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Uma mulher foi flagrada fugindo de carro de um motel após suposto "surto" causado pela combinação de álcool e medicamentos, o que gerou perigo e prejuízo para as pessoas. A bancada do Morning Show debate o crescente problema da automedicação descontrolada, a banalização de tarjas pretas no Brasil e as consequências legais e psíquicas para quem põe as vidas em risco.

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Transcrição
00:00Que uma mulher, pessoal, que foi presa em flagrante depois de fugir de carro de um motel sem pagar a conta
00:05e cometeu uma série de crimes de trânsito, ela afirmou que teve um surto de pânico, né?
00:11Meteu o atestado, meteu o doidão, isso tudo após beber, após usar remédios e achar que, enfim, estava imune a isso.
00:18Dani Vox, você acompanhou esse caso?
00:20Acompanhei esse caso.
00:22Olha lá.
00:22Olha lá.
00:23A barbeiragem total é generalizada, as imagens não nos deixam mentir.
00:27E a gente vai seguir descrevendo aí pro pessoal que tá na rádio.
00:29Mas, Dani Vox, o que você achou desse caso aí, dessa mulher que fugiu do motel e disse que surtou ao bebê?
00:36Olha, eu acredito que depois de laudos e declarações de outros profissionais da área, né?
00:42Quem somos nós a discutir veracidade em relação a isso, né?
00:47O surto é algo possível?
00:49É.
00:49A crise de pânico é um transtorno, né?
00:51Com base na ansiedade.
00:53Então, estímulos ansiógenos não faltam.
00:55Eu fico pensando que no motel também não.
00:58É.
00:58Eu acho que ela...
00:59Ela deve ter ido pro motel nesse jipe aí e entendeu errado o que era dar uma rapidinha e
01:05acabou dando uma rapidinha em tudo que vinha pela frente.
01:08Complicado.
01:08E questões fisiológicas do próprio surto, da própria síndrome do pânico, gente.
01:14Existem questões aí, Enes, que possam ter gatilhado essa situação.
01:18Inclusive, né?
01:19Questões assim, endócrinas, gente.
01:22A adrenalina muito alta é um gatilho pra crise de pânico.
01:26Mas é isso que a gente vem ouvindo cada vez mais, né, doutora?
01:29As pessoas estão malucas, estão malucas.
01:31Será que, de fato, que esses casos como essa insanidade que a gente está projetando aqui
01:35estão mais comuns?
01:36Afinal, vamos aqui com a bancada e com a Dani.
01:38Inclusive, né, se coloca ali que ela teria tomado alguma coisa, enfim, né?
01:42Não sei se é certo, se não é.
01:43Não sei se isso também possa ter, evidentemente, influenciado.
01:47Mas o jeito que ela sai, me parece mesmo que não é.
01:50Porque, assim, o que acontece?
01:52Muitas pessoas fazem, né?
01:53Saem do motel pra deixar de pagar.
01:56Inclusive, isso é crime, né?
01:57Lá no artigo 176 do Código Penal.
02:00As pessoas fazem isso.
02:01É até corriqueiro, diga-se de passagem.
02:04Mas não me pareceu ali, né?
02:06É evidentemente que ela não queria deixar de pagar.
02:08Me pareceu realmente, e claro, eu não sou psicóloga, não sou psiquiatra.
02:12Não me parece ser uma conduta que uma pessoa que está dentro de uma normalidade
02:16vai sair correndo dentro de um cenário.
02:18Então, claro, dadas as considerações trazidas pelos médicos, pelos psicólogos,
02:22se aproximam muito dessa questão dela ter tido algum pânico
02:27pra poder sair, ter tido uma visão, ter se colocado numa situação como ela coloca,
02:31que estava com outras mulheres, talvez, num cenário.
02:34Mas pode também ter sido ameaçada.
02:36Não sei, não se sabe, né?
02:37Ela que vai...
02:38Não poderia também ter sido ameaçada e saído correndo?
02:40E não meramente um surto?
02:42Não sei.
02:43O surto não se dá, né?
02:45De maneira calma.
02:48Estamos numa calmaria e, de repente, surtei.
02:49Então, assim, o gatilho pode ser muito subjetivo.
02:52Porém, existem afirmações que ela faz que nos dá uma margem aí de possibilidades.
02:57Então, o uso abusivo de qualquer substância, lícita ou não, tá?
03:01O abuso pode ser um gatilho.
03:05As movimentações comportamentais que estavam acontecendo no local,
03:09gente, a gente não vai pro motel pra fazer reunião, né?
03:11Então, assim, a gente tem aí um estímulo forte
03:14e pode ter acontecido várias outras coisas dentro do cenário.
