.
30:08Eu desço na praça?
30:10Quem é que está liderando isso?
30:11Pelo que eu percebi, o centro das atenções é o Querencio.
30:14Ah, que maravilha.
30:16Um bêbado comandando a multidão, comandando o povo.
30:19É.
30:21É, mas tinha que dar nisso, né?
30:24A dona Beatriz pirou geral, né?
30:26Eu acho que a morte do marido na cama com a mãe foi demais pra ela.
30:30Proibir de enterrar, já se viu?
30:32Dessa vez não falha.
30:34Dessa vez a minha gastrite vai ser promovida a úlcera.
30:38Com acompanhamento de taquicardia.
30:40Olha, eu se fosse o senhor, eu tentava demover a família do senador de uma vez por todas dessa loucura, viu?
30:48Toma.
30:48Você tem razão.
30:52Embora eu ache que não vai adiantar nada,
30:56mas pra não dizerem que eu não tentei,
30:59eu vou ligar lá pra aquela viúva desmiolada que provocou toda essa situação aí, essa confusão.
31:05Já recebi ligações de tudo quanto é autoridade, de tudo quanto é canto.
31:10Todos me pressionando a solucionar o crime.
31:13Como se eu não fosse autoridade também.
31:15Todos me azucrimando.
31:17É chefe de partido, é ministro, é polícia federal, é secretário de segurança.
31:24Bom, esse pelo menos me prometeu manter os federais fora dessa.
31:27Eu não quero saber de polícia federal aqui dentro.
31:32Mas, se a gente não apresentar nenhuma solução, já viu.
31:36Delegado, por favor, toma logo esse remédio.
31:39Vai, toma aí.
31:48Pega mais um pouquinho.
31:49O secretário de segurança disse que a honra do Estado está nas minhas mãos.
31:54Como se não bastasse esse peso que eu carrego nas costas.
32:02Olha, dona Marta.
32:05Eu acredito em Deus.
32:07Acredito.
32:09Mas, às vezes, eu tenho a impressão
32:11que ele tem algum problema pessoal comigo.
32:17Porque...
32:18Alô!
32:20É delegado a juricaba falando.
32:21Oh, Nicolau, que bom que foi você que atendeu.
32:26É o seguinte...
32:27Chega, doutora juricaba, chega.
32:29Preste muita atenção.
32:31A minha mãe tem todo o direito.
32:32O sagrado direito de não querer que seu marido seja enterrado no mesmo chão com aquela rameira.
32:37Eu compreendo, Nicolau, eu compreendo.
32:39Mas acontece que, enquanto estamos falando aqui...
32:43Na praça está havendo um comício por conta disso.
32:47Um sinal de protesto.
32:47A praça está cheia de badeveiros.
32:51O que é que eu posso fazer?
32:52Cumpra o seu dever, sua obrigação.
32:54O senhor é pago pra isso.
32:56Acabe com essa ruaça e põe os cabeças em cana.
32:58Mas se eu fizer isso, a coisa vai piolar ainda mais.
33:02Aí o senhor chama a PM pra baixar o pau.
33:05Ou prefere que eu mesmo faça?
33:06Falo direto com o secretário de segurança.
33:09Não, não precisa.
33:11Obrigado, obrigado.
33:12Então estamos conversados.
33:14Anote aí, dona Marques.
33:24Quando tudo isso estiver acabado,
33:26se é que um dia vai estar acabado,
33:30e quando afinal sair a minha aposentadoria,
33:33muito provavelmente quem estará acabado serei eu.
33:42O povo unido enterra o ser querido!
33:46O povo unido enterra o ser querido!
33:50O povo unido enterra o ser querido!
33:54Quando morre, todo mundo é igual.
33:57É ou não é?
33:58É!
33:59Debaixo da terra, minha gente,
34:01não tem ninguém mais bacana que o outro.
34:04É isso mesmo.
34:07Tanto faz o doutor cheio de chifra, o ferrado!
34:12É isso mesmo!
34:13A nossa amiga Heleninha, grande Heleninha,
34:19era uma mulher 100%.
34:21Mas agora vem a família do senador Érico
34:25dizendo que ela não pode ser enterrada aqui,
34:28na nossa terra,
34:30que ela era uma piranha!
34:33Mas eu pergunto, eu pergunto, e daí?
34:37Pois é, e daí?
34:38Quem pode atirar a primeira pedra?
34:41O corpo de Heleninha pertence ao povo de Ribeirão do Tempo
34:47e tem que ser enterrado aqui!
34:51Os figurões de citânios!
34:56Manda pau, querido!
34:57Desce a lenha!
34:59É isso aí, querido!
35:00De citânios bacana!
35:03Heleninha foi pro céu!
35:05E essa gente vai pro inferno!
35:08Ela não merece essa dispensa!
35:10Não merece!
35:10O povo unido, enterro o ser querido!
35:14O povo unido, enterro o ser querido!
35:18Vai ser uma lenha
35:34É, senhor delegado
35:35O senhor vai mesmo querer encarar?
35:37De jeito
35:37Vem comigo
35:38O povo unido
35:40Interno ser querido
35:42O povo unido
35:44Interno ser querido
35:46O povo unido
35:48Interno ser querido
36:18Interno ser querido
36:48Interno ser querido
36:50Interno ser querido
36:51Interno ser querido
36:52Interno ser querido
36:53Interno ser querido
36:54Interno ser querido
36:55Interno ser querido
36:56Interno ser querido
36:57Interno ser querido
36:58Interno ser querido
36:59Interno ser querido
37:00Interno ser querido
37:01Interno ser querido
37:02Legenda Adriana Zanotto
37:32Legenda Adriana Zanotto
38:02Legenda Adriana Zanotto
38:32Legenda Adriana Zanotto
39:02Legenda Adriana Zanotto
39:32Legenda Adriana Zanotto
40:02Legenda Adriana Zanotto
40:32Legenda Adriana Zanotto
41:02Legenda Adriana Zanotto
41:32Legenda Adriana Zanotto
42:02Legenda Adriana Zanotto
42:32Legenda Adriana Zanotto
43:02Legenda Adriana Zanotto
43:32Legenda Adriana Zanotto
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46:32Legenda Adriana Zanotto
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47:32Legenda Adriana Zanotto
48:02Legenda Adriana Zanotto
48:32Legenda Adriana Zanotto
49:02Legenda Adriana Zanotto
49:32Legenda Adriana Zanotto
50:02Legenda Adriana Zanotto
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