03:18Ô, Dani, a gente tá falando, desde a abertura do programa,
03:21é um motorista de caminhão que pode ter surtado
03:25e acontece uma coisa dessa.
03:27A gente tá falando do carteiro, pode ter essa situação.
03:31A gente tá falando da mulher do motel
03:32e ontem tava se discutindo aqui no Morning, né, Marinho?
03:36Sobre até o tráfico de tarjados, né, pra fora do Brasil.
03:41Tarja preta.
03:41É, de tarja preta.
03:44Quer dizer, o que isso quer dizer do ponto de vista
03:46de doença psíquica, psicológica?
03:50O que isso quer dizer?
03:51As nossas preocupações, né, e aí eu me coloco dessa maneira,
03:55a gente fala muito sobre ganhos secundários.
03:58Essa é a minha preocupação, né?
04:00Volto a dizer, as pessoas estão passíveis a ficarem adoecidas,
04:03passíveis de se colocarem em situações difíceis
04:07ou inexplicáveis como essa, em cenários muito diversos.
04:10A minha maior preocupação é isso se tornar uma bandeira
04:13pra impunidades, pra situações onde a pessoa
04:16busque o ganho secundário, afirmando que está adoecida
04:21para se manter ilesa, né, da responsabilidade.
04:27O Dani, o que é um surto psicótico, tecnicamente falando?
04:30Tecnicamente, um surto psicótico, ele pode acontecer com qualquer pessoa.
04:33É uma mudança abrupta de estado emocional.
04:37Isso pode se desencadear por qualquer coisa.
04:40Então, assim, nós estávamos cogitando a possibilidade do uso abusivo,
04:44você pode estar tomando água, o teu corpo, de uma maneira real, ele reage.
04:49E a crise de pânico?
04:50E a crise de pânico, em especial, existem persecutoriedades internas
04:55e medos, inclusive, da morte.
04:58Então, você vê, ela sai em desespero, ali é nítido que ela está alterada,
05:03aí coloca a vida de outras pessoas numa situação, né,
05:06inflige lei e pode, sim, ter a justificativa de ter sido ameaçada
05:13por um quadro até mesmo de sensação persecutória.
05:18Sensação.
05:19Então, a margem de erro aí é até onde a gente consegue mensurar,
05:23já que não é tangível.
05:24Agora, enfim, tem esse estereótipo, né,
05:28esse consenso, João Beluti,
05:29que o Brasil é um país hipocondríaco, né,
05:31na primeira dorzinha já bota pra dentro, no mínimo,
05:33uma novalgina, um Dorflex, um Advil,
05:35mas pior, parte pra Tarja Preta ali com um atestado falso
05:38e vai comprando sem grandes fiscalizações,
05:41sem grandes problemas.
05:42Mas até nisso o subdesenvolvimento do Brasil acaba aparente, né,
05:45porque isso foi um problema que explodiu
05:47nos Estados Unidos dos anos 90,
05:50eles não enfrentaram isso corretamente,
05:51explodiu agora com a epidemia de fentanil,
05:53e fentanil é pior que craque.
05:55Então, parece que o Brasil vai importando mal,
05:57tardia e porcamente as piores tendências americanas, né?
05:59Com certeza, Marinho.
06:00A gente observa esses problemas que acontecem lá nos Estados Unidos,
06:03passa dois, três anos,
06:04eles acontecem aqui bastante similar na política, né,
06:06em termos sociais.
06:07Atentado em escola mesmo.
06:08Sim, não, e é importante dizer, infelizmente,
06:10que sendo surto ou não,
06:11essa moça deve indenizar o local, o estabelecimento,
06:14deve ser condenada a indenizar,
06:16atrapalhou o ambiente negocial ali,
06:17certamente deve estar interditado hoje,
06:19ou seja, ela causou um prejuízo,
06:21contínuo.
06:22Eu até queria perguntar,
06:23que é uma dúvida minha mesmo,
06:24como leigo,
06:25no sentido de que os surtos psicóticos,
06:27pelo menos os que têm notícia pra gente,
06:29é normalmente em um ambiente
06:30que a pessoa está no poder da situação,
06:31igual ela está dentro do carro,
06:33que até o pessoal brincar,
06:34não tem surto psicótico dentro do quartel, né?
06:36A pessoa não tem um surto ali diante de pessoas armadas.
06:40Existe isso,
06:40ou é só porque esses casos são os que chegam a gente,
06:43ou existe mesmo, de fato, uma questão da pessoa,
06:45o surto estar numa situação de poder,
06:46tipo, dentro de um carro,
06:47eu estou com poder,
06:48eu estou, quando eu estou com arma,
06:49eu estou diante de alguém desarmado,
06:50eu estou no poder,
06:51ou isso não existe?
06:52Acho que tua colocação cabe pra gente desmistificar
06:55que existem lugares específicos,
06:58porque o surto, de fato,
06:59o gatilho dele é subjetivo.
07:01Por isso que emana muito isso.
07:03É óbvio que quando tem um poder midiático,
07:05a gente acaba acessando.
07:07E, infelizmente,
07:08nós não temos dados de outros lugares
07:11onde isso acontece.
07:12Então, gente,
07:12o cenário pode ser plural,
07:14diverso,
07:15variáveis.
07:16O fato é que existe uma responsabilidade.
07:19Porque uma pessoa diagnosticada,
07:21por exemplo,
07:22um surto de pânico,
07:23tendenciosamente,
07:24ele é algo que é reincidente.
07:26Ele acontece em algum menor momento,
07:29e ele vai tomando uma proporção.
07:30E essa pessoa,
07:31ela precisa estar,
07:32inclusive,
07:32em tratamento.
07:34O uso e o manuseio farmacológico,
07:37também precisa ser avaliado.
07:39Porque se eu tenho uma prescrição,
07:41e não a faço da maneira correta,
07:44eu estou também dizendo
07:45que eu estou negligenciando,
07:47logo estou colocando outro risco.
07:48Baita reflexão aqui
07:49da craque Dani Vox.
07:50Para quem está nos ouvindo
07:51apenas pela rede Jovem Pan de rádio,
07:52Pânico daqui a pouco,
07:53o Morning Show vai ficando por aqui.
07:54Amanhã às 10h,
07:55estamos juntos de novo.
07:56Tchau!
07:57Concluindo,
07:58então, o raciocínio Dani Vox,
07:59a gente segue aqui
08:00para a reta final.
08:01Mari, quer comentar?
08:01Mari, cantar.
08:02Eu ia só provocar
08:03uma breve discussão aqui
08:05para a gente encerrar,
08:06que é o impacto,
08:08esse cruzamento aqui
08:09entre direito penal
08:10e quem tem problema
08:12psicológico, psiquiátrico.
08:14Porque isso tem efeito,
08:16tem mudança.
08:17E tem uma frase
08:18que a Pri pode até
08:20me falar exatamente
08:21qual que é o bordão,
08:22mas que é
08:22a verdadeira prisão perpétua
08:23vai para aquele
08:24que é condenado
08:25e que está em situação
08:27de dependência
08:30e que fica numa clínica
08:33e o cara nunca sai de lá.
08:34Porque no fim do dia
08:36ele tem sempre
08:37esse problema psicológico.
08:40Só para explicar rapidamente
08:41com relação
08:42àquele que pratica
08:43crime,
08:44que o caso dela ali
08:44ela causou um dano,
08:45mas no direito penal
08:46rapidamente,
08:47se for considerado
08:48que ela não tinha
08:49a possibilidade
08:50de se colocar
08:51de acordo
08:52com o que ela fazia,
08:53o caráter ilícito
08:54do que ela faz,
08:55realmente
08:56ela é considerada
08:57para nós
08:57aqui no direito penal
08:58inimputável.
08:59Então, a gente tem
09:00o inimputável
09:00que não sabe
09:01o que faz
09:02e aquele que tem
09:04perturbação.
09:04Ora ele sabe,
09:05ora ele não sabe.
09:06Esse a gente chama
09:07de semi-imputável,
09:07daí ele recebe
09:08ou tratamento
09:09ali ou ele fica...
09:11Fica e fica
09:11numa clínica
09:12preso,
09:14entre aspas,
09:15apesar de inimputável,
09:16ele fica ali
09:18e não consegue sair.
09:19E claro,
09:19o chamamento de atenção
09:20aí de forma
09:21para concluir,
09:22gente,
09:22se você tem um diagnóstico
09:24e você tem prescrição
09:25e você,
09:26então assim,
09:26precisa entender
09:27até onde você pode ser
09:28abusivo e negligente.
09:30Assumir o risco.
09:31Exatamente.
09:32O risco pessoal,
09:33porque o negligente
09:34não está preocupado
09:35com ele,
09:36certo?
09:36Menos ainda
09:37com o outro.
09:38Para que também
09:39a gente não volte
09:40a ter o estereótipo
09:41da loucura
09:41como algo assim,
09:44ah,
09:44tudo é na conta
09:45da loucura,
09:46né gente?
09:47Então assim,
09:47louco é aquele,
09:49observe o que eu estou dizendo,
09:50louco é aquele que já
09:51depois de instruído
09:52negocia com isso.
09:55Tem coisas que são
09:55inegociáveis
09:56e o autocuidado
09:57é um deles.
